Empresas lideram a revolução sustentável com inovações e ESG

Em 2025, a sustentabilidade é mais do que uma tendência: é uma prioridade estratégica para empresas no Brasil. Com a pressão de consumidores, investidores e regulamentações globais, as organizações estão adotando a agenda ESG (Environmental, Social, Governance) para transformar suas operações e contribuir para um futuro mais verde. De acordo com a PwC Brasil, 90% das empresas brasileiras já incorporaram metas ESG em 2025, um marco na corrida pela sustentabilidade.

Imagem-2023-08-01T140929.549 Empresas lideram a revolução sustentável com inovações e ESG

O Brasil, com sua rica biodiversidade e matriz energética renovável, está no centro das atenções globais, mas enfrenta desafios como o desmatamento e a desigualdade social. Como as empresas estão respondendo a esses desafios? Confira as principais iniciativas!

ESG: A força motriz das empresas brasileiras

A agenda ESG está remodelando o cenário corporativo brasileiro. Empresas como a Natura, referência em sustentabilidade, continuam a inovar com programas de carbono neutro e parcerias com comunidades amazônicas, conforme detalhado em seu relatório de sustentabilidade. A mineradora Vale, por sua vez, investe em tecnologias para reduzir emissões, com metas de neutralidade de carbono até 2050.

1611833298596 Empresas lideram a revolução sustentável com inovações e ESGAlém disso, o setor financeiro também está na vanguarda. Bancos como o Itaú e o Bradesco oferecem linhas de crédito verde, incentivando projetos sustentáveis. Essas iniciativas não apenas atraem investidores, mas também respondem à crescente demanda dos consumidores por marcas éticas.

Tecnologia verde: Inovações que fazem a diferença

O Brasil consolida sua posição como líder em energias renováveis, com mais de 80% da matriz elétrica composta por fontes como hidrelétrica, solar e eólica, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A Engie Brasil, por exemplo, aposta no hidrogênio verde, uma tecnologia que pode revolucionar o transporte e a indústria.

ximagem_sustentabilidade_como-funciona-a-comercializacao-de-credito-de-carbono_ecotax_5.jpg.pagespeed.ic_.Her4couPUn Empresas lideram a revolução sustentável com inovações e ESGStartups também estão transformando o mercado. A Moss facilita a compra de créditos de carbono, enquanto a Braskem lidera na economia circular com plásticos reciclados e biopolímeros, como destacado em seu portal de sustentabilidade. Essas inovações mostram como a tecnologia está impulsionando a sustentabilidade no Brasil.

O papel das políticas públicas

O governo brasileiro tem intensificado esforços para promover a sustentabilidade, embora enfrente críticas por lacunas na fiscalização ambiental. Programas como o Plano Nacional de Adaptação à Mudança Climática e o RenovaBio incentivam biocombustíveis e energias renováveis. A Raízen, líder no setor sucroalcooleiro, expandiu sua produção de etanol e biodiesel, conforme descrito em seu relatório anual.

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A pressão internacional, especialmente da União Europeia, também está forçando o Brasil a reforçar compromissos contra o desmatamento, com impacto direto nas exportações e na reputação das empresas.

Desafios e oportunidades no caminho

O desmatamento na Amazônia e a desigualdade social continuam sendo obstáculos para a sustentabilidade no Brasil. No entanto, esses desafios abrem portas para a inovação. Marcas como a Osklen estão redefinindo a moda com materiais reciclados, enquanto o agronegócio adota práticas regenerativas, como as da SLC Agrícola, que utiliza tecnologias de ponta para melhorar a saúde do solo.

O Brasil tem o potencial de se tornar um hub global de tecnologias verdes, atraindo investimentos e parcerias, com apoio de organizações como o WWF Brasil.

Histórias de sucesso em 2025

Empresas de diferentes setores estão brilhando na sustentabilidade. A Ambev reduziu drasticamente o consumo de água em suas fábricas, conforme detalhado em seu site oficial. No setor de tecnologia, a Totvs desenvolve softwares para monitoramento de emissões, enquanto a Klabin investe em embalagens sustentáveis, reforçando a economia circular.

Essas histórias mostram que é possível alinhar lucro e impacto positivo, inspirando outras empresas a seguirem o mesmo caminho.

O futuro da sustentabilidade no Brasil

Em 2025, a sustentabilidade é um movimento irreversível no Brasil. A colaboração entre empresas, governo e sociedade civil, por meio de iniciativas como a Rede Brasil do Pacto Global, está acelerando o progresso rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Consumidores também desempenham um papel crucial, exigindo transparência e responsabilidade.

O futuro promete mais inovações, com o Brasil liderando em energias renováveis, economia circular e tecnologias verdes. Empresas que não se adaptarem podem perder espaço em um mercado cada vez mais consciente.

Um Brasil mais verde

A revolução sustentável no Brasil em 2025 é impulsionada por empresas visionárias, políticas públicas e consumidores engajados. De gigantes como Natura e Raízen a startups inovadoras, o país está construindo um futuro mais verde e inclusivo. A sustentabilidade não é apenas uma meta, mas uma necessidade urgente para garantir a prosperidade econômica e ambiental.

 

 

Dente biológico: A revolução que vai aposentar implantes e próteses

Imagine nunca mais precisar colocar uma prótese dentária ou passar por longos tratamentos de implantes. Esse cenário, que parecia ficção científica, está cada vez mais próximo da realidade graças a uma descoberta revolucionária na área da odontologia regenerativa. Cientistas de diferentes partes do mundo avançam em pesquisas para criar dentes biológicos que crescem sozinhos na gengiva do paciente.

Como funciona o dente que nasce naturalmente?

A tecnologia por trás dessa inovação combina engenharia genética, células-tronco e biotecnologia de ponta. Em vez de usar próteses artificiais, os pesquisadores cultivam células-tronco extraídas do próprio paciente e estimulam seu crescimento dentro da gengiva. Assim, um dente completamente novo se forma, respeitando o formato original e se integrando naturalmente à estrutura óssea.

images Dente biológico: A revolução que vai aposentar implantes e prótesesEsse método é inspirado nos mecanismos que os humanos já possuem na infância. Assim como os dentes de leite dão lugar aos permanentes, a ideia é que o organismo seja induzido a repetir o processo, mas em idade adulta. Estudos experimentais já conseguiram resultados promissores em roedores, porcos e primatas, e alguns laboratórios buscam autorização para iniciar testes clínicos em humanos nos próximos anos.

De onde vem essa tecnologia?

A odontologia regenerativa vem ganhando força desde o início dos anos 2000. Universidades como a Universidade de Tóquio, Harvard e King’s College London lideram pesquisas na área. Recentemente, uma equipe japonesa anunciou um marco histórico: a primeira proteína capaz de induzir o crescimento de dentes extras foi identificada e testada com sucesso em animais.

Segundo os cientistas, o composto age bloqueando um gene chamado USAG-1, responsável por inibir o desenvolvimento de dentes adicionais no corpo humano. Ao controlar esse gene, seria possível “acordar” a capacidade natural de gerar novos dentes, mesmo em adultos que perderam a arcada dentária original.

O que dizem os especialistas?

Para o professor Takashi Tsuji, um dos pioneiros no estudo, a descoberta abre caminho para que pessoas com perda dentária tenham uma alternativa muito mais natural e duradoura do que as técnicas atuais.

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Takashi Tsuji

“Os dentes biológicos têm a grande vantagem de crescer ancorados na gengiva, com irrigação sanguínea e integração óssea perfeitas. Isso significa menos risco de rejeição, manutenção ou quebra”, explica Tsuji.

Já para a dentista brasileira Dra. Mariana Vasconcelos, especialista em implantodontia, a tecnologia ainda precisa vencer desafios regulatórios e práticos. “É preciso ter segurança de que o novo dente terá a forma correta, a dureza necessária e que não trará riscos de tumores ou crescimento descontrolado”, alerta.

O impacto na vida de milhões de pessoas

Hoje, mais de 3,5 bilhões de pessoas no mundo têm algum problema odontológico, segundo a OMS. A perda dentária ainda é uma realidade comum, especialmente entre idosos, que dependem de dentaduras ou implantes caros. Com dentes biológicos, o impacto seria imenso na qualidade de vida, autoestima e até na mastigação e fala.

Estudos mostram que perder dentes está associado a problemas digestivos, dificuldade de absorção de nutrientes e até depressão. Assim, devolver dentes naturais pode ir muito além da estética, influenciando diretamente a saúde integral.

Quem poderá ter acesso?

Especialistas acreditam que a técnica começará cara, restrita a clínicas especializadas. No entanto, com a popularização e avanço das pesquisas, o custo deve cair. Muitos esperam que, em até 20 anos, o procedimento seja tão comum quanto os implantes dentários atuais.

Além disso, governos poderão incluir o tratamento em políticas públicas de saúde, já que a regeneração natural pode sair mais barata a longo prazo do que tratamentos convencionais, que exigem manutenção constante.

Riscos e desafios

Como toda tecnologia biomédica, a regeneração dentária enfrenta desafios. Um dos principais riscos é o crescimento indesejado de dentes a mais (hiperdontia). Também é preciso controlar possíveis infecções, rejeições ou mutações celulares.

Por isso, antes da liberação para o uso em larga escala, são necessários testes clínicos extensivos, regulamentações rígidas e acompanhamento rigoroso dos primeiros pacientes.

Como é feito o procedimento experimental?

Em laboratórios, os cientistas extraem células-tronco da gengiva, polpa dentária ou do cordão umbilical. Essas células são cultivadas em biorreatores especiais que simulam o ambiente do corpo humano. Depois de algumas semanas, formam uma “semente dentária”.

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Essa estrutura é então implantada na gengiva do paciente. Lá, recebe estímulos para crescer como um dente normal, completando raízes, esmalte e ligamentos periodontais. O processo pode levar de 6 meses a 1 ano para gerar um dente funcional, mas o resultado promete ser vitalício.

Outras aplicações da odontologia regenerativa

Além dos dentes completos, a ciência já investe em regenerar partes isoladas, como esmalte, raízes e polpas infectadas. A ideia é acabar com canal dentário substituindo a polpa danificada por tecido regenerado. Em alguns países, pesquisadores testam bioenxertos que reconstroem ossos da mandíbula destruídos por doenças ou acidentes.

Essa abordagem vai de encontro a uma tendência maior: a medicina regenerativa, que já cria tecidos de pele, córneas, partes de órgãos e até estruturas cardíacas em laboratório.

O futuro já começou

Enquanto o “dente biológico” não chega às clínicas, outras inovações prometem revolucionar a odontologia. Impressoras 3D já fabricam próteses personalizadas em poucas horas. Materiais inteligentes, como resinas autorreparáveis, estão surgindo. E terapias com laser e nanotecnologia melhoram a cicatrização e combatem cáries de forma menos invasiva.

Para quem sonha com um sorriso natural para sempre, a revolução já está em andamento — e especialistas garantem: quem hoje coloca implantes pode, num futuro não tão distante, ter dentes reais de volta, sem metal, sem parafusos e sem medo de cair.

Enquanto isso, como cuidar bem dos dentes?

Mesmo com tanta tecnologia, a prevenção ainda é a melhor forma de manter a saúde bucal em dia. Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, usar fio dental, visitar o dentista regularmente e manter uma alimentação equilibrada são atitudes simples que fazem toda a diferença.

Nossos radares podem estar revelando a Terra aos alienígenas

Um estudo apresentado na Reunião Nacional de Astronomia de 2025, da Royal Astronomical Society, revela que radares usados em aeroportos e instalações militares estão emitindo sinais tão potentes que poderiam ser detectados por civilizações extraterrestres, isto se elas tiverem radiotelescópios tão sensíveis quanto os nossos.

Screenshot-2025-07-16-110344 Nossos radares podem estar revelando a Terra aos alienígenas
Fonte: Pinterest

A Terra está transmitindo informações sem querer

Esses sinais, parte do funcionamento normal do nosso planeta, são emitidos dia e noite e alcançam distâncias impressionantes de até 200 anos-luz, o suficiente para atravessar milhares de sistemas estelares, ou seja, sem nenhuma intenção direta a Terra pode estar deixando escapar sua localização para o universo.

