Dois navios de cruzeiro serão usados como hotéis temporários para a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP 30). As duas embarcações têm aproximadamente 3.900 cabines, com capacidade de até 6 mil leitos disponíveis durante a conferência, o maior evento climático do planeta. A contratação dos navios foi formalizada nesta semana.
A hospedagem
As acomodações serão disponibilizadas por etapas, em todas as modalidades como setor hoteleiro e aluguel por temporada, conforme acordo entre o Brasil e o Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
Imagem: Fernando Frazão Agência Brasil
Para os países participantes, a ONU está mediando a oferta. Em uma primeira etapa, 98 países em desenvolvimento ou formados por ilhas terão prioridade. Para esse primeiro grupo, as diárias são de até US$ 220. Depois, outros países podem adquirir acomodações por até US$ 600.
40 mil pessoas
Segundo o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia, os dois navios se somam aos esforços de receber mais de 40 mil pessoas, entre delegações das Nações Unidas, observadores, organizações sociais, pesquisadores e empresários.
A contratação dos navios foi feita por meio da Secretaria Extraordinária para a COP30 e a Embratur. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo selecionou, por meio de chamamento público, a operadora de viagens responsável por contratar os navios MSC Seaview e Costa Diadema, além de comercializar as cabines.
Terminal Portuário de Outeiro
As embarcações ficarão no Terminal Portuário de Outeiro, que está sendo ampliado para o evento. Uma ponte vai dar acesso – em cerca de 30 minutos – entre o terminal e os locais da conferência.
Para ampliar as vagas de hotelaria, outras alternativas adotadas são negociações com plataformas virtuais como Airbnb e Booking, para cadastrar imóveis e aumentar a oferta de quartos disponíveis. Dezessete escolas públicas serão transformadas pelo governo paraense em espécies de hostel temporário.
A COP30 será realizada em Belém, no Pará, entre os dias 10 e 21 de novembro.
O projeto é uma construção interministerial apresentada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e marca a primeira ação do fundo para a aplicação de recursos no enfrentamento a incêndios em outros biomas além da Amazônia Legal.
O Fundo Amazônia é gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).
Fonte: Sustentabilidade no Ar
O projeto vai apoiar as ações do Corpo de Bombeiros Militar e brigadas florestais do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Piauí e Distrito Federal, além da Força Nacional de Segurança Pública.
Objetivo
O objetivo é ampliar a capacidade de resposta diante do agravamento dos incêndios florestais registrado em 2024 e da previsão de novos episódios extremos para este ano.
“O avanço dos incêndios florestais e das queimadas não autorizadas em biomas como o Cerrado e o Pantanal tem exigido uma resposta emergencial e integrada do Estado brasileiro”, afirmou, em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
“Em 2024, o país enfrentou um cenário crítico e atípico de fogo, com impactos sobre a vegetação nativa, sobretudo no Pantanal, na Amazônia e no Cerrado. No Cerrado, foram 9,7 milhões de hectares queimados em 2024; e no Pantanal, 1,9 milhão de hectares. Sob orientação do presidente Lula, estamos ampliando as ações de monitoramento e controle de incêndios florestais e queimadas”, avaliou Mercadante.
Prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e Cerrado
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou, em nota, que as ações de prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e no Cerrado, duramente atingidos pelos incêndios nos últimos anos, também devem ser reforçadas.
“O apoio do Fundo Amazônia será determinante para que as unidades do Corpo de Bombeiros dos estados que abrigam esses biomas sejam capacitadas e equipadas com caminhões-tanque e bombas costais, por exemplo, e possam atuar em conjunto com o governo federal no controle dos incêndios”, ressaltou.
“Para que o Brasil tenha uma governança do fogo à altura dos desafios impostos pela mudança do clima, é crucial que todos os entes federativos estejam fortalecidos em suas capacidades para cumprir com suas atribuições, de acordo com a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo”, defende Marina.
Manejo Integrado do Fogo
O projeto Manejo Integrado do Fogo está dividido em três escalas: local, estadual e interestadual. No nível local, serão apoiadas brigadas florestais formadas por moradores treinados e cadastradas nos corpos de bombeiros militares, consideradas a primeira linha de defesa contra o fogo. Na escala estadual, o foco é estruturar o Corpo de Bombeiros com veículos e equipamentos. Já no nível interestadual, o projeto fortalece a atuação da Força Nacional em operações integradas.
Os investimentos incluem caminhonetes 4×4 com kits de combate a incêndios, bombas costais, sopradores, drones, GPS portáteis, notebooks e veículos especializados como auto bomba tanque florestal (ABTF), caminhão-tanque e salvamento, guinchos e veículos de carga.
Ações de prevenção e combate
Cada estado apoiado deverá formalizar parceria com o Ministério da Justiça, comprometendo-se a utilizar os bens exclusivamente em ações de prevenção e combate ao fogo e garantir a conservação dos equipamentos.
“Estamo-nos antecipando a eventuais problemas futuros, utilizando a experiência dos combates às queimadas que tivemos nos últimos anos para avançar”, disse, em nota, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
“Vamos seguir protegendo nossos biomas em um esforço conjunto, com inteligência compartilhada e integração do governo federal e suas forças, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, com o Corpo de Bombeiros e com as brigadas florestais dos estados. Junto a isso, temos uma ação concreta, que é o projeto de lei elaborado pelo ministério que torna mais rigorosa as penas em caso de incêndios criminosos e que está em tramitação no Congresso Nacional”, esclareceu Lewandowski.
Um levantamento conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) ONSEADAdapta revelou que mais da metade dos estudantes do ensino médio brasileiro estão matriculados em escolas com pouca ou nenhuma resiliência a enchentes.
Escolas sob ameaça climática
O número impressiona: cerca de 15 milhões de alunos, o equivalente a 57,6% do total. Além disso, outros 8 milhões (33,8%) estudam em instituições vulneráveis à seca.
Imagem: Letícia Galante/Arquivo Pessoal
O estudo utiliza o Índice de Segurança Hídrica (ISH), aliado a dados georreferenciados, para mapear escolas expostas a eventos extremos. Os resultados apontam que quase 5 milhões de estudantes estão em áreas com resiliência mínima a inundações e cerca de 8 milhões enfrentam diferentes níveis de vulnerabilidade à seca.
Aulas perdidas e resiliência pedagógica
Em 2023, mais de um milhão de alunos perderam aulas devido a eventos extremos de seca ou enchente, segundo o professor Eduardo Mario Mendiondo, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP e um dos autores da pesquisa. Um exemplo citado foi a seca severa que afetou a região amazônica, impossibilitando o transporte fluvial de alunos.
Diante desse cenário, surgem práticas adaptativas conhecidas como “resiliência pedagógica”, especialmente no Norte do país. Professores da Amazônia têm flexibilizado o calendário escolar, adaptando o currículo durante os meses mais secos, entre julho e novembro, para manter o vínculo educacional mesmo em situações adversas.
Fonte: Associação Nova Escola
Seca, um desafio persistente
Durante uma mesa-redonda na 77ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o pesquisador José Marengo, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), destacou que as secas são os eventos climáticos mais danosos no Brasil. Elas afetam não apenas o meio ambiente, mas também a economia e a organização social.
As regiões mais afetadas por secas são o Sul do país, parte do Nordeste e a Amazônia. Marengo classificou os diferentes tipos de seca — curtas, médias e longas — e alertou para a tendência crescente de eventos extremos intensos, seguidos por longos períodos secos. Esse padrão, segundo ele, já é observado tanto no Brasil quanto no exterior, como na Europa e nos Estados Unidos.
Saúde indígena em risco
Os efeitos das mudanças climáticas na educação não se limitam à perda de aulas. A seca prolongada e a poluição dos rios também têm impacto direto sobre a saúde das populações indígenas. A pesquisadora Sandra Hacon, da Fiocruz, apontou que há aumento de quadros de ansiedade e medo entre indígenas amazônicos, devido à escassez e à contaminação da água.
Queimadas agravam a situação: partículas liberadas no ar acabam sendo depositadas nos rios, levando as comunidades a evitar o consumo da água. “Isso pode gerar casos severos de desidratação, especialmente entre crianças e idosos”, alertou Hacon.
O cenário apresentado pelo estudo reforça a urgência de incorporar a gestão de riscos climáticos às políticas educacionais. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação já prevê essa abordagem como obrigatória. Com as mudanças climáticas ganhando intensidade e frequência, a resiliência das escolas brasileiras — física, pedagógica e estrutural — precisa ser tratada como prioridade nacional.
Um estudo inédito conduzido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) revelou a profunda interdependência entre as regiões costeiras e interioranas do Brasil por meio da chamada “economia azul”, o conjunto de atividades que dependem diretamente dos recursos marinhos.
A força invisível da economia azul
Mais do que movimentar portos e praias, essas atividades têm impacto significativo em cadeias produtivas espalhadas por todo o território nacional.
