Pará é referência na produção de grãos e na criação de búfalos

Autor: Redação Revista Amazônia

Você já imaginou um lugar onde a soja, o milho e o cacau reinam absolutos, os búfalos pastam em números impressionantes e o gado bovino coloca o estado entre os maiores do Brasil? Pois bem, esse lugar existe e se chama Pará! Não é à toa que o estado está bombando no agronegócio, liderando a produção de commodities e se consolidando como a fronteira agrícola da Amazônia. E sabe o que é mais legal? Tudo isso vem com números de tirar o fôlego, direto do “Boletim Agropecuário do Pará 2024”, feito pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). Quer saber como o Pará chegou lá e o que isso significa? Então vem comigo que eu te conto tudo!

Como o Pará virou esse colosso do agro

O sucesso do Pará no agronegócio não caiu do céu. É fruto de um combo poderoso: mais áreas cultivadas, tecnologia de ponta e uma infraestrutura logística que faz a produção chegar rapidinho ao mercado. Estamos falando de rodovias, hidrovias e portos trabalhando juntos para escoar soja, milho, cacau e carnes para o Brasil e o mundo. Esse esforço todo coloca o Pará na liderança da Região Norte e o transforma em um exemplo de produtividade na Amazônia. Mas vamos aos detalhes, porque é nos números que a coisa fica ainda mais impressionante!

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Pecuária bovina – um rebanho que não para de crescer

Se tem uma coisa que o Pará sabe fazer bem é criar gado. O estado tem o maior rebanho bovino da região Norte, e os números são de cair o queixo. Em 1977, eram 1,6 milhão de cabeças. Em 2023, esse número explodiu para 25 milhões! Isso mesmo, mais de 15 vezes o que era antes, marcando o maior volume da história. No ranking nacional, o Pará é o segundo maior produtor, com 10,5% do rebanho total do Brasil. Dá pra imaginar o tamanho disso?

E tem mais: quatro municípios paraenses estão entre os maiores produtores do país. São Félix do Xingu é o rei absoluto, liderando o Brasil com 2,5 milhões de cabeças. Marabá vem em quinto, com 1,3 milhão, empatado com Novo Repartimento, que fica em sexto. Altamira fecha o top 10 nacional, com 1,1 milhão. Esses lugares são verdadeiros motores da pecuária, ajudando a fazer do Pará uma potência na produção de carne bovina.

A produção de carne reflete esse crescimento. Entre 1997 e 2023, o volume saltou de 128,5 milhões de toneladas para 866,6 milhões – mais de seis vezes! Isso significa 738,1 milhões de toneladas a mais, um aumento que mostra como a pecuária virou uma das principais fontes de riqueza do estado.

Búfalos – o Pará manda nesse pedaço

Mas não é só de gado que vive a pecuária paraense. O estado é o rei dos búfalos no Brasil, com 40,9% do rebanho nacional. Em 2023, foram 683,6 mil cabeças, um salto de 6% em relação ao ano anterior. O município de Chaves lidera o ranking estadual, com 237,2 mil cabeças – isso é 34,7% do total do Pará! Soure vem logo atrás, com 105,4 mil (15,4%), e Cachoeira do Arari fecha o pódio, com 55,8 mil (8,2%). Esses búfalos não são só números: eles representam uma tradição forte e uma economia que não para de crescer.

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Diversidade na criação de animais

A pecuária no Pará é um show à parte porque vai muito além de bois e búfalos. O estado também cria aves, cavalos, porcos, ovelhas e cabras, além de explorar produtos como leite, ovos e mel. Em 2023, o rebanho ovino foi o que mais cresceu, com 3,8% de aumento. Os cavalos subiram 1,9%, os porcos 1,1%, e as cabras tiveram um leve aumento de 0,1%. Já as galinhas cresceram 0,5%, mostrando que o Pará está diversificando cada vez mais.

No leite, o estado chegou a 0,6 bilhão de litros em 2023, um crescimento de 0,4%, ficando em 13º no ranking nacional. Na produção de ovos, foram 39,8 milhões de dúzias, com Santa Izabel do Pará liderando com 14,5 milhões – 36,4% do total estadual. E o mel? O Pará produziu 0,7 mil toneladas, com Capitão Poço como destaque. É uma variedade que impressiona e mostra o potencial do estado!

