A edição de junho da Revista Amazônia chega em meio a um cenário climático global cada vez mais crítico, mas também marcado por ciência de ponta, dados sólidos e a busca por soluções. Com uma seleção de reportagens especiais, a edição se propõe a lançar luz sobre o que está em jogo — e o que ainda pode ser feito — diante da aceleração das mudanças climáticas e da pressão crescente sobre os ecossistemas.
A matéria de capa, “O planeta vai ficar ainda mais quente”, traz previsões da Organização Meteorológica Mundial indicando que há uma probabilidade crescente de que o mundo ultrapasse o limite de 1,5 °C de aquecimento já nos próximos cinco anos, repetindo ou até superando os recordes históricos de calor de 2023. A edição trata esse dado com seriedade, sem alarmismo, e aponta o que cientistas e instituições têm feito para evitar os cenários mais extremos.
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A reportagem “As alterações climáticas estão tornando as plantas menos nutritivas” revela um aspecto menos debatido, porém alarmante: o impacto da mudança do clima na qualidade nutricional das plantas. A perda de nutrientes ao longo das cadeias alimentares pode ameaçar espécies animais e humanas, sobretudo em regiões já vulneráveis.
Na pauta internacional, destaque para a cobertura da 20ª Sessão do Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (UNFF), que reforça o papel estratégico das florestas no combate à crise climática e na garantia de serviços ecossistêmicos essenciais. A matéria aponta que cerca de 1,6 bilhão de pessoas no mundo dependem diretamente das florestas para sua sobrevivência.
Outro alerta vem da reportagem “Desastres movimentam um recorde de 46 milhões de pessoas em 2024”. A matéria mostra como secas, enchentes e incêndios já não são mais eventos pontuais, mas fatores estruturais de migração e deslocamento em massa — inclusive nos países mais ricos.
A edição ainda apresenta análises sobre o desequilíbrio energético da Terra, causado pela diferença entre a radiação que entra e sai da atmosfera, e suas consequências: elevação do nível do mar, eventos extremos e derretimento da criosfera. A matéria “Aquecimento de +1,5 °C é muito alto para as camadas de gelo polares” mostra que até mesmo o limite do Acordo de Paris pode ser insuficiente para frear o colapso do gelo na Groenlândia e na Antártida.
Outros destaques da edição:
- Secas e ondas de calor reduzem a capacidade das plantas de absorver CO₂
- Incêndios provocaram perda recorde de florestas tropicais em 2024
- Reservas ocultas de hidrogênio da Terra podem alimentar a sociedade por milênios
- Quais espécies de árvores fixam mais carbono?
- A maior parte do carbono sequestrado está no solo e na água
- Microplásticos interferem na fotossíntese das plantas
- O que acontece com uma árvore que morre em uma floresta?
- O aquecimento climático NÃO vai ser tão quente?
- As comunidades precisam se preparar para uma série de impactos prováveis
- A África está sendo dilacerada por uma superpluma de rocha quente
- O futuro dos recursos hídricos regionais e globais
- As geleiras estão derretendo mais rápido do que nunca
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