O poder das ondas que saem da Terra

Segundo os cientistas, os radares civis e militares espalhados pelo planeta geram uma emissão combinada de 2×10¹⁵ watts em radiação eletromagnética. Em teoria, essa potência alcança um raio de 200 anos-luz, mas como os sistemas começaram a operar apenas na década de 1950, o sinal real ainda só percorreu algo em torno de 75 anos-luz.

Mesmo assim, essa distância já é o bastante para alcançar mais de 120 mil estrelas, e talvez, quem sabe, tenha alcançado algum planeta com ouvintes curiosos.

Simulações feitas pelos pesquisadores mostram que, vistas de fora, essas emissões formam padrões distintos que se alteram conforme a rotação da Terra, com diferentes radares entrando e saindo do campo de visão. Um espetáculo invisível, mas cheio de significado para quem souber interpretar.

Screenshot-2025-07-16-110952 Nossos radares podem estar revelando a Terra aos alienígenas
Fonte: Depositphotos

Sinais civis são potentes, mas os militares entregam mais pistas

Apesar de os radares civis emitirem mais energia, são os sinais militares que se destacam no céu. Eles produzem feixes direcionais e pulsantes, como holofotes tecnológicos, que varrem o espaço com precisão. Isso gera um padrão claro e bastante identificável.

Para Ramiro Caisse Saide, autor principal da pesquisa, esses feixes são “claramente artificiais” e não deixariam dúvidas para uma civilização tecnicamente avançada. O contraste entre os dois tipos de radar civil e militar, forma uma assinatura de rádio dinâmica, que revela a presença de uma civilização ativa e tecnologicamente avançada.

Screenshot-2025-07-16-112125 Nossos radares podem estar revelando a Terra aos alienígenas
Fonte: Airway

Tecnicamente vivos, mesmo sem dizer uma palavra

O conceito de tecnossinatura, sinais não intencionais que revelam atividade tecnológica, está ganhando espaço na busca por vida inteligente fora da Terra. Em vez de depender de uma mensagem direta de outro planeta, os pesquisadores agora também procuram por resíduos tecnológicos, como essas ondas de radar que vazam da Terra diariamente.

Esse tipo de busca se baseia na ideia de que outras civilizações, assim como a nossa, também precisariam monitorar céus e controlar tráfego aéreo. Isso faz com que o radar seja uma pista universal, um sinal que não precisa ser enviado, mas que pode ser encontrado.

O exoplaneta mais próximo, Proxima Centauri b, está a apenas 4,2 anos-luz. Se houver vida inteligente por lá, é possível que nossos sinais já estejam batendo em sua atmosfera.

Screenshot-2025-07-16-111601 Nossos radares podem estar revelando a Terra aos alienígenas
Fonte: SDP Notícias

Um novo jeito de ouvir o universo e de olhar para nós mesmos

Mais do que uma curiosidade científica, entender como os nossos próprios sinais se espalham pelo espaço ajuda a repensar o impacto da tecnologia humana. Segundo o professor Michael Garrett, esse tipo de pesquisa nos dá ferramentas para proteger o espectro de rádio e desenvolver sistemas mais eficientes e seguros.

A nova abordagem do SETI marca uma virada importante: além de escutar possíveis mensagens vindas do espaço, agora os cientistas estão atentos aos ecos do dia a dia tecnológico de outras civilizações, da mesma forma que estamos descobrindo os nossos próprios.

Talvez não sejamos os únicos a deixar rastros. E talvez, ao seguir esses rastros, possamos finalmente nos aproximar da resposta que move a curiosidade humana há séculos: estamos sozinhos?

US$ 1,8 bi destinados à Fundos Regionais contemplarão a Amazônia

A estratégia de captação de recursos da Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI) junto a organismos multilaterais alcançou um novo marco no mês de junho, inclusive contemplando a Amazônia. O financiamento de U$ 500 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), proposto pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), foi aprovado na última reunião da Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex).

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Carta-consulta

Com a aprovação dessa carta-consulta, o BID se soma aos outros três organismos multilaterais que já fazem parte da iniciativa de cooperação internacional para fomentar os Fundos de Desenvolvimento Regional. Junto à Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), o Banco Mundial (BM), o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), e, agora, ao BID, o MIDR tem um financiamento aprovado de US$ 1,833 bilhão.

O valor deve ser aportado nos Fundos de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), do Centro-Oeste (FDCO) e do Nordeste (FDNE), entre 2025 e 2030, da seguinte forma:

  • NDB – US$ 500 milhões
  • AFD – US$ 333 milhões
  • Banco Mundial – US$ 500 milhões
  • BID – US$ 500 milhões

Fundos e Instrumentos Financeiros

No workshop “Fundos de Desenvolvimento Regionais e as Captações Externas com os Organismos Multilaterais”, realizado em junho, o secretário de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, explicou que há quase duas décadas os Fundos de Desenvolvimento não recebem novos aportes, e operam somente com a arrecadação de recursos tributários. “Os últimos aportes externos feitos no Fundos de Desenvolvimento foram entre os anos de 2006 a 2017 pela então presidente Dilma. Hoje temos uma carteira reprimida de projetos que totaliza quase R$ 10 bilhões”, afirmou na ocasião.

Os recursos dos organismos multilaterais serão desembolsados em moeda estrangeira para contas do Tesouro Nacional. O Ministério da Fazenda, a pedido do MIDR, transferirá o valor equivalente em reais para os fundos. Em seguida, as superintendências de desenvolvimento regional (Sudam, Sudeco e Sudene)  autorizarão a transferência de recursos para os bancos operadores que dialogam diretamente com os projetos financiados.

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A proposta

O foco do BID é investir em projetos que estejam alinhados às diretrizes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil e à Taxonomia Sustentável Brasileira, reforçando o compromisso com um desenvolvimento sustentável e inclusivo.

Os setores priorizados incluem a modernização de modais hidroviários na região amazônica, ferroviários e rodoviários no Nordeste e Centro-Oeste, além de investimentos em distribuição de combustíveis de baixo carbono e geração de energia limpa. O objetivo é promover maior eficiência, sustentabilidade e resiliência no setor de transportes e logística.

Desmatamento sobe 8,4% na Amazônia de agosto de 2024 a junho de 2025; Cerrado tem queda de 22,5%

A área sob alerta de desmatamento na Amazônia de agosto de 2024 a junho de 2025 aumentou 8,4%, tendo alcançado 3.959 km² em comparação ao período de agosto de 2023 a junho de 2024, em que atingiu 3.652 km². Os dados foram fornecidos pelo sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Screenshot-2025-07-14-190810 Desmatamento sobe 8,4% na Amazônia de agosto de 2024 a junho de 2025; Cerrado tem queda de 22,5%
Fonte: Iberê Périssé / Projeto Solos

Agosto de 2024 a junho de 2025

De agosto de 2024 a junho de 2025, as áreas sob alerta de “desmatamento com vegetação”, que correspondem a locais atingidos pelo fogo, cresceram 245,7% no bioma em comparação ao mesmo período do ano anterior. O aumento está ligado à temporada atípica de incêndios que acometeu a Amazônia entre agosto e outubro de 2024. A extensão territorial afetada pelo fogo é contabilizada pelo satélite apenas no início do período seco, quando há menor concentração de nuvens no céu.

O quesito de “desmatamento com solo exposto”, que indica áreas atingidas pelo corte raso de vegetação, declinou 3,3% no período. A categoria “desmatamento por mineração” na Amazônia registrou queda ainda maior, de 53,3% entre agosto de 2024 a junho de 2025 em relação ao intervalo temporal anterior.

Incêndios influenciaram a estatística

“Os dados do primeiro semestre de 2025 foram influenciados pelos incêndios de agosto a outubro do ano passado, que somente começaram a ser detectados como desmatamento com vegetação após o início do período da seca, que começou no final de maio deste ano”, avalia o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), André Lima.

No primeiro semestre de 2025, o aumento das áreas sob alerta de desmatamento na Amazônia foi de 27% em comparação ao primeiro semestre de 2024 (2.090 km² ante 1.645 km²).

Screenshot-2025-07-14-191704 Desmatamento sobe 8,4% na Amazônia de agosto de 2024 a junho de 2025; Cerrado tem queda de 22,5%
Fonte: SRCG

Cerrado em queda

Já no Cerrado, a tendência é de queda. De agosto de 2024 a junho de 2025, foram identificados 5.091 km² sob alerta de desmatamento, diante de 6.570 km² no período anterior, o que representa redução de 22,51%.

No acumulado de janeiro a junho de 2025, o bioma registrou 3.358 km² de áreas sob alerta de desmatamento, frente a 3.724 km² nesse ciclo em 2024, o que equivale a uma diminuição de 9,82%.

Mudança do clima

O aumento da área sob alerta de desmatamento na Amazônia está relacionado ao avanço dos incêndios em florestas primárias, situação que anteriormente não era tão expressiva, mas que tem sido agravada pela mudança do clima.

O cenário, explica André Lima, tem se revelado uma tendência global. De acordo com os dados do World Resources Institute (WRI), os incêndios florestais foram responsáveis por quase metade de toda a perda de cobertura de florestas primárias no mundo em 2024.

Diante da maior influência dos incêndios sobre o desmatamento, o governo federal, em conjunto com estados, municípios, comunidade científica e sociedade civil, tem atuado para preveni-los e combatê-los, implementando uma governança que busca transformar o Brasil em um país resiliente ao fogo.

Graças a essas medidas e a condições climáticas menos severas observadas neste ano, no primeiro semestre houve queda de 65,8% nas áreas queimadas e de 46,4% no número de focos de calor no território nacional em comparação ao primeiro semestre do ano passado.

Além disso, seguem em plena execução as ações de monitoramento e fiscalização previstas no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm), realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Combate ao desmatamento e incêndios

Confira as principais ações implementadas pelo governo federal para combater o desmatamento e os incêndios:

  • Aprovação de R$ 850 milhões do Fundo Amazônia para fortalecer ações de fiscalização ambiental para o controle do desmatamento ilegal na Amazônia;
  • Aprovação do Programa União com Municípios, que prevê investimento total de R$ 785 milhões para promover o desenvolvimento sustentável em um grupo formado por 81 municípios na Amazônia. Desse montante, 70 já aderiram à ação;
  • Desde 2023, o Fundo Amazônia aprovou R$ 405 milhões para apoiar os Corpos de Bombeiros de nove estados da Amazônia Legal no combate a incêndios florestais. Destes, já foram contratados 370 milhões. São projetos no valor de R$ 45 milhões cada para Roraima, Amapá, Pará, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins e de aproximadamente R$ 21 milhões e R$ 34 milhões para Acre e Rondônia, respectivamente;
  • Aprovação, pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA), do uso de recursos do Fundo para fortalecimento de ações de prevenção e combate a incêndios também no Cerrado e Pantanal. Apreciação, pela SubComissão do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm) e pela Câmara Técnica Permanente para Articulação Interfederativa do Comif, de projeto para apoiar estados que abrangem os dois biomas (Mato Grosso do Sul, Piauí, Bahia, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal). No valor de R$ 150 milhões, o projeto foi apresentado ao Fundo Amazônia pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com o MMA;
  • Contratação de sete novos helicópteros para uso do Ibama em ações de combate ao desmatamento e a incêndios florestais em janeiro de 2025: a renovação da frota aumenta em 75% a capacidade de transporte de agentes e brigadistas, em 40% a quantidade de horas de voo por ano e em 133% a capacidade de lançamento de água em comparação à frota anterior;
  • Publicação de edital que prevê recursos no valor de R$ 32 milhões do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) em conjunto com o Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD) para apoio a municípios prioritários na Amazônia e Pantanal na implementação de Planos Operativos de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (junho de 2025);
  • Anúncio dos Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas para todos os seis biomas brasileiros, pela primeira vez, com estratégias específicas para a preservação ambiental em diferentes eixos (acesse aqui );
  • Ações contínuas da Comissão Interministerial Permanente de Prevenção e Controle do Desmatamento (CIPPCD), que reúne 19 ministérios e órgãos convidados sob a presidência da Casa Civil;
  • Declaração de interesse para destinação de mais de 13 milhões de hectares de florestas públicas federais na Câmara Técnica de Destinação de Terras Públicas Federais Rurais do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA);
  • Aprimoramento das normas do Banco Central para restringir acesso a crédito rural a produtores com histórico de áreas desmatadas sem autorização, áreas embargadas, ou mesmo para novos projetos que resultem em desmatamento (inclusive legal);
  • Implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei 14.944/24), sancionada pelo presidente Lula em julho de 2024, que estabelece a coordenação entre governo federal, estados, municípios, setor privado e sociedade civil para que o fogo seja empregado de forma controlada e consciente, com o objetivo de prevenir e combater incêndios, conservar ecossistemas e respeitar práticas tradicionais.

