Durante sua palestra, o diretor-técnico do Sebrae Nacional, Bruno Quick, destacou a necessidade de repensar os modelos de negócios globais para alinhar inovação, sustentabilidade e inclusão. Ele provocou os líderes presentes a reavaliarem suas prioridades diante de crises ambientais e sociais. “Temos tecnologia avançada, mas ainda enfrentamos fome, conflitos e uma crise ambiental. Isso exige ações coordenadas e sustentáveis”, afirmou.
Bioeconomia e pequenos negócios no centro da transformação
Para Quick, a COP 30 será uma oportunidade única de reunir líderes globais e diversos setores econômicos com um objetivo comum: colocar a natureza e a vida no centro da agenda de desenvolvimento. “Os pequenos negócios são os mais afetados por crises e desastres naturais, e é essencial que sejam valorizados em um novo modelo de desenvolvimento sustentável”, afirmou.
O Sebrae tem apostado na bioeconomia como um eixo central desse modelo, integrando a preservação dos recursos naturais à geração de valor econômico. Atualmente, o Brasil conta com cerca de 18 mil startups, das quais 600 estão na Amazônia e 70% são lideradas por mulheres. Essa transformação social e econômica na região amazônica tem sido impulsionada por uma rede de mais de 1.500 instituições em 300 ecossistemas regionais.
Reconhecimento internacional e parcerias estratégicas
No mesmo dia, a diretoria do Sebrae visitou a Embaixada do Brasil em Lisboa para estreitar laços e discutir estratégias de internacionalização das startups brasileiras. Durante a reunião, o embaixador Raimundo Carreiro reforçou o compromisso de Portugal em apoiar iniciativas brasileiras na Europa. “Estamos à disposição para ajudar no trabalho de internacionalização das startups brasileiras em Portugal”, afirmou.
A comitiva do Sebrae incluiu diretores de diversos estados, como Lamisse Cavalcanti (AM), Suelem Amoras (AP) e Maria Domingas (PA), além de representantes da Fecomércio e da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras. A reunião ressaltou a importância da inovação como vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável.
Transformação para um futuro sustentável
Durante o Web Summit, Quick ressaltou o impacto positivo de iniciativas que promovem inovação de forma descentralizada. Segundo ele, o Brasil está liderando uma nova era de desenvolvimento sustentável, e a atuação em rede do Sebrae serve como modelo global. “O que vemos acontecer no Brasil nos encoraja a pensar que é possível replicar isso mundialmente”, declarou.
A COP 30 será um marco para consolidar a posição do Brasil como líder global na busca por soluções climáticas e sustentáveis. A proposta do Sebrae é contribuir para um esforço coletivo que proteja o planeta e garanta um futuro próspero e equilibrado para todos.
O legado da COP 30
Com a Amazônia no centro dos debates globais, a COP 30 representará um marco na transição para um modelo de desenvolvimento sustentável. A preservação dos recursos naturais, aliada à inclusão e inovação, será o foco das discussões, consolidando a liderança do Brasil nesse cenário.
Saiba mais sobre as iniciativas do Sebrae e o impacto da COP 30 no site da Revista Amazônia.