Campo de Búzios bate recorde e atinge produção de 800 mil barris de petróleo por dia

Autor: Redação Revista Amazônia

O Campo de Búzios, situado na área do pré-sal da Bacia de Santos, a aproximadamente 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, alcançou nesta segunda-feira (24/2) um marco histórico: a produção de 800 mil barris de petróleo por dia. O campo, que começou a operar em 2018, consolida-se como o segundo maior produtor de petróleo do Brasil, ficando atrás apenas do Campo de Tupi.

Recorde

O recorde foi atingido após a entrada em operação da sexta FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, na sigla em inglês) no campo, a plataforma Almirante Tamandaré, que iniciou suas atividades em 15 de fevereiro. Além dela, outras cinco unidades já estão instaladas em Búzios: as plataformas P-74, P-75, P-76, P-77 e Almirante Barroso.

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, destacou a importância desse marco: “Esse recorde é resultado do trabalho incansável das equipes da Petrobras, que atuam com dedicação e inovação. Estamos comprometidos em produzir de forma sustentável, aplicando novas tecnologias e garantindo o fornecimento de energia para o país. Celebramos essa conquista, mas sabemos que ainda há muito a ser feito para continuarmos desenvolvendo nossas reservas e explorando novas fronteiras.”

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Magda Chambriard, presidente da Petrobras

Potencial de crescimento

Com a chegada da Almirante Tamandaré, a maior FPSO do Brasil, o Campo de Búzios ganha ainda mais capacidade produtiva. A plataforma, que chegou ao país em outubro após ser construída no estaleiro CMHI, na China, tem capacidade para produzir até 225 mil barris de petróleo e processar 12 milhões de metros cúbicos de gás por dia.

Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, explicou que a expectativa é que, em breve, o campo atinja a marca de 1 milhão de barris diários. “Com a entrada da Almirante Tamandaré, estamos próximos de alcançar novos patamares. Além disso, com a instalação de novas unidades nos próximos anos, o potencial de produção de Búzios deve chegar a 1,5 milhão de barris por dia até 2030.”

Trajetória de sucesso

O Campo de Búzios vem batendo recordes consecutivos. Em janeiro de 2024, o campo já havia alcançado a marca de 782 mil barris por dia, e ao longo do ano passado, manteve uma produção média de 750 mil barris diários em mais de 20 dias. Em março de 2024, Búzios atingiu a impressionante marca de 1 bilhão de barris de petróleo produzidos desde o início de suas operações.

A Petrobras também foi reconhecida internacionalmente por suas inovações tecnológicas em Búzios. Em 2020, a empresa recebeu o Prêmio da OTC (Offshore Technology Conference) pelas soluções desenvolvidas para viabilizar a produção no campo, que aumentaram a eficiência, impulsionaram a produção e reduziram custos de forma consistente. Além disso, em setembro de 2024, foi iniciada uma nova campanha de levantamento de dados sísmicos em 4D para otimizar ainda mais a exploração no campo.

Um gigante do pré-sal

Operado pela Petrobras em parceria com as empresas CNOOC, CNPC e PPSA, o Campo de Búzios abriga alguns dos poços mais produtivos do país, localizados a mais de 2 mil metros de profundidade no leito marinho. O reservatório de Búzios tem uma espessura equivalente à altura do Pão de Açúcar e uma extensão que supera o dobro da Baía de Guanabara.

Luiz Otávio Schmall dos Santos, Gerente Executivo de Búzios, comemorou o novo recorde: “Atingir 800 mil barris diários é mais um marco na trajetória de sucesso de Búzios, que nos enche de orgulho. Com a entrada da Almirante Tamandaré, a maior unidade do país, estamos nos preparando para alcançar a próxima meta: 1 milhão de barris por dia.”

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Impacto para o Brasil

O Campo de Búzios é um dos pilares da produção de petróleo no Brasil, contribuindo significativamente para a autossuficiência energética do país e para a geração de divisas. Com investimentos contínuos em tecnologia e infraestrutura, a Petrobras reforça seu compromisso com a exploração sustentável e eficiente de suas reservas, garantindo que o Brasil continue a ser um dos principais players globais no setor de energia.


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