A cena é familiar para qualquer um que já dividiu a vida com um felino. Você está relaxado no sofá, talvez com uma manta sobre as pernas, e seu gato se aproxima. Ele sobe, encontra o lugar perfeito e então começa. Um movimento rítmico, metódico, com as patas dianteiras, empurrando para a frente e para trás. É o famoso “amassar pãozinho”. Um comportamento tão adorável quanto misterioso. Mas o que se passa na mente de um gato durante esse ritual? Não é apenas um tique fofo, é uma janela para o seu passado ancestral e para o seu estado emocional mais profundo.
Essa ação não é aprendida. Ela é um software que já vem instalado nos gatos, um eco direto de seus primeiros momentos de vida. Cada movimento de “amassar” é uma história sendo contada, uma memória sendo revivida.
Uma viagem no tempo para o conforto materno
Para entender o amassar de pão, precisamos voltar à escuridão quentinha do ninho. Um gatinho recém-nascido, ainda de olhos fechados, depende inteiramente de sua mãe. Ao se aninhar para mamar, ele instintivamente empurra as patas contra a barriga da mãe. Esse movimento tem um propósito vital. Ele estimula as glândulas mamárias a liberarem o leite, o seu primeiro e mais importante alimento.
Pense nesse momento. É a mais pura fusão de calor, segurança, alimento e o som reconfortante do ronronar da mãe. Essa associação é incrivelmente poderosa. O ato de amassar fica permanentemente gravado no cérebro do gato como um sinônimo de contentamento absoluto. Então, quando um gato adulto amassa o seu colo ou um cobertor macio, ele está, em essência, regredindo a esse estado de felicidade pura e primal. É um fenômeno conhecido como neotenia, a retenção de traços juvenis na idade adulta. Seu gato, ao amassar, está revisitando a segurança e o conforto de sua infância, um dos maiores elogios que ele poderia lhe fazer.
O gesto é frequentemente acompanhado por um ronronar profundo e, por vezes, até um olhar sonolento e semicerrado. É um estado de transe feliz, um mergulho em memórias de pura satisfação. Ele não está apenas afofando um cobertor, está se conectando com a memória mais feliz de sua existência. Para um animal que valoriza tanto a segurança, recriar esse sentimento é uma parte crucial de seu relaxamento.
A assinatura invisível de um proprietário
A história do “amassar pãozinho” vai além da simples nostalgia. Os gatos são criaturas territoriais, e sua comunicação é um universo complexo de sinais visuais, vocais e, principalmente, químicos. Suas patas são ferramentas de comunicação muito mais sofisticadas do que imaginamos.
Escondidas nas almofadinhas macias das patas felinas, existem glândulas odoríferas. Essas glândulas interdigitais secretam feromônios, que são como assinaturas químicas únicas para cada gato. Quando um gato amassa uma superfície, seja o seu colo, um travesseiro ou o seu moletom favorito, ele está fazendo mais do que apenas se aconchegar. Ele está ativamente depositando o seu cheiro ali.
É uma forma sutil, mas poderosa, de marcar território. Para o seu gato, seu colo é um lugar de alto valor. Ao “amassá-lo”, ele está deixando uma mensagem clara para qualquer outro animal que possa passar por ali. A mensagem diz “isto é meu, este lugar seguro e confortável pertence a mim”. Conforme detalhado por especialistas da American Animal Hospital Association, essa marcação olfativa é um comportamento instintivo fundamental para que os gatos se sintam seguros em seu ambiente.
Então, da próxima vez que sentir aquelas patinhas trabalhando em sua perna, saiba que você está sendo “reivindicado”. É um ato de posse, mas da forma mais afetuosa possível. Ele está misturando o cheiro dele com o seu, criando um aroma de conforto compartilhado, um perfume que significa “lar”.
O arquiteto ancestral e a cama perfeita
Vamos viajar ainda mais para o passado, antes mesmo dos gatos se tornarem nossos companheiros domésticos. Seus ancestrais selvagens não tinham acesso a camas ortopédicas ou almofadas de veludo. Para descansar em segurança na natureza, eles precisavam criar seus próprios ninhos.
Imagine um gato selvagem africano, o ancestral direto do seu companheiro de sofá, procurando um lugar para uma soneca. Ele encontraria um tufo de grama alta ou um monte de folhas secas. Antes de se deitar, ele usaria as patas para pisotear e amassar a vegetação. Este ato tinha duas funções importantes. Primeiro, ele afofava o material, criando uma cama mais macia e isolada do chão frio ou úmido. Segundo, servia para verificar o local, espantando quaisquer criaturas indesejadas, como cobras ou insetos, que pudessem estar escondidas ali.
