Pug: 4 defeitos de temperamento que ninguém comenta


Quem olha para um Pug pela primeira vez se encanta com o focinho achatado, o olhar doce e a aparência sempre simpática. Mas, como todo tutor experiente sabe, por trás dessa carinha fofa existem características de temperamento que nem sempre são tão fáceis de lidar. O Pug é uma raça adorável, fiel e companheira, mas também apresenta alguns comportamentos que podem desafiar a paciência de quem convive com ele. Vamos explorar quatro desses defeitos que raramente são comentados, mas que fazem parte do pacote de ter esse cãozinho único dentro de casa.

Pug defeitos de temperamento que ninguém comenta

Pug e sua teimosia irresistível

Um dos primeiros desafios do tutor é encarar a teimosia do Pug. Apesar do porte pequeno, esse cão tem uma personalidade firme e sabe muito bem como insistir quando quer algo. Isso significa que o adestramento pode ser mais lento em comparação a outras raças, exigindo repetição, paciência e reforços positivos constantes.

Por exemplo, um Pug pode simplesmente decidir que não vai andar durante o passeio e travar no meio da calçada, obrigando o tutor a negociar, oferecer petiscos ou até mesmo voltar para casa. Essa teimosia também aparece quando ele se recusa a largar um brinquedo ou quando insiste em subir no sofá mesmo após ser repreendido. Para quem não tem tempo ou paciência, isso pode se transformar em um verdadeiro desafio do dia a dia.

A gula sem limites

Outro traço marcante — e problemático — do Pug é a gula. Essa raça é conhecida por comer rápido demais, pedir comida a todo momento e até “roubar” alimentos que estejam ao alcance. A relação com a comida é tão intensa que muitos tutores precisam recorrer a comedouros lentos para evitar que o cachorro engasgue ou desenvolva problemas digestivos.

Essa gula pode levar ao sobrepeso, que é um problema sério para a saúde do Pug, já que a raça tem predisposição a doenças respiratórias e articulares. É comum ver Pugs desenvolvendo olhares irresistíveis, como se estivessem morrendo de fome, mesmo após a refeição. Para quem não consegue resistir a esses apelos, o risco de obesidade se torna uma realidade preocupante. Esse comportamento também pode causar brigas com outros animais da casa quando há disputa por alimento.

Carência além da conta

Se você gosta de um cão grudado e carinhoso, o Pug pode ser perfeito. Mas se precisa de um pouco de espaço ou trabalha muitas horas fora, talvez se surpreenda com o nível de carência dessa raça. O Pug adora atenção constante, não gosta de ficar sozinho e pode desenvolver ansiedade de separação.

Esse excesso de apego se traduz em choros, latidos insistentes ou até destruição de objetos quando o cão se sente abandonado. Muitos tutores relatam que o Pug os segue pela casa o tempo todo, inclusive até o banheiro, como se precisasse garantir que nunca será deixado para trás. Embora seja um traço de amor e lealdade, para algumas pessoas esse comportamento pode ser sufocante e exigir um esforço extra para equilibrar os momentos de companhia e independência.

Ciúmes exagerados

Um defeito de temperamento do Pug que quase ninguém comenta é o ciúme. Ele pode reagir mal quando percebe que seu tutor dá atenção a outras pessoas ou animais. Esse comportamento pode variar desde ficar emburrado e se afastar até atitudes mais incisivas, como latidos e tentativas de se colocar entre o tutor e o “concorrente”.

Imagine a cena: você está acariciando outro cachorro ou simplesmente abraçando alguém da família, e seu Pug aparece no meio, tentando chamar atenção ou até rosnando discretamente. Esse comportamento, embora engraçado em alguns momentos, pode se tornar um problema quando não é controlado. É preciso trabalhar limites claros para que o Pug entenda que não é o centro exclusivo do universo.

Como lidar com esses defeitos?

Conhecer esses aspectos menos comentados do Pug não significa que a raça não seja uma excelente companhia. Pelo contrário: são justamente essas características que tornam esses cães tão únicos e apaixonantes. O segredo está em aprender a lidar com cada uma delas.

  • Para a teimosia: adestramento com reforço positivo e paciência. Nunca use agressividade, pois o Pug é sensível e pode se retrair.

  • Para a gula: refeições controladas, alimentos de qualidade e uso de comedouros lentos. Resistir aos olhares pidões é essencial.

  • Para a carência: criar pequenas rotinas de independência, como deixar brinquedos interativos e treinar períodos curtos de ausência.

  • Para o ciúme: socialização desde cedo e reforço de comportamentos tranquilos quando outros animais ou pessoas estão por perto.

O lado humano do Pug

Os defeitos de temperamento do Pug são, no fundo, reflexos da sua essência: ele é um cão afetuoso, que gosta de estar perto, de comer bem e de receber atenção. Muitos tutores acabam se apaixonando justamente porque esses traços, apesar de desafiadores, reforçam a sensação de ter um companheiro leal e cheio de personalidade.

É como conviver com uma criança manhosa, que exige paciência, limites, mas também devolve amor em dobro. Quem entende esse lado do Pug e se adapta a ele descobre que os “defeitos” podem ser encarados como características cômicas e até encantadoras.

No fim das contas, o Pug não é um cão para quem busca independência ou disciplina militar. Ele é para quem valoriza a convivência próxima, o afeto constante e até um pouco de bagunça no dia a dia. Entender isso é a chave para uma relação feliz e equilibrada com esse pequeno e carismático cachorro.

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