Governo divulga programação completa dos Pavilhões Brasil na COP30


O governo federal divulgou a programação completa dos COP30 — a 30.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada em Belém (PA) entre 10 e 21 de novembro de 2025 — com todos os painéis que serão realizados nos Pavilhões Brasil. Em anúncio oficial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em coordenação com a Casa Civil da Presidência da República, foram programados 286 eventos que se distribuirão por quatro auditórios nas Zonas Azul e Verde do evento.

Foto: ANSA / Ansa - Brasil

A agenda, viva e extensa, abre espaço para participação da sociedade civil, setor privado, academia e representantes internacionais no debate climático. Os painéis ocorrerão das 10 h às 19 h, com duração máxima de 60 minutos cada.

Na Zona Azul, os temas centrais serão a implementação da NDC brasileira — as Contribuições Nacionalmente Determinadas do Brasil no âmbito do Acordo de Paris — e os mecanismos de cooperação internacional que apoiam essa execução. A Zona Verde, por sua vez, volta-o olhar para conceitos domésticos, com destaque para o Plano Clima, que definirá as ações brasileiras para enfrentamento da crise climática até 2035.

Esse anúncio sinaliza, acima de tudo, um esforço de articulação: o Brasil pretende consolidar um espaço de diálogo plural — envolvendo governo, sociedade, povos tradicionais, ciência e setor privado — como parte do seu protagonismo na agenda climática global. A escolha de Belém como sede e tanto o volume quanto a diversidade de sessões demonstram essa ambição.

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Vista aérea dos painéis solares no Parque da Cidade, em Belém (PA), espaço de mais de 500 mil m² que sediará a COP30 em novembro. — Foto: Anderson Coelho/AFP

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Ao mapear 286 painéis, o MMA e a Casa Civil estão dizendo que a COP30 não será apenas mais uma conferência na qual se fala sobre intenções: será um palco para o entrelaçamento de produção de conhecimento, decisões estratégicas e mobilização da sociedade. Isso porque, ao combinar debates sobre implementação de políticas climáticas, financiamento, transição de matrizes energéticas, cidadania climática e justiça socioambiental, os Pavilhões Brasil se apresentam como incubadora de ações concretas.

Importante observar que o cronograma detalhado — com nomes de painelistas, moderadores e instituições participantes — ainda está para ser divulgado no site oficial do MMA. Isso cria uma expectativa de que os próximos dias tragam mais transparência e ganhos de visibilidade para aqueles que desejam acompanhar ou participar ativamente.

Para os interessados, o formato sugere uma oportunidade única de envolvimento direto: participar de momentos de debate e networking que tratam da implementação das políticas climáticas brasileiras, de caminhos de cooperação internacional e de governança ambiental. As sessões foram escalonadas para oferecer alternância diária ao longo dos auditórios e temas, permitindo aos participantes escolher múltiplos ângulos de envolvimento.

Em resumo, a divulgação da programação completa dos Pavilhões Brasil na COP30 representa mais do que logística: marca o início de um ciclo de articulação, engajamento e transformação para o Brasil no campo da ação climática. A conferência em Belém se apresenta como um momento-chave — no qual a teoria precisa se encontrar com a prática, e na qual debates se convertem em compromissos e estratégias de longo prazo.