Fonte: EBC

Inteligência artificial do Google acessa suas conversas: veja como bloquear

Enquanto usuários criticavam a Meta pela adição da IA no WhatsApp, poucos perceberam que o Google e a Microsoft já estavam indo além. No caso da gigante das buscas, o assistente Gemini passou a ter capacidade de acessar aplicativos de terceiros, incluindo os de mensagens como o WhatsApp, algo que acende um alerta vermelho sobre o futuro da privacidade digital.

Privacidade digital sob ameaça silenciosa

O recurso, apresentado como um avanço para facilitar tarefas cotidianas nos dispositivos Android, permite que o Gemini leia notificações, responda mensagens e até visualize imagens. Embora o Google afirme que os dados não são utilizados para treinar seus modelos de IA, especialistas e usuários seguem céticos quanto à real extensão dessa coleta de informações.

Screenshot-2025-07-15-175730 Inteligência artificial do Google acessa suas conversas: veja como bloquear
Fonte: Semana On

O que o Google permite (e não impede)

Oficialmente, o Google afirma que o Gemini só acessa conteúdos do WhatsApp e outros apps quando solicitado pelo usuário. No entanto, mecanismos como o Google Assistente e o app Utilitários podem intermediar esse acesso, criando uma brecha técnica para que a IA tenha contato com mensagens privadas, inclusive sem consentimento explícito.

O site Neowin alertou que, mesmo com as opções de privacidade ativadas, não há uma garantia concreta de que o Gemini esteja completamente bloqueado. Já o Ars Technica classificou a atualização como uma má notícia, criticando a falta de um controle centralizado para desativar a função de forma definitiva.

Microsoft e Recall: o precedente

A Microsoft também entrou na polêmica com o recurso Recall, do Windows 11, que salva e permite busca por tudo o que o usuário visualiza no computador, inclusive mensagens abertas em janelas de chat. Segundo relatos, apenas o Signal foi capaz de bloquear essa vigilância, mostrando o quão vulnerável a maioria dos aplicativos está diante dessas novas funcionalidades de IA.

Esse movimento coordenado entre grandes empresas de tecnologia reforça a ideia de que estamos caminhando para um cenário em que o uso da inteligência artificial se sobrepõe ao direito à privacidade, muitas vezes sem que o usuário sequer perceba.

Especialistas reagem

Marc Rivero, da Kaspersky, destaca que o acesso automático do Gemini a aplicativos de mensagens é extremamente preocupante. “Esses espaços digitais contêm informações íntimas e sensíveis. Quando uma IA tem acesso sem consentimento claro, a confiança do usuário é colocada em risco”, afirma.

A crítica central recai sobre a falta de transparência e a transferência de responsabilidade para o usuário. Cabe a ele procurar configurações específicas para limitar o alcance da IA, um processo que deveria ser claro e padronizado, mas atualmente é disperso e pouco intuitivo.

Como restringir o acesso do Gemini

Apesar das limitações, é possível desabilitar parcialmente o acesso do Gemini aos aplicativos no Android. Veja como:

  1. Abra o aplicativo do Gemini no seu celular;

  2. Toque no seu perfil, no canto superior direito da tela;

  3. Vá até o menu de “aplicações”;

  4. Desative cada uma das extensões manualmente.

Esse procedimento não garante a exclusão total do Gemini, mas reduz sua capacidade de interagir com os apps instalados no dispositivo.

Screenshot-2025-07-15-180034 Inteligência artificial do Google acessa suas conversas: veja como bloquear
Fonte: WhatsApp Security

Fique atento às suas configurações

O avanço da IA nos sistemas operacionais e aplicativos exige vigilância constante dos usuários. Seja no Android ou no Windows, é fundamental entender como suas informações estão sendo utilizadas e tomar medidas proativas para preservar a privacidade.

A integração de tecnologias inteligentes não pode ignorar o direito básico à proteção de dados pessoais. É preciso exigir transparência, consentimento real e, sobretudo, opções claras de controle.

UNICEF é reconhecido por levar água potável a comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia

O projeto Resposta à Crise Climática na Amazônia, desenvolvido pelo UNICEF, foi premiado como a melhor iniciativa do Eixo Temático 2 – “Tecnologias de Acesso à Água em Terras Indígenas na Amazônia” durante o II Encontro de Tecnologia Social da Amazônia (II ETS Amazônia), realizado entre 24 e 27 de junho, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), em Manaus.

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Iniciativa se destaca no combate à crise hídrica

A ação beneficia mais de 200 comunidades da região amazônica, incluindo áreas do Alto e Médio Rio Solimões, uma das mais impactadas pelas secas severas de 2023 e 2024. Nessas localidades, famílias indígenas e ribeirinhas convivem há décadas com a dificuldade de acesso a água potável e saneamento básico.

Soluções locais para desafios globais

Rayanne Cristine Maximo França, chefe do escritório do UNICEF em Manaus, ressaltou que o prêmio reconhece um esforço coletivo entre comunidades, instituições parceiras e as equipes do UNICEF. Ela destacou a importância de soluções inovadoras e sustentáveis diante dos impactos cada vez mais intensos da crise climática.

“Levar água segura para populações tradicionais da Amazônia exige adaptação ao território e um compromisso de longo prazo. Nosso objetivo é garantir que nenhuma criança ou adolescente fique sem acesso a esse direito fundamental”, afirmou.

Conhecimento científico e saberes tradicionais reunidos

O Encontro de Tecnologia Social da Amazônia é um espaço para trocas de experiências entre instituições científicas, lideranças comunitárias, organizações da sociedade civil e pesquisadores. O evento, em sua segunda edição, busca fortalecer soluções sustentáveis, aplicáveis em diferentes contextos e que conciliem conhecimentos tradicionais com ciência, sempre alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

A programação envolveu mesas temáticas, oficinas, apresentações acadêmicas, visitas técnicas e uma Feira de Sociobiodiversidade.

Ações emergenciais e estruturantes

Iniciado em 2023, no auge da primeira seca histórica da região, o projeto integra respostas imediatas e estratégias de longo prazo para garantir o acesso à água, saneamento e higiene (WASH). As ações são realizadas em parceria com o Governo do Amazonas, a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), universidades, institutos de pesquisa e entidades da sociedade civil, com apoio da União Europeia e de empresas do setor privado.

Screenshot-2025-07-15-170132 UNICEF é reconhecido por levar água potável a comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia

Paulo Diógenes, Oficial de Água, Saneamento e Higiene do UNICEF em Manaus, destacou que o reconhecimento recebido evidencia a urgência de soluções adaptadas à realidade amazônica. “A crise climática já impacta o cotidiano de milhares de famílias. Nosso trabalho é garantir acesso contínuo à água potável e serviços adequados de saneamento”, afirmou.

Resultados transformadores

Entre os principais impactos do projeto, estão:

  • Reabilitação de sistemas de abastecimento com uso de bombas solares, filtros e cisternas de placa;

  • Melhoria da infraestrutura de 91 escolas e unidades de saúde com fornecimento de água e energia solar;

  • 70 mil pessoas com acesso ampliado a água potável e sistemas de monitoramento da qualidade;

  • Distribuição de kits de higiene e dignidade menstrual para 10 mil pessoas;

  • Construção de três cisternas de 52 mil litros na região do Rio Solimões.

Além das ações emergenciais, o projeto fortalece a gestão sustentável da água com metodologias adaptadas da Organização Mundial da Saúde (OMS), como o Plano de Segurança da Água (PSA) e o WASH-FIT, ferramenta de avaliação das condições de saneamento em unidades de saúde. Essas abordagens aumentam a resiliência das comunidades e elevam a qualidade da atenção básica em saúde.

Caminhos para o futuro

O reconhecimento recebido no II ETS Amazônia destaca a relevância de unir tecnologias sociais, políticas públicas e saberes tradicionais para assegurar um direito básico: o acesso contínuo à água limpa e ao saneamento digno.

O UNICEF segue mobilizando parcerias técnicas e financeiras para expandir essas soluções sustentáveis, adaptadas às condições da floresta, com o compromisso de garantir que nenhuma criança da Amazônia fique para trás.

Líderes Indígenas denunciam em Londres a exploração predatória na Amazônia e cobram ações concretas

Líderes indígenas da Amazônia viajaram até Londres na última semana para entregar um recado direto ao mundo: o sistema econômico atual está falhando com a floresta e seus povos. Representantes dos povos Yanomami, Krenak e Kambeba se reuniram com acadêmicos e autoridades do setor financeiro para denunciar os danos provocados pela exploração predatória de recursos naturais.

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Dario Yanomami em Londres, em 9 de julho.Fotógrafa: Betty Laura Zapata/Bloomberg

Vozes da floresta no coração financeiro da Europa

Eles alertaram sobre a devastação causada pelo garimpo ilegal, extração de madeira e expansão do agronegócio, práticas que continuam a destruir territórios ancestrais. “A terra está doente”, afirmou Dario Yanomami, vice-presidente da Associação Hutukara Yanomami. “Durante mais de cinco séculos protegemos a floresta, mas agora o mundo precisa proteger a mãe natureza do colapso capitalista.”

Ouro ilegal e violência em territórios indígenas

O garimpo de ouro, em especial, tem gerado impactos devastadores. As terras Yanomami vêm sendo constantemente invadidas por mineradores ilegais, impulsionados pela valorização recorde do ouro, que ultrapassou US$ 3.000 por onça no mercado internacional.

Os líderes relataram que a resistência contra essas indústrias costuma ser recebida com ameaças e violência. Essa realidade, segundo eles, é frequentemente ignorada por investidores e consumidores distantes da floresta, que desconhecem os efeitos destrutivos por trás das commodities que consomem.

Críticas à exclusão indígena em decisões climáticas

Durante uma coletiva na sede da Bloomberg, os líderes também expressaram ceticismo em relação às cúpulas internacionais sobre o clima, como a COP30, que será realizada em Belém, no Brasil. Embora o evento reúna representantes de quase 200 países, os indígenas temem que sua participação continue sendo apenas simbólica.

“Não quero ser apenas ouvinte na COP”, declarou Adana Omagua Kambeba, médica e xamã em formação. “Quero falar, ser ouvida e representar meu povo de verdade.” A declaração reforça o sentimento de exclusão e a necessidade de uma escuta ativa e efetiva por parte das lideranças mundiais.

Ceticismo em relação ao mercado como solução

Os integrantes da delegação também demonstraram desconfiança quanto às soluções de mercado para a crise ambiental, como os créditos de carbono. Ailton Krenak, um dos participantes do grupo e autor de Ideias para Adiar o Fim do Mundo, reforçou que essas estratégias não confrontam as raízes do problema.

“O mercado não pode resolver o problema que ele mesmo criou”, criticou Krenak. “Acreditar nisso é, no mínimo, ingenuidade.”

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Ailton Krenak em Londres, no dia 9 de julho.Fotógrafa: Betty Laura Zapata/Bloomberg

Enquanto o Brasil propõe um fundo de US$ 125 bilhões para remunerar países tropicais pela preservação de florestas, Davi Yanomami afirmou que nem ele, nem outros líderes indígenas, foram consultados sobre essa iniciativa. Isso reforça o abismo entre promessas políticas e a realidade dos povos originários.

