Missão humanitária do governo brasileiro conta com brigadistas do ICMBio

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é uma das instituições que integram a Missão Humanitária. O ICMBio vai contribuir com 15 brigadistas e mais 5 servidores que irão participar da delegação brasileira, composta por 104 pessoas. Os brigadistas embarcaram hoje (21) e devem chegar ainda hoje à Colúmbia Britânica. A missão deve durar 30 dias, de modo a não prejudicar a atuação durante a temporada de seca no Brasil.

“Esta é uma missão humanitária, de solidariedade internacional, na qual vamos apoiar um país que necessita desse apoio. É um grande passo para o Brasil na cooperação internacional, retomando seu papel no conjunto das nações, apoiando no que sabemos fazer e temos experiência “, destaca o presidente do ICMBio, Mauro Pires.

A missão humanitária brasileira de apoio ao combate dos incêndios florestais que atingem o Canadá  será coordenada pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, responsável pela cooperação humanitária brasileira.

A missão será integrada por 104 especialistas em combate a incêndios florestais, que deverão atuar nas florestas mais afetadas do Canadá. Além dos brigadistas, bombeiros de mais de 20 estados brasileiros também foram convocados, visto que o fogo atinge casas próximas às florestas.

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“Acredito que seja, além de uma capacitação enorme, uma oportunidade de trocar experiências e fortalecer redes de apoios com brigadas do mundo todo. Espero contribuir da melhor maneira possível, representando meus colegas de trabalho, o ICMBio e o Brasil”, comenta Matheus Castilho, brigadista da Brigada Nacional Wellington Peres.

20230721_080057_site Missão humanitária do governo brasileiro conta com brigadistas do ICMBioChefe da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, Marco Borges é um dos especialistas em fogo que vão estar no Canadá. “Estou muito animado com a formação do nosso time. Faremos o nosso trabalho da melhor forma possível e voltaremos com mais experiência após este incêndio”, conta.
Integram a missão profissionais dos seguintes órgãos: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ambos do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA); Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); Força Nacional de Segurança Pública (FNSP), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP); e as corporações de bombeiros militares dos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, e Distrito Federal.

Cooperam com a organização da missão os Ministérios da Defesa, dos Transportes e da Fazenda, além do Conselho Nacional dos Corpos de Bombeiros Militares do Brasil (LIGABOM) e de outras repartições federais e estaduais.

Incêndio no Canadá

O Canadá enfrenta uma das piores temporadas de fogo dos últimos anos. O fogo, que se concentra na província da Columbia Britânica, já atingiu mais de 1,2 milhões de hectares em todo o país. A fumaça já pode ser vista da Europa e dos Estados Unidos. Com a multiplicação dos focos de incêndio, o Canadá buscou ajuda internacional.

Além do Brasil, Estados Unidos, México, África do Sul, Coreia do Sul, Austrália, França e Nova Zelândia já enviaram brigadistas.

Comunicação ICMBio

ICMBio realiza queimas prescritas no Cerrado e Amazônia para prevenir grandes incêndios

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realiza em vários estados do Brasil as queimas prescritas, importantes ferramentas de prevenção de incêndios florestais. Nos meses de junho e julho, devido às condições climáticas em algumas regiões do país, é ideal que a estratégia seja aplicada, a fim de minimizar os impactos ambientais.

A queima prescrita é o uso do fogo em parcelas da vegetação criando uma barreira natural para evitar o espalhamento das chamas quando ocorrem incêndios florestais, principalmente na época da seca. Com uso do equipamento pinga-fogo, somente é queimado o material seco da vegetação que se acumula no solo e pode agravar os incêndios.

Na Estação Ecológica (Esec) Serra das Araras, localizada no Mato Grosso, as queimas prescritas iniciaram no final de junho. “É o período em que as chuvas cessaram há cerca de três semanas, então há condições de fazer um fogo de forma segura, no que chamamos de janela de queima”, informa o chefe da Esec, Marcelo Andrade. Essa ‘janela’ é uma condição definida para que o fogo se propague dentro de um perímetro definido, com garantia de não se transformar em incêndio florestal.

