Bill Gates, filantropo bilionário, afirmou que os esforços do Brasil para reduzir o desmatamento são promissores, mas as oscilações políticas têm dificultado a obtenção de investimentos necessários para proteger a Amazônia. Durante uma entrevista virtual na Bloomberg New Economy at B20 em São Paulo, Gates destacou que, embora os sistemas de satélite estejam fazendo um ótimo trabalho em medir a destruição florestal, implementar políticas eficazes para proteger a maior floresta tropical do mundo ainda é um desafio, especialmente com a alternância de partidos no poder.
Bill Gates mencionou esforços do Brasil na mitigação
Gates mencionou que o Brasil tem melhorado seus esforços para mitigar o desmatamento, citando conversas com líderes do país antes da cúpula do clima das Nações Unidas – COP30, que será realizada em Belém, Pará, no próximo ano. A conferência faz parte do plano do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva de trazer o encontro para a floresta amazônica.
Como investidor em tecnologia climática, Gates destacou a startup Boston Metal, apoiada por seu fundo de capital de risco e pela Vale, que está desenvolvendo uma siderúrgica no Brasil para produzir aço de forma mais sustentável. Ele elogiou a parceria, afirmando que a planta será capaz de produzir aço competitivo de maneira limpa.
Gates também enfatizou a importância de encontrar maneiras mais acessíveis de gerar energia verde para garantir ampla adoção em países em desenvolvimento como Brasil e Índia. Ele alertou que métodos sustentáveis com preços elevados não serão adotados. Além disso, Gates reconheceu a importância da energia nuclear, afirmando que ela será uma parte substancial da geração de energia que complementa as fontes renováveis no futuro. Ele observou que, em vários países, incluindo os EUA, tanto a atitude pública quanto o nível de investimento em fissão nuclear são bastante positivos.