A Fundação de Atendimento Socioeducativo do Pará (Fasepa) e o Instituto Futuro Amazônico (IFA) deram início, na quarta-feira (12), a um estudo inédito para desenvolver um modelo de socioeducação sustentável. A iniciativa visa integrar práticas ambientais, gestão eficiente de recursos e inovação, com o objetivo de tornar o sistema socioeducativo do Pará uma referência nacional em sustentabilidade, alinhando educação, reintegração social e preservação ambiental.
Primeira etapa do projeto
A primeira etapa do projeto incluiu uma visita técnica à Unidade de Atendimento Socioeducativo 2 (Uase 2), uma das unidades de internação da Fasepa. A equipe do IFA, liderada pelo especialista em sustentabilidade Paulo Victor Costa, realizou um diagnóstico detalhado da infraestrutura da unidade, identificando as adaptações necessárias para torná-la mais ecológica e eficiente.
Paulo Victor Costa destacou a importância de alinhar as operações da unidade aos desafios globais de sustentabilidade, com foco nas metas estabelecidas para 2030. “Nosso objetivo é transformar as unidades da Fasepa em modelos que integrem educação, reintegração social e práticas ambientais. Queremos implementar soluções que não apenas atendam às necessidades locais, mas que também contribuam para a redução do impacto ambiental global”, explicou o especialista.
Práticas sustentáveis em andamento
Durante a visita, foi possível observar práticas ambientais já implementadas na Uase 2, como a horta comunitária, ações de reciclagem e a disciplina de gestão ambiental oferecida pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Essas iniciativas têm sido fundamentais para promover a conscientização socioambiental entre os jovens atendidos pela unidade.
Tatiane Oliveira, integrante da comissão de logística sustentável da Fasepa, ressaltou que essas ações demonstram o comprometimento dos servidores e a capacidade da unidade de adotar soluções inovadoras. “As práticas já existentes mostram que a unidade tem bases sólidas para avançar em direção a um modelo sustentável mais amplo”, afirmou.
Projeto piloto com potencial de expansão
A parceria entre a Fasepa e o IFA tem como meta consolidar a Uase 2 como um projeto piloto, avaliando sua viabilidade estrutural, econômica e operacional. O sucesso dessa iniciativa servirá de base para a transição das outras 15 unidades socioeducativas do estado, estabelecendo um novo padrão de atendimento que combine educação, reintegração social e preservação ambiental.
O projeto está alinhado aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) e às diretrizes da COP 30, conferência internacional sobre mudanças climáticas que será sediada em Belém em 2025. Além disso, a iniciativa conta com a colaboração de diversas instituições, como o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Vale da Juventude, o Ministério Público do Pará (MPPA) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Educação e sustentabilidade como pilares
Para a Fasepa, a transformação das unidades socioeducativas vai além de mudanças estruturais. Representa um legado de responsabilidade ambiental, inclusão social e inovação. O projeto busca demonstrar que é possível integrar educação e sustentabilidade, criando um futuro mais justo, ecológico e socialmente responsável.
“Acreditamos que é possível transformar o sistema socioeducativo, tornando-o mais eficiente e em sintonia com as necessidades ambientais do nosso tempo. Esse projeto não só fortalece a reintegração social dos jovens, mas também contribui para um futuro mais sustentável para o Pará e para o Brasil”, destacou a Fasepa.
Com essa iniciativa, a Fasepa e o IFA reforçam o compromisso de construir um modelo socioeducativo que seja referência em sustentabilidade, promovendo a reintegração social de jovens enquanto contribui para a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
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