Brasil declara guerra ao greenwashing e trabalha em taxonomia sustentável para trazer transparência ao mercado

Autor: Redação Revista Amazônia

O governo brasileiro pretende aprovar até 2026 a Taxonomia Sustentável Brasileira, uma iniciativa inovadora que visa estabelecer critérios claros para definir o que pode ser considerado uma atividade econômica sustentável. A medida, inspirada no modelo europeu, tem como objetivo combater o greenwashing, prática na qual produtos ou empresas se dizem sustentáveis, sem de fato atenderem aos padrões ambientais necessários.

O que é a Taxonomia Sustentável Brasileira?

A taxonomia será um conjunto de regras e diretrizes criadas para padronizar a identificação de iniciativas verdadeiramente sustentáveis. Com essa regulamentação, produtos e serviços apenas poderão se promover como “verdes” se atenderem a objetivos ambientais concretos, como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a proteção da biodiversidade, a gestão eficiente de recursos naturais e a adaptação às mudanças climáticas.

A iniciativa será liderada pelo Ministério da Fazenda, com apoio de instituições reguladoras como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Banco Central e o Ministério do Meio Ambiente. Dessa forma, a Taxonomia Sustentável Brasileira contribuirá para um sistema financeiro mais transparente, garantindo que investidores e consumidores possam identificar e apoiar projetos realmente alinhados com os princípios da sustentabilidade.

Impacto no Mercado e no Meio Ambiente

A implementação da taxonomia trará várias mudanças para o mercado brasileiro:

  • Maior transparência: Empresas precisarão comprovar suas credenciais ambientais antes de anunciarem produtos como sustentáveis.
  • Atração de investimentos sustentáveis: O Brasil poderá captar mais recursos de investidores que buscam financiar projetos alinhados com metas climáticas globais.
  • Fomento à inovação verde: Empresas serão incentivadas a adotar práticas mais sustentáveis para se adequar à nova regulamentação.
  • Redução do greenwashing: Organizações que utilizam argumentos ambientais de forma enganosa poderão ser responsabilizadas.

No aspecto ambiental, a medida contribuirá significativamente para mitigar os impactos das mudanças climáticas, reduzir o desmatamento e promover a economia circular.

Screenshot 2025 02 13 160926

Desafios e Próximos Passos

Apesar do potencial positivo, a implementação da Taxonomia Sustentável Brasileira enfrenta desafios:

  • Definição dos critérios: Será necessário um consenso entre diferentes setores da economia sobre os padrões de sustentabilidade.
  • Fiscalização e conformidade: O governo precisará estruturar mecanismos eficientes de monitoramento para evitar fraudes e garantir a adesão às novas regras.
  • Adoção pelo setor privado: Empresas precisarão investir em adequação às normas para evitar sanções e manter sua credibilidade no mercado.

Nos próximos anos, o governo deverá promover consultas públicas e debater com o setor empresarial e ambientalistas para aperfeiçoar a taxonomia antes de sua implementação definitiva em 2026.

A Taxonomia Sustentável Brasileira representa um passo essencial para fortalecer a economia verde no país e alinhar o Brasil às melhores práticas globais de sustentabilidade. Se bem estruturada e implementada, a medida pode ser um divisor de águas na luta contra o greenwashing, promovendo um mercado mais transparente e alinhado aos desafios ambientais do século XXI.


Edição atual da Revista Amazônia

Assine para receber nossas noticia no seu e-mail

* indica obrigatório

Intuit Mailchimp