Utilizando um modelo inter-regional de insumo-produto, a pesquisa identificou não apenas os efeitos diretos das atividades ligadas ao mar, mas também suas conexões com setores localizados no interior, como agricultura, manufatura e serviços. O trabalho foi desenvolvido pelo professor Eduardo Haddad e pelo pesquisador Inácio Araújo, ambos da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA-USP), e publicado na revista Ocean Sustainability.
Do petróleo ao turismo: as várias faces da economia azul
Em 2019, a economia azul respondeu por 2,91% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e por 1,07% dos empregos formais. Desse total, a extração de petróleo e gás natural representou 60,4% do chamado PIB Azul, seguida por setores como administração pública e defesa (7,4%) e transporte e armazenagem (7,3%). Outras atividades importantes incluem turismo costeiro, pesca e transporte marítimo.
“Quando observamos as cadeias econômicas completas, o impacto da economia azul sobe para 6,39% do PIB e 4,45% do emprego”, afirma Haddad. “Mesmo regiões sem mar, como Minas Gerais, são afetadas. O mar chega a elas através das interconexões produtivas.”
Regiões costeiras com vocações distintas
Embora a maior parte da economia azul esteja concentrada no Sudeste — especialmente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo, que juntos respondem por 82% da produção direta, o estudo revelou nuances regionais relevantes. O Nordeste, por exemplo, se destaca no turismo costeiro e na pesca artesanal, enquanto o Sul participa fortemente do transporte marítimo.
280 municípios de 17 estados localizam-se no litoral atlântico brasileiro – Imagem: Eduardo Haddad et al./Ocean Sustainability
“O Brasil tem uma diversidade de especializações costeiras que precisa ser considerada no planejamento de políticas públicas. No Rio é o petróleo, no Ceará é a pesca e o turismo. Cada região tem um tom diferente de azul”, explica Haddad, fazendo referência ao título do estudo: Tons de azul.
Os municípios que mais concentram a economia do mar
Dos 280 municípios costeiros brasileiros, 50 concentram 90% da atividade econômica ligada ao mar. A maioria desses está no estado do Rio de Janeiro, impulsionada principalmente pela exploração de petróleo offshore. Esse dado reforça a concentração geográfica da economia azul e a necessidade de estratégias descentralizadas de desenvolvimento.
Por uma política integrada para os oceanos
Apesar da existência de marcos legais como a Política Nacional para os Recursos do Mar e a Política Marítima Nacional, os pesquisadores destacam que ainda falta articulação entre elas. Segundo Haddad, o país precisa superar a fragmentação institucional para transformar seus vastos recursos oceânicos em desenvolvimento sustentável, com políticas adaptadas às realidades territoriais.
“Nossa metodologia foi pensada para ajudar exatamente nisso: medir os efeitos integrados da economia azul, conectando o que acontece na costa com o interior, e orientar decisões mais justas e eficazes”, afirma o pesquisador.
A abordagem já começou a ser aplicada em outras regiões do mundo com perfil semelhante, como Açores, Ilha da Madeira e Peru, reforçando o potencial global da metodologia brasileira.
A iniciativa visa estruturar um plano de longo prazo para a atuação integrada dos estados da Amazônia Legal, com foco na conservação da floresta, no fortalecimento da bioeconomia e na adaptação às mudanças climáticas.
Fonte: Governo do Estado de Rondônia
Organizado pelo Consórcio Interestadual da Amazônia Legal, em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), o evento reuniu representantes governamentais, sociedade civil e especialistas para alinhar metas e estratégias de enfrentamento à crise ambiental na região.
Rondônia reforça papel estratégico na Amazônia
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, destacou a importância da participação do estado em espaços de construção coletiva. “Rondônia tem se empenhado para promover um desenvolvimento equilibrado e ambientalmente responsável. A união entre os estados amazônicos é fundamental para enfrentar os desafios climáticos com ações conjuntas e eficazes”, afirmou.
A presença de Rondônia nos debates evidencia o compromisso estadual com políticas públicas baseadas em evidências técnicas e soluções integradas para os desafios ambientais da região.
Planejamento sustentável em foco
Durante o evento, a secretária de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Sepog), Beatriz Basílio Mendes, representou Rondônia e contribuiu com as discussões. Ela também atua como vice-coordenadora da Câmara Setorial de Planejamento do Consórcio da Amazônia Legal.
“Estamos planejando o futuro da Amazônia com base na ciência, no diálogo e no comprometimento coletivo. Rondônia está pronta para contribuir com soluções que respeitem o meio ambiente e promovam desenvolvimento sustentável”, destacou a secretária.
Os debates contemplaram eixos estratégicos como transição energética, economia de baixo carbono, financiamento climático, conectividade e governança compartilhada.
Semana do Clima fortalece protagonismo amazônico
A I Semana do Clima da Amazônia, realizada entre 14 e 18 de julho, foi lançada durante o evento e busca se consolidar como uma iniciativa anual e itinerante, reunindo lideranças públicas e privadas e representantes da sociedade civil. O objetivo é posicionar a Amazônia como centro das discussões climáticas, tanto no cenário nacional quanto internacional.
Fonte: Instituto Ethos
Essa mobilização multissetorial visa construir soluções colaborativas para os desafios ambientais enfrentados pelos estados da região.
Consórcio promove união e desenvolvimento sustentável
O Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal reúne os nove estados que compõem a região amazônica: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Criado para fortalecer a cooperação entre os governos estaduais, o Consórcio busca promover o equilíbrio entre progresso econômico, justiça social e preservação ambiental.
Com sede em Brasília e núcleos nos estados consorciados, a entidade atua na articulação de políticas públicas e na execução de projetos regionais, consolidando-se como um importante instrumento de governança compartilhada para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Com mais de 8 mil quilômetros de litoral, o Brasil detém um imenso potencial para desenvolver uma economia baseada no uso sustentável dos recursos marinhos, a chamada Economia Azul.
Brasil e sua vocação para a Economia Azul
Nesse cenário, o Selo Azul Cidades Costeiras surge como uma ferramenta estratégica para transformar esse potencial em realidade. Trata-se de uma certificação voltada a municípios que demonstram compromisso com o meio ambiente, a inclusão social e o desenvolvimento econômico sustentável.
O que representa o Selo Azul
Inspirado por práticas internacionais, o Selo Azul é concedido a cidades litorâneas que alcançam altos padrões de gestão pública sustentável. Vai além da proteção ambiental, destacando-se também como instrumento de fortalecimento da governança local e da qualidade de vida nas comunidades. Ao aderirem à certificação, os municípios se comprometem com ações que integram preservação, inovação e responsabilidade social.
Reconhecimento que atrai investimentos e oportunidades
A certificação confere aos municípios um selo de excelência que eleva seu prestígio e os torna mais atrativos para investidores alinhados com princípios socioambientais. Além disso, abre portas para financiamentos nacionais e internacionais voltados a projetos de desenvolvimento sustentável. Organismos multilaterais e bancos de fomento veem nas cidades certificadas um ambiente propício para aplicação de recursos.
Turismo ecológico como vetor de crescimento
O turismo sustentável é uma das áreas mais beneficiadas com a adoção do Selo Azul. Ao garantir práticas ecológicas e ordenamento adequado da faixa costeira, os municípios tornam-se destinos atrativos para visitantes conscientes. Isso movimenta a economia local, gera empregos e contribui para a valorização do patrimônio natural e cultural.
Participação social e inovação na gestão pública
Outro aspecto essencial da certificação é o incentivo à participação da sociedade na formulação de políticas públicas. O envolvimento comunitário fortalece a democracia local, promove inclusão e reduz desigualdades. A iniciativa também impulsiona a capacitação de servidores e o uso de tecnologias inovadoras na gestão dos recursos naturais.
Conexões que ampliam o impacto
Cidades certificadas passam a integrar redes de cooperação técnica e financeira, promovendo o intercâmbio de experiências e acelerando o desenvolvimento sustentável em nível regional. Parcerias com instituições nacionais e internacionais ajudam a escalar boas práticas e consolidar projetos de longo prazo.
Imagem: Helton Santos/Prefeitura de Guarujá
Compromisso com o futuro sustentável
Ao adotar o Selo Azul, os municípios costeiros assumem um papel protagonista na transição para um modelo de desenvolvimento mais justo e ecológico. Isso inclui a promoção de energias renováveis, a proteção dos ecossistemas marinhos e o estímulo à economia circular. O movimento representa um chamado à ação para que as cidades liderem, de baixo para cima, uma transformação necessária e urgente.
A certificação Selo Azul Cidades Costeiras é, portanto, mais do que um reconhecimento: é uma plataforma para políticas públicas inovadoras que equilibram progresso econômico com responsabilidade ambiental. O futuro do litoral brasileiro e das pessoas que dele dependem, será moldado pelas decisões tomadas agora.
Se houve algum avanço no Acordo de Paris de 2015, foi retórico, ao reconhecer o impacto do carbono militar, mas ainda assim sem exigir sua contabilização. Com quase nenhum país reportando, a falta de transparência é justificada pela segurança nacional.
