Mucura: onde vive, alimentação, ciclo de vida e impacto no ecossistema

Autor: Redação Revista Amazônia

A mucura, conhecida popularmente em diversas regiões do Brasil, é um marsupial da família dos gambás que desempenha um papel essencial na natureza. Com aparência peculiar, hábitos noturnos e resistência admirável, esse animal ainda é alvo de muitos mitos, mas sua importância ecológica é inegável. A seguir, conheça tudo sobre o habitat, alimentação, ciclo de vida e impacto da mucura nos ecossistemas.

Onde vive a mucura?

A mucura é encontrada em grande parte da América do Sul, sendo especialmente comum no Brasil, Peru, Colômbia, Venezuela e Bolívia. Seu habitat natural são as florestas tropicais, matas ciliares e áreas com vegetação densa e boa disponibilidade de alimento. No entanto, ela também se adapta facilmente a áreas urbanas e rurais, o que reforça seu comportamento oportunista.

Esse marsupial prefere regiões úmidas e costuma viver em ocos de árvores, buracos no solo ou abrigos improvisados em telhados e sótãos de casas, principalmente quando seu ambiente natural é degradado. A mucura é solitária e territorialista, saindo principalmente à noite em busca de comida.

O que a mucura come?

A mucura é um animal onívoro, ou seja, sua alimentação é bastante variada. Ela consome frutas, insetos, pequenos vertebrados, ovos, carniça e até restos de alimentos humanos. Essa dieta diversificada é uma das razões pela qual consegue sobreviver em diferentes ambientes, inclusive nas cidades.

Um de seus papéis mais importantes no ecossistema é como dispersora de sementes. Ao se alimentar de frutas e evacuar em outros locais, a mucura contribui para a regeneração das florestas. Além disso, ao consumir insetos e pequenos roedores, ajuda a controlar populações que poderiam se tornar pragas.

Ciclo de vida

O ciclo de vida da mucura começa com uma gestação extremamente curta, que dura cerca de 12 dias. Após esse período, a fêmea dá à luz filhotes minúsculos e ainda em estágio embrionário, que rastejam até a bolsa marsupial (marsúpio), onde continuam seu desenvolvimento.

Os filhotes permanecem nessa bolsa por até dois meses, e depois continuam sendo transportados nas costas da mãe até estarem prontos para viver de forma independente. Em média, a mucura vive entre 2 e 4 anos, um ciclo relativamente curto, mas com alta taxa de reprodução — uma fêmea pode ter várias ninhadas por ano, com até 20 filhotes em cada uma.

Impacto no ecossistema

Apesar de muitas vezes ser vista com medo ou repulsa, a mucura tem um papel vital na manutenção dos ecossistemas. Como já mencionado, atua como dispersora de sementes e controladora de pragas. Além disso, por ser onívora, ela recicla matéria orgânica, contribuindo com o equilíbrio ecológico.

Em ambientes urbanos, a presença da mucura também ajuda a manter o controle de animais indesejados como baratas e ratos. Por outro lado, quando invadem galinheiros ou casas em busca de alimento, podem ser perseguidas ou até mortas injustamente.

Outro ponto relevante é que ela possui uma resistência natural ao veneno de cobras, o que lhe permite caçar esses répteis e manter o equilíbrio das populações em determinadas regiões. Essa característica é extremamente valiosa do ponto de vista ecológico.

A mucura precisa ser preservada

O animal é um exemplo claro de como a biodiversidade é complexa e interdependente. Mesmo um animal que muitos consideram “feio” ou “assustador” tem uma função ecológica importante. Com o desmatamento e urbanização acelerada, sua presença nas cidades é um sinal de desequilíbrio nos habitats naturais.

Por isso, é fundamental respeitar e proteger a mucura, evitando matá-la ou espantá-la com violência. Campanhas de conscientização sobre sua importância são essenciais, principalmente em regiões onde sua presença é mais frequente.

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