Quem tem cachorro sabe: basta fechar a porta e sair que, muitas vezes, começa o drama. Latidos, uivos, móveis mordidos, chinelos destruídos ou até acidentes pela casa. Esse comportamento é comum e acontece porque muitos cães não sabem lidar bem com a solidão. No entanto, com paciência e algumas estratégias inteligentes, é possível acostumar seu pet a ficar sozinho sem transformar a casa em um campo de batalha.

Por que os cães sofrem quando ficam sozinhos?
Antes de aplicar as dicas, é importante entender o motivo desse comportamento. Cães são animais sociais por natureza. Na matilha, eles estão sempre em grupo e, quando ficam sozinhos em casa, podem sentir ansiedade, tédio ou insegurança. Essa combinação resulta em atitudes destrutivas ou barulhentas, que são formas de extravasar o estresse.
Ao compreender essa necessidade de companhia, o tutor consegue adotar métodos que reduzem a ansiedade e tornam o tempo sozinho mais tranquilo para o cachorro.
1. Crie uma rotina de saídas curtas
O primeiro passo é treinar o cachorro aos poucos. Em vez de deixá-lo sozinho por horas logo de início, faça saídas curtas de 5 a 10 minutos. Vá aumentando o tempo gradativamente, para que ele perceba que você sempre volta.
Essa prática ajuda a reduzir a ansiedade de separação. O cachorro começa a entender que ficar sozinho não significa abandono, e sim uma parte natural da rotina.
2. Ofereça brinquedos e distrações
O tédio é um dos grandes vilões quando o assunto é cachorro sozinho em casa. Para evitar que ele destrua móveis ou objetos, ofereça brinquedos que estimulem a mente e o corpo. Existem opções interativas, como bolinhas que liberam petiscos ou brinquedos de morder resistentes.
Outra ideia é alternar os brinquedos disponíveis para que o cão não enjoe. Assim, ele sempre encontra algo novo para explorar e se manter ocupado.
3. Prepare o ambiente antes de sair
Um ambiente adequado faz toda a diferença. Antes de sair, certifique-se de que o cachorro tem água fresca, um local confortável para descansar e espaço seguro para circular. Retire do alcance objetos que possam ser destruídos ou que ofereçam risco.
Deixar uma música calma ou até a TV ligada em volume baixo também ajuda a criar uma sensação de companhia. Muitos tutores relatam que essa simples medida reduz bastante a ansiedade.
4. Exercite o cachorro antes da separação
Cachorros cheios de energia tendem a extravasar quando ficam sozinhos. Uma caminhada ou brincadeira antes de sair de casa ajuda a gastar essa energia acumulada. Quando o cão já está cansado, é mais provável que ele use o tempo sozinho para descansar, em vez de destruir objetos.
Essa prática também reforça o vínculo entre tutor e cachorro, mostrando que, mesmo quando você precisa sair, ainda há momentos de atenção e carinho.
5. Evite despedidas e reencontros exagerados
Muitos tutores cometem o erro de se despedir do cachorro com excesso de carinho ou de fazer festa na volta para casa. Embora pareça um gesto de amor, isso reforça a ideia de que ficar sozinho é algo dramático.
O ideal é sair de casa de forma tranquila, sem grandes interações, e retornar do mesmo jeito. Depois que o cachorro estiver calmo, aí sim ofereça carinho e atenção. Essa abordagem ensina o animal a lidar melhor com as ausências.
O impacto das pequenas mudanças
Essas cinco dicas parecem simples, mas fazem toda a diferença na vida do cachorro e do tutor. Com o tempo, o pet aprende a lidar com a solidão, fica mais seguro e tranquilo, e a casa permanece intacta. Além disso, reduzir a ansiedade melhora o bem-estar geral do cão, evitando problemas de saúde relacionados ao estresse.
Alternativas para cães com maior dificuldade
Alguns cães, especialmente os que já sofreram abandono ou são muito apegados, podem precisar de estratégias adicionais. Nesses casos, vale considerar passeadores, creches para cães em períodos específicos ou até o acompanhamento de um adestrador profissional.
Essas alternativas ajudam a complementar o treino em casa e garantem que o cachorro não sofra tanto com a solidão.
Convivência mais leve para todos
Acostumar o cachorro a ficar sozinho não significa deixá-lo de lado, mas sim prepará-lo para lidar melhor com a rotina do lar. Isso traz tranquilidade para ele e também para você, que pode sair de casa sem medo de voltar e encontrar a sala destruída.
No fim, o equilíbrio entre paciência, carinho e disciplina transforma o dia a dia em algo mais harmonioso para todos.
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