Emissões de CO2 na guerra em Gaza e seus impactos ambientais – Fonte: Conexão Planeta
Não bastassem todo sofrimento e perdas humanas irreparáveis, o carbono das guerras não é pouca coisa. Segundo o Observatório de Conflito e Meio Ambiente (CEOBS), as atividades militares são responsáveis por 5,5% das emissões globais, mais do que a aviação civil ou a metade das emissões causadas pelo desmatamento no mundo.
Se as Forças Armadas fossem um país, estariam entre os quatro maiores emissores, abaixo da Índia e acima da Rússia. O Pentágono é o maior consumidor de petróleo e o maior emissor institucional do mundo, superando países como Portugal ou Suécia (Brown University).
Os impactos socioambientais do carbono militar vão além das queimas de combustíveis, treinamentos, logística e operações de combate. Há também a reconstrução de toda infraestrutura destruída, os incêndios e a devastação ambiental, migrações forçadas, crises humanitárias, demandas minerárias, emissões dos complexos industriais bélicos, entre outras.
Um estudo publicado na Social Science Research Network calculou o custo climático de longo prazo da destruição e reconstrução de Gaza em 31 milhões de toneladas de CO2, superior às emissões anuais de mais de 100 países. Já na Ucrânia, em três anos de conflito, estima-se que foram gerados cerca de 200 milhões de tCO2 (GHG Accounting of War), mesma quantia esperada de aumento anual das emissões derivadas do rearmamento da OTAN.
Sem obrigação das nações reportarem suas emissões militares, fica difícil responsabilizar pelos danos socioambientais causados. Em nome da segurança nacional, relega-se a segundo plano a segurança humana no planeta. Um ciclo perverso de violência que gera mais violência, incluindo aí os conflitos decorrentes também dos extremos climáticos, um indutor de mais guerras.
Carbono emitido pela bomba em Hiroshima – Fonte: Wikimedia Commons
Os gastos militares seguem subindo. Em 2024, alcançaram US$ 2,7 trilhões, um aumento recorde de quase 10% em relação ao ano anterior, o maior desde a Guerra Fria, marcando o décimo ano consecutivo de crescimento. EUA, China, Rússia, Alemanha e Índia respondem por 60% dos gastos (SIPRI).
Menos da metade disso, US$ 1,3 trilhão/ano, é o que se busca como missão quase impossível da COP30 para apoiar sobretudo as nações mais pobres no combate à mudança do clima.
Em um planeta rumo ao colapso climático, quando se espera alguma governança global pelo futuro de bem-viver, um dos únicos consensos entre os que se dizem líderes da humanidade – EUA, Europa, China e Rússia – é a necessidade de mais dinheiro para armas.
Só mesmo pela força, até porque líderes que justificam guerras para garantir a paz duradoura não convencem mais, depois de influenciarem conflitos intermináveis como no Oriente Médio, onde a população vive o inferno há mais de meio século. Que paz duradoura é essa? Não tem como normalizar uma guerra onde 59% dos palestinos mortos são mulheres, crianças e idosos (The Lancet).
Se faz algum sentido, só se for para os que lucram com isso. E ainda deixam a conta para todos pagarem. Não basta condenar somente as guerras e os países, é preciso atenção também a esses senhores das armas. Seguem escondidos atrás dos conflitos, mandando em quem a gente acha que manda, sem o rastreio das suas pegadas, as de carbono também.
A guerra pela paz é contra a mudança do clima. Não com máquinas de matar carbon free, drones, tanques verdes ou jatos a hidrogênio, mas com o coletivo à frente do individual, a cooperação acima da competição, com menos caos por extremos climáticos, pontos de não-retorno, extinções em massa, fome, migrações, que já estão nos levando a custos econômicos, dor e perdas humanas incalculáveis.
Lutar pela paz é também lutar pelo clima.
Autor: CAETANO SCANNAVINO – Coordenador da ONG Projeto Saúde & Alegria, com atuação há 40 anos na Amazônia e integrante da Rede Folha de Empreendedores Socioambientais.
O inverno chega e, com ele, uma mudança não só no guarda-roupa, mas também nas escolhas de beleza — especialmente nas unhas. As cores de esmalte que fazem sucesso nos dias mais frios costumam refletir a elegância da estação, com tons mais sóbrios, profundos e sofisticados. Mas se você fica em dúvida na hora de escolher o esmalte certo para combinar com o clima e os looks de inverno, saiba que existem três cores curingas que nunca falham: são versáteis, atemporais e combinam com qualquer tom de pele.
Essas tonalidades são presença garantida nas passarelas, nas mãos das celebridades e, claro, nas prateleiras dos salões mais antenados. Mais do que uma questão de moda, acertar na cor do esmalte durante o inverno é também uma forma de harmonizar seu estilo com a atmosfera acolhedora e misteriosa da estação.
A seguir, veja as três cores curingas para usar sem medo neste inverno — e aprenda como adaptá-las ao seu estilo pessoal, seja ele clássico, moderno ou ousado.
1. Esmalte vinho profundo: o clássico elegante do inverno
Se existe uma cor que simboliza o inverno nas unhas, é o vinho. Essa tonalidade, que varia entre o bordô e o marsala, traz um ar de sofisticação instantânea às mãos. O vinho combina com todos os tons de pele e funciona tanto em unhas curtas quanto longas. É aquele tipo de cor que faz você parecer mais arrumada, mesmo sem muito esforço.
Além disso, o vinho transmite maturidade, confiança e requinte — ideal para quem gosta de manter um visual mais discreto, mas ainda assim impactante. Ele também combina com praticamente tudo: do look preto total aos casacos em tons terrosos, passando por tricôs claros ou xadrezes clássicos.
Dica extra: Se quiser um toque mais moderno, experimente o acabamento cremoso com extra brilho ou uma versão vinho com fundo roxo acentuado.
2. Cinza chumbo: moderno e neutro ao mesmo tempo
Quer fugir do preto, mas sem abrir mão de uma cor neutra e sofisticada? Aposte no cinza escuro, também conhecido como cinza chumbo. Essa cor tem ganhado cada vez mais espaço nos invernos recentes, por ser versátil e discreta sem ser sem graça.
O cinza combina com looks urbanos, modernos e minimalistas. Funciona muito bem com roupas em tons frios como azul-marinho, branco, grafite e verde-musgo, e também pode ser usado em combinações mais ousadas, como com laranja queimado ou vinho.
É uma cor que funciona especialmente bem em unhas mais curtas e arredondadas, mas também fica linda em formatos mais quadrados ou stiletto para quem quer algo fashion.
Dica extra: O cinza também é ótimo para nail arts delicadas de inverno, como francesinhas invertidas ou detalhes geométricos com prateado.
3. Nude queimado: versátil e sofisticado em qualquer ocasião
O nude pode parecer uma escolha óbvia, mas o segredo está no tom: para o inverno, prefira os nudes queimados, mais puxados para o café com leite, caramelo ou rosé seco. Essas tonalidades trazem aconchego e elegância, funcionando como uma base neutra para qualquer produção.
O nude queimado é perfeito para o dia a dia, para ambientes de trabalho mais formais ou para quem gosta de um visual mais natural. Também é a cor ideal para quem prefere unhas discretas, mas bem cuidadas.
Além disso, os tons de nude valorizam todos os tipos de mãos e ainda têm a vantagem de disfarçar descascados ou imperfeições com mais facilidade do que tons escuros.
Dica extra: Use uma base fosca para dar um ar aveludado ao esmalte ou finalize com brilho para uma aparência mais polida e clássica.
Como escolher o tom ideal para seu estilo e pele
3 cores curingas de esmalte para usar no inverno sem errar o tom – Imagem gerada por IA
Embora essas três cores sejam curingas para o inverno, você pode personalizar sua escolha conforme o seu tom de pele ou humor da semana. Veja algumas sugestões:
Peles claras: vinho com fundo rosado, cinza médio, nude rosé
Peles negras: vinho bordô, cinza quase preto, nude café com leite
Combine com acessórios, maquiagem ou até com o tom do seu cachecol para criar uma harmonia visual que eleva o look por completo.
Dicas para o esmalte durar mais no inverno
No frio, a tendência é que as unhas fiquem mais ressecadas e quebradiças, o que pode comprometer a durabilidade do esmalte. Para evitar isso:
Hidrate as cutículas diariamente com óleo de amêndoas ou ceras nutritivas
Use base fortalecedora antes do esmalte
Finalize com top coat para selar a cor e dar brilho
Evite contato excessivo com água quente, que amolece o esmalte
Unhas no inverno: beleza que aquece o visual
Escolher o esmalte certo no inverno vai além da vaidade — é uma forma de se conectar com a estética da estação e com o cuidado pessoal. Cores profundas, neutras e aconchegantes transformam o visual e ainda elevam a autoestima.
Não importa se você prefere algo clássico, moderno ou natural: vinho, cinza chumbo e nude queimado são três apostas certeiras para manter suas unhas lindas e estilosas durante toda a temporada.