Andrade explica que essa prática tem uma função ecológica: “O fogo é colocado sobre a vegetação que é tolerante e dependente de fogo. É um fogo brando, que não mata as espécies arbóreas, arbustivas e queima somente o capim seco”. Feita por profissionais, os brigadistas do ICMBio, a técnica está integrada com o Manejo Integrado do Fogo (MIF), um conjunto de estratégias utilizadas pelo órgão há mais de uma década.

No mesmo bioma, o Cerrado, a técnica tem sido aplicada também em outras unidades de conservação, como no Parque Nacional do Araguaia, que teve início das atividades de queima no dia 21 de junho. Na ocasião, contou com apoio de cinco agentes e de uma aeronave a serviço do ICMBio. O helicóptero foi utilizado para otimizar o trabalho dos brigadistas e permitir o acesso a áreas que neste período tem acesso por terra inviabilizado, por serem áreas alagadas.

As ações preventivas buscam garantir proteção à Mata do Mamão, uma região sensível que sofre com o impacto dos incêndios e tem esforços conjuntos do ICMBio, Ibama e Funai para garantir a proteção e integridade da mata. De acordo com o chefe do Parque Nacional do Araguaia, Lino Rocha, as ações devem prosseguir com responsabilidade até o final das janelas de queima, previsto para o dia 15 de julho. Nas porções sul e oeste, as queimas prescritas estão a cargo do Prevfogo, vinculado ao Ibama. Após o fim do período planejado, a gestão do Parque continuará monitorando a região a fim de proteger as áreas mais sensíveis e conter incêndios, se necessário.

Amazônia

De acordo com o coordenador de Manejo Integrado do Fogo (CMIF/ICMBio), João Morita, por questões relacionadas à umidade do ar, à vegetação e à temperatura, as queimas prescritas na região Norte ocorrem no período entre maio e junho. Na Estação Ecológica de Cuniã e na Floresta Nacional de Jacundá, ambas em Rondônia, as ações integram o calendário das unidades e são parte do planejamento do Plano de Manejo Integrado do Fogo (PMIF), em elaboração pela gestão das unidades.

De acordo com a analista ambiental do NGI Cuniã-Jacundá, Salomé Santana, é essencial criar barreiras à disseminação de incêndios, preservando, assim, os campos naturais. Na Estação Ecológica, há histórico de incêndios que ocorreram fora deste período e atingiram mais de 4.000 hectares. Diferente do ocorrido no incêndio, a queima tem baixa severidade e intensidade, mantendo a resiliência do ambiente. Na Floresta Nacional, a queima prescrita também tem o objetivo de realizar o controle de áreas com a presença de espécies invasoras (capim). Futuramente, será desenvolvido um projeto de recuperação com espécies lenhosas nativas da região.

No Parque Nacional dos Campos Amazônicos, onde mais da metade dos incêndios têm causas naturais, como raios, as queimas prescritas aconteceram durante quase todo o mês de junho. O objetivo é proteger matas ciliares e áreas úmidas, como veredas, que são mais sensíveis ao fogo. Ao todo, dezesseis pessoas atuaram nas queimas, cerca de cinco brigadistas por dia em campo.

Comunicação ICMBio

Unidades de conservação federais recebem mais de 21 milhões de visitas em 2022

A visitação ocorre em unidades de conservação espalhadas por todo o território nacional, nas praias, cachoeiras, montanhas, em todos os biomas brasileiros. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) tem investido cada vez mais em uso público, buscando oferecer mais e melhor ao visitante, trabalhando com as melhoras práticas de conservação ambiental definidas nacional e internacionalmente.

Como resultado desse esforço, em 2022, foram registradas mais de 21,6 milhões de visitas em 137 unidades de conservação espalhadas pelo país. O número é o triplo de 2021 (6,9 milhões). O alto número de visitas foi atingido com grande contribuição do turismo de sol e mar, além de conquistas técnicas do Instituto que melhoraram o processo de monitoramento.

