ONU e KPTL Promovem Empreendedorismo Sustentável na Amazônia

Autor: Redação Revista Amazônia

Com a proximidade da COP30, marcada para novembro de 2025 no Brasil, o Pacto Global da ONU – Rede Brasil e a gestora de venture capital KPTL organizam, em 1º de agosto, o Bioeconomy Amazon Summit (BAS) em Belém do Pará. Este evento transformará a cidade na capital nacional da bioeconomia, reunindo 80 startups e promovendo o desenvolvimento de 60 delas, além de debates intensos sobre inovação e empreendedorismo no contexto das mudanças climáticas globais.

Captura de tela 2024 07 16 110728
Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU/Rede Brasil –
Fonte: Pacto Global

Segundo Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil, o Brasil tem potencial para se destacar como líder global em sustentabilidade, especialmente com a COP30 impulsionando discussões empresariais sobre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030 na Amazônia. “O BAS é uma das várias iniciativas do Pacto Global para preparar o setor empresarial para este desafio. Promoveremos conexões entre empreendedores locais, investidores e cientistas, além de debates com especialistas e grandes corporações em sustentabilidade”, afirma Pereira.

O evento, no Hangar Centro de Convenções, contará com mais de 600 participantes, incluindo líderes dos setores público e privado, representantes de organizações, empreendedores, investidores e membros da sociedade civil. Entre os apoiadores estão o BID, APEX Brasil, Mercado Livre, Sebrae (Pará) e SEMAS. Parceiros institucionais incluem a Assobio, Climate Ventures, CUBO ESG, Empreende Amazônia, Jornada Amazônia e Kyvo Design-driven Innovation, com cobertura de mídia da Exame e Rede Amazônica.

ONU
Renato Ramalho, CEO KPTL – Fonte: Daniel Mascarenhas

Renato Ramalho, CEO da KPTL, destaca a importância da troca de conhecimento. “Das 65 empresas em nosso portfólio, 10 estão diretamente conectadas ao bioma amazônico. Iniciamos esta jornada em 2013 com o fundo FIMA, e agora, com o Amazonia Regenerate Accelerator and Investment Fund, temos US$ 11 milhões para investir inicialmente, com a meta de alcançar US$ 30 milhões nos próximos 18 meses”, explica Ramalho.

Potencial da Bioeconomia no Brasil

Um estudo intitulado “Potencial do impacto da bioeconomia para a descarbonização do Brasil”, desenvolvido por ABBI, Embrapa Agroenergia, LNBR/CNPEM, Senai/CETIQT e Cenergia/UFRJ, revelou que a bioeconomia no Brasil pode gerar um faturamento anual de US$ 284 bilhões até 2050.

Estrutura do BAS

O BAS será dividido em três ambientes: Arena Empreendedora, Plenária e Round Table/Salas Temáticas. Na Arena Empreendedora, 60 startups de bioeconomia terão a oportunidade de expor seus negócios e interagir com cientistas e investidores. Palestras e discussões abordarão temas como incentivos para a inovação na Amazônia e investimentos em negócios de impacto.

A Plenária, que ocorre pela manhã, promoverá discussões sobre o papel da inovação amazônica nas mudanças climáticas globais, com abertura de Carlo Pereira, Renato Ramalho, Puyr Tembé (Secretária de Povos Indígenas do Pará) e Mauro O’de Almeida (Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará), entre outros.

Salas temáticas abordarão temas como novas relações entre cadeias de consumo e produção, a bioeconomia amazônica, inovação na Amazônia, e desafios estruturais como incentivos fiscais e logística.

Movimento Impacto Amazônia

O Pacto Global da ONU – Rede Brasil também promoverá uma Roda de Saberes Ancestrais e Tradicionais, permitindo que lideranças indígenas e quilombolas compartilhem suas perspectivas sobre a participação de populações tradicionais no setor privado. Empresas operando na Amazônia Legal serão convidadas para uma escuta ativa sobre direitos humanos e sociobiodiversidade.

Sobre o Pacto Global da ONU e KPTL

O Pacto Global das Nações Unidas é uma iniciativa que orienta empresas a alinhar suas operações a dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção. Fundado em 2000, é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com 21 mil participantes em 162 países. No Brasil, a Rede Brasil do Pacto Global, criada em 2003, é a segunda maior rede local, com mais de 2.000 participantes.

A KPTL, gestora de Venture Capital sediada em São Paulo, investe em 65 empresas nos setores de agronegócio, saúde, floresta, clima, energia e IoT. Com equipes nos principais centros de inovação do Brasil, busca startups com grande potencial de crescimento e inovação.


Edição atual da Revista Amazônia

Assine nossa newsletter diária