Se você já tentou aplicar óleo no cabelo achando que era só espalhar e pronto, saiba que está em boa companhia — e também que provavelmente cometeu os mesmos erros que eu. Achava que estava tratando os fios, mas só deixava tudo pesado, oleoso demais e com aspecto de sujo. Foi só depois de estudar (e errar bastante!) que descobri que existe um jeito certo de usar óleo capilar, e que o resultado pode ser leve, brilhante e saudável de verdade.
Neste artigo, vou compartilhar os principais erros que cometi e, mais importante, o passo a passo que sigo hoje e que realmente funciona. Se você está começando a usar óleos ou nunca viu grandes resultados, talvez tudo mude a partir daqui.
O erro mais comum: usar como se fosse creme
Meu primeiro equívoco foi usar óleo como se fosse um creme de hidratação. Aplicava uma quantidade exagerada, muitas vezes com o cabelo seco e sujo, sem respeitar o tipo do meu fio nem o tempo de ação.
O resultado? Cabelo pesado, grudado na raiz e com cara de que não via shampoo há dias. Além disso, achava que deixar ele por horas (ou dormir com ele no cabelo) era sempre bom. Mas para cabelos finos ou oleosos como o meu, isso é praticamente pedir para entupir os poros do couro cabeludo.
Antes de tudo: qual óleo escolher?
Outro erro que cometi foi usar o óleo errado para o meu tipo de cabelo. Existem dezenas de opções no mercado — cada uma com uma função diferente:
Coco: ótimo para cabelos ressecados e grossos, mas pode ser pesado para fios finos.
Argan: ideal para brilho e controle de frizz.
Rícino: estimula o crescimento, mas é espesso e precisa ser diluído.
Abacate ou jojoba: mais leves, bons para cabelos oleosos ou mistos.
Hoje, entendo que escolher o óleo certo é metade do sucesso.
O passo a passo que mudou tudo
Depois de muitos testes, erros e pesquisas, encontrei um ritual simples, eficiente e que se adapta bem à maioria dos tipos de cabelo. Aqui está meu passo a passo atual:
1. Comece com o cabelo levemente sujo ou limpo e seco
Diferente do que pensava, não é necessário que o cabelo esteja sujo para aplicar óleo. Pelo contrário: fios com muito resíduo não absorvem direito. O ideal é aplicar com o cabelo seco e limpo (ou no máximo um dia após a lavagem).
2. Aqueça nas mãos
A quantidade deve ser pequena — de 2 a 5 gotas, dependendo do comprimento. Esfregue as mãos até ele aquecer um pouco. Isso ajuda na espalhabilidade e na penetração nos fios.
3. Aplique do comprimento às pontas
Nunca aplique ele diretamente no couro cabeludo (a não ser que o objetivo seja estimular o crescimento com óleo de rícino, por exemplo). Comece sempre no comprimento e foque nas pontas, que são a parte mais seca e danificada.
Passe os dedos como se estivesse “penteando” o cabelo. Se tiver cabelo cacheado ou crespo, amasse levemente os fios para ajudar na definição.
4. Deixe agir o tempo adequado
Deixar por muito tempo nem sempre melhora o resultado. O tempo ideal varia de acordo com o tipo de óleo:
Óleos leves (argan, semente de uva): 20 a 30 minutos
Óleos mais pesados (coco, rícino): 1 a 2 horas
Tratamentos noturnos: só se ele for específico para isso
Hoje em dia, deixo agir por 40 minutos e lavo normalmente — funciona melhor do que passar a noite inteira.
5. Lave com shampoo e finalize como de costume
Após o tempo de ação, lave com um bom shampoo, de preferência sem sulfato, e aplique seu condicionador ou máscara habitual. Finalize como quiser: secador, difusor ou ao natural.
Se ainda sentir o cabelo pesado, é sinal de que exagerou na quantidade ou no tempo de exposição. Ajuste na próxima vez.
Aprenda como aplicar óleo no cabelo do jeito certo com este passo a passo – Imagem gerada por IA
Óleo como finalizador: sim, mas com moderação
Outra forma de usar ele é como finalizador, após o cabelo seco. Nesse caso, apenas 1 ou 2 gotas na palma das mãos são suficientes para tirar o frizz e dar brilho. Aqui, menos é mais — se exagerar, o cabelo fica com aparência oleosa.
Esse uso é ótimo para dias úmidos, quando os fios costumam arrepiar. Mas atenção: óleos vegetais puros não têm proteção térmica. Se for usar chapinha ou secador, prefira um óleo finalizador com fórmula própria para isso.
O que mudou no meu cabelo?
Desde que aprendi a usar corretamente, meu cabelo:
Fica mais leve e com movimento
Tem brilho natural, sem aparência de sujo
Quebra menos e embaraça menos nas pontas
Absorve melhor os tratamentos posteriores
Hoje, ele virou uma etapa fixa da minha rotina capilar, principalmente na pré-lavagem. E posso dizer: é um dos produtos mais simples e poderosos que já usei — mas só funciona bem quando usado do jeito certo.
A Nestlé anunciou dois novos projetos de restauração ambiental em parceria com as empresas Re.green e Barry Callebaut. As ações serão realizadas em regiões produtoras de cacau e café, totalizando cerca de 8 mil hectares nos Estados da Bahia e do Pará.
Reflorestamento como estratégia de sustentabilidade
A iniciativa contempla o plantio de 11 milhões de árvores, que serão cuidadas e preservadas por um período de 25 a 30 anos, com o objetivo de restaurar florestas nativas e implantar sistemas agroflorestais.
Imagem: iStock
Essas ações integram a meta da Nestlé de reduzir pela metade suas emissões até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. A expectativa é que os dois projetos juntos removam aproximadamente 1,5 milhão de toneladas de carbono equivalente da atmosfera.
Benefícios para o clima e para a cadeia de abastecimento
Para a diretora de ESG e Transformação de Negócios da Nestlé Brasil, Barbara Sapunar, a proposta vai além da compensação de carbono. “Queremos regenerar regiões estratégicas para o nosso fornecimento de ingredientes. Restaurar o meio ambiente é também fortalecer a resiliência da nossa cadeia produtiva”, afirmou.
A Nestlé irá financiar 100% do projeto com a Re.green e 60% da iniciativa com a Barry Callebaut. Ambas têm enfoque ambiental, mas com modelos distintos de restauração, adaptados às características de cada região.
Re.green vai reflorestar Mata Atlântica na Bahia
No sul da Bahia, a parceria com a Re.green prevê a recuperação de mais de 2 mil hectares com 3,3 milhões de árvores nativas da Mata Atlântica. A ação faz parte do Programa Global de Reflorestamento da Nestlé, que pretende plantar 200 milhões de árvores no mundo até 2030.
Fonte: Curso de ESG
O modelo adotado será o de restauração ecológica, com o objetivo de reconstituir o ecossistema original, recuperar recursos hídricos e promover o retorno da biodiversidade. Estima-se que o projeto gere 880 mil créditos de carbono certificados ao longo de 30 anos.
Agroflorestas com cacau serão implantadas com a Barry Callebaut
A parceria com a Barry Callebaut contempla a restauração de 6 mil hectares na Bahia e no Pará, com foco na criação de sistemas agroflorestais com cacau. Além disso, haverá o reflorestamento de cerca de 600 hectares de Áreas de Proteção Permanente (APPs) e Reservas Legais (RLs), com maior densidade de árvores nativas.
Serão plantadas 7,7 milhões de mudas entre cacaueiros e outras espécies locais, todas cultivadas por pelo menos 25 anos. A expectativa é de que essa iniciativa remova aproximadamente 600 mil toneladas de CO₂ equivalente ao longo de sua vigência.
Quem vive nas grandes cidades sabe como o dia a dia pode ser puxado. É tanta correria, trânsito, barulho, compromissos e notificações que a gente mal consegue parar pra respirar. No meio de tudo isso, encontrar pequenos momentos de pausa virou quase um desafio e é aí que os joguinhos de celular, aqueles simples e rápidos, estão ganhando um espaço cada vez maior na rotina de muita gente.
Não é só por diversão. Muita gente tem descoberto nesses jogos um jeito leve de relaxar a mente, distrair dos problemas e até dar um respiro na hora do café ou no trajeto do ônibus. Pode parecer pouco, mas esse tipo de pausa tem feito diferença real no bem-estar de quem lida com a intensidade da vida urbana todos os dias.
Jogos rápidos que cabem no seu tempo
A graça desses jogos está justamente na simplicidade. Você não precisa entender nada muito complicado, nem ficar horas jogando para curtir. Em alguns minutos, dá para se distrair, se concentrar em algo mais leve e, por que não, se divertir um pouco.
Tem jogo para todo tipo de gosto, e um dos que tem reacendido no cenário, é o bingo. Muita gente cresceu jogando este game com a família e agora reencontra essa diversão na versão digital, onde é super intuitivo: você entra, escolhe sua cartela e acompanha as rodadas.