O coordenador de planejamento e estruturação da visitação e do ecoturismo do ICMBio, Paulo Faria, afirma: “Os visitantes buscam diferentes experiências, das mais estruturadas e tuteladas às mais desafiadoras e “selvagens”, e desfrutam de uma grande diversidade de modalidades ofertadas, como caminhadas, campismo, ciclismo, banho de rio, de mar, observação de vida selvagem, montanhismo e atividades com objetivos educacionais.”

A Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca (SC) se manteve como a unidade mais visitada. A unidade catarinense recebeu 7,5 milhões de visitas, pouco mais de 500 mil a mais que no ano passado. Já na categoria Parque Nacional, o líder do ranking é o Parque Nacional da Tijuca (RJ), com 3,5 milhões de visitas. A expectativa é que esse número aumente ainda mais com o fortalecimento da contratação de pessoal e a readequação das estruturas existentes, previstas para acontecer nos próximos anos.

“O que torna nossas unidades de conservação federais tão atraentes para o visitante é que as belezas naturais protegidas nesses espaços são infinitas. Dificilmente a pessoa consegue esgotar o que se tem para ver numa UC numa única visita. E a força do ecoturismo é que ele concilia as necessidades dos visitantes com a necessidade de conservação e as aspirações das comunidades locais, garantindo a sustentabilidade da visitação em nossas UC”, destaca a coordenadora geral de uso público e serviços ambientais do ICMBio, Marina Kluppel.

Veja abaixo o ranking das 10 unidades de conservação mais visitadas:

 

top-10-unidades-mais-visitadas-site-1 Unidades de conservação federais recebem mais de 21 milhões de visitas em 2022

Veja abaixo o ranking dos 10 Parques Nacionais mais visitados:

top-10-parques-mais-visitados-site-2 Unidades de conservação federais recebem mais de 21 milhões de visitas em 2022

 

 

Comunicação ICMBio

BNDES bloqueia R$ 62 milhões em crédito em imóveis com indícios de desmatamento

Desde a entrada em vigor da parceria do BNDES com o MapBiomas, em 9 de fevereiro, até 30 de junho de 2023, as informações geradas pela plataforma serviram como base para o BNDES bloquear 182 solicitações de crédito em imóveis rurais com indício de desmatamento, o que corresponde a 0,9% do total de solicitações de contratações no período. As operações somam R$ 62,5 milhões em 17 estados.

A plataforma MapBiomas é capaz de validar alertas de desmatamento por meio de imagens de alta resolução e produzir laudos de constatação de desmatamentos recentes. A integração totalmente automatizada dos dados do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES permite ao banco, inclusive, monitorar operações já contratadas, cujas propriedades rurais estão registradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) do Ministério da Agricultura e Pecuária.

REGRA – Desde fevereiro, só podem ser aprovados financiamentos de crédito rural destinados a imóveis onde não sejam identificados indícios de desmatamento ilegal. O proprietário tem o direito de contestar o bloqueio e apresentar documento que comprove a regularidade da remoção da vegetação se sua propriedade para a obtenção do empréstimo.

Os empréstimos do BNDES a produtores rurais atendem 92% dos munícipios do país, por meio de uma rede parceira de 76 instituições financeiras.

Nesse primeiro semestre de 2023, o BNDES já financiou R$ 11,5 bilhões para a agricultura e assegurou outros R$ 38,5 bilhões até o final do ano, totalizando R$ 50 bilhões. Esse valor é mais do que o dobro do que foi realizado em todo o ano passado, fortalecendo tanto o Plano Safra para os grandes produtores quanto o Agricultura Familiar para os pequenos produtores.

Fonte: BNDES

Política de alfabetização tem adesão de todas as capitais

Após quatro semanas de lançamento pelo Governo Federal, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada já conta com a adesão de todas as capitais. Ao todo, 88% dos municípios brasileiros aderiram à política de alfabetização, sendo que as regiões Nordeste e Centro-Oeste seguem liderando a participação, com 98% dos municípios cada. O Norte, Sul e Sudeste contam com a adesão de 94%, 80% e 77% dos municípios, respectivamente. Os dados são referentes ao balanço do Ministério da Educação (MEC) realizado em 18 de julho, às 15h55 (horário de Brasília).