Saiba mais- Tatu cavando o jardim? Veja o que isso significa e como evitar danos
Saiba mais- 3 maneiras rápidas de eliminar o cheiro de xixi de gato do seu tapete
Esse comportamento instintivo de preparação de ninho sobreviveu por milênios. O seu gato doméstico, mesmo nunca tendo pisado em uma savana, carrega essa herança ancestral. Quando ele amassa meticulosamente o seu cobertor favorito antes de se enrolar para dormir, ele está respondendo a um chamado de seus genes. Ele é um pequeno arquiteto, garantindo que seu local de descanso seja absolutamente perfeito. Essa conexão com o passado selvagem é fascinante e mostra como comportamentos antigos podem encontrar novos contextos no nosso mundo moderno, uma ideia explorada por centros de bem-estar animal como a Best Friends Animal Society.
Um alongamento com propósito
Gatos são atletas da soneca. Eles podem passar mais de 15 horas por dia dormindo ou cochilando. E, assim como nós, eles precisam de um bom alongamento ao acordar ou antes de se acomodar.
O movimento de amassar pão é também uma excelente forma de alongar os músculos das patas dianteiras, ombros e costas após um longo período de inatividade. Observe atentamente. Durante o ritual, o gato estende completamente as patas, alternando o movimento. É quase como uma sessão de ioga felina. Esse alongamento ajuda a manter a flexibilidade e a circulação, preparando o corpo para a próxima grande aventura, que geralmente envolve caminhar até a tigela de comida ou encontrar um novo local para dormir.
Este não é o motivo principal, mas certamente é um benefício adicional. O comportamento é multifacetado, servindo a múltiplos propósitos que garantem o bem-estar físico e emocional do felino. É uma ação eficiente que combina conforto emocional com manutenção física.
E quando o pãozinho vem com garras?
O ato de amassar é uma demonstração de amor e confiança, um dos maiores elogios que um gato pode oferecer. Ele está completamente relaxado e vulnerável ao seu lado. No entanto, o êxtase do momento pode fazer com que ele estenda as garras, transformando a massagem carinhosa em uma sessão de acupuntura indesejada.
É crucial entender que ele não faz isso por mal. As garras se estendem como parte do reflexo de amassar. Punir o gato por esse comportamento seria como repreender alguém por sorrir. Isso apenas causaria confusão e medo, podendo prejudicar o vínculo de confiança entre vocês. A melhor abordagem, como sugerido por fontes veterinárias como o Cornell Feline Health Center, é o manejo.
Mantenha as unhas do seu gato sempre aparadas. Isso reduzirá drasticamente o potencial de dor. Outra estratégia eficaz é ter sempre uma manta grossa ou uma almofada por perto. Quando ele começar a amassar, coloque essa barreira protetora sobre seu colo. Ele terá a superfície macia que deseja, e você ficará protegido. Você nunca deve afastá-lo bruscamente, mas sim redirecionar o comportamento para um objeto apropriado.
O ato de amassar é um vislumbre da alma de um gato. É uma linguagem silenciosa que fala de amor, confiança, instinto e uma profunda necessidade de conforto. Da próxima vez que o seu pequeno padeiro começar a trabalhar em seu colo, sorria. Você não está apenas sendo usado como um saco de farinha, você está sendo homenageado com a mais pura e sincera forma de afeto felino. Você é o ninho dele, a sua segurança, a sua memória feliz.



































Com a nova regra, que começou a valer em 30 de setembro de 2023, cidadãos brasileiros portando um passaporte comum podem permanecer no Japão por até 90 dias sem visto. A finalidade da viagem deve ser turismo, visitas a amigos ou familiares, participação em eventos ou prospecção de negócios.
A grande sacada é que a medida visa impulsionar o turismo. Pense em explorar as luzes de Tóquio, os templos de Quioto ou as paisagens nevadas de Hokkaido — tudo isso sem a barreira do visto.
O primeiro item, e talvez o mais crucial, é o seu passaporte. Ele não só precisa estar válido durante toda a sua estadia, mas também deve ser um passaporte com chip, também conhecido como passaporte eletrônico.
O governo japonês centralizou esses procedimentos no portal
Esse sistema substitui os antigos formulários de papel que eram distribuídos no avião, tornando o processo muito mais rápido e moderno. Uma dica é fazer esse registro com alguns dias de antecedência para evitar qualquer correria.
Desde a implementação dessa medida, o interesse dos brasileiros pelo Japão cresceu visivelmente. A ausência da burocracia do visto removeu um obstáculo psicológico e financeiro, tornando o sonho de caminhar por Shibuya ou de ver o Monte Fuji de perto muito mais palpável.
Mas como eles conseguem esse código? É aqui que a criatividade para o mal entra em jogo. Os métodos são variados e se tornam mais sofisticados a cada dia.