E o mais interessante é que dá para se envolver de verdade, prestar atenção nos números, torcer, tudo isso com a vantagem de poder jogar de onde estiver. Quem quiser experimentar, tem o bingo online por dinheiro disponível em plataformas confiáveis, direto no celular.
Um empurrãozinho no humor
Você já reparou como a gente se sente melhor depois de resolver um desafio simples? Pode ser completar uma fase, bater um recorde ou até encaixar todas as peças num quebra-cabeça digital. Esse tipo de pequena conquista dá uma sensação boa e não é só impressão. O cérebro libera dopamina, que está ligada ao prazer e ao bem-estar.
E o melhor é que tudo isso acontece de forma natural, sem grande esforço. É como um mini empurrãozinho no humor, que ajuda a encarar o restante do dia com mais leveza. Claro que não resolve tudo, mas dá uma aliviada na tensão e ajuda a espairecer, principalmente quando a cabeça está cheia.
Muita gente que trabalha com prazos ou passa muito tempo em frente ao computador tem incluído esses jogos como parte da rotina. Só alguns minutinhos já fazem diferença, e esse pequeno hábito acaba virando um aliado no cuidado com a saúde mental.
Jogar também aproxima
Engana-se quem pensa que jogo de celular é uma experiência solitária. Hoje em dia, muitos desses jogos têm ranking, comunidades, chats e até competições amigáveis. E tudo isso ajuda a criar um certo senso de conexão, mesmo que você esteja jogando sozinho no sofá.
Tem gente que faz amizade em salas de jogos, outros que jogam com colegas de trabalho na hora do intervalo. O fato de estar compartilhando a mesma experiência com outras pessoas já traz uma sensação muito boa de companhia.
E não precisa ser nada sério. Às vezes, só de ver seu nome subindo no ranking ou de mandar um emoji de comemoração já dá aquele sentimento de estar participando de algo junto com outras pessoas.
Praticidade que cabe na rotina
Outro motivo pelo qual esses jogos simples conquistaram tanta gente é a praticidade. Você não precisa de muito: um celular, um tempo livre e pronto. Dá para jogar no ônibus, na fila do banco, antes de dormir ou até naquele momento entre uma reunião e outra.
Muitos desses jogos nem exigem internet o tempo todo, o que é ótimo para quem vive na correria ou tem o pacote de dados limitado. E como eles são feitos para rodar até em celulares mais simples, não é preciso ter um super aparelho para conseguir jogar.
A ideia é encaixar esses momentos de lazer no seu tempo, sem pressa, sem pressão. É um passatempo que se adapta a você, e não o contrário. Isso faz toda a diferença quando o objetivo é justamente aliviar o estresse do dia.
Diversão com propósito e equilíbrio
Claro que, como tudo na vida, o segredo está no equilíbrio. Os jogos digitais podem sim ser aliados na busca por mais bem-estar, mas é importante lembrar que eles não substituem outras formas de cuidado com a saúde mental.
Eles entram como um complemento, um momento só seu no meio da rotina puxada. E quando usados com consciência, se tornam uma ferramenta poderosa para desacelerar, mudar o foco e até trazer um pouco mais de alegria para o dia a dia.
No fim das contas, o que importa mesmo é encontrar essas pequenas pausas que ajudam a gente a respirar fundo, sorrir e seguir em frente com mais leveza. E se um joguinho no celular consegue proporcionar isso, por que não aproveitar?
O prazo final foi estendido até 14 de agosto de 2025, e o procedimento é obrigatório em todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó.
A ação integra as estratégias de vigilância sanitária animal adotadas após o reconhecimento internacional do Pará como área livre de febre aftosa sem vacinação, exigindo novos protocolos de controle e rastreabilidade.
Cadastro é fundamental para a saúde animal
A atualização do cadastro deve incluir todas as espécies presentes nas propriedades, como bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, abelhas e animais aquáticos. Para isso, o produtor ou seu representante legal deve comparecer à unidade da Adepará mais próxima com a relação completa dos animais, informando quantidade, espécie, idade e sexo.
Segundo o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, o não cumprimento da obrigação pode acarretar penalidades. “Quem não declarar o rebanho estará sujeito a sanções administrativas, como a suspensão da emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA)”, alertou.
Medida fortalece vigilância sanitária no Estado
A retirada da vacinação contra a febre aftosa exigiu o reforço de ações permanentes de vigilância, como inspeções clínicas, mapeamento das propriedades e gestão de dados agropecuários. O cadastro atualizado é uma peça-chave nesse novo modelo de controle sanitário baseado em risco, que visa manter a confiabilidade do setor agropecuário paraense.
De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o cadastro atende ao Decreto nº 5.741/2006, ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e às normas da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), sendo uma exigência para manter o status sanitário nacional e internacional.
Adepará reforça atendimento nos municípios
Para facilitar o processo de atualização, a Adepará aumentou o número de servidores em unidades estratégicas. “Escritórios como os de Xinguara, Redenção, Tucumã, Pacajá, São Félix e Novo Repartimento receberam reforço de 20 profissionais para garantir agilidade no atendimento”, destacou Barbra Lopes, gerente de Rastreabilidade e Cadastro Agropecuário da agência.
O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, em todas as unidades da Adepará. A presença do produtor ou representante legal é essencial para garantir o cumprimento da medida.
Pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram uma ferramenta baseada em inteligência artificial (IA) com potencial para mudar o acompanhamento de incisões pós-operatório: um sistema que identifica infecções de sítio cirúrgico (ISC) por meio de fotos das feridas enviadas pelos próprios pacientes.
Tecnologia a serviço da recuperação cirúrgica
O estudo foi publicado no Annals of Surgery e revela que o modelo tem desempenho elevado, podendo ser incorporado à rotina clínica em um futuro próximo.
Fonte: Hospital São Vicente de Paulo
A proposta é oferecer uma forma prática e precisa de monitorar incisões cirúrgicas, especialmente em tempos de alta demanda por cirurgias ambulatoriais e consultas virtuais. A ferramenta foi treinada com mais de 20 mil imagens de mais de 6 mil pacientes atendidos em nove hospitais da rede Mayo Clinic.
Como funciona o sistema de IA
O modelo de IA utiliza uma estrutura em duas etapas. Primeiro, detecta se a imagem recebida contém uma incisão cirúrgica. Em seguida, avalia sinais visuais de infecção. O sistema usa uma arquitetura chamada Vision Transformer, que obteve 94% de precisão na detecção de incisões e um desempenho de 81% (AUC) na identificação de infecções.
“Nosso objetivo era criar uma ferramenta de triagem que economize tempo dos clínicos e permita respostas mais rápidas aos pacientes”, explica Cornelius Thiels, cirurgião oncologista da Mayo Clinic e coautor do estudo.
Acesso ampliado e respostas mais rápidas
A autora principal da pesquisa, Hala Muaddi, médica e pesquisadora em cirurgia hepatopancreatobiliar, acredita que a IA representa um avanço importante. “Esse modelo permite que pacientes recebam atenção precoce caso algo esteja errado, mesmo antes que os sinais de infecção se tornem evidentes para a equipe médica”, afirma.
Essa abordagem se mostra especialmente relevante para pacientes em áreas remotas ou com recursos limitados, onde o acesso a acompanhamento presencial pode ser demorado ou inexistente. Ao identificar os casos mais urgentes, a IA ajuda a direcionar melhor o tempo e os esforços das equipes de saúde.
Fonte: FQM
Impacto potencial no sistema de saúde
Além de melhorar o atendimento, a ferramenta pode reduzir custos e complicações. O diagnóstico precoce de infecções diminui o risco de internações, morbidade e intervenções mais complexas. O modelo também demonstrou desempenho consistente entre diferentes perfis de pacientes, um fator crucial para garantir equidade nos cuidados.
Segundo Hojjat Salehinejad, pesquisador do Kern Center for the Science of Health Care Delivery, o próximo passo é avaliar como essa tecnologia se integra ao dia a dia das equipes clínicas. “Já iniciamos estudos prospectivos para entender o impacto real na prática médica e como esse sistema pode ser escalado de forma segura e eficiente”, diz.
Apesar dos resultados promissores, os cientistas enfatizam que a tecnologia ainda exige validações adicionais antes de ser amplamente utilizada.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (16), um decreto que regulamenta o programa BR do Mar, iniciativa voltada à expansão da cabotagem, o transporte de cargas entre portos do mesmo país. Desenvolvido pela Secretaria Nacional de Hidrovias e Navegação, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, o programa tem como metas reduzir o custo do frete, minimizar impactos ambientais e dinamizar a logística nacional.
Fonte: Lotus Logística
Decreto amplia uso da cabotagem no transporte de cargas
A regulamentação também propõe fomentar a inovação na indústria naval, aumentar a oferta de embarcações, estimular a criação de novas rotas e promover a geração de empregos. Uma das principais medidas é a permissão para o afretamento (aluguel) de embarcações estrangeiras, especialmente sustentáveis, o que pode fortalecer a frota disponível sem exigir investimentos imediatos em novos navios próprios.
