Recentemente divulgados pelo Sistema OCB, os resultados da Pesquisa de Inovação no Cooperativismo Brasileiro trouxeram insights valiosos sobre o panorama da inovação dentro desse setor. Realizado em colaboração com a Checon Pesquisa, o estudo abrangeu todas as regiões do país e teve como objetivo principal entender a evolução e as tendências das cooperativas no que se refere à inovação. Com mais de mil respostas coletadas de membros cooperativos dos sete ramos de atividades e dos 27 estados da federação, a avaliação quantitativa revelou dados significativos.
Entre os participantes, 80% das cooperativas brasileiras relataram ter introduzido inovações em seus processos, com uma média de 3,6 projetos cada. Destacam-se os Ramos Crédito e Saúde, com 5,8 e 3,9 projetos implementados, respectivamente. Além disso, cerca de 70% das cooperativas participaram de cursos ou programas de treinamento voltados para a inovação.
Guilherme Costa, gerente do Núcleo de Inteligência e Inovação do Sistema OCB, analisou os resultados, ressaltando pontos positivos e áreas de atenção. “A pesquisa revela uma evolução no reconhecimento da importância da inovação pelas cooperativas. No entanto, também aponta para a necessidade de uma maior incorporação da cultura de inovação nos planejamentos, alocação de recursos para projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, e mensuração dos resultados para impulsionar a competitividade do negócio”, afirmou Costa.
Em comparação com os dados anteriores, os números se mantiveram estáveis, com um aumento no reconhecimento da importância da inovação entre as cooperativas. No entanto, a autoavaliação das cooperativas brasileiras do seu desempenho em inovação ainda mostra espaço para melhoria, com uma média de 6,2 pontos em uma escala de dez.
Apesar de fazer parte do planejamento estratégico de 79% das cooperativas, ainda existem desafios a superar. A falta de recursos financeiros é apontada por 46% delas como uma barreira, enquanto 34% destacam a falta de organização, ideias e capacitação como obstáculos para a inovação. Mesmo assim, a pesquisa revelou impactos positivos da inovação em áreas como Marketing e Comunicação Externa (53%), Atendimento ao Cliente (53%) e Tecnologia (48%).
Na etapa qualitativa da pesquisa com as cooperativas brasileiras, realizada por meio de entrevistas, foi observada a necessidade de sensibilizar os cooperados sobre a importância da inovação, além da priorização da cultura de inovação nos planos estratégicos das cooperativas.
Quanto ao perfil dos respondentes, a maioria ocupava posições de liderança dentro das cooperativas, sendo 26% presidentes, 19% gerentes e 16% diretores. A maioria das cooperativas representadas são singulares (89%), seguidas por centrais (5%), federações (5%) e confederações (1%). Quanto à atividade, o Ramo Crédito lidera com 26%, seguido pelo Agronegócio (25%) e Saúde (17%).
O relatório completo, com infográficos dos resultados, está disponível neste link
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