Eixo de economia e finanças do BRICS apresenta prioridades para sociedade civil

Autor: Redação Revista Amazônia

A coordenação do eixo de cooperação em economia e finanças do BRICS apresentou, nesta semana, no Palácio da Fazenda, Rio de Janeiro (RJ), as prioridades do grupo a representantes da sociedade civil. O evento ocorre após a 1ª Reunião de Vice-Ministros das Finanças e dos Bancos Centrais do BRICS, na Cidade do Cabo, África do Sul, em fevereiro.

Temas prioritários

brics fundo azul crop modifiedEm mesa composta por representantes do Ministério da Fazenda do Brasil e de órgãos parceiros, como o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Banco Central, as participantes apresentaram seis temas prioritários à sociedade civil.

Facilitação do comércio e investimentos entre países do BRICS, incluindo meios de pagamento; coordenação da atuação em organismos financeiros internacionais; promoção do financiamento e de novos instrumentos para o enfrentamento da mudança do clima e diálogo sobre a COP30; avanços no diálogo e cooperação em parcerias público-privadas, tributação e questões alfandegárias; promoção de melhorias na regulação e supervisão da inteligência artificial; e promoção do debate com think thanks e a sociedade civil, incluindo o BRICS Think Tank Finance Network.

Ao apresentar os temas prioritários para o eixo de cooperação, a secretária de Assuntos Internacionais da Fazenda e coordenadora dos trabalhos em economia e finanças no BRICS, a embaixadora Tatiana Rosito, avaliou a importância da presidência brasileira do grupo face à incorporação de novos membros e destacou a novidade de abertura do diálogo com a sociedade civil para o tema.

“Essa é uma inovação que estamos trazendo esse ano: ter uma área específica para a ampliar a participação e o diálogo”, disse.

Contexto e a estrutura da presidência brasileira

A coordenadora de parcerias em economia e finanças, Uolli Briotto, apontou que esse diálogo com a sociedade objetiva “apresentar o contexto e a estrutura da presidência brasileira dos BRICS, suas prioridades e possíveis entregas, com foco na trilha de finanças”.

Além de Rosito e Briotto, a subsecretária de Acompanhamento Macroeconômico e de Políticas Comercial, Julia Braga, também participou do evento. “A agenda brasileira, que estimula a integração econômica, é fundamental. Essa participação é crucial. Neste âmbito, o caminho para o BRICS ainda é longo, ainda há espaço para muitos avanços”, destacou.

A presidente do Ipea, Luciana Servo, salientou o papel do Instituto durante a presidência brasileira do BRICS, indicando que o órgão deve se debruçar sobre os temas do financiamento climático e da avaliação do crédito ao desenvolvimento sustentável. Servo ressaltou ainda a participação das mulheres na presidência brasileira:

Destaque feminino

“Ter uma mesa apenas com mulheres, na área da economia, é algo a ser destacado e comemorado. No Ipea, coordenamos dois grupos de think tanks, o BRICS Think Tanks Council e o BRICS Think Thank Network for Finance. Assim, o Brasil tem a peculiaridade de ter a mesma instituição liderando as duas redes, o que abre a oportunidade para a convergência entre as trilhas”, pontuou ela.

Pelo Banco Central, instituição parceira da Fazenda na coordenação dos trabalhos, participou a chefe adjunta do departamento de Assuntos Internacionais, Bianca Kivel. Ela salientou que um dos enfoques da autoridade monetária será compartilhar experiências entre os países membros sobre como os bancos centrais têm analisado e enfrentado os riscos climáticos.


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