Brasil pretende investir R$ 27 bilhões na transição ecológica

 

Em um movimento ambicioso, o governo brasileiro anunciou nesta segunda-feira (26) o lançamento do Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial – Eco Invest Brasil, destinado a investimentos privados voltados para projetos de transição sustentável, com um investimento total de R$ 27 bilhões.

Desenvolvido em colaboração com o Ministério da Fazenda, Banco Central e com apoio técnico e recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial, o Eco Invest Brasil tem como objetivo primordial incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis. Além disso, oferecerá soluções de proteção cambial para mitigar os riscos associados à volatilidade do câmbio.

“A transformação ecológica que o Brasil e o mundo precisam não acontecerá apenas com investimentos públicos. É crucial a integração com investimentos privados para fazer a diferença. A colaboração entre os setores público e privado pode ser decisiva para avançarmos em uma agenda estratégica para o equilíbrio do planeta e a preservação da vida”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante o lançamento da iniciativa.

Além do Eco Invest Brasil, o BID e o Banco Mundial anunciaram investimentos no Fundo Clima, um mecanismo financeiro brasileiro dedicado à redução de emissões de gases de efeito estufa e adaptação às mudanças climáticas. O BID disponibilizará uma linha de crédito de cerca de R$ 10 bilhões, juntamente com apoio técnico ao Fundo Clima, enquanto o Banco Mundial estuda a alocação de aproximadamente R$ 5 bilhões para financiar ações de proteção florestal, desenvolvimento de cidades verdes e resilientes, e gestão de resíduos sólidos.

Após um período de esvaziamento durante a gestão anterior, o Fundo Clima foi revitalizado em 2023, recebendo um aporte de R$ 630 milhões para financiar projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Neste ano, o governo federal garantiu pelo menos R$ 10,4 bilhões com a emissão de títulos verdes. O Fundo Clima é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, e sua modalidade reembolsável é gerida pelo BNDES, representando um importante instrumento na busca por um futuro mais sustentável e resiliente para o Brasil e o mundo.

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