BR do Mar pretende destravar potencial do litoral brasileiro
Durante a cerimônia no Palácio do Planalto, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o programa havia sido lançado em 2022, mas só agora foi efetivamente regulamentado. “Estamos diante de um marco para o setor portuário. O BR do Mar vai viabilizar o uso dos mais de 8 mil quilômetros do litoral brasileiro, com impacto direto na redução de custos e na descarbonização da economia”, afirmou.
Segundo o ministro, a expectativa é que o programa reduza os custos logísticos em até 60%, além de potencializar o uso de portos públicos e privados e ampliar as possibilidades para empresas e trabalhadores da cadeia logística.
Intermodalidade e justiça social na estratégia de desenvolvimento
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, reforçou a importância da cabotagem para a construção de um sistema de transporte intermodal no Brasil. “Estamos falando de crescimento com inclusão. A cabotagem é um elo fundamental para integrar o país, reduzir desigualdades regionais e promover desenvolvimento sustentável”, disse.
Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, destacou que a complementaridade entre os modais de transporte é essencial para fortalecer a competitividade da economia brasileira. “Investimos em rodovias, portos, ferrovias e agora consolidamos a cabotagem como uma alternativa viável, limpa e econômica para escoamento da produção nacional”, afirmou.
Fonte: JP Logística e Transportes
Novas regras favorecem empresas brasileiras de navegação
O decreto cria mecanismos para fortalecer as Empresas Brasileiras de Navegação (EBNs). Entre eles, destaca-se a possibilidade de ampliar a frota própria por meio de afretamento de navios estrangeiros. O percentual permitido varia de acordo com o tipo de embarcação: pode ser de até 50% da capacidade atual, chegando a 100% se forem embarcações sustentáveis. Em alguns casos, a proporção poderá atingir até 300%, dependendo do perfil ambiental da frota contratada.
Outro ponto importante é o incentivo à capacitação de profissionais marítimos brasileiros e à diversificação das cargas e rotas atendidas pelas EBNs. O uso de recursos do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) também será otimizado com as novas diretrizes.
Cabotagem promete ganhos logísticos e ambientais
Atualmente, a cabotagem responde por apenas 11% do volume total transportado por navios no Brasil. Segundo o Plano Nacional de Logística, a projeção é que esse índice cresça para 15% em dez anos, impulsionado pela competitividade do modal. O custo médio do frete marítimo é 60% menor que o do transporte rodoviário e 40% inferior ao ferroviário.
Dados da Infra SA indicam que o aumento do uso da cabotagem pode gerar uma economia de até R$ 19 bilhões por ano em custos logísticos e reduzir em até 80% a emissão de gases de efeito estufa. Em 2024, foram transportadas 213 milhões de toneladas por cabotagem, sendo 77% em petróleo. O BR do Mar pretende ampliar a participação de contêineres e cargas gerais, que hoje representam apenas 13% desse total.
Se houver um aumento de 60% na movimentação de contêineres por cabotagem, estima-se que a redução nas emissões de CO₂ pode ultrapassar 530 mil toneladas por ano, reforçando o papel do programa na agenda climática do país.
Apesar de ser um dos doces mais populares globalmente, o chocolate tem um histórico marcado por sérios problemas socioambientais.
O lado amargo do chocolate
Cerca de 70% do cacau mundial vem de apenas três países: Indonésia, Gana e Costa do Marfim, o restante é majoritariamente cultivado na América Latina e Caribe. No entanto, o cultivo tradicional dessa cultura altamente lucrativa tem gerado inúmeros desafios:
Desde os anos 2000, denúncias de trabalho infantil e forçado em plantações de cacau, causadas principalmente pelos preços baixos pagos aos produtores, colocaram marcas sob escrutínio. Só na África Ocidental, estima-se que 1,5 milhão de crianças trabalham nessas plantações.
Processos convencionais de colheita e secagem do cacau têm sido associados à presença de metais pesados como chumbo e cádmio em chocolates de marcas de todo o mundo.
Secas, ondas de calor e enchentes frequentes nas regiões produtoras de cacau têm prejudicado plantações, provocando um aumento de até 400% nos preços do chocolate nos últimos anos — e ameaçando a capacidade futura de atender à demanda global.
Com vendas globais que ultrapassaram US$ 130 bilhões em 2024, a indústria do chocolate está buscando com urgência formas de garantir a sustentabilidade do setor.
Fonte: Agrolink
Tornando o chocolate à prova das mudanças climáticas
Embora algumas descobertas recentes possam aumentar a resiliência climática das plantações de cacau, muitos inovadores estão tentando resolver o problema eliminando o próprio cacau da equação. Estão surgindo “chocolates” sustentáveis, produzidos a partir de ingredientes como fava, semente de girassol, cevada e alfarroba.
Outras startups, como a California Cultured, estão cultivando alternativas ao cacau diretamente em laboratório, a partir de células da planta, sem contaminantes e com menor impacto ambiental.
“A escravidão infantil piorou nos últimos 20 anos, e os eventos climáticos extremos estão devastando as plantações. Estamos desenvolvendo uma plataforma para produzir esses ingredientes tropicais de forma mais sustentável e eficiente”, explica Alan Perlstein, CEO da empresa.
Segundo Perlstein, o atual modelo de produção e transporte do cacau é insustentável sob as perspectivas social, climática e econômica, tanto para produtores quanto para marcas.
Fonte: iStockphoto
Pressão crescente sobre as marcas
As mudanças climáticas devem tornar a produção de cacau cada vez mais imprevisível e cara, afetando diretamente os lucros das empresas.
Apesar da popularidade constante do chocolate, os produtores continuam vivendo na pobreza, e certificações como Fair Trade ainda têm impacto limitado.
Consumidores e órgãos reguladores estão exigindo mais transparência e responsabilidade das marcas quanto a impactos sociais e ambientais.
O apoio da indústria do chocolate
Diferente do que acontece com substitutos da carne ou laticínios, a indústria do chocolate tem se mostrado receptiva às inovações de empresas como a California Cultured.
“Estamos sentindo uma enorme demanda do setor. Todo mundo quer isso o mais rápido possível”, afirma Perlstein. “Isso mostra que a indústria está preocupada com o fornecimento e a qualidade do chocolate, e quer estar na vanguarda da inovação.”
Entretanto, nem todos concordam que alimentos cultivados em laboratório sejam sustentáveis. Há preocupações com as emissões durante a produção, e o avanço dessas tecnologias pode ameaçar o sustento de pequenos agricultores e enfraquecer iniciativas que mostram que cadeias sustentáveis são possíveis.
Perlstein acredita que a produção local será o futuro da alimentação, com melhores práticas ambientais e trabalhistas.
Escalando alternativas viáveis
A expectativa da California Cultured é obter aprovação da FDA nos próximos meses, permitindo a venda de seu “cacau cultivado” nos Estados Unidos. Um acordo recente com a gigante japonesa Meiji pode levar o produto às prateleiras do Japão já no próximo ano.
Ainda assim, o grande desafio é escalar a produção mantendo qualidade e reduzindo custos. A incapacidade de fazer isso foi um dos fatores que levaram à estagnação das vendas de carnes vegetais. No caso do cacau, no entanto, os impactos climáticos tornam a busca por alternativas ainda mais urgente.
“Há mais doenças do que nunca e o clima está piorando rapidamente”, conclui Perlstein. “É por isso que estamos nos dedicando tanto a criar uma nova cadeia de suprimentos para um dos alimentos mais amados do mundo.”
O estudo “Sustainability at a Crossroads”, desenvolvido entre abril e maio de 2025, ouviu 844 especialistas altamente experientes de diversos setores e regiões.
Segundo John Elkington, fundador da Volans: “Os resultados anunciam um terremoto psicológico iminente nos mercados e nos negócios. As estratégias corporativas atuais simplesmente não servem mais. Há um claro mandato por abordagens novas e radicais.”
Fonte: Freepik
Desempenho insatisfatório de governos, empresas e da ONU
As instituições que deveriam liderar o progresso em sustentabilidade estão decepcionando:
Governos nacionais: apenas 5% dos especialistas avaliam positivamente suas contribuições.
Setor privado: somente 14% enxergam avanços relevantes.
ONU: 29% ainda consideram seu desempenho positivo — uma queda de 12 pontos desde 2021.
ONGs: apesar de manterem 45% de aprovação, caíram 16 pontos em relação a 2021.
Cresce a resistência à sustentabilidade
Sete em cada dez especialistas relatam uma crescente reação negativa à agenda de sustentabilidade, um aumento de 13 pontos em relação a 2024. A resistência é mais acentuada na América do Norte (91%), especialmente devido à oposição da administração dos EUA a temas como clima e diversidade. Na região Ásia-Pacífico, o índice é de apenas 38%.
Caminhos possíveis: impacto versus viabilidade
Os especialistas avaliaram 64 ações com base em seu potencial de impacto positivo e viabilidade de implementação em larga escala:
Setor corporativo e empresarial:
Inovação tecnológica e P&D: 70% citam como principal vetor de impacto e viabilidade.