Agricultura – o Pará colhe o que há de melhor

Se na pecuária o Pará já é um monstro, na agricultura ele brilha ainda mais. O estado é líder nacional em mandioca (3,8 milhões de toneladas), dendê (2,8 milhões) e açaí (1,6 milhões), com volumes que deixam a média nacional no chinelo. Mas não para por aí: banana (0,4 milhão), abacaxi (0,3 milhão), coco da baía (0,2 milhão), cacau (0,1 milhão) e pimenta do reino (0,04 milhão) também colocam o Pará no mapa como fornecedor de alimentos essenciais.

Entre 2000 e 2023, o valor da produção agrícola cresceu 7,6% ao ano, em média. Nos últimos quatro anos, o aumento foi constante, chegando a R$ 28,6 bilhões em 2023 – um recorde! Isso fez a participação do Pará no cenário nacional subir de 2,4% para 3,5%. Igarapé-Miri lidera entre os municípios, com 9%, seguido por Paragominas (7,2%) e Dom Eliseu (4,4%). É colheita atrás de colheita, e o estado não para de surpreender!

Soja e milho – as estrelas das exportações

Falando em exportações, o Pará é um dos grandes nomes do Brasil. Em 2023, o estado mandou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários para o mundo, 33,5% a mais que em 2022. Desde 2000, o crescimento foi de 587,4%! A soja liderou, com 61,3% do volume exportado e um aumento de 32%, gerando US$ 1,6 bilhão. O milho veio forte, com 33,4% e um salto de 44,7%, rendendo US$ 401,6 milhões. Isso coloca o Pará em 11º no ranking nacional, com 3% das exportações do país.

18099 7016d38e 710a 0c1c d5f3 bb43a1f7bd29Paragominas e Santarém são os astros desse show. Paragominas exportou 25,1% do total estadual, crescendo 48,8% em um ano. Santarém respondeu por 21,9%, com alta de 30,6%. Esses números mostram como o Pará está conectado ao mercado global, levando o que produz de melhor para além das fronteiras.

Emprego e impacto na vida das pessoas

O agronegócio no Pará não é só sobre produção – ele muda vidas. Em 2023, 509 mil pessoas trabalhavam no setor. De 2002 a 2023, o emprego formal cresceu 274,2%, adicionando 47 mil vagas. Entre 2022 e 2023, foram mais 1,3%, totalizando 63,8 mil vínculos. Tailândia, Moju e Paragominas lideram na geração de empregos, enquanto Concórdia do Pará teve o maior salto, com 18,1% de crescimento.

A criação de gado para corte é o maior empregador, com 37,6% dos vínculos. O cultivo de dendê vem em segundo, com 21,8%, seguido pela criação de frangos (6%). O açaí deu um show à parte, crescendo 36,5% em empregos em um ano. É o agro movimentando a economia e dando oportunidades para quem vive no estado!

Produtividade com olho na sustentabilidade

Mas nem tudo é só festa. Com tanto crescimento, o Pará precisa equilibrar produção e preservação ambiental – afinal, estamos falando da Amazônia! Márcio Ponte, da Fapespa, diz que o Boletim ajuda a entender esse cenário e a criar políticas públicas que aliem produtividade e cuidado com o meio ambiente, especialmente num ano em que Belém está no centro dos debates climáticos globais.

Marcel Botelho, presidente da Fapespa, vai na mesma linha: “O agronegócio paraense tem tudo pra liderar, mostrando produtividade e respeito pela floresta.” Ele aposta em tecnologia e parcerias com universidades para intensificar a produção sem derrubar mais árvores. É um desafio grande, mas o Pará parece estar no caminho certo.

Tecnologia e inovação no campo

Para isso, o estado está investindo pesado em inovação. Drones, inteligência artificial e técnicas de manejo sustentável já estão ajudando a monitorar cultivos e pastagens. Além disso, há um esforço para diversificar as culturas e agregar valor aos produtos antes de exportar, como transformar cacau em chocolate ou açaí em polpa premium. Isso aumenta os lucros e reduz a dependência de commodities cruas.

O que vem pela frente

O Pará é um gigante do agronegócio, e os números do “Boletim Agropecuário do Pará 2024” provam isso. Liderando em soja, milho, cacau e búfalos, com uma pecuária bovina de respeito, o estado é a força da Amazônia no cenário nacional e global. Mas o futuro depende de manter esse ritmo com responsabilidade, investindo em tecnologia e sustentabilidade.

 

 


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