A transformação digital no setor financeiro tem sido impulsionada de forma intensa pelo uso da inteligência artificial (IA).
Crescimento acelerado e novos investimentos
Segundo dados da IDC divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), os investimentos do setor em IA devem dobrar até 2027, alcançando a marca de US$ 97 bilhões. Esse avanço será impulsionado por uma taxa de crescimento anual de 29%, a maior entre os setores econômicos analisados.
No centro desse movimento está a inteligência artificial generativa (gen AI), que vem sendo utilizada por instituições financeiras para criar soluções inovadoras, desde a personalização da experiência do cliente até a automação de processos internos.
IA generativa: personalização e inclusão financeira
Relatórios recentes da IBM apontam que, na América Latina, os principais usos da gen AI no setor bancário estão relacionados à interação com clientes, seguidos por áreas como controle de riscos, conformidade regulatória, segurança, recursos humanos, marketing, compras e desenvolvimento de TI.
Além da eficiência operacional, a IA generativa tem papel fundamental na democratização dos serviços financeiros. Segundo German Soracco, vice-presidente comercial da Red Hat na América Latina, o setor está se adaptando a um modelo mais proativo e preditivo, antecipando necessidades e oferecendo produtos sob medida. “Com isso, cria-se um ecossistema mais inclusivo e equitativo”, afirma o executivo.
Automação e nuvem aceleram a transformação
A combinação de IA com soluções em nuvem e automação está proporcionando não apenas redução de custos operacionais, mas também ganho em agilidade e escalabilidade para instituições financeiras.
Um exemplo disso é o BAC, tradicional banco com presença em seis países da América Central. Com o objetivo de acelerar sua digitalização, a instituição adotou a plataforma Red Hat Ansible Automation para automatizar processos internos e manter sua posição de liderança no mercado. A adoção de tecnologia open source foi decisiva para que o BAC conseguisse ampliar sua capacidade analítica e implementar soluções de IA com mais eficiência.
“A automação é essencial para liberar o verdadeiro potencial da inteligência artificial no setor financeiro. E fazer isso com soluções de código aberto permite uma abordagem mais integrada, ágil e sustentável”, explica Sandra Vaz, diretora da Red Hat no Brasil.
Open source: pilar de inovação e economia
Estudos indicam que o uso combinado de IA e automação pode gerar uma economia de até US$ 1 trilhão para o setor financeiro até 2030. A utilização de ferramentas open source se destaca como catalisadora dessa economia, ao mesmo tempo em que promove inovação.
Entre as soluções da Red Hat que estão impulsionando essa transformação estão o Red Hat Enterprise Linux AI (RHEL AI), voltado para o desenvolvimento de modelos de linguagem de código aberto da IBM Granite, e o Red Hat OpenShift AI, que facilita o gerenciamento de modelos de machine learning em diferentes ambientes, como data centers, nuvem pública e edge computing.
Maria Bracho, CTO da Red Hat na América Latina, destaca o papel da colaboração para o avanço da gen AI: “Com o InstructLab, projeto desenvolvido em parceria com a IBM, conseguimos acelerar o treinamento de modelos de linguagem por meio do trabalho colaborativo. O código aberto é a base para uma IA mais adaptável e inovadora”.
IA como aliada da bancarização e do desenvolvimento regional
A inteligência artificial também tem se mostrado uma aliada poderosa na promoção da inclusão social, sobretudo ao facilitar o acesso ao crédito em regiões remotas.
Um exemplo emblemático é o projeto do Banco da Amazônia (BASA), que, com apoio da Red Hat, criou a plataforma BASA Digital. Voltada para atender pequenos empreendedores e comunidades de subsistência na região amazônica, a iniciativa usa soluções de automação e open source para garantir crédito a quem está fora do alcance dos bancos tradicionais.
Segundo Gilson Magalhães, vice-presidente da Red Hat na América Latina, o uso da IA generativa será determinante para o futuro do setor: “Estamos apenas começando a explorar o potencial dessa tecnologia. As instituições que souberem integrar a gen AI às suas operações sairão na frente em eficiência, inclusão e competitividade”.
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