Integração da sustentabilidade nos negócios (64%) e economia circular (63%) também têm alto potencial.
Políticas públicas e governamentais:
Precificação de carbono (65%) e planejamento urbano sustentável (63%) são vistos como eficazes e viáveis.
Mercado financeiro e de capitais:
Investimentos de impacto (73%), integração ESG (54%) e finanças sustentáveis/títulos verdes (52%) são ações promissoras.
Contabilização de capital natural e social tem alto impacto (62%), mas baixa viabilidade prática.
Sociedade civil:
Educação e capacitação em liderança sustentável (59%) e advocacy por políticas públicas eficazes (58%) têm bom equilíbrio entre impacto e viabilidade.
Ações judiciais são vistas como impactantes (56%), mas pouco viáveis (29%).
Campanhas de ONGs contra maus desempenhos são viáveis, mas com baixo impacto (28%).
Fonte: EngagED
Incumbentes versus insurgentes: os quatro perfis de especialistas
A pesquisa categorizou os especialistas em quatro perfis, divididos entre “Incumbentes” e “Insurgentes”:
Incumbentes:
Tradicionalistas (42%): adeptos de melhorias incrementais, comuns no setor público/privado da Ásia e América Latina.
Institucionalistas (9%): confiam em reformas via governança, transparência e regulação.
Insurgentes:
Exploradores (Pathfinders) (23%): preferem incentivos de mercado, finanças sustentáveis e colaboração intersetorial.
Radicais (26%): defendem intervenções sistêmicas como redistribuição de riqueza, precificação de carbono e ações judiciais. Comuns em ONGs e academia na Europa, América do Norte e Oceania.
Liderança ousada é essencial
Independentemente do perfil, mais de 90% dos especialistas concordam que as abordagens atuais precisam ser renovadas.
“Não se trata de uma crise existencial, mas de uma oportunidade de transformação estratégica,” diz Mark Lee, da ERM. “As empresas que assumirem essa liderança não apenas ajudarão a sociedade e o meio ambiente, como também aumentarão sua resiliência e abrirão novos mercados.”
Na madrugada desta quinta-feira (17/7), o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei 2.159/2021, desmontando o principal instrumento de controle dos impactos ambientais no Brasil. Foi a decisão mais significativa contra a proteção ambiental desde o período da ditadura militar (1964–1985), com votação esmagadora na Câmara: 267 votos a favor e 116 contra, após aprovação semelhante no Senado em maio.
Fonte: Poder 360
Texto aprovado no Congresso despreza alertas ambientais
Aprovado por Davi Alcolumbre e Hugo Motta, o texto passou por cima dos alertas de cientistas, especialistas e da sociedade civil. Agora, cabe ao presidente Lula decidir se veta o projeto por completo, salvá-lo com vetos parciais não é viável, em um prazo de 15 dias úteis. O licenciamento ambiental exige aperfeiçoamento, sim, mas dentro de processos técnicos e participativos; o PL 2.159 é sua negação.
A lei aprovada viola a Constituição e será alvo de ações no STF. Em vez de garantir segurança jurídica, a proposta acarreta conflitos e incertezas para quem investe no Brasil. Representa o desmonte de quatro décadas de conquistas jurídicas e sociais, e o retorno à lógica de exploração predatória que gera poluição, violação de direitos e risco à vida.
Foi o licenciamento ambiental que iniciou a transformação em regiões como Cubatão (SP), conhecida nas décadas de 70 e 80 como “Vale da Morte”. Sem essas regras, o país regressa a um modelo onde menos meio ambiente significa mais danos à saúde e ao ecossistema.
Fonte: Agência Câmara
Os principais pontos problemáticos:
Generalização do autolicenciamento e adoção da “Lei da não-licença”: basta clicar em um botão para obter licença, sem qualquer estudo ambiental prévio.
Criação da Licença Ambiental Especial: destinada a grandes projetos e permeada por interesses políticos, sem critérios técnicos.
Desobediência a territórios fundamentais: terras indígenas não homologadas e quilombolas sem título serão deliberadamente ignoradas.
Abertura para desmatamento acelerado e estímulo à crise climática, justamente num momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP30 em Belém.
“É um dia que iremos lembrar como a marca do descontrole ambiental no país”, afirma Suely Araújo, do Observatório do Clima. Marcio Astrini, também do Observatório, alerta que a aprovação expõe o Congresso como um agente de destruição ambiental — exigindo uma postura firme do governo federal.
O veto ao PL 2.159 seria uma resposta concreta às promessas de liderança ambiental: seria um gesto poderoso às vésperas da COP30, convertendo o discurso oficial em ação concreta.
Você já teve a sorte de avistar uma ave de peito amarelo vibrante, cauda longa e comportamento discreto no seu quintal? Se sim, pode ter sido o surpreendente surucuá-de-barriga-amarela — uma espécie que por muito tempo foi considerada difícil de encontrar, mas que está ressurgindo, silenciosamente, em áreas urbanas com vegetação mais preservada. A redescoberta dessa joia alada nos centros urbanos é um sinal poderoso sobre a natureza resiliente e a importância dos pequenos refúgios verdes.
O retorno do surucuá-de-barriga-amarela aos quintais urbanos
O surucuá-de-barriga-amarela (nome científico Trogon rufus) é uma ave pertencente à família Trogonidae, que habita florestas tropicais da América do Sul. No Brasil, é mais comum na Mata Atlântica e na Amazônia, mas, com o avanço da urbanização, foi se tornando cada vez mais raro em áreas povoadas. Nos últimos anos, porém, há relatos crescentes de avistamentos em parques, praças e até quintais arborizados em regiões metropolitanas.
Esse retorno tem relação direta com o aumento da consciência ambiental, replantio de árvores nativas e adoção de práticas mais sustentáveis em jardins particulares. É como se a natureza respondesse positivamente a cada muda de árvore que plantamos.
Características que encantam os observadores de aves
O surucuá é inconfundível. Os machos exibem dorso verde metálico, barriga intensamente amarela e peito azul-esverdeado, além de olhos vivos e cauda preta com pontas brancas. Já as fêmeas têm cores mais opacas, com tons acinzentados no dorso e barriga amarelo-pálida.
Mesmo com essa coloração chamativa, ele não é fácil de encontrar. É uma ave muito silenciosa e costuma ficar imóvel por longos períodos, empoleirada em galhos altos ou no meio da folhagem, o que exige paciência dos observadores.
Alimentação e importância ecológica
A dieta do surucuá-de-barriga-amarela é baseada principalmente em insetos, lagartas e frutos nativos, como os do palmito-juçara, do guapuruvu e da embaúba. Essa alimentação variada o torna um importante controlador biológico de pragas e um grande dispersor de sementes — contribuindo para a regeneração das matas.
A presença dele em quintais é, portanto, mais do que uma visita bonita: é uma ajuda natural na manutenção da biodiversidade local.
Por que ele está voltando?
Esse reaparecimento é resultado de múltiplos fatores. Um deles é o aumento do interesse por jardinagem ecológica e pelo plantio de espécies nativas em áreas urbanas. Jardins com árvores frutíferas nativas, flores silvestres e espaços com pouca interferência humana se tornam verdadeiros refúgios para aves como o surucuá.
Além disso, o maior engajamento em projetos de reflorestamento urbano e a criação de corredores verdes têm permitido que aves florestais se desloquem com mais segurança entre fragmentos de mata e áreas urbanas.
Como atrair o surucuá-de-barriga-amarela para o seu jardim
Apesar de não ser uma ave de comedouros — como sabiás ou sanhaços —, o surucuá pode ser atraído com a criação de um ambiente favorável. Algumas dicas incluem:
Plantar árvores nativas com frutos pequenos, como pitanga, araçá e embaúba;
Evitar o uso de pesticidas e venenos no jardim;
Manter galhos secos e folhas no solo, pois ajudam a manter insetos que fazem parte da dieta da ave;
Reduzir ruídos e movimentações excessivas perto das árvores.
Criar um quintal mais natural, com microambientes sombreados, é uma das melhores estratégias para dar boas-vindas a essa e outras espécies sensíveis.
A importância de não interferir diretamente
Caso você encontre um surucuá-de-barriga-amarela, evite tentar aproximar-se demais, alimentá-lo ou capturá-lo. Essas aves são extremamente sensíveis ao estresse, e intervenções humanas podem afastá-las de forma definitiva. O ideal é observá-las à distância, com binóculos ou câmeras, respeitando seu espaço.
Fotografar um surucuá em liberdade é um privilégio raro. Alguns ornitólogos passam anos esperando esse momento — e hoje, algumas pessoas estão tendo esse presente no próprio quintal.
Avistar é sinal de equilíbrio ambiental
A presença do surucuá-de-barriga-amarela em áreas urbanas é um sinal de que o ecossistema local está se regenerando. É uma recompensa silenciosa para quem planta árvores, evita o desmatamento e cria espaços mais verdes mesmo em pequenas áreas. E mais do que isso: é uma inspiração para que mais pessoas se engajem na criação de ambientes urbanos que acolham a vida silvestre.
