Análise dos dados compreende o período de 1999 a 2022
Ipam, em colaboração com o Banco Mundial, apresenta uma plataforma inovadora para monitorar e prever o desmatamento na vastidão da Amazônia Legal. Lançada dia 30 de abril, esta ferramenta promete não apenas mapear os riscos iminentes, mas também orientar políticas de conservação florestal em uma região vital para o equilíbrio ambiental global.
Plataforma
A plataforma, desenvolvida por especialistas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), oferece uma visão abrangente de cenários potenciais, impulsionados por fatores econômicos e decisões políticas. Utilizando dados desde 1999 até 2022 como base, os pesquisadores projetaram modelos para os anos seguintes, revelando possíveis trajetórias de desmatamento até 2025.
Nota Técnica
Uma nota técnica detalhada indica que, se mantido o ritmo atual, sem considerar outros fatores, o desmatamento pode aumentar em até 35%. No entanto, ao incorporar variáveis macroeconômicas, como os preços das commodities e as taxas de câmbio, os resultados podem mudar significativamente. O economista sênior do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, simplifica o processo, destacando a transição de um modelo “ignorante” para um mais informado pela economia, que oferece insights sobre as pressões econômicas em curso.
Os pesquisadores também identificaram regiões específicas, como o sul do Amazonas e a região Amacro (Amazonas, Acre e Rondônia), onde o desmatamento está em ascensão desde 2017-2018. Diante desse cenário, Rafaella Silvestrini, coautora do estudo, enfatiza a urgência de ações direcionadas para conter essa tendência preocupante.
Fleischhaker destaca a importância de aproveitar terras atualmente subutilizadas ou improdutivas como uma estratégia para impulsionar o crescimento econômico sem comprometer a proteção florestal. Ele ressalta que, embora a floresta tenha um impacto limitado na macroeconomia, as atividades econômicas distantes dela podem influenciar seu destino de maneira significativa.
Lançamento da Plataforma
O lançamento desta plataforma representa um passo significativo na gestão sustentável da Amazônia, fornecendo dados e insights essenciais para informar políticas que equilibrem desenvolvimento econômico e conservação ambiental.