Fonte:  Bloomberg

União lança incentivos fiscais a veículos sustentáveis e eficientes

O Governo Federal lançou uma nova política para estimular a produção e o consumo de veículos mais limpos e econômicos. O Decreto nº 12.549/2025 , assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reduz as alíquotas de IPI dos carros mais leves e econômicos, movidos a energia limpa e que atendam aos requisitos de reciclabilidade e segurança.

Modalidade de Carro Sustentável

O texto foi publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira. A medida também cria a modalidade de Carro Sustentável, em que veículos compactos com alta eficiência energética-ambiental e fabricados no Brasil terão IPI zerado.

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Fonte: EBC

Durante o evento de lançamento da iniciativa, nesta quinta-feira (10/7), no Palácio do Planalto, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou que o lançamento é um exemplo de proteção ambiental que o Brasil dá ao mundo.

Exemplo no ano da COP30

“A gente fica muito feliz. O Brasil está dando um exemplo, no ano da COP30, de estímulo à proteção ao meio ambiente. Está estimulando a descarbonização, a sustentabilidade e o meio ambiente. E está, também, tendo um caráter social, baixando o preço do carro de entrada, tendo melhor tratamento na questão ambiental, de reciclabilidade, ajudando a população e gerando emprego e renda”, disse Alckmin.

O decreto redefine a tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), construída como mecanismo de soma zero em relação ao total de carros vendidos no Brasil. Com validade até dezembro de 2026, o antecede efeitos da Reforma Tributária. “Do ponto de vista fiscal é neutro, não aumenta a carga tributária. Simplesmente está estimulando a descarbonização, a sustentabilidade, o meio ambiente e está tendo o caráter social, baixando o preço do carro de entrada, para que mais pessoas possam ter acesso a um carro 0km”, completou o vice-presidente.

MOVER

O novo mecanismo está previsto no programa MOVER (Mobilidade Verde e Inovação) e alia preocupação ambiental com justiça social, já que veículos econômicos e menos poluentes têm alíquotas menores, enquanto os que mais poluem têm alíquotas maiores. O programa já estimulou investimentos do setor automotivo que chegam a R$ 190 bilhões, incluindo montadoras e fábricas de autopeças.

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Desenvolvimento

O ministro Fernando Haddad (Fazenda) participou da formulação do programa e destacou que a medida é exemplo de política que estimula o desenvolvimento com atenção ao impacto fiscal, destacando a regulamentação do Carro Sustentável. “O programa tributa quem pode pagar mais, porque está poluindo e tem mais renda, e beneficia quem tem menos renda e polui menos. É um programa neutro do ponto de vista fiscal, mas com grande impacto socioambiental”, disse Haddad.

Descarbonização

Iniciativas como o MOVER e o Carro Sustentável contribuem para a descarbonização e a renovação da frota em circulação. Outra medida, lançada em 2023, promoveu descontos de até R$ 8 mil para carros mais eficientes, mais baratos e com etapas produtivas no Brasil. Esses critérios são parecidos com os estabelecidos posteriormente para o Carro Sustentável na lei que criou o MOVER. Montadoras e concessionárias ofereceram descontos adicionais e os recursos disponíveis na época se esgotaram em um mês, com a venda de 125 mil carros.

O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Igor Calvet, ressaltou o caráter inovador do MOVER e afirmou que a regulamentação do Carro Sustentável e do IPI Verde dá previsibilidade para o setor seguir investindo. “Os investimentos que anunciamos, de R$ 190 bilhões, a cadeia inteira, incluindo autopeças, são investimentos em novas tecnologias, para a fabricação aqui no país. Isso importa porque é a gente produzindo desenvolvimento, não só o carro aqui, mas envolvendo tecnologias aqui também e sofisticando a nossa produção”, ressaltou.

Requisitos

Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve emitir menos de 83g de CO₂ por quilômetro; conter mais de 80% de materiais recicláveis; ser fabricado no Brasil (etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem) e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto.

Credenciamento

As montadoras interessadas devem solicitar, junto ao MDIC, o credenciamento dos veículos que atendam a esses requisitos. Após a análise e aprovação, uma portaria será publicada com a lista dos modelos aptos a receber o desconto integral. Atualmente, a alíquota mínima para esses carros é de 5,27%. Publicada a portaria, as montadoras e concessionárias já poderão vender os carros com o desconto equivalente.

Reduções

Para os demais veículos, o decreto estabelece um novo sistema de cálculo do IPI, que entra em vigor em 90 dias. A nova tabela parte de uma alíquota base de 6,3% para veículos de passageiros e de 3,9% para comerciais leves, que será ajustada por um sistema de acréscimos e decréscimos.

O cálculo levará em conta critérios como:

» Eficiência energética

» Tecnologia de propulsão

» Potência

» Nível de segurança

» Índice de reciclabilidade.

Bônus

Veículos com melhores indicadores receberão bônus (descontos no imposto), enquanto os com piores avaliações sofrerão um acréscimo. Por exemplo, um carro de passeio híbrido-flex pode ter a alíquota reduzida em 1,5 ponto percentual. Se também atender ao critério de eficiência do MOVER, perde mais 1 ponto, e se cumprir o nível 1 de reciclabilidade, perde outro. Com isso, o IPI desse veículo cai de 6,3% para 2,8%. A estimativa é de redução do IPI para 60% dos veículos comercializados no Brasil, com base no número de carros vendidos em 2024, com impacto fiscal zero.

Critérios de Eficiência e Tecnologia:

  • Fonte de Energia e Tecnologia de Propulsão: Veículos elétricos, movidos exclusivamente a etanol e híbridos flex-fuel/etanol terão redução nas alíquotas. Em contrapartida, veículos a gasolina e diesel, incluindo os híbridos com esses combustíveis, terão acréscimos.
  • Eficiência Energética: Veículos que atingirem níveis de consumo energético mais eficientes (mais econômicos) poderão ter reduções de até dois pontos percentuais no IPI.
  • Potência (kW): A potência do veículo também influenciará a alíquota, com reduções para veículos de menor potência e acréscimos para os maiores.
  • Desempenho Estrutural e Tecnologias Assistivas à Direção: Carros que cumprirem requisitos de segurança, como impacto lateral, sistemas de controle de estabilidade (ESC) e tecnologias assistivas à direção (como frenagem automática de emergência), terão direito a redução de um ponto percentual no IPI.
  • Reciclabilidade Veicular: Veículos que atenderem a critérios de reciclabilidade veicular poderão ter reduções de até dois pontos percentuais.

Fonte: EBC

3 motivos para cultivar a ave-do-paraíso como planta escultural

É difícil ignorar a presença de uma ave-do-paraíso em meio ao jardim. Suas flores que lembram o formato de um pássaro exótico em voo chamam atenção de longe, e suas folhas largas e fortes criam um cenário tropical mesmo nos cantos mais urbanos. Cultivar a ave-do-paraíso como planta escultural não é apenas uma escolha estética: é uma afirmação de personalidade e bom gosto. Mas o que exatamente torna essa planta tão especial a ponto de ser chamada de “escultural”? A resposta está em três características que vão além da beleza.

Beleza arquitetônica da ave-do-paraíso

A ave-do-paraíso (Strelitzia reginae) não é só bonita — ela é impactante. Suas folhas se organizam em forma de leque, com uma simetria natural que agrada aos olhos e confere equilíbrio visual ao ambiente. Quando está bem posicionada, a planta pode funcionar como um divisor de espaços em jardins, varandas ou áreas internas com pé-direito alto. A forma como ela cresce — ereta, estruturada e elegante — lembra muito o desenho de esculturas contemporâneas, aquelas que transformam a natureza em arte viva.

Além disso, suas flores chamativas em tons de laranja vibrante e azul contrastante surgem como coroas entre as folhas, criando pontos de cor e foco visual. São flores que não se escondem. Pelo contrário: surgem como protagonistas, como se estivessem se exibindo para o mundo. Essa presença cênica faz da ave-do-paraíso uma excelente escolha para quem quer um jardim com assinatura.

Pouca manutenção, máximo impacto visual

Ao contrário de muitas plantas que exigem podas constantes, tutoramento ou proteção contra pragas frequentes, a ave-do-paraíso é resistente e fácil de cuidar. Ela se adapta muito bem ao solo brasileiro, gosta de sol pleno e precisa de regas moderadas — geralmente, duas a três vezes por semana, dependendo do clima. Uma vez estabelecida, torna-se extremamente resistente à seca e ao vento.

E o melhor: mesmo com esse perfil robusto e pouco exigente, ela nunca perde o ar sofisticado. Ou seja, você não precisa ser um jardineiro profissional para manter a ave-do-paraíso bonita. Com o mínimo de cuidado, ela entrega o máximo de presença. Isso é raro. São poucas as espécies que combinam tão bem rusticidade e elegância.

Essa característica é especialmente importante para quem deseja montar um jardim escultural, mas não tem tempo ou experiência para lidar com plantas mais delicadas. A ave-do-paraíso entrega efeito de alto impacto com um esforço mínimo — um verdadeiro “custo-benefício visual”.

Versatilidade de uso paisagístico

Outro motivo para apostar na ave-do-paraíso como planta escultural é sua versatilidade. Ela pode ser usada de várias formas: em maciços no jardim, como ponto focal em vasos grandes, compondo canteiros tropicais com outras espécies exuberantes ou até em áreas internas bem iluminadas. Em ambientes corporativos ou entradas de prédios, sua presença remete a sofisticação e cuidado com os detalhes.

Ave-do-paraiso 3 motivos para cultivar a ave-do-paraíso como planta escultural
Ave-do-paraíso

No paisagismo moderno, é comum o uso da ave-do-paraíso em linhas limpas e retas, reforçando um visual minimalista e elegante. Mas ela também funciona muito bem em composições mais orgânicas, acompanhada de samambaias, costelas-de-adão ou antúrios. Seja qual for o estilo do projeto, a ave-do-paraíso consegue se destacar sem brigar com os outros elementos.

Além disso, por crescer verticalmente e ocupar pouco espaço lateral, ela é excelente para quem precisa valorizar espaços estreitos ou cantos subutilizados. Um corredor lateral de casa, por exemplo, pode ganhar vida e dramaticidade com a presença dessa planta.

Em tempos em que buscamos mais conexão com a natureza, mas também queremos praticidade e impacto estético, a ave-do-paraíso surge como uma aliada poderosa. Mais do que uma planta bonita, ela é uma escolha consciente de quem deseja criar um ambiente marcante com personalidade tropical. Cultivá-la como planta escultural é um gesto de ousadia e refinamento — e, convenhamos, não é todo dia que a natureza oferece uma escultura pronta para ser admirada no quintal ou na sala.

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4 erros que impedem sua dracena de crescer saudável dentro de casa

A dracena é uma das queridinhas da decoração de interiores. Ela tem presença escultural, folhas alongadas que chamam atenção e exige cuidados relativamente simples. Mesmo assim, muita gente se frustra ao perceber que a planta trava o crescimento, perde o viço ou começa a secar por baixo. Se isso está acontecendo por aí, é hora de avaliar se algum desses erros está sabotando o desenvolvimento da sua dracena — e o pior: muitas vezes sem que você perceba.

Ambientes inadequados para dracena dentro de casa

Um dos principais erros no cultivo da dracena dentro de casa está relacionado à escolha do local. Muita gente posiciona a planta em locais muito escuros, como corredores fechados ou cantos distantes da janela, acreditando que ela “aguenta qualquer coisa”. Mas isso é um mito. A dracena até tolera meia-sombra, mas precisa de luminosidade indireta abundante para crescer saudável e manter suas folhas vistosas.

Se o ambiente é escuro, as folhas perdem cor, o crescimento desacelera e o solo pode demorar demais para secar, favorecendo doenças fúngicas. O ideal é posicionar a dracena próxima a uma janela com cortina translúcida ou em um ambiente bem iluminado naturalmente. Lembre-se: luz é energia para a planta — sem ela, não há como esperar vigor.

