Anaconda: Descoberta de Nova Espécie de Sucuri Gigante na Amazônia

Anúncio:
Autor: Redação Revista Amazônia
Anúncio:

Anaconda gigante da Amazônia

A sucuri, ou anaconda, é uma das maiores serpentes do mundo, predominando em regiões como a Bacia Amazônica na América do Sul. Conhecida por seus impressionantes comprimentos, esta cobra constritora mata suas presas por apertamento, ao invés de usar veneno. Recentemente, pesquisadores fizeram uma descoberta notável: uma nova espécie de sucuri gigante, potencialmente a maior já registrada. Denominada Anaconda Verde do Norte, essa serpente pode ultrapassar os 7 metros de comprimento e pesar cerca de 250 kg.

image 9 9.jpg
Anaconda: Conheça a nova espécie de sucuri gigante da Amazônia. Foto: Jesus Rivas

Até então, acreditava-se que apenas uma espécie de Anaconda Verde habitava a vasta região amazônica, frequentemente chamada de Anaconda Gigante. No entanto, um estudo recente realizado por cientistas de nove países e publicado na revista Diversity revelou a existência da Anaconda Verde do Norte (Eunectes akayima) como uma nova espécie distinta.

O professor Bryan G. Fry, da Universidade de Queensland na Austrália, detalhou a árdua jornada para esta descoberta em um artigo na revista acadêmica australiana The Conversation. Por quase duas décadas, uma equipe de pesquisadores investigou as sucuris por toda a América do Sul. Uma expedição em 2022 à região de Bameno, no coração da Amazônia equatoriana, foi crucial. Durante essa missão, amostras foram coletadas e revelaram uma distinção genética significativa. A expedição contou também com a participação do ator Will Smith, que documentou o trabalho dos pesquisadores para uma série da National Geographic chamada “Pole to Pole with Will Smith”.

image 62 55.jpg
Foto: Bryan Fry

“Enfrentamos rios lamacentos, pântanos e um calor implacável”, recordou um dos membros da equipe. “Mas cada desafio foi recompensado pela importância científica e de conservação dessa descoberta”.

A análise genética mostrou que a sucuri verde divergiu em duas espécies distintas há quase 10 milhões de anos. “Embora as duas espécies de anaconda verde pareçam quase idênticas e não haja barreiras geográficas óbvias para separá-las, a divergência genética entre elas é de 5,5%. Para efeito de comparação, a diferença genética entre humanos e macacos é de cerca de 2%”, relatou Fry.

Essa descoberta não apenas amplia o conhecimento sobre as sucuris verdes, mas também destaca a importância de preservar esses predadores fundamentais para o equilíbrio dos ecossistemas amazônicos. As anacondas verdes não possuem veneno; em vez disso, capturam suas presas com suas mandíbulas robustas e flexíveis, esmagando-as antes de engoli-las. Elas são capazes de capturar presas de grande porte, como capivaras, jacarés e veados, desempenhando um papel crucial na manutenção da saúde da floresta tropical mais diversa do planeta.

anaconda
Foto: Jesus Rivas

Edição atual da Revista Amazônia

Assine nossa newsletter diária