Quando se observa a adesão à política de alfabetização por Unidade da Federação, Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhã, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Piauí e mais o Distrito Federal têm 100% de adesão. Seguidos por Pernambuco, com 99% dos municípios; Bahia e Rio Grande do Norte, com 98% cada. Os demais estados brasileiros tiveram adesão entre 97% e 63% dos municípios, conforme tabela a seguir.

Para participar do Compromisso, basta acessar o Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec). Os municípios e estados podem aderir, voluntariamente, à política desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC), para garantir a alfabetização de 100% das crianças brasileiras ao final do segundo ano do ensino fundamental.

Instituído pelo Decreto nº 11.556/2023, o Compromisso foi lançado em 12 de junho, pelo Governo Federal e pelo MEC, em Brasília (DF). O objetivo é subsidiar ações concretas dos entes federativos, para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país. A nova política de alfabetização terá um investimento de cerca de 1 bilhão, em 2023, e mais R$ 2 bilhões durante os próximos três anos.

compromisso_alfabetizacao Política de alfabetização tem adesão de todas as capitais

ADESÃO – A vinculação do município, estado ou Distrito Federal, ocorrerá mediante decisão do chefe do Executivo do ente federado ou de seu representante. Cada estado, em colaboração com os municípios, elaborará a política territorial, de maneira a dar conta de suas especificidades. Nessa rede, cabe à União apoiar, técnica e financeiramente, os entes federados na medida das suas necessidades e também reconhecer e valorizar os esforços gigantes que esses entes já têm mobilizado no sentido de alfabetizar todas as crianças.

Para a destinação do apoio, alguns critérios serão observados, como a proporção de crianças não alfabetizadas; as características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e a presença de crianças que compõem o público-alvo da educação especial inclusiva. A adesão de cada ente federado implica a responsabilidade de promover a melhoria da qualidade do processo e dos resultados de alfabetização, com atenção à redução das desigualdades de aprendizagem entre estudantes em sua esfera de competência.

Governo Federal inicia convocação da lista de espera do Fies

O Governo Federal iniciou nesta terça, 18/7, a convocação por meio da lista de espera do processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), referente ao segundo semestre de 2023. A eventual pré-seleção dos candidatos participantes ocorrerá até 29 de agosto, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior – Fies.

A participação da lista de espera é automática para aqueles que não foram selecionados na chamada única, ocorrida em 11/07. Essa etapa do processo seletivo visa ao preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas após o resultado da seleção. É observado, ainda, a ordem de classificação do candidato, conforme previsto no Edital nº 8/2023, que trata do cronograma e demais procedimentos do Fies 2023/2.

COMPLEMENTAÇÃO – Os convocados pela lista de espera devem realizar a complementação da inscrição em até três dias úteis, a contar do dia seguinte à data de divulgação de sua pré-seleção, pelo Portal Único de Acesso ao Ensino Superior – Fies.

Após a complementação, o candidato deve validar as informações declaradas no ato da inscrição, com o prazo de até cinco dias úteis, que deverá ser realizada diretamente na instituição de ensino superior para a qual o candidato foi pré-selecionado.

100% dos medalhistas na melhor campanha do Brasil no Mundial de atletismo paralímpico integram o Bolsa Atleta

Quarenta e sete medalhas e a melhor campanha da história dos mundiais de atletismo paralímpico. O Brasil conquistou mais medalhas que a China, primeira colocada no quadro geral da competição, e ficou com a segunda posição apenas por ter dois ouros a menos. Foram 16 chineses contra 14 da delegação brasileira, na competição encerrada na segunda-feira (17/07), em Paris. Cem por cento dos medalhistas são integrantes do Bolsa Atleta, programa de suporte a atletas de alto rendimento do Governo Federal. Pelo Twitter, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou toda a delegação brasileira pela campanha. “Grande resultado! Parabéns ao time paralímpico do Brasil”, escreveu o presidente.

