Estudo da UFPA desenvolve técnica que acelera crescimento de árvores amazônicas

Autor: Redação Revista Amazônia

Estudos inovadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) estão prestes a concluir uma técnica promissora que acelera o crescimento de árvores nativas da Amazônia. O método, que se concentra em espécies de crescimento lento, pode reduzir o tempo de desenvolvimento das plantas em até duas décadas.

Lançado em 2022, o estudo envolve uma técnica combinada de aprimoramento genético e estrutural das plantas. Isso resultará na inserção de uma parte de uma espécie viva em outra planta, juntamente com a aplicação de hormônios que aceleram o crescimento e antecipam a produção de flores e frutos.

Por exemplo, a golosa, uma espécie que normalmente leva 25 anos para florescer, pode ter seu tempo de florescimento reduzido para apenas três ou quatro anos após o plantio com essa técnica.

De acordo com a UFPA, essa pesquisa tem o potencial de revolucionar a restauração de florestas degradadas e, assim, mitigar os impactos das mudanças climáticas. Além disso, pode aumentar a renda da população local, pois reduzirá o tempo de crescimento de frutas frequentemente vendidas.

Pesquisa calcula que 8.690 espécies de árvores amazônicas podem estar sob risco de extinção.
Pesquisa calcula que 8.690 espécies de árvores amazônicas podem estar sob risco de extinção.

Emil Hernández, professor da instituição e líder da pesquisa, explicou que a técnica pode ser aplicada em outros tipos de florestas. “O sucesso do projeto pode trazer benefícios significativos para o futuro da restauração florestal na Amazônia e pode ser aplicado em outras regiões, ajudando a recuperar áreas degradadas e a reduzir o desmatamento. Também pode apoiar a biodiversidade e gerar renda e emprego”.

A expectativa é que os estudos sejam concluídos em até oito meses. Eles fazem parte de um projeto de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) da Norte Energia, operadora da Usina Hidrelétrica Belo Monte, regulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

O projeto também conta com a participação de cientistas da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa, da Universidade Federal de Viçosa, da Universidade Federal Rural da Amazônia e do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará.


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