Estes grupos enfrentam riscos específicos de poluição, doenças mortais e clima extremo; as agências da ONU exigem que a COP28, a 28ª Conferência sobre Mudanças Climáticas, ponha fim à negligência e à subnotificação.
Três agências da ONU alertam para os riscos extremos que as catástrofes climáticas representam para a saúde de mulheres grávidas, bebês e crianças. Em um chamado à ação lançado nesta segunda-feira, elas pedem que as negociações da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP28, incluam as necessidades específicas desses grupos nas políticas climáticas.
Segundo as agências, os efeitos dos eventos climáticos na saúde materna e infantil têm sido negligenciados, subnotificados e subestimados. Elas citam exemplos de desastres climáticos arrasadores que ocorreram em 2023, como incêndios florestais, inundações, ondas de calor e secas, que causaram deslocamentos, destruição e poluição. Além disso, elas apontam que o aquecimento global aumenta a propagação de doenças mortais como cólera, malária e dengue, que podem ser especialmente graves para as mulheres grávidas e crianças.
As agências afirmam que os danos podem começar ainda no útero, levando a complicações na gravidez, parto prematuro, recém-nascidos abaixo do peso e natimortos. Para as crianças, as consequências podem durar a vida toda, afetando o desenvolvimento dos seus corpos e cérebros.
O apelo das três agências destaca sete ações urgentes para enfrentar esses riscos crescentes, como reduzir as emissões de gases de efeito estufa, garantir o financiamento climático e promover a igualdade de gênero. Elas também pedem por mais pesquisas para compreender melhor os impactos das alterações climáticas na saúde materna e infantil.