A ministra do Esporte, Ana Moser, chamou atenção para o tamanho do feito dos atletas e para a evolução que ficou evidente, com o Brasil repetindo a segunda colocação do Mundial de Dubai 2019, nos Emirados Árabes, mas com maior número de medalhas. “Que orgulho! São oito medalhas a mais do que nossa melhor marca em Dubai 2019. Todos os medalhistas são beneficiários do Bolsa Atleta! Política que produz ídolos, motiva pessoas com deficiência de todas as idades à prática de esportes. Somos presente e temos futuro”, comemorou a ministra, pelo Twitter. Ela embarcou para a Austrália para acompanhar a estreia da Seleção feminina na Copa do Mundo, no dia 24, e para conhecer de perto a organização do evento a que o Brasil é candidato para sediar em 2027.

Em Paris, o Brasil manteve a quantidade de medalhas de ouro (14) em relação ao mundial anterior, aumentou em quatro o número de pratas (13) e em quatro também as conquistas de bronze (20). Em oito provas, o Brasil marcou presença com pelo menos dois atletas no pódio: uma potência do paratletismo. “A evolução é gritante, mas não surpreende quem acompanha o trabalho que vem sendo feito no paradesporto nacional, a dedicação dos treinadores, o esforço dos atletas e os resultados das competições. Já são 20 anos em destaque internacional, muito graças à formação e preparação dos atletas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro [CPB]”, afirmou o secretário nacional do Paradesporto, Fábio Araújo.

O presidente do CPB, Mizael Conrado, considerou o resultado do Brasil “extraordinário” em todas as categorias e áreas de deficiência – visual, intelectual ou física –, com um terço das medalhas brasileiras conquistadas por atletas estreantes em um mundial. “As mulheres também tiveram atuações fortes. Foi uma campanha que nos orgulha muito e que nos cria uma expectativa ainda maior para os Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem”, analisou Mizael, que é bicampeão paralímpico no futebol de cegos em Atenas 2004 e Pequim 2008.

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CFEM: ANM deve repassar R$ 465 milhões de royalties a estados e municípios mineradores nesta segunda-feira (24)

A Agência Nacional de Mineração (ANM) depositou, sexta-feira (21), os recursos referentes à CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) na conta de prefeituras e estados produtores de minérios. A informação é do presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável, deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG). Segundo ele, o dinheiro entrará na conta dos entes na segunda-feira (24). A reportagem do Brasil 61 tentou contato com ANM para confirmar o repasse. Mas até o fechamento, não teve retorno.

Conforme o deputado, a ação beneficia diretamente os 2.158 municípios produtores, com os repasses de R$ 373.073.009,16 ao todo. Ao mesmo tempo, entrará na conta dos 27 estados da Federação um total de R$ 92.268.254,23.

Os recursos são uma espécie de contrapartida financeira, repassada aos estados e municípios devido aos impactos causados pela exploração mineral. Os municípios que são afetados pela atividade, mas que não produzem minérios, ainda não foram beneficiados pela medida. (inserir hiperlink da outra matéria)

“Quero reconhecer, como presidente da Frente, o esforço e o gesto de patriotismo de toda a equipe da ANM. Tanto é que eles já fizeram todo o trabalho da distribuição da CFEM deste mês aos municípios produtores e na segunda-feira já vai aparecer na conta dos municípios”, comemorou.

Em relação aos municípios afetados pela mineração, mas que não são produtores, Zé Silva explicou que os repasses ainda dependem do Ministério de Minas e Energia. “Esperamos que rapidamente o Ministério também resolva esta parte, para que esses municípios também possam receber esses recursos”, declarou.

Atrasos

O pagamento da CFEM aos municípios produtores estava atrasado devido a problemas técnicos que, conforme anunciado pela própria ANM na semana passada, já estariam sendo solucionados. Já os repasses aos municípios afetados pela atividade minerária, mas que não são produtores, ainda não há previsão de pagamento porque ainda dependem da publicação de um decreto, por parte do governo, que visa regulamentar a distribuição dos royalties da mineração.

