A cidade de Belém se prepara para viver um momento histórico em novembro de 2025, quando receberá a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). Mais do que infraestrutura urbana e logística, o evento exige do Estado uma resposta sólida na área da saúde. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), em parceria com o Ministério da Saúde, elaborou um plano estratégico capaz de garantir assistência ágil, organizada e de qualidade a todos os participantes e à população local durante os dias da conferência.

O planejamento combina prevenção, triagem e atendimento hospitalar em diferentes níveis de complexidade. A rede inclui desde postos de pronto atendimento instalados nos espaços do evento até a definição de hospitais estaduais de referência para casos clínicos e emergenciais. A estrutura foi pensada para funcionar de forma integrada, com fluxos testados em grandes eventos internacionais, garantindo rapidez e segurança em qualquer situação.
Uma rede de apoio integrada
A secretária estadual de Saúde, Ivete Gadelha, destacou que a força do plano está na articulação entre os diferentes níveis de atendimento. Segundo ela, “a integração entre hospitais estaduais, municipais e unidades complementares é o que assegura a capacidade de resposta rápida a qualquer demanda. Essa estrutura mostra o cuidado do Governo do Pará em manter a tranquilidade do evento e a qualidade assistencial para todos”.
Sete hospitais estaduais foram designados como referência durante a COP30:
Hospital da Mulher do Pará (HMPA)
Hospital Jean Bitar (HJB)
Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE)
Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS)
Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV)
Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMPA)
Pronto Socorro Dr. Roberto Macedo (PSRM)
Essas unidades estarão preparadas para acolher desde casos de urgência até situações de média e alta complexidade. Além disso, mantêm protocolos de emergência revisados e equipes especializadas em constante treinamento.

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Vozes da rede hospitalar
Cada hospital terá um papel estratégico na engrenagem de atendimento. A diretora-geral do Hospital da Mulher, Nelma Machado, enfatizou o compromisso da unidade com a assistência às mulheres, especialmente em situações de emergência ginecológica ou em casos de violência sexual e doméstica.
Já Aline Oliveira, diretora do HRAS, lembrou que a instituição conta com a certificação Acreditado – ONA1, concedida pela Organização Nacional de Acreditação, um dos mais relevantes reconhecimentos em qualidade hospitalar no Brasil. Para ela, o hospital reforçará sua vocação de cuidado seguro e qualificado, beneficiando tanto a população paraense quanto os visitantes internacionais.
Rede municipal e complementar
A rede de urgência e emergência da Prefeitura de Belém também terá papel essencial no atendimento. Unidades municipais estão integradas ao plano estadual e atuarão em sinergia para ampliar a capacidade de resposta. A secretária adjunta de Políticas Públicas da Sespa, Heloísa Guimarães, destacou que equipes já estão treinadas para lidar com diferentes cenários. “Nos preparamos com responsabilidade, porque sabemos que a COP30 demanda excelência em cada detalhe, inclusive no cuidado à saúde”, afirmou.
Durante a conferência, Postos de Atendimento Médico (PAM) funcionarão como primeira porta de entrada, oferecendo triagem e atendimento inicial. Quando houver necessidade, os casos mais graves serão direcionados de ambulância para os hospitais de referência. O encaminhamento será coordenado pela Central de Regulação, que avaliará especialidades, complexidade e proximidade, assegurando que cada paciente receba atenção no local mais adequado.
Atendimento a delegações internacionais
Além da rede pública, unidades privadas de excelência também terão papel de destaque no atendimento às delegações oficiais e chefes de Estado. O Hospital Porto Dias e o Hospital Adventista de Belém foram selecionados como referências para casos de alta complexidade envolvendo visitantes estrangeiros. Ambos já possuem infraestrutura moderna, equipes bilíngues e experiência no acolhimento de pacientes internacionais.
O esforço do Pará em estruturar uma rede hospitalar integrada e multissetorial reforça o compromisso do Estado em receber com segurança o maior evento climático do mundo. Mais do que suporte médico, o plano reflete uma concepção de saúde pública que alia prevenção, qualidade assistencial e cooperação institucional.
Ao alinhar hospitais estaduais, municipais e privados, a Sespa constrói uma rede que vai muito além da conferência, deixando como legado uma estrutura preparada para futuras demandas. A COP30 será, assim, não apenas um marco ambiental e político, mas também um momento em que o Pará reafirma sua capacidade de cuidado, acolhimento e organização.




































