Belém amplia opções culturais com novos espaços no Parque da Cidade


Um parque que amplia sentidos e experiências

A reabertura do Parque da Cidade, em Belém, reacendeu o movimento de visitantes e trouxe consigo novas possibilidades de convivência, lazer e consumo. Agora, o espaço público incorporou dois equipamentos essenciais para quem busca experiências culturais e gastronômicas: o Centro Gastronômico e o prédio de Economia Criativa.

Foto: Alexandre Costa / Ag. Pará

Ambos chegam para fortalecer a proposta do Parque como um lugar de múltiplas vivências, somando-se ao clima festivo do Natal Encantado 2025, que transforma a área em uma vila iluminada e repleta de atrações. Localizado no bairro do Souza, o Parque passa a oferecer uma combinação de sabores, artesanato e histórias que refletem a identidade paraense, tudo por meio do trabalho de dezenas de empreendedores regionais.

Com o apoio institucional da Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) e a curadoria do Sebrae Pará e da Coca-Cola, os novos espaços foram organizados para que o público encontre produtos locais, gastronomia acessível e áreas de convivência integradas ao ambiente natural do Parque. Assim, a visita deixa de ser apenas um passeio: torna-se uma imersão no universo criativo e culinário que marca a cultura da região.

Gastronomia e criatividade como portas de entrada para a cultura local

O prédio de Economia Criativa se tornou uma vitrine da produção artesanal paraense. São 36 expositores que exibem biojoias, cosméticos naturais, velas, cerâmicas e os tradicionais banhos de cheiro. Em cada estande, há uma narrativa ligada à floresta, às técnicas tradicionais e às memórias das comunidades que moldaram esses saberes.

Já o Centro Gastronômico dá forma a outro tipo de experiência: o sabor. Com 30 quiosques no térreo e cinco restaurantes no segundo pavimento, reúne opções de sobremesas, pratos regionais e culinária contemporânea. É um espaço pensado para circular, experimentar e descobrir a riqueza da cozinha paraense, que se reinventa sem perder raízes.

Além da diversidade, a localização dos centros facilita o fluxo de visitantes. Próximo aos portões P14 e P15, na Avenida Júlio César, o Centro Gastronômico funciona de terça a domingo a partir das 15h. Já o prédio de Economia Criativa, ao lado da Avenida Senador Lemos, abre suas portas a partir das 17h. A distribuição estratégica convida o público a percorrer o Parque, costurando gastronomia, cultura e lazer.

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Foto: Marcelo Lelis / Ag. Pará

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Histórias de quem vive da própria criação

Por trás dos quiosques e estandes, há histórias individuais que movem os novos espaços. Entre elas, a de Ana Maria, conhecida como Ana do Cheiro, que trabalha há mais de quarenta anos com essências amazônicas transformadas em perfumes, sabonetes e óleos aromáticos. Ela conta que a oportunidade de estar no Centro Gastronômico dá novo alcance ao seu trabalho e reforça o valor da matéria-prima local.

Tiago Costa compartilha sentimento semelhante. Seu empreendimento de biojoias utiliza sementes, fibras e materiais tradicionais da bioeconomia amazônica. Segundo ele, o mês de dezembro se tornou particularmente estratégico para as vendas, e a presença no Parque cria a chance de atrair novos públicos em busca de presentes e peças únicas.

O mesmo vale para Ana Cláudia, empreendedora que prepara crepes em um dos quiosques do Centro Gastronômico. Para ela, a experiência de estar ali funciona como vitrine para que negócios pequenos possam mostrar sua identidade e qualidade. Em comum, todos enxergam o novo Parque como uma arena de visibilidade, circulação e reconhecimento.

Quem visita também percebe essa transformação. A estudante de pedagogia Adrielle Corrêa, que passeava com os filhos, relatou surpresa com a variedade de produtos e com o caráter acolhedor dos expositores. Para ela, a experiência une lazer e aprendizado, já que muitos empreendedores se dedicam a explicar os processos artesanais e os significados culturais por trás de cada item.

Um parque que se reinventa como espaço de encontro

A reabertura do Parque da Cidade, somada às atrações do Natal Encantado, marca um momento de renovação do espaço público. Os novos equipamentos ampliam o que significa estar no Parque: não apenas caminhar ou aproveitar áreas verdes, mas também conhecer empreendedores, provar novos sabores, adquirir artesanato produzido com técnicas tradicionais e descobrir histórias que atravessam gerações.

O movimento que surge nesses primeiros dias demonstra que a combinação entre cultura, economia criativa e gastronomia gera valor simbólico e econômico. O Parque se reposiciona como um lugar de convivência social e de reconhecimento da criatividade paraense — e isso fortalece, ao mesmo tempo, a identidade cultural e os pequenos negócios da região.

Para quem busca visitar, o funcionamento segue: o Parque da Cidade abre de terça a domingo, das 8h às 22h, e às segundas das 18h às 22h. O Centro Gastronômico funciona de terça a domingo das 15h às 22h; Economia Criativa, a partir das 17h. Mais do que horários, são portas abertas para que moradores e turistas vivenciem Belém com todos os sentidos.