Não toque! Esse bicho fofo pode causar queimaduras graves

Autor: Redação Revista Amazônia

Ele parece inofensivo, até simpático. Pequeno, peludo, e com aparência que lembra um brinquedo de pelúcia. Mas por trás da aparência adorável, esse “bicho fofo” esconde um perigo surpreendente. Estamos falando da lagarta Megalopyge opercularis, também conhecida como lagarta-de-fogo ou lagarta-cabeluda. Apesar do visual curioso e até encantador, ela é um dos insetos mais venenosos do Brasil — e o simples toque pode provocar queimaduras intensas, dores lancinantes e reações perigosas para a saúde humana.

Essa lagarta se camufla muito bem entre folhas, troncos e até superfícies urbanas, o que torna fácil encontrá-la em jardins, quintais, muros e calçadas arborizadas. Conhecer os riscos e saber como agir em caso de contato com esse tipo de bicho é fundamental, principalmente em períodos mais quentes, quando sua aparição se torna mais comum.

Aparência do bicho engana os desavisados

O que torna a Megalopyge opercularis tão traiçoeira é justamente sua aparência. Ela tem corpo recoberto por pelos longos e sedosos, que variam em tons de bege, marrom, cinza ou até alaranjado. Esses pelos, no entanto, não são simples estruturas protetoras — escondem espinhos ocos conectados a glândulas de veneno. Ao menor toque, esses espinhos se quebram e liberam uma toxina potente, causando dor imediata e inflamação intensa.

Ao contrário de outras lagartas, que têm aparência áspera e espinhosa, a lagarta-de-fogo parece macia, quase como um tufo de algodão. Isso atrai a atenção de crianças, curiosos e até de adultos desavisados, que muitas vezes tentam pegá-la com as mãos, sem saber que estão diante de um animal perigoso.

Queimadura e dor: o que acontece após o contato

O veneno da lagarta Megalopyge opercularis pode causar uma série de reações severas no corpo humano. O primeiro sintoma costuma ser uma dor aguda, parecida com uma queimadura de segundo grau. Em seguida, é comum o surgimento de vermelhidão, inchaço e ardência local. Em casos mais graves, o contato pode levar a cefaleia intensa, vômitos, febre, calafrios, dores nas articulações e até dificuldade para respirar.

O local atingido pode desenvolver bolhas e áreas necrosadas, exigindo tratamento médico. Pessoas mais sensíveis, como crianças, idosos e alérgicos, estão em maior risco. Além disso, como o veneno é termolábil (se espalha com o calor), coçar a região ou aplicar compressas quentes pode piorar os sintomas.

Onde esse bicho aparece com mais frequência

A lagarta-de-fogo é encontrada principalmente nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil, com registros frequentes em áreas urbanas arborizadas. Ela costuma aparecer entre o final da primavera e o verão, quando o clima quente favorece sua reprodução. Árvores como o ipê, a sibipiruna e o salgueiro estão entre suas preferidas, mas ela pode surgir em qualquer vegetação ornamental ou nativa.

Cidades com muitos parques e ruas arborizadas precisam de atenção redobrada. Os muros, bancos de praças, galhos baixos e até roupas penduradas próximas de áreas verdes podem ser esconderijo desse bicho perigoso. Jardins domésticos também merecem inspeção regular, especialmente se houver circulação de crianças e animais de estimação.

Como agir em caso de contato

Se você ou alguém próximo encostar acidentalmente em uma lagarta-de-fogo, o primeiro passo é manter a calma e evitar esfregar ou coçar a região atingida. Com auxílio de fita adesiva, tente remover cuidadosamente os pelos que possam ter ficado presos à pele. Em seguida, lave a área com água corrente e sabão neutro, e aplique compressas frias para aliviar a dor.

É fundamental procurar atendimento médico imediatamente, principalmente se surgirem sinais de reação alérgica ou sintomas sistêmicos como febre, vômitos e dificuldades respiratórias. Em muitos casos, será necessário uso de analgésicos, anti-inflamatórios e acompanhamento médico para evitar complicações.

Não toque! Esse bicho fofo pode causar queimaduras graves

Prevenção: o melhor remédio

Evitar o contato com esse bicho é a melhor forma de prevenção. Em casa, mantenha os jardins limpos, com podas regulares e inspeções nas folhas das plantas. Use luvas ao manusear galhos, vasos ou folhas secas. Ensine crianças a nunca tocarem em lagartas, mesmo que pareçam inofensivas.

Nos parques e áreas públicas, preste atenção em locais com muitas árvores e evite encostar em galhos baixos. É comum que as lagartas-de-fogo fiquem imóveis durante o dia, o que aumenta o risco de esbarrões acidentais. Cães e gatos também podem ser afetados, então evite deixá-los soltos em áreas com muitas árvores.

Um alerta que merece atenção

A natureza está cheia de exemplos de beleza perigosa, e a lagarta-de-fogo é um deles. Embora seu visual desperte curiosidade e até simpatia, o bicho representa um risco real para a saúde. Reconhecer esse bicho e aprender a evitá-lo é essencial para garantir a segurança de toda a família. Com informação e cuidado, é possível conviver com a biodiversidade sem surpresas desagradáveis.

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