Erros na rega: excesso ou falta

Outro ponto crítico para o sucesso (ou fracasso) no cultivo da dracena dentro de casa é o manejo da rega. Muita gente erra por excesso, mantendo o solo encharcado. Isso favorece o apodrecimento das raízes, que é silencioso e muitas vezes só é percebido quando a planta já está debilitada.

Por outro lado, a falta de água também prejudica o crescimento e pode causar pontas secas nas folhas. O segredo está no equilíbrio: a rega deve ser feita quando os primeiros centímetros do substrato estiverem secos ao toque. Usar o dedo como medidor é um método eficiente. Em geral, no clima brasileiro, regar uma vez por semana costuma funcionar bem, mas isso pode variar de acordo com a estação e o tipo de vaso.

Vaso inadequado atrapalha o crescimento da dracena

O tipo de vaso influencia diretamente na saúde da dracena. Muita gente escolhe vasos pequenos demais por questões estéticas ou usa recipientes sem furos de drenagem. Isso é um convite para o apodrecimento das raízes e limita o crescimento da planta.

Dracenas gostam de espaço para se desenvolver. O ideal é usar vasos de cerâmica ou plástico com pelo menos 30 cm de diâmetro, dependendo do porte da muda, e sempre com furos de drenagem. Além disso, uma camada de pedrinhas ou argila expandida no fundo do vaso ajuda a manter o solo bem drenado.

Outro detalhe importante: evite trocar a planta de vaso com frequência. A dracena gosta de estabilidade. O ideal é replantá-la a cada dois anos, quando as raízes começarem a sair pelo fundo do recipiente ou a planta demonstrar sinais de estar espremida.

Poda errada e negligência com as folhas

Muitas pessoas se esquecem que a dracena também precisa de manutenção nas folhas e poda estratégica. Quando as folhas mais antigas começam a amarelar ou secar, o ideal é removê-las com uma tesoura limpa, cortando bem rente ao caule. Isso evita que a planta desperdice energia em partes comprometidas e estimula o crescimento de novas folhas.

Outro erro comum é cortar o caule da dracena sem técnica, achando que vai deixá-la mais cheia. Se a poda for mal feita, ela pode estagnar ou apodrecer. Para estimular brotação lateral, o corte deve ser feito com instrumento esterilizado, em um ponto logo acima de um nó do caule (região com pequenas protuberâncias). A planta costuma rebrotar com força semanas depois, criando novas ramificações.

Por fim, vale lembrar que folhas empoeiradas prejudicam a fotossíntese. Limpe periodicamente as folhas da dracena com um pano úmido e macio, sem produtos químicos.

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4 erros que impedem sua dracena de crescer saudável dentro de casa

Cuidar da dracena é entender seus sinais

Plantas não falam, mas se comunicam com sinais claros. Se sua dracena está estagnada, com folhas opacas ou secando nas pontas, ela está pedindo ajuda. Evitar esses quatro erros — ambiente escuro, rega incorreta, vaso inadequado e podas mal feitas — pode ser a virada de chave que faltava para ela crescer forte, bonita e ser o destaque do seu espaço.

A dracena é resistente, sim, mas isso não significa que ela se desenvolve sozinha. Com o cuidado certo, ela se transforma em uma escultura viva dentro de casa. E o melhor: quanto mais saudável ela estiver, menos manutenção exigirá. Observe, ajuste, e você vai se surpreender com a resposta da planta.

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Pesquisa resgata práticas médicas sustentáveis da ancestralidade indígena

Um estudo inovador, conduzido pelo etnobotânico indígena Hemerson Dantas dos Santos Pataxó Hãhãhãi, resgatou os saberes médicos tradicionais do seu povo, os Pataxó Hã-Hã-Hãi.

Ciência com raízes ancestrais

Atualmente doutorando no Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da Unifesp, Pataxó Hãhãhãi é considerado o primeiro pesquisador etnobotânico indígena do mundo, segundo sua orientadora, Eliana Rodrigues.

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Pataxó Hãhãhãi durante trabalho de pesquisa – Imagem: Hemerson Dantas dos Santos Pataxó Hãhãhãi

O artigo que apresenta os resultados da pesquisa foi publicado no periódico Journal of Ethnobiology and Ethnomedicine. Para o pesquisador, a importância do estudo ultrapassa os limites acadêmicos: “Foi um trabalho feito por nós e para nós. Um resgate do que estava se perdendo, mostrando que é possível fazer ciência sem abandonar a identidade indígena”.

Plantas contra doenças e apagamentos

A pesquisa partiu de demandas reais da comunidade, como a busca por tratamentos naturais para verminoses, diabetes e hipertensão, enfermidades agravadas pela perda territorial, pelo contato forçado com a sociedade envolvente e pela deterioração das condições de vida. Ao longo da investigação, Pataxó Hãhãhãi catalogou 175 espécies vegetais utilizadas com fins medicinais. Dessas, 43 são indicadas especificamente para as três doenças mencionadas, e 79% apresentam respaldo na literatura científica.

Um dos achados mais relevantes foi que a maioria das plantas utilizadas hoje são espécies exóticas, como o capim-cidreira e a moringa, ambas introduzidas no Brasil em tempos coloniais. Isso revela o impacto da devastação ambiental e do deslocamento forçado. “Muitas plantas mencionadas pelos anciãos simplesmente desapareceram da mata”, lamenta o pesquisador.

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Exemplares de plantas secas armazenadas em herbários na Universidade Estadual de Santa Cruz – Imagem: Hemerson Dantas dos Santos Pataxó Hãhãhãi

Saberes ameaçados e resistência cultural

O território Pataxó Hã-Hã-Hãi, localizado no sul da Bahia, foi palco de violências históricas, com grilagem, expulsão de indígenas e perda de referências culturais. Embora o STF tenha reconhecido em 2012 o direito do povo à posse tradicional da terra, os conflitos persistem, incluindo episódios recentes de violência.

Com a extinção da língua originária em 1992 e a imposição de religiões externas, práticas como a pajelança se perderam ou foram transformadas. Mesmo assim, ainda há memória viva entre os anciãos. “Durante o trabalho, ouvi muitos relatos de curas feitas com plantas e orações que hoje são substituídas por salmos ou passagens bíblicas”, relata Pataxó Hãhãhãi.

A pesquisa entrevistou 19 especialistas indígenas com profundo conhecimento das práticas tradicionais, a maioria com mais de 60 anos. Entre eles, destaca-se Dona Marta Xavier, reconhecida por seu dom de cura e por ter atuado como parteira, ofício essencial antes do acesso a hospitais.

Conhecimento tradicional com protagonismo indígena

O estudo adotou a metodologia da “etnobotânica participativa”, desenvolvida por Eliana Rodrigues. Essa abordagem coloca os próprios povos tradicionais no centro da produção de conhecimento científico, capacitando-os para definir os rumos da pesquisa, coletar dados, analisá-los e decidir o destino do saber registrado.

Segundo Rodrigues, isso representa uma ruptura com a lógica colonial que historicamente dominou a ciência. “Se o indígena é quem coleta e registra seu conhecimento, ele também decide o que fazer com ele. Isso é essencial para a autodeterminação dos povos e para a proteção de seus direitos intelectuais”, afirma.

Um mergulho na própria história

Ao longo de mais de 240 dias de trabalho de campo, o pesquisador percorreu as dez aldeias do território, convivendo com os anciãos, registrando práticas e revivendo memórias que pertencem também à sua própria trajetória. “Foi um mergulho profundo na história do meu povo e na minha”, diz.

Como resultado, além do artigo acadêmico, o projeto gerou um livro, um material audiovisual e a implantação de canteiros de plantas medicinais. Um livreto com receitas seguras será distribuído nas aldeias, fortalecendo o uso consciente de plantas e a valorização dos saberes tradicionais entre os jovens e profissionais da saúde indígena.

Fonte: Agência FAPESP

Brasil disponibiliza visto eletrônico para participantes da COP30

O Brasil vai conceder vistos eletrônicos especiais para os estrangeiros que participarão da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). As regras para concessão do documento foram publicadas nesta segunda-feira (14).

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A emissão será de graça e permite mais de uma entrada no Brasil até o final do ano, com prazo de permanência de 90 dias, sem possibilidade de prorrogação.

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O visto especial é para as pessoas dos países membros da Convenção do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) e apátridas, desde que credenciadas no evento. Familiares, acompanhantes e menores de 18 anos de idade não estão incluídos. O Itamaraty disponibilizou uma plataforma eletrônica para receber os pedidos.

Expectativa de 40 mil visitantes

De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), são esperados mais de 40 mil visitantes durante a conferência, sendo 7 mil das equipes da ONU e delegações dos países. Diante desse número, os voos serão ampliados, com novas rotas e uma frequência maior de conexões, especialmente na Região Norte.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a expectativa é de 46 mil passagens a mais, totalizando quase 250 mil, um aumento de 23% de viagens domésticas em relação a novembro do ano passado. O aumento de voos internacionais será ainda maior, 44%.

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Navios de cruzeiro

Os visitantes estrangeiros também vêm pelo mar. O Terminal Portuário de Outeiro, em Belém, está sendo requalificado para receber dois navios de cruzeiro, com 6 mil leitos, que vão funcionar como hotéis flutuantes durante a COP30. A construção do novo píer de mais de 700 metros será concluída na metade de outubro, um mês antes da abertura oficial. A ideia é que o novo terminal receba rotas regulares de turismo depois da conferência. A COP30 acontecerá em Belém, no Pará, entre os dias 6 a 21 de novembro.

Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br diz

Impactos de antigos incêndios florestais reduzem biodiversidade em áreas preservadas

Mesmo florestas que escaparam das chamas vêm perdendo biodiversidade. Essa é a principal constatação de um estudo conduzido por cientistas brasileiros no Corredor Cantareira-Mantiqueira, um dos mais relevantes remanescentes de Mata Atlântica do país.

Incêndios afetam até onde o fogo não chegou

A pesquisa, publicada na revista científica Forest Ecology and Management, revela que o histórico de incêndios nas áreas ao redor afeta negativamente até os fragmentos não queimados.

Screenshot-2025-07-14-191704 Impactos de antigos incêndios florestais reduzem biodiversidade em áreas preservadas
Fonte: SRCG

A explicação está no aumento da chamada pirodiversidade, termo que define a variedade de distúrbios causados por incêndios em uma determinada paisagem. Quando essa diversidade de impactos, que inclui frequência, extensão, severidade e tempo desde o último fogo cresce, os fragmentos intactos deixam de cumprir sua função de refúgio seguro para a fauna silvestre.

Menor número de aves em áreas não queimadas

A pesquisa analisou 15 paisagens próximas à cidade de Atibaia (SP), todas com diferentes históricos de incêndios desde 1985, de acordo com dados do MapBiomas-Fogo. Em todas elas, foram registradas florestas que nunca queimaram. No entanto, os cientistas observaram que, quanto maior a diversidade de incêndios nos arredores, menor era a riqueza de espécies de aves nesses fragmentos considerados “intocados”.

Segundo o pesquisador Ederson José de Godoy, da Universidade Federal de Alfenas (Unifal), primeiro autor do estudo, o fogo deixa impactos duradouros que ultrapassam os limites das áreas queimadas. “Essas áreas deveriam servir como abrigos para a fauna após incêndios, mas essa função está sendo comprometida”, afirmou em nota oficial da universidade.

Ameaça a espécies endêmicas e serviços ecossistêmicos

Os resultados apontam que 21% das espécies registradas, incluindo aves endêmicas e ameaçadas, foram encontradas exclusivamente em áreas não queimadas. Isso reforça a importância de preservar esses fragmentos intactos, fundamentais não só para a biodiversidade, mas também para a manutenção de serviços ecossistêmicos como polinização, dispersão de sementes, controle de pragas e regulação do clima.

O estudo contou com a participação de pesquisadores da Unifal, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Sorocaba, e do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. O trabalho teve apoio da FAPESP por meio de diversos projetos.