“O governo cuida do assunto da regulamentação dos royalties da mineração com deboche e trata os municípios impactados pela atividade com total desprezo”. A afirmação é do ex-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), Waldir Silva Salvador. Segundo ele, “a falta da simples publicação de um decreto está impedindo que centenas de municípios brasileiros realizem suas atividades como deveriam – e quem sofre é a população dessas localidades”.

O deputado Zé Silva cobrou mais urgência quanto aos repasses do mês anterior. No entanto, de acordo com diretores da Agência contatados pelo parlamentar, a situação está sendo solucionada e todos os municípios, inclusive os afetados pela atividade minerária, mas que não são produtores, também receberão sua parcela em breve.

“Quanto aos municípios afetados, ainda depende do Ministério das Minas e Energia e espero que rapidamente o governo também resolva essa parte, para que esses municípios também possam receber esses recursos e também do mês anterior, porque houve problemas técnicos lá no sistema da ANM, mas em breve também do mês anterior será solucionado para todos os municípios”, afirmou o presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.

Fonte: Brasil 61

Desenrola Brasil: especialistas alertam para riscos de novo endividamento

Os brasileiros endividados que pretendem aderir ao programa de renegociação de dívidas do governo federal devem ficar atentos. Antes de fazer qualquer acordo com as instituições financeiras, é importante analisar todas as condições ofertadas para aceitar a proposta que caiba no orçamento. O economista Aurélio Trancoso explica que o Desenrola Brasil pode até ajudar ao tentar tirar as pessoas que estão inadimplentes junto aos bancos, às lojas e ao SPC e Serasa. Mas ele entende que isso pode ser um problema para quem não puder quitar as dívidas.

“A ideia é que quem tem uma dívida bancária de até 100 reais, por exemplo, automaticamente já tenha o nome retirado da negativação, só que a pessoa não vai deixar de pagar aqueles 100 reais. Ele vai ser divido para pagar até o final do ano e vai ter juros em cima de 2%, praticamente”, avalia.

Na opinião do especialista, a maioria das pessoas que tem 100 reais hoje em banco negativado, praticamente, são de carteiras ou contas que esqueceram abertas e que o banco acaba cobrando uma taxa dos pacotes de serviços. “No final, você acaba tendo um valor maior e nem sabia que tinha essa dívida lá sendo feita”, ressalta.

Trancoso ainda tem uma outra preocupação: “O que o governo está tentando fazer? Ele quer crescer o PIB do país através do consumo e isso é tranquilo porque mais de 45% do PIB do país hoje já é através do consumo, então se ele aumentar isso para 50% ou 55%, vai ter um aumento do PIB. Só que, em contrapartida, ele vai endividar a população novamente”, justifica.

Para o economista e professor de Pós-Graduação em Política Social da UnB, Evilasio Salvador, o cuidado maior é com a formação de novas dívidas. “A pessoa tem que fazer uma renegociação que caiba no seu orçamento e ter uma educação financeira buscando equilibrar o seu orçamento entre receitas e despesas. O fato de fazer dívida e parcelamento sempre vai ser uma condição necessária para quem vive abaixo da renda no Brasil, mas é preciso tomar cuidado com as taxas de juros e garantir a renda futura e se preocupar em continuar trabalhando”, alerta.

Os especialistas alertam que o mais importante é tomar cuidado com o consumo para não complicar o orçamento novamente e voltar a ter o nome incluído na lista suja em serviços de proteção ao crédito. Eles dizem que calcular o custo de vida e o quanto se ganha é fundamental para manter o equilíbrio financeiro da família.

O governo federal tem alertado a população para que não caiam em golpes quando forem renegociar dívidas com os bancos através do programa Desenrola Brasil. A orientação oficial é falar diretamente com o banco onde está a dívida — e apenas com esse banco, nunca com terceiros —, utilizando exclusivamente os canais oficiais das instituições financeiras ou buscando atendimento diretamente nas agências. Criminosos estão utilizando o nome do programa na tentativa de aplicar golpes. As estratégias dos bandidos envolvem e-mails, mensagens e até mesmo a criação de sites com o nome do “Desenrola”. Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, ele deve entrar em