A Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade nesta quinta-feira (21) a primeira resolução global dedicada à regulamentação da inteligência artificial (IA) e à proteção de dados. As autoridades afirmam que o objetivo é monitorar de perto os avanços e os riscos associados à tecnologia.
Este marco histórico é fruto de uma proposta originada pelos Estados Unidos e recebeu o apoio de outras potências como China, Rússia e mais 121 países. As negociações para a elaboração da resolução duraram três meses e também se comprometem a fortalecer as políticas de privacidade.
Considerada como o primeiro documento de consenso global sobre IA, essa resolução representa o mais recente esforço de governos em todo o mundo para regular o rápido desenvolvimento dessa tecnologia. É importante ressaltar que há uma preocupação generalizada com o potencial uso da inteligência artificial como arma para influenciar resultados de eleições e perpetrar fraudes, entre outras questões. Um trecho da medida destaca que “o uso indevido ou malicioso” da IA apresenta riscos que podem comprometer a proteção e o exercício dos direitos humanos e liberdades fundamentais.
Regulamentação da Inteligência Artificial
Em novembro do ano passado, os Estados Unidos e o Reino Unido lideraram o primeiro acordo internacional sobre como proteger a IA do uso por cibercriminosos, aumentando a pressão sobre grandes empresas do setor para reforçar a segurança de seus sistemas. A Microsoft chegou a confirmar que grupos hackers de várias origens, incluindo Rússia, Coreia do Norte, Irã e China, estão utilizando ferramentas como o ChatGPT para estudar alvos potenciais e desenvolver táticas de engenharia social.
Por sua vez, a União Europeia também firmou um acordo para supervisionar a IA este mês e está mais próxima que todos de adotar regras para regular o uso da inteligência artificial, algo ainda inédito.