Screenshot-2025-07-14-192410 Impactos de antigos incêndios florestais reduzem biodiversidade em áreas preservadas
Fonte: Aos Fatos

Crítica ao uso da pirodiversidade como estratégia ecológica

O conceito de pirodiversidade já foi defendido como positivo para a biodiversidade, sob o argumento de que a variedade de distúrbios pode criar diferentes nichos e favorecer a estabilidade ecológica. No entanto, os autores do estudo brasileiro alertam que essa hipótese é sustentada por evidências fracas. Apenas 44% dos estudos revisados apontaram efeitos positivos do fogo na biodiversidade.

Eles sugerem que, em regiões como a Mata Atlântica, a alta pirodiversidade tende a simplificar os hábitats e a prejudicar espécies dependentes de vegetação intacta. Por isso, defendem políticas rigorosas de prevenção de incêndios e restauração ativa das áreas mais afetadas.

Fonte: Agência FAPESP

Solar Coca-Cola apresenta projetos de energia renovável e neutralidade de resíduos plásticos à comitiva internacional da Concordia Amazônia

A planta da Solar Coca-Cola em Belém (PA) foi palco, nesta quarta-feira (9), de uma visita estratégica promovida pela organização Concordia Amazônia. A comitiva internacional, formada por 15 líderes latino-americanos, conheceu in loco duas das principais iniciativas ambientais da companhia: a geração de energia a partir do caroço de açaí e o Recicla Solar, projeto voltado à economia circular com foco na reciclagem de embalagens PET pós-consumo.

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Iniciativas ambientais

Durante a visita, os representantes da Solar foram liderados por Andrea Mota, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola LATAM, ao lado de Pedro Arruda, Luene Rossi e Christian Carvalho. Eles receberam nomes de peso da agenda climática, como Matthew Swift, CEO da Concordia; Flora Bitancourt, da World Climate Foundation; e Iván Duque, ex-presidente da Colômbia. Também esteve presente o embaixador Unaldo Eugênio Vieira de Sousa, representando o Governo do Pará.

Um dos principais destaques foi a apresentação do projeto de biomassa feito com caroço de açaí. Antes considerado resíduo sem utilidade, o caroço passou a ser aproveitado nas caldeiras da unidade industrial, substituindo combustíveis fósseis e lenha. Em 2024, mais de 2 milhões de quilos foram reaproveitados, somando cerca de 10 mil toneladas ao longo do projeto. A solução alia inovação, reaproveitamento de resíduos e redução de impactos ambientais.

WhatsApp-Image-2025-07-14-at-16.07.50 Solar Coca-Cola apresenta projetos de energia renovável e neutralidade de resíduos plásticos à comitiva internacional da Concordia Amazônia

Recicla Solar

O Recicla Solar, por sua vez, foi apresentado em visita à unidade de Ananindeua. O projeto é responsável por coletar e direcionar garrafas PET pós-consumo para a reciclagem, atuando como agregador regional da cadeia. Além de reduzir o descarte inadequado, o projeto também fortalece redes locais de cooperativas e catadores, criando um ciclo virtuoso de reaproveitamento. Essa é uma das frentes que sustentam a meta da empresa de atingir a neutralidade de resíduos plásticos até 2025.

A visita internacional integra os preparativos da participação da Solar Coca-Cola na COP30, que ocorrerá em Belém. A ideia é apresentar soluções concretas e locais de sustentabilidade, que possam servir como modelo para outros países.

Sustentabilidade, inclusão social e empregabilidade

O compromisso da empresa com a sustentabilidade não se limita às questões ambientais. O programa Solar de Portas Abertas, também apresentado durante a visita, tem foco em inclusão social e empregabilidade. Em parceria com a ACNUR, a companhia tem priorizado a contratação de migrantes, especialmente mulheres venezuelanas, como forma de promover diversidade e oportunidades no ambiente de trabalho.

Ao compartilhar essas iniciativas com a comitiva da Concordia Amazônia, a Solar Coca-Cola reforça seu papel como agente ativo de transformação social e ambiental na região amazônica. As ações apresentadas não só contribuem para metas climáticas globais, mas também promovem desenvolvimento local, gerando valor para comunidades e para o ecossistema onde está inserida.

Por que os gatos ‘amassam pãozinho’ antes de deitar?

A cena é familiar para qualquer um que já dividiu a vida com um felino. Você está relaxado no sofá, talvez com uma manta sobre as pernas, e seu gato se aproxima. Ele sobe, encontra o lugar perfeito e então começa. Um movimento rítmico, metódico, com as patas dianteiras, empurrando para a frente e para trás. É o famoso “amassar pãozinho”. Um comportamento tão adorável quanto misterioso. Mas o que se passa na mente de um gato durante esse ritual? Não é apenas um tique fofo, é uma janela para o seu passado ancestral e para o seu estado emocional mais profundo.

Essa ação não é aprendida. Ela é um software que já vem instalado nos gatos, um eco direto de seus primeiros momentos de vida. Cada movimento de “amassar” é uma história sendo contada, uma memória sendo revivida.

Uma viagem no tempo para o conforto materno

Para entender o amassar de pão, precisamos voltar à escuridão quentinha do ninho. Um gatinho recém-nascido, ainda de olhos fechados, depende inteiramente de sua mãe. Ao se aninhar para mamar, ele instintivamente empurra as patas contra a barriga da mãe. Esse movimento tem um propósito vital. Ele estimula as glândulas mamárias a liberarem o leite, o seu primeiro e mais importante alimento.

amassando-paozinho-capa Por que os gatos ‘amassam pãozinho’ antes de deitar?Pense nesse momento. É a mais pura fusão de calor, segurança, alimento e o som reconfortante do ronronar da mãe. Essa associação é incrivelmente poderosa. O ato de amassar fica permanentemente gravado no cérebro do gato como um sinônimo de contentamento absoluto. Então, quando um gato adulto amassa o seu colo ou um cobertor macio, ele está, em essência, regredindo a esse estado de felicidade pura e primal. É um fenômeno conhecido como neotenia, a retenção de traços juvenis na idade adulta. Seu gato, ao amassar, está revisitando a segurança e o conforto de sua infância, um dos maiores elogios que ele poderia lhe fazer.

O gesto é frequentemente acompanhado por um ronronar profundo e, por vezes, até um olhar sonolento e semicerrado. É um estado de transe feliz, um mergulho em memórias de pura satisfação. Ele não está apenas afofando um cobertor, está se conectando com a memória mais feliz de sua existência. Para um animal que valoriza tanto a segurança, recriar esse sentimento é uma parte crucial de seu relaxamento.

A assinatura invisível de um proprietário

A história do “amassar pãozinho” vai além da simples nostalgia. Os gatos são criaturas territoriais, e sua comunicação é um universo complexo de sinais visuais, vocais e, principalmente, químicos. Suas patas são ferramentas de comunicação muito mais sofisticadas do que imaginamos.

Escondidas nas almofadinhas macias das patas felinas, existem glândulas odoríferas. Essas glândulas interdigitais secretam feromônios, que são como assinaturas químicas únicas para cada gato. Quando um gato amassa uma superfície, seja o seu colo, um travesseiro ou o seu moletom favorito, ele está fazendo mais do que apenas se aconchegar. Ele está ativamente depositando o seu cheiro ali.

images-28 Por que os gatos ‘amassam pãozinho’ antes de deitar?É uma forma sutil, mas poderosa, de marcar território. Para o seu gato, seu colo é um lugar de alto valor. Ao “amassá-lo”, ele está deixando uma mensagem clara para qualquer outro animal que possa passar por ali. A mensagem diz “isto é meu, este lugar seguro e confortável pertence a mim”. Conforme detalhado por especialistas da American Animal Hospital Association, essa marcação olfativa é um comportamento instintivo fundamental para que os gatos se sintam seguros em seu ambiente.

Então, da próxima vez que sentir aquelas patinhas trabalhando em sua perna, saiba que você está sendo “reivindicado”. É um ato de posse, mas da forma mais afetuosa possível. Ele está misturando o cheiro dele com o seu, criando um aroma de conforto compartilhado, um perfume que significa “lar”.

O arquiteto ancestral e a cama perfeita

Vamos viajar ainda mais para o passado, antes mesmo dos gatos se tornarem nossos companheiros domésticos. Seus ancestrais selvagens não tinham acesso a camas ortopédicas ou almofadas de veludo. Para descansar em segurança na natureza, eles precisavam criar seus próprios ninhos.

Imagine um gato selvagem africano, o ancestral direto do seu companheiro de sofá, procurando um lugar para uma soneca. Ele encontraria um tufo de grama alta ou um monte de folhas secas. Antes de se deitar, ele usaria as patas para pisotear e amassar a vegetação. Este ato tinha duas funções importantes. Primeiro, ele afofava o material, criando uma cama mais macia e isolada do chão frio ou úmido. Segundo, servia para verificar o local, espantando quaisquer criaturas indesejadas, como cobras ou insetos, que pudessem estar escondidas ali.

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Esse comportamento instintivo de preparação de ninho sobreviveu por milênios. O seu gato doméstico, mesmo nunca tendo pisado em uma savana, carrega essa herança ancestral. Quando ele amassa meticulosamente o seu cobertor favorito antes de se enrolar para dormir, ele está respondendo a um chamado de seus genes. Ele é um pequeno arquiteto, garantindo que seu local de descanso seja absolutamente perfeito. Essa conexão com o passado selvagem é fascinante e mostra como comportamentos antigos podem encontrar novos contextos no nosso mundo moderno, uma ideia explorada por centros de bem-estar animal como a Best Friends Animal Society.

Um alongamento com propósito

Gatos são atletas da soneca. Eles podem passar mais de 15 horas por dia dormindo ou cochilando. E, assim como nós, eles precisam de um bom alongamento ao acordar ou antes de se acomodar.

O movimento de amassar pão é também uma excelente forma de alongar os músculos das patas dianteiras, ombros e costas após um longo período de inatividade. Observe atentamente. Durante o ritual, o gato estende completamente as patas, alternando o movimento. É quase como uma sessão de ioga felina. Esse alongamento ajuda a manter a flexibilidade e a circulação, preparando o corpo para a próxima grande aventura, que geralmente envolve caminhar até a tigela de comida ou encontrar um novo local para dormir.

gato_dormindo Por que os gatos ‘amassam pãozinho’ antes de deitar?Este não é o motivo principal, mas certamente é um benefício adicional. O comportamento é multifacetado, servindo a múltiplos propósitos que garantem o bem-estar físico e emocional do felino. É uma ação eficiente que combina conforto emocional com manutenção física.

E quando o pãozinho vem com garras?

O ato de amassar é uma demonstração de amor e confiança, um dos maiores elogios que um gato pode oferecer. Ele está completamente relaxado e vulnerável ao seu lado. No entanto, o êxtase do momento pode fazer com que ele estenda as garras, transformando a massagem carinhosa em uma sessão de acupuntura indesejada.

É crucial entender que ele não faz isso por mal. As garras se estendem como parte do reflexo de amassar. Punir o gato por esse comportamento seria como repreender alguém por sorrir. Isso apenas causaria confusão e medo, podendo prejudicar o vínculo de confiança entre vocês. A melhor abordagem, como sugerido por fontes veterinárias como o Cornell Feline Health Center, é o manejo.

Mantenha as unhas do seu gato sempre aparadas. Isso reduzirá drasticamente o potencial de dor. Outra estratégia eficaz é ter sempre uma manta grossa ou uma almofada por perto. Quando ele começar a amassar, coloque essa barreira protetora sobre seu colo. Ele terá a superfície macia que deseja, e você ficará protegido. Você nunca deve afastá-lo bruscamente, mas sim redirecionar o comportamento para um objeto apropriado.

O ato de amassar é um vislumbre da alma de um gato. É uma linguagem silenciosa que fala de amor, confiança, instinto e uma profunda necessidade de conforto. Da próxima vez que o seu pequeno padeiro começar a trabalhar em seu colo, sorria. Você não está apenas sendo usado como um saco de farinha, você está sendo homenageado com a mais pura e sincera forma de afeto felino. Você é o ninho dele, a sua segurança, a sua memória feliz.

Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar visto

Sabe aquela viagem para um lugar que parece de outro mundo, com uma cultura riquíssima e paisagens que misturam o futurista e o ancestral? Pois é, um desses lugares ficou muito mais fácil de visitar.