Surucuá-de-barriga-amarela ave rara que está reaparecendo nos quintais urbanos – Imagem gerada por IA
Uma conexão com o passado natural das cidades
Há algumas décadas, a presença dessas aves era comum em vilas arborizadas e bairros com grandes quintais. Com o crescimento desordenado das cidades, o canto sutil do surucuá foi sumindo. Agora, seu retorno pode ser interpretado como um reencontro com uma cidade mais viva, mais verde, mais integrada à natureza.
O Surucuá-de-barriga-amarela e a esperança
Em um mundo de buzinas, prédios e concreto, o retorno de uma ave rara como o surucuá-de-barriga-amarela nos lembra de que ainda há espaço para beleza, equilíbrio e biodiversidade — mesmo em meio à urbanização. Cuidar do nosso pedaço de verde pode parecer pouco, mas é justamente nesses gestos que a natureza encontra caminhos para florescer novamente.
Dizem que ela traz sorte, prosperidade e harmonia para o lar. Mas o que poucos sabem é que a árvore da felicidade, além do nome promissor, carrega um simbolismo ancestral profundo — e exige cuidados específicos que muita gente ignora. O resultado? Folhas caindo, galhos secos e o mito de que “essa planta não dá certo comigo”.
Neste artigo, vamos revelar o que há de tão especial nessa planta, o que realmente significa tê-la em casa e quais são os erros mais comuns que impedem seu pleno desenvolvimento. Se você já teve (ou quer ter) uma árvore da felicidade, vale muito entender o que está por trás da sua fama… e do seu cultivo bem-sucedido.
O que é, afinal, a árvore da felicidade?
O nome “árvore da felicidade” é popular, mas na verdade se refere a duas plantas diferentes que costumam ser cultivadas juntas: a Polyscias guilfoylei (parte fêmea, com folhas mais arredondadas) e a Polyscias fruticosa (parte macho, com folhas finas e recortadas).
Na tradição oriental, acredita-se que cultivar os dois exemplares juntos potencializa a energia positiva no ambiente. Essa combinação representa o equilíbrio entre yin e yang — o feminino e o masculino, a suavidade e a estrutura.
Muitos casais recebem a árvore da felicidade como presente de casamento, pois ela simboliza união duradoura, entendimento e crescimento mútuo. Já em ambientes comerciais ou escritórios, ela é colocada como um amuleto de prosperidade e proteção energética.
Árvore da felicidade o simbolismo oculto e os cuidados que quase ninguém segue – Imagem gerada por IA
Simbolismo oculto e suas raízes espirituais
Além do feng shui, que a valoriza pela forma vertical e folhas bem distribuídas (ótimas para o fluxo de energia), a árvore da felicidade também aparece em tradições populares brasileiras com uma aura de planta mágica.
Algumas crenças populares atribuem a ela o poder de:
Afastar inveja e energias densas do lar;
Proteger lares recém-formados;
Atrair boas notícias quando está florida;
Indicar desequilíbrios energéticos (quando murcha sem motivo aparente).
Muitas pessoas relatam que, ao trazer a árvore para dentro de casa, o ambiente muda: fica mais leve, mais calmo, mais “em paz”. Coincidência? Talvez. Mas o simbolismo é forte — e cresce a cada geração.
Onde erramos ao cultivar a árvore da felicidade?
Se ela é tão poderosa, por que tanta gente diz que “não vai pra frente”? A resposta está em erros simples, mas frequentes, que impedem a planta de se desenvolver. Vamos aos principais:
Falta de luminosidade indireta
Apesar de não gostar de sol direto, a árvore da felicidade precisa de muita luz natural indireta. Um dos erros mais comuns é deixá-la em corredores escuros ou salas com pouca entrada de luz. Ela até sobrevive assim, mas perde vigor, folhas e o “brilho” característico.
Excesso de regas
Outro erro clássico: encharcar o vaso. Essa planta detesta solo encharcado. O ideal é regar apenas quando o substrato estiver seco até uns 2 a 3 cm abaixo da superfície. Use o dedo para testar antes de molhar.
Vaso inadequado
O crescimento da árvore da felicidade é lento, mas ela gosta de espaço para expandir as raízes. Usar vasos pequenos ou com drenagem ruim é um tiro no pé. O ideal são vasos de cerâmica com furos e camada de drenagem com argila expandida ou brita.
Poda negligenciada
A poda de limpeza é essencial para manter a planta com aspecto saudável e estimular o crescimento. Galhos secos, folhas amareladas e brotos mal formados devem ser retirados com cuidado, sempre com tesoura limpa.
Onde colocar a árvore da felicidade?
Se quiser seguir o simbolismo do feng shui, posicione a planta:
Na entrada da casa (do lado esquerdo de quem entra);
No canto da sala de estar (preferencialmente ao lado de uma janela);
Próximo à mesa de trabalho, em ambientes com energia estagnada.
Evite colocá-la em banheiros, cozinhas ou áreas de muito calor e movimentação. Ela precisa de tranquilidade para crescer e irradiar sua energia.
Pode plantar em jardim?
Sim, mas com atenção ao clima. A árvore da felicidade é sensível a temperaturas muito baixas. Se você mora em regiões com invernos rigorosos, o ideal é cultivá-la em vasos para poder proteger durante as noites frias.
No solo, ela pode atingir até 2 metros de altura com o tempo, formando um arbusto elegante e denso, ótimo para cercas-vivas naturais ou cantinhos zen.
Dica final: receba, cuide e agradeça
Muita gente diz que essa planta “sente a energia da casa”. Pode ser metáfora, pode ser verdade. Mas o que é certo é que plantas respondem ao cuidado que recebem. A árvore da felicidade não é difícil de cultivar, mas exige atenção, respeito ao ritmo e carinho.
Se você ganhou uma, cuide como um presente precioso. Se for comprar, escolha com intenção e mentalize o que deseja ver crescer em sua vida. Afinal, mais do que uma planta, ela pode ser o reflexo da sua energia e da sua dedicação.
Piracaia (SP) e Pouso Alto (MG) se tornam municípios referências no combate a incêndios florestais e na valorização do uso consciente do fogo. Ambas as cidades aprovaram seus Planos Municipais de Manejo Integrado do Fogo (PMIF), tornando-se pioneiras na implementação de políticas alinhadas à nova Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Lei nº 14.944/2024).
Iniciativas
Essas iniciativas buscam não apenas ampliar a capacidade de resposta a incêndios, mas também fomentar a recuperação de áreas degradadas, estimular a pesquisa científica e promover a convivência equilibrada com o fogo, envolvendo comunidades rurais, sociedade civil e o poder público em estratégias de longo prazo.
Localizadas em regiões estratégicas da Serra da Mantiqueira, Piracaia e Pouso Alto enfrentam desafios específicos. Piracaia integra o sistema de transposição de água que abastece cerca de 14 milhões de pessoas, enquanto Pouso Alto vem sofrendo com incêndios mais frequentes e intensos, que avançam das pastagens para áreas de vegetação sensível.
Articulação institucional
A elaboração dos PMIFs contou com ampla articulação institucional. Órgãos públicos ambientais estaduais e federais, corpos de bombeiros, comitês de bacias hidrográficas, instituições de pesquisa e ensino, empresas e organizações da sociedade civil colaboraram com as prefeituras para desenvolver os planos.
Entre as ações previstas estão o fortalecimento de brigadas florestais, monitoramento por câmeras, envio de alertas de ignição em áreas rurais, elaboração de planos operacionais de combate e prevenção, além da atualização de políticas públicas municipais para incorporar a abordagem integrada do fogo.
Ferramenta estratégica dos municípios na conservação e restauração
Os comitês locais responsáveis pelos PMIFs terão papel central na implementação das ações nos próximos quatro anos. A proposta é transformar o fogo, muitas vezes tratado apenas como ameaça, em ferramenta estratégica de conservação e restauração.
De acordo com especialistas, o manejo integrado do fogo é uma mudança de paradigma fundamental diante do cenário atual. O Brasil liderou o ranking global de queimadas em 2024, com mais de 30 milhões de hectares atingidos — um aumento de 79% em relação ao ano anterior, segundo dados do MapBiomas.
Prevenir e controlar incêndios
Os PMIFs reconhecem o papel ecológico do fogo, respeitando os contextos sociais, ambientais e culturais locais. Essa abordagem busca prevenir e controlar incêndios, mas também utilizar o fogo de forma planejada, como ocorre em práticas de restauração ecológica e na manutenção de paisagens tradicionais.
O avanço dessas políticas em Piracaia e Pouso Alto sinaliza um caminho possível para outros municípios brasileiros. Trata-se de fortalecer a governança local, valorizar saberes tradicionais e construir soluções efetivas e duradouras frente aos impactos das mudanças climáticas e da degradação ambiental.