O histórico voo em torno da Torre Eiffel, em 13 de julho de 1901, fez da cidade de Paris palco de um dos momentos mais emblemáticos da história da aviação. Alberto Santos Dumont, o inovador brasileiro conhecido por suas contribuições pioneiras no campo da aviação, realizou um feito extraordinário ao contornar a Torre Eiffel com seu dirigível N-5, mudando a partir daquele momento a logística aérea mundial.

O herói brasileiro projetou, construiu e voou os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina, tendo como um dos reconhecimentos o Prêmio Deutsch, em 1901. Esse mérito lhe é garantido internacionalmente e transformado em uma das pessoas mais famosas do mundo durante o século XX. Com a vitória no citado prêmio, ele também foi, portanto, o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e populares.
Há controvérsias, todavia, outros pioneiros, notadamente os irmãos Wright, reconhecidos pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI), como os primeiros a realizar um voo controlado, motorizado, num aparelho mais pesado do que o ar, por uma decolagem e subsequente voo ocorridos em 17 de dezembro de 1903 no Wright Flyer, já que os voos de Clément Ader foram realizados em segredo militar, vindo-se, apenas, a saber de sua existência muitos anos depois, este usando a aeronave a vapor Ader Éole, propulsionado por um motor a vapor de 20 CV e levantando voo pelos seus próprios meios em 9 de outubro de 1890, mas teve suas alegações refutadas pelo Ministério da Guerra do Exército Francês.
Ao redor do mundo, pelo menos catorze nomes são citados como inventores do avião. Porém, a do brasileiro Santos Dumont, via 14-Bis, teve uma decolagem autopropulsada, reconhecida, oficialmente, por público e jornalistas, tendo sido a primeira atividade esportiva da aviação a ser homologada pela FAI.
De lá até hoje, a aviação evoluiu muito, desde pequenas aeronaves que trafegam em céus de garimpos de ouro na Amazônia, notadamente, em Itaituba-Pará, onde chegam a pousar um sobre outro (figura 1), até Boeing que cruzam oceanos, cujo mérito inicial é creditado a norte-americana de Atchison, Kansas, Amelia Earhart, em 1932. Ela voou sozinha de Newfoundland, extremo leste do Canadá, para a Irlanda, em um trajeto de quase 15 horas.

em Itaituba -Pará
Em 1928, ela já havia sido a primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, mas como passageira, junto com o piloto Wilmer Stultz e o copiloto Louis Gordon. A partir desses momentos de heroísmos, até o presente, a humanidade dispõe de boeings super sofisticados que cruzam oceanos encurtando distâncias e facilitando a logísticas de pessoas, cargas e commodities.
A empresa Boeing, maior fabricante de aviões no mundo, tem sede em Seattle, principal cidade do Estado de Washington, porção noroeste americano, cujas características são peculiares, por ter a loja número 1 da Starbucks (figura 2), o café mais famoso dos Estados Unidos e quiçá do mundo. E hospedar homens mais ricos do planeta, como Bill Gates, natural de Seattle, proprietário da Microsoft e CEO da Fundação Bill and Melina Gates; e Jef Bezos, nascido em Albuquerque, Novo México e dono da Amazon, cuja sede é em Seattle.

Mas, para colocar um possante equipamento desses no mercado aéreo a empresa utiliza exatos dez diferentes minerais, dos quais a maioria é extremamente raro, buscando seus recursos na natureza, que depende de profundas pesquisas de profissionais ligados a mineração, que demandam seu tempo em prol do avanço da tecnologia, mas, principalmente, em benefício de toda a humanidade. Dentre estes destacam-se: alumínio, antimônio, estanho, europeum, florespato, ítrio, manganês, neodímio, tântalo e titânio (figura 3). Destes exceto alumínio (extraído da bauxita), estanho e manganês, os demais são realmente raros.

Por: Geólogo Alberto Rogério Benedito da Silva
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