O Japão, a terra do sol nascente, anunciou uma mudança que animou viajantes do Brasil inteiro. Desde o final de 2023, uma nova regra permite que brasileiros entrem no país sem a necessidade de solicitar um visto de turista. Isso mesmo, totalmente livre daquela burocracia.

Essa alteração é fruto de um acordo de reciprocidade. Ou seja, da mesma forma que os japoneses não precisam de visto para visitar as belezas do Brasil, nós também ganhamos esse passe livre para explorar o Japão.

O que mudou na prática para quem quer viajar ao Japão?

Antes, o processo para obter um visto japonês envolvia o preenchimento de formulários, apresentação de uma série de documentos e, claro, o pagamento de taxas. Era uma etapa que demandava planejamento e um certo investimento antes mesmo de comprar as passagens.

Brasil-e-Japao-fazem-acordo-e-retiram-exigencia-de-visto-para-estadias-de-curta-duracao-1 Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoCom a nova regra, que começou a valer em 30 de setembro de 2023, cidadãos brasileiros portando um passaporte comum podem permanecer no Japão por até 90 dias sem visto. A finalidade da viagem deve ser turismo, visitas a amigos ou familiares, participação em eventos ou prospecção de negócios.

Essa medida, firmada entre os governos do Brasil e do Japão, tem uma validade inicial de três anos. É uma janela de oportunidade incrível para fortalecer os laços culturais e turísticos, que já são muito fortes entre as duas nações.

Quem tem direito a essa isenção?

A isenção é bem direta e beneficia a grande maioria dos viajantes. Se você tem um passaporte brasileiro válido e planeja uma estadia curta, de até 90 dias, você está coberto pela nova regra.

É importante destacar que essa facilidade não se aplica a todas as situações. Viagens com outros objetivos, como trabalho remunerado ou estudo de longa duração, ainda exigem a solicitação de um visto específico junto a uma embaixada ou consulado japonês no Brasil.

passaporte-japones-brasileiro Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoA grande sacada é que a medida visa impulsionar o turismo. Pense em explorar as luzes de Tóquio, os templos de Quioto ou as paisagens nevadas de Hokkaido — tudo isso sem a barreira do visto.

Passo a passo para se preparar para a viagem sem visto

Embora o visto não seja mais um requisito, a entrada no Japão não é automática. Existem algumas exigências que os oficiais de imigração verificarão na sua chegada. É como um checklist para garantir que sua visita será tranquila.

vistos-para-brasileiros-capa2019-01-820x430-1 Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoO primeiro item, e talvez o mais crucial, é o seu passaporte. Ele não só precisa estar válido durante toda a sua estadia, mas também deve ser um passaporte com chip, também conhecido como passaporte eletrônico.

A maioria dos passaportes brasileiros emitidos desde 2011 já conta com essa tecnologia, então a chance de o seu já ser compatível é enorme. Esse pequeno detalhe é uma exigência de segurança do governo japonês.

A documentação que você precisa ter em mãos

Imagine chegar ao balcão da imigração depois de um longo voo. Ter tudo organizado vai fazer toda a diferença. Além do passaporte, você precisará apresentar suas passagens de ida e volta.

Isso comprova que você não tem a intenção de permanecer no país além do período permitido de 90 dias. É uma garantia para as autoridades locais.

Outro ponto fundamental é a comprovação de recursos financeiros. Você precisa mostrar que tem condições de se manter durante a viagem. Extratos bancários, limite do cartão de crédito ou dinheiro em espécie são algumas das formas de fazer isso.

Não há um valor fixo estipulado, mas os agentes de imigração usarão o bom senso para avaliar se seus recursos são compatíveis com a duração e o estilo da sua viagem. A comprovação de hospedagem, como reservas de hotel ou uma carta-convite, também será solicitada.

O registro online obrigatório — o Visit Japan Web

Aqui está um detalhe que muitos viajantes podem deixar passar. A isenção do visto não elimina a necessidade de preencher os formulários de imigração e declaração alfandegária. A boa notícia é que isso pode ser feito online, antes mesmo de embarcar.

e16979f0-edbf-4e2e-be53-b772c82a481e Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoO governo japonês centralizou esses procedimentos no portal Visit Japan Web. É uma plataforma criada para agilizar a entrada de turistas no país.

Nesse site, você fará um cadastro e inserirá as informações da sua viagem, seus dados pessoais e as informações do seu passaporte. É tudo muito intuitivo e em inglês.

Como funciona o preenchimento?

Após criar sua conta, você registrará sua chegada, informando o voo, o endereço da sua primeira noite no Japão e responderá a algumas perguntas padrão de imigração e alfândega. O processo é bem guiado.

Ao finalizar, a plataforma gera dois QR Codes distintos, um para a imigração e outro para a alfândega. Você pode salvá-los no seu celular ou imprimir. Na chegada ao aeroporto no Japão, basta apresentar esses códigos nos guichês indicados.

como-tirar-passaporte-brasileiro Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoEsse sistema substitui os antigos formulários de papel que eram distribuídos no avião, tornando o processo muito mais rápido e moderno. Uma dica é fazer esse registro com alguns dias de antecedência para evitar qualquer correria.

Toda a lógica por trás dessa modernização é facilitar o fluxo de turistas, como explica a Organização Nacional de Turismo do Japão (JNTO), que promove o país como um destino acolhedor.

Dicas práticas para uma chegada sem estresse

Apesar da facilidade, é sempre bom estar preparado. A barreira do idioma pode ser uma questão, então ter aplicativos de tradução à mão é uma excelente ideia. Saber algumas frases básicas em japonês, como “Konnichiwa” (olá) e “Arigatou gozaimasu” (muito obrigado), também pode abrir sorrisos.

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Verifique também a validade do seu passaporte. O ideal é que ele tenha pelo menos seis meses de validade a contar da data da sua viagem, uma prática recomendada para qualquer destino internacional.

A regra da isenção é clara, mas a decisão final sobre a sua entrada no país é sempre do oficial de imigração. Por isso, ser educado, paciente e ter todos os documentos organizados é o melhor caminho.

O acordo foi amplamente noticiado e detalhado pelo Ministério das Relações Exteriores do Japão, reforçando a seriedade e o compromisso com essa nova fase da relação bilateral.

E se eu quiser ficar mais de 90 dias?

A regra dos 90 dias é estrita. Se os seus planos incluem uma estadia mais longa, seja para um curso de japonês, um trabalho de verão ou apenas para explorar o país com mais calma, o caminho é outro.

Nesse caso, você precisará entrar em contato com a Embaixada ou um dos Consulados do Japão no Brasil para solicitar o visto correspondente à sua necessidade. O processo será diferente e exigirá documentação específica.

A isenção foi pensada para o turista, para aquele viajante que deseja uma imersão curta, mas intensa, na cultura japonesa.

VISTO-JAPAO Um dos destinos mais sonhados pelos brasileiros abriu as portas sem cobrar vistoDesde a implementação dessa medida, o interesse dos brasileiros pelo Japão cresceu visivelmente. A ausência da burocracia do visto removeu um obstáculo psicológico e financeiro, tornando o sonho de caminhar por Shibuya ou de ver o Monte Fuji de perto muito mais palpável.

Essa mudança representa mais do que apenas uma economia de tempo e dinheiro, ela simboliza uma ponte ainda mais forte entre duas culturas que, apesar da distância geográfica, sempre mantiveram uma admiração mútua e uma conexão histórica profunda — uma conexão que começou com os primeiros navios de imigrantes há mais de um século.

Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonado

Você recebe uma mensagem de um amigo ou familiar. A foto é a mesma, o jeito de escrever é parecido, mas algo parece um pouco estranho. Eles contam uma história de apuro, uma emergência súbita, e o pedido é sempre o mesmo — uma transferência via Pix.

Parece um pedido legítimo, vindo de alguém em quem você confia. Mas, na verdade, você pode estar a um passo de transferir seu dinheiro diretamente para a conta de um criminoso. Esse é o cenário cada vez mais comum do golpe do WhatsApp clonado, uma fraude que explora nossa confiança e a rapidez das transações digitais.

Não se trata de uma falha de segurança do aplicativo em si. Na grande maioria das vezes, o sucesso do golpe depende de uma técnica muito mais antiga e eficaz que qualquer vírus de computador, a engenharia social.

Como os criminosos conseguem clonar uma conta de WhatsApp?

Para entender a proteção, primeiro precisamos olhar para a tática do invasor. O objetivo principal do golpista é registrar o seu número de WhatsApp no aparelho dele. Para fazer isso, ele precisa de uma única coisa — o código de seis dígitos que o WhatsApp envia por SMS para verificar a identidade do usuário.

2a9bd2a0-2010-4e54-84e9-4590c3df681f-1 Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoMas como eles conseguem esse código? É aqui que a criatividade para o mal entra em jogo. Os métodos são variados e se tornam mais sofisticados a cada dia.

Uma das abordagens mais comuns envolve o pretexto de um cadastro. O criminoso pode ligar ou mandar mensagem se passando por um funcionário de uma empresa na qual você tem ou teve interesse, como um site de vendas, um hotel ou até mesmo uma festa.

Eles dizem que estão confirmando sua inscrição ou um ingresso e que, para validar, um código foi enviado ao seu celular. Na verdade, naquele exato momento, o golpista está tentando instalar o seu WhatsApp no celular dele, e o código que chega para você é o passe de entrada que ele precisa.

A perigosa troca de chip — o SIM Swap

Uma modalidade ainda mais alarmante é o “SIM Swap” ou, em bom português, a troca do chip. Nesse cenário, o criminoso usa documentos falsos ou informações vazadas sobre você para convencer a sua operadora de telefonia a transferir seu número para um novo chip, um que está em posse dele.

Firefly_Imagem-conceitual-mostrando-dois-chips-de-celular-SIM-cards-lado-a-lado.-Uma-linha-337561-scaled Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoCom o seu número funcionando no celular do fraudador, ele não precisa mais enganar você para receber o código de verificação. Ele simplesmente instala o WhatsApp e recebe o SMS de confirmação diretamente, tomando controle total da sua conta.

De repente, seu celular fica sem sinal. Muitas vítimas acham que é um problema técnico da operadora e demoram a perceber que, nesse ínterim, seus contatos estão recebendo pedidos de dinheiro em seu nome.

Os sinais de que algo está errado

Seu WhatsApp desconectou sozinho do seu celular? Esse é o primeiro e mais claro sinal de alerta. O WhatsApp não permite que o mesmo número seja usado em dois smartphones simultaneamente. Se alguém ativou sua conta em outro lugar, a sua será automaticamente desativada.

um-homem-maduro-com-problemas-segurando-a-mao-na-cabeca-cinza-enquanto-usa-o-smartphone-lendo-algumas-noticias-na-internet_176532-5904 Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoOutro indício é receber mensagens de amigos perguntando sobre um pedido de dinheiro que você supostamente fez. Os golpistas costumam usar desculpas como “troquei de número” ou “estou com um problema no meu aplicativo do banco e preciso pagar uma conta urgente, te devolvo assim que resolver”.

A urgência é uma ferramenta psicológica poderosa. Ela impede que a vítima pare para pensar e verificar a história. Afinal, quem não ajudaria um amigo em uma emergência?

O impacto financeiro e a dimensão do problema

A escala desse tipo de fraude é assustadora. Segundo um levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), divulgado pelo portal Poder360, golpes envolvendo WhatsApp foram os mais praticados no Brasil em 2024, somando 153 mil casos registrados.

codigo-de-seguranca-do-whatsapp-mudou-1536x864-2 Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoO prejuízo financeiro é bilionário. Uma reportagem do jornal Estado de Minas destacou que as perdas com fraudes virtuais no país chegaram a R$ 10,1 bilhões no último ano, um crescimento de 17% em relação ao período anterior. Isso mostra como os criminosos estão se profissionalizando e diversificando suas táticas.

E não pense que isso acontece apenas com pessoas mais velhas ou com pouca familiaridade com a tecnologia. Os golpes são tão bem elaborados que qualquer um pode se tornar uma vítima em um momento de distração.