Com o seu número funcionando no celular do fraudador, ele não precisa mais enganar você para receber o código de verificação. Ele simplesmente instala o WhatsApp e recebe o SMS de confirmação diretamente, tomando controle total da sua conta.
Outro indício é receber mensagens de amigos perguntando sobre um pedido de dinheiro que você supostamente fez. Os golpistas costumam usar desculpas como “troquei de número” ou “estou com um problema no meu aplicativo do banco e preciso pagar uma conta urgente, te devolvo assim que resolver”.
O prejuízo financeiro é bilionário. Uma reportagem do jornal
Pense nela como uma segunda senha. Além do código de 6 dígitos enviado por SMS, você criará um PIN de 6 dígitos que será solicitado periodicamente e, mais importante, toda vez que você for registrar seu WhatsApp em um novo aparelho.
Cuidado também com links suspeitos. Muitas vezes, o primeiro passo do golpe é enviar um link para uma suposta promoção ou notícia bombástica. Ao clicar, você pode instalar um software malicioso que dá acesso aos seus dados.



Viver nessas áreas significa, muitas vezes, conciliar atividades econômicas tradicionais com práticas de manejo sustentável. Comunidades extrativistas, indígenas, quilombolas e ribeirinhas são exemplos de populações que habitam essas regiões, cuidando da floresta enquanto dela tiram seu sustento.
O custo da tecnologia caiu drasticamente nas últimas décadas, tornando os sistemas solares acessíveis para residências, empresas e indústrias. Além disso, projetos de
A energia eólica é uma das fontes mais competitivas em termos de custo. De acordo com a
Apesar de ser uma fonte renovável, as grandes barragens hidrelétricas também enfrentam críticas, especialmente pelo impacto ambiental e social: deslocamento de comunidades, alteração de ecossistemas e perda de biodiversidade. Assim, projetos mais sustentáveis, como as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), ganham destaque como alternativas de menor impacto.
Além de aproveitar resíduos que, de outra forma, iriam para aterros sanitários, a biomassa contribui para uma economia circular. Países como o Brasil se destacam na produção de etanol de cana-de-açúcar, um biocombustível renovável que alimenta milhões de veículos.
Entre os espaços mais aguardados da conferência está a Green Zone, ou Zona Verde, uma área aberta ao público, onde inovações, ideias e vozes diversas têm lugar garantido. Pensando nisso, o Comitê Organizador lançou o edital para seleção de propostas para ocupar a Green Zone. As inscrições já estão abertas e vão até 20 de setembro de 2025.
Diferente das negociações formais, restritas a representantes oficiais, a Green Zone é plural. Quem passa por lá sente o pulso da sociedade civil. Inovações tecnológicas, saberes ancestrais, arte engajada e soluções de base comunitária se misturam em uma verdadeira feira de ideias verdes.



Além dos voos, investimentos em infraestrutura aeroportuária estão sendo realizados. O Aeroporto Internacional de Belém já passa por melhorias para suportar a demanda extra.
O governo do Pará reforça que a logística é parte do legado que a COP30 deixará para a cidade. A meta é garantir acesso mais fácil, seguro e eficiente para todos que participarão do encontro.
Segundo o governo, essa estratégia é essencial para manter a competitividade do Brasil no mercado global de alimentos, garantindo mais renda no campo e alimentos mais acessíveis na mesa das famílias.
A reportagem de abertura traz a proposta da Agenda de Ação da COP 30, apresentada pela presidência da conferência durante as reuniões da UNFCCC. Organizada em seis eixos temáticos com trinta objetivos, a agenda abrange compromissos em mitigação, adaptação e financiamento, e será um dos principais instrumentos para orientar a resposta internacional diante da emergência climática.
A edição também analisa a Conferência de Bonn (SB 62), que marcou o início das negociações preparatórias para a COP. A reunião foi atrasada por divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, especialmente em torno de barreiras comerciais e da liberação de recursos para financiamento climático. A cobertura mostra como o impasse político pode comprometer avanços técnicos e científicos.
Entre os destaques científicos da edição, a matéria sobre as projeções da Organização Meteorológica Mundial aponta que há 70% de chance de que o mundo ultrapasse o limite de 1,5 grau Celsius de aquecimento entre 2025 e 2029. Depois dos recordes de temperatura em 2023 e 2024, o padrão de calor extremo pode se manter, com consequências severas sobre o clima, a saúde e os ecossistemas.
Outro tema abordado é a ocorrência de mudanças abruptas de temperatura, que vêm se tornando mais frequentes e desafiadoras para a adaptação humana e ambiental. A reportagem analisa dados históricos e projeções até 2100, apontando os impactos de variações súbitas de calor e frio, ainda pouco compreendidas pela ciência.









