Sensor Sustentável Monitora Agrotóxicos em Vegetais

Autor: Redação Revista Amazônia

Pesquisadores das Universidades de São Paulo (USP) e Federal de Viçosa (UFV) fizeram uma descoberta revolucionária que pode mudar a forma como monitoramos os níveis de agrotóxicos em nossos alimentos. Eles desenvolveram um sensor vestível sustentável que pode detectar a presença de agrotóxicos diretamente na casca dos vegetais.

O Problema dos Agrotóxicos

Os pesticidas são amplamente utilizados na agricultura para aumentar a produtividade. No entanto, apenas 50% dos agroquímicos pulverizados atingem o alvo correto. Isso significa que uma quantidade significativa de substâncias perigosas pode contaminar seres humanos por contato com a pele, inalação e ingestão de alimentos e água.

A Solução: Um Sensor Sustentável

Para combater esse problema, os pesquisadores desenvolveram um sensor eletroquímico que pode detectar rapidamente a presença de pesticidas. Este sensor é feito de acetato de celulose, um material produzido a partir da polpa de madeira. Este material é ambientalmente amigável, degradando-se completamente em 340 dias, dependendo das condições locais.

Testes e Resultados

Durante os testes em laboratório, uma solução contendo os pesticidas carbendazim e paraquate foi pulverizada sobre folhas de alface e peles de tomate. O sensor vestível foi então anexado diretamente às superfícies dos alimentos e a medição foi feita. Os resultados mostraram que o desempenho de detecção do sensor de acetato de celulose era compatível com o de um sensor de tereftalato de polietileno, o material mais comumente usado.

Implicações e Futuro

Este estudo, financiado pela FAPESP, é um passo importante para garantir a segurança dos alimentos em um mundo que cada vez mais sofre com a escassez de comida e, ao mesmo tempo, com os problemas ambientais e de saúde causados pelo uso desenfreado de agrotóxicos. A capacidade de monitorar os níveis de agrotóxicos diretamente na casca dos vegetais pode permitir uma detecção mais rápida e eficaz de contaminação, protegendo assim a saúde dos consumidores.


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