Passos práticos para blindar sua conta agora mesmo

A boa notícia é que existem medidas simples e extremamente eficazes para se proteger. A principal delas é ativar a “verificação em duas etapas” (ou autenticação de dois fatores) dentro do próprio WhatsApp.

cadeado-de-seguranca-brilhante-no-pano-de-fundo-roxo-interface-digital-e-conceito-de-protecao-renderizacao-em-3d_670147-38560 Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoPense nela como uma segunda senha. Além do código de 6 dígitos enviado por SMS, você criará um PIN de 6 dígitos que será solicitado periodicamente e, mais importante, toda vez que você for registrar seu WhatsApp em um novo aparelho.

Para ativar é fácil — vá em “Configurações” > “Conta” > “Verificação em duas etapas” e siga as instruções. É crucial também cadastrar um e-mail de recuperação, pois ele será sua única forma de reaver o acesso caso você esqueça seu PIN.

Desconfiança é sua melhor aliada

A regra de ouro é — jamais, em hipótese alguma, compartilhe o código de 6 dígitos do WhatsApp com ninguém. Nenhuma empresa, órgão governamental ou suporte técnico legítimo pedirá essa informação por telefone ou mensagem.

Recebeu um pedido de dinheiro de um conhecido? Desconfie. Ligue para a pessoa em seu número antigo, ou faça uma chamada de vídeo. Não confie apenas na foto de perfil e no nome. Verifique a identidade por um meio de comunicação diferente antes de fazer qualquer transferência.

marca-d-agua Novo golpe bancário: Como se proteger do golpe do WhatsApp clonadoCuidado também com links suspeitos. Muitas vezes, o primeiro passo do golpe é enviar um link para uma suposta promoção ou notícia bombástica. Ao clicar, você pode instalar um software malicioso que dá acesso aos seus dados.

Fui vítima, e agora? O que fazer imediatamente

Se o pior aconteceu e sua conta foi clonada, o tempo é seu inimigo. A primeira ação é tentar reinstalar o WhatsApp no seu celular imediatamente. Isso forçará a desconexão do aparelho do criminoso. Insira seu número e solicite o código de verificação por SMS.

É muito provável que o golpista já tenha ativado a verificação em duas etapas com um PIN que você não conhece. Se isso acontecer, o WhatsApp informa que você precisará esperar sete dias para recuperar sua conta sem o PIN. Mesmo assim, ao tentar o login, você desconecta o invasor.

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Avise seus amigos e familiares por outros meios — ligue, use outra rede social, peça para amigos em comum postarem um alerta. Informe que seu número foi clonado e que qualquer pedido de dinheiro vindo dele é fraude.

É fundamental registrar um Boletim de Ocorrência online. Isso documenta o crime e pode ser necessário para contestar futuras fraudes feitas em seu nome. O Serasa oferece um guia detalhado sobre os passos a seguir em casos de fraude.

Você também deve notificar o suporte do WhatsApp. Envie um e-mail para [email protected] com o assunto “Perdido/Roubado: Por favor, desative minha conta” e, no corpo do e-mail, inclua seu número de telefone completo, com o código do país (+55) e o DDD.

Essa ação não apaga sua conta, mas a desativa temporariamente, impedindo que o golpista continue usando. Depois, você terá 30 dias para reativá-la.

A segurança digital não é um destino, mas uma jornada constante de atenção e aprendizado. Os golpistas dependem de um único momento de descuido, um clique apressado ou um gesto de confiança mal colocado.

Eles evoluem as táticas a cada dia, usando desde falsas ofertas de emprego até supostas atualizações de aplicativos para enganar. A engenharia social explora a emoção humana, a urgência, o medo e até a ganância, tornando cada mensagem recebida uma potencial porta de entrada para o crime.

Os criminosos sabem tanto sobre nós porque muitas dessas informações estão disponíveis publicamente ou em bancos de dados vazados, vendidos ilegalmente. O seu nome, CPF e até nomes de parentes podem ser facilmente comprados, o que torna o contato do golpista assustadoramente convincente.

A proteção, portanto, vai além da tecnologia — ela mora na cautela, na verificação dupla e na consciência de que, no mundo digital, nem tudo que parece é.

Desde que a verificação em duas etapas se tornou padrão, a dificuldade para os criminosos aumentou, mas eles continuam inovando — e quem pode dizer qual será o próximo vetor de ataque escondido em um aplicativo que usamos todos os dias?

Nova direção para transição energética e sustentabilidade na Petrobras

A engenheira Angélica Garcia Cobas Laureano é a nova diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras. Eleita pelo Conselho de Administração da estatal, a diretoria da companhia passa a ter cinco mulheres, com uma delas, Magda Chambriard, ocupando a presidência, de um total de nove integrantes.

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É a primeira vez na história que a alta administração da companhia tem mais mulheres do que homens. De acordo com a Petrobras, a nova composição da diretoria executiva, “representa o compromisso da companhia com a diversidade e a equidade de gênero e reforça sua posição de vanguarda no mercado brasileiro”.

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Fonte: GRUPO CENÁRIO ENERGIA

O estudo Mulheres em ações, divulgado pela B3, bolsa de valores do Brasil, em setembro de 2024, aponta que apenas 6% das 359 companhias listadas na bolsa brasileira têm três mulheres ou mais em sua diretoria estatutária. Em 59% dessas empresas não há nenhuma representação feminina na diretoria.

“Estamos comprometidas em ampliar a participação feminina em todos os setores da Petrobras porque acreditamos que o ambiente de trabalho é mais saudável e produtivo quando há diversidade na equipe. Espero que possamos inspirar outras mulheres a almejarem posições de liderança, especialmente no setor de petróleo e gás, ainda majoritariamente masculino”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Transição energética

A diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras foi criada em abril de 2023, com o objetivo de concentrar e potencializar as ações da companhia relacionadas à transição energética. A área reúne os processos de gás e energia, mudanças climáticas, descarbonização e energias renováveis, além de atuar em sinergia com outras áreas da companhia na pesquisa e desenvolvimento de projetos ligados à transição.

Projetos de descarbonização

“Seguiremos investindo fortemente em projetos de descarbonização, na produção de combustíveis mais sustentáveis e na diversificação de fontes de energia renovável. Como líderes na transição energética, reiteramos o compromisso de zerar nossas emissões operacionais, o net zero, até 2050”, disse, em nota, a nova diretora Angélica Laureano.

Screenshot-2025-07-14-135047 Nova direção para transição energética e sustentabilidade na Petrobras
Fonte: HBA Web Design

Angélica já atuou na Petrobras nas áreas de Materiais, Abastecimento, Gás e Energia, e exerceu a presidência da Gaspetro, subsidiária da Petrobras em parceria com a Mitsui Gás S.A., responsável pela gestão de participação em 19 distribuidoras de gás natural em diversos estados.

Após a aposentadoria na Petrobras, atuou como consultora em diversos projetos na área de gás natural. Atualmente, exercia a presidência da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil SA.

5 lugares perfeitos para posicionar a monstera deliciosa dentro de casa

Quem já cultivou uma monstera deliciosa sabe que o lugar onde ela é colocada faz toda a diferença entre folhas exuberantes ou uma planta travada. Essa espécie tropical, que virou queridinha da decoração moderna, não é apenas bonita — ela tem exigências específicas de luminosidade, umidade e espaço para crescer bem. E não adianta só regar: se ela não estiver no ponto certo da casa, a tendência é definhar aos poucos, mesmo com todos os cuidados.

Vamos te mostrar agora os 5 lugares que funcionam como verdadeiros paraísos para a monstera deliciosa dentro de casa — locais onde ela se desenvolve com vigor, soltando folhas grandes e recortadas que são sua marca registrada.

Onde posicionar a monstera deliciosa

A monstera é uma planta tropical que gosta de luz indireta abundante, temperatura amena e ambiente levemente úmido. Sabendo disso, é possível pensar estrategicamente nos pontos da casa que oferecem essas condições naturalmente, sem esforço. Veja abaixo os locais ideais.

1. Perto de janelas com cortinas finas

A melhor amiga da monstera deliciosa é a luz filtrada. E nada oferece isso melhor do que uma janela que receba sol da manhã ou da tarde filtrado por uma cortina leve. Esse tipo de ambiente garante luminosidade suficiente sem risco de queimar as folhas.

Evite posicioná-la em janelas voltadas para o norte (no hemisfério sul) ou diretamente exposta ao sol de meio-dia, pois a intensidade é excessiva. Se a única opção for uma janela com sol direto, use uma película protetora no vidro ou uma cortina branca translúcida para suavizar a luz.

2. Ao lado de uma estante vazada

Se sua sala tem uma estante ou divisória vazada entre ambientes, esse pode ser o ponto ideal. A monstera adora estar próxima a elementos que funcionem como apoio para suas raízes aéreas e como filtro de luz parcial. A sombra parcial criada pela estrutura proporciona um ambiente mais equilibrado e ainda valoriza o visual arquitetônico da planta, que ganha destaque nesse tipo de composição.

Além disso, esses pontos costumam ter circulação de ar e recebem luz vinda de diferentes ângulos, o que favorece um crescimento mais uniforme da folhagem.

3. Na sala, em um canto com parede clara

Um erro comum é achar que canto de sala é sinônimo de local escuro. Com uma parede clara atrás e a presença de janelas próximas, o canto pode refletir bem a luz e se tornar um verdadeiro santuário verde para sua monstera deliciosa.

O truque está em observar a luminosidade ao longo do dia. Se esse canto recebe luz difusa por pelo menos 4 a 6 horas diárias, é um ótimo lugar para cultivar a planta. Além disso, o espaço geralmente oferece altura para a planta crescer verticalmente, especialmente se você usar um tutor de fibra de coco ou uma estaca de madeira.

4. Em banheiros amplos e bem iluminados

Pode parecer inusitado, mas banheiros com janelas amplas são verdadeiros refúgios tropicais. A umidade constante do ambiente, combinada com luz natural indireta, cria condições próximas ao habitat nativo da monstera.

Claro, o espaço precisa ser generoso — não estamos falando de lavabos apertados, mas de banheiros com boa ventilação, luminosidade e espaço para o vaso. Nesse cenário, a monstera se desenvolve com vigor e ainda traz um toque de luxo botânico para o ambiente.

5. Próxima à porta de entrada (desde que iluminada)

Se sua entrada é bem iluminada, com boa incidência de luz natural e sem correntes de ar muito frias, pode ser um ótimo local para a monstera. Ela cria um impacto visual forte logo na chegada, trazendo vida e sofisticação ao hall.

Mas atenção: se o local for muito escuro ou tiver variações bruscas de temperatura, a planta pode sofrer. Uma boa alternativa nesses casos é posicioná-la entre a porta e uma janela lateral próxima, para que ela pegue a claridade e fique protegida do vento.

Evite locais com ar-condicionado direto ou sombra total

Por mais resistente que pareça, a monstera deliciosa não tolera extremos. O ar-condicionado direto pode ressecar suas folhas e o canto escuro sem nenhuma luz natural impedirá qualquer crescimento.

Caso o único lugar disponível na casa seja pouco iluminado, vale considerar uma luz artificial de espectro completo, voltada para plantas, especialmente durante o inverno.

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5 lugares perfeitos para posicionar a monstera deliciosa dentro de casa

Dica bônus: use vasos grandes e drenagem perfeita

Independentemente do local escolhido, a monstera deliciosa precisa de espaço. Ela cresce rápido, solta raízes aéreas e precisa de um vaso grande com solo leve e bem drenado. Forre o fundo do vaso com argila expandida ou pedras e evite encharcamento.

A rega deve ser feita quando o solo estiver seco na camada superficial. O excesso de água é o principal motivo para folhas amareladas e crescimento lento. Combinando o local certo com um bom manejo, sua monstera se tornará o destaque verde da casa.

Finalize com sua personalidade

Nada impede que você ouse um pouco na decoração. Colocar a monstera deliciosa em cachepôs artesanais, cestos de palha ou suportes de ferro suspenso pode valorizar ainda mais seu visual escultural. Escolher o lugar ideal é só o começo — o toque final vem do seu estilo.

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