Feira Pan-Amazônica do Livro é declarada patrimônio cultural e imaterial do Pará

Autor: Redação Revista Amazônia

A história literária do Pará ganha um novo capítulo com a declaração da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes como patrimônio cultural e imaterial do estado. Aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Helder Barbalho, a Lei 10.441/2024 oficializa o reconhecimento desse evento que se tornou ícone na promoção da cultura e da leitura na região.

Desde sua primeira edição em 1996, realizada no Centro Cultural e Turístico Tancredo Neves (Centur), a Feira Pan-Amazônica do Livro tem se destacado como o maior evento literário do Norte do Brasil. Em 2019, sua importância foi ampliada com a introdução do espaço dedicado às Multivozes, proporcionando um ambiente diversificado para a celebração da literatura e cultura paraense.

Os números impressionam: mais de 410 mil visitantes e a venda de 805 mil livros naquela edição, destacando a valorização dos escritores locais com cerca de 54 mil livros vendidos. E a cada ano, a feira supera suas metas, batendo recordes de público e negócios. Em 2023, foram mais de 107 mil visitantes em um único dia e um total de 450 mil ao longo de nove dias, movimentando R$ 18 milhões em negócios e gerando mais de 2 mil empregos.

Para Ursula Vidal, titular da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o reconhecimento como patrimônio cultural e imaterial é uma prova do compromisso do governo com a promoção do livro e da leitura como elementos essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Além disso, a Feira se destaca pela valorização das “multivozes”, representando a diversidade cultural e identitária do Pará.

A descentralização do evento também é uma prioridade, com parcerias firmadas com prefeituras do interior para realização de festas literárias em diversos municípios, ampliando o acesso à cultura e à literatura para além da capital. Este ano, a 27ª edição da Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes homenageará o escritor Antônio Juraci Siqueira e a mestra de cultura popular Iracema Oliveira, reafirmando seu compromisso com a valorização da produção literária e cultural paraense.


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