Primeiro Atlas Solar do Amapá trará investimentos e desenvolvimento sustentável para o Estado

Autor: Redação Revista Amazônia

1º Atlas Solar do Amapá

Durante o lançamento do primeiro Atlas Solar do Amapá, ocorrido na segunda-feira (26) em Santana, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), coordenador da bancada federal do estado, destacou a importância da nova ferramenta para atrair investimentos e promover o desenvolvimento sustentável na região. Ele ressaltou que o Atlas proporcionará ao estado diretrizes para a geração de energia solar em grande escala, além de fomentar emprego, renda e preservar o meio ambiente.

Acompanhado do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do governador Clécio Luís, Alcolumbre salientou o crescimento da energia solar no Brasil e sua relevância na matriz energética nacional. O Atlas Solar, segundo ele, identificará as áreas mais promissoras do Amapá para a exploração de energia solar, permitindo ao estado garantir sua segurança energética e exportar energia limpa, reforçando o papel do Amapá na margem equatorial.

A iniciativa, fruto de uma parceria entre Alcolumbre, o governo do estado, o Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), teve início em 2020, após o apagão que afetou o Amapá. Em 2021, o senador viabilizou R$ 5 milhões para a realização do estudo que resultou no Atlas. As pesquisas indicam que o Amapá tem potencial para suprir 72 vezes a demanda energética local, sem comprometer o meio ambiente, mantendo sua floresta como a mais preservada do país.

O governador Clécio Luís enalteceu os benefícios que o Atlas trará ao estado, como o acesso a energia renovável, desenvolvimento econômico e a geração de empregos qualificados. Ele destacou a visão de Alcolumbre, que mesmo durante a crise energética de 2020, buscou soluções que olhassem para o futuro do Amapá.

Rodrigo Diniz de Mello, diretor do Senai-RN e do ISI-ER, enfatizou o enorme potencial do Amapá para a produção de energia renovável, afirmando que menos de 1% do território do estado poderia gerar mais de 50 vezes o consumo energético atual. O coordenador de Pesquisa do ISI-ER, Antonio Medeiros, apontou que o estado tem grande potencial para se tornar um dos principais produtores de hidrogênio e biocombustíveis, aproveitando os recursos naturais da Amazônia.

Além do lançamento do Atlas Solar, Alcolumbre celebrou o início das obras do Instituto Margem Equatorial (IMEQ), que funcionará como um centro de desenvolvimento sustentável para a região. O projeto, financiado com R$ 14,3 milhões garantidos pelo MCTI e MIDR, terá um laboratório voltado à pesquisa energética, com conclusão prevista para 2025.

Alcolumbre afirmou que a iniciativa é parte dos esforços para promover uma economia de baixo carbono no Amapá, alinhando o estado aos compromissos internacionais de combate às mudanças climáticas. Várias autoridades, incluindo representantes da Petrobras, Eletrobras e Agência Nacional de Petróleo, estiveram presentes no evento, reforçando a relevância do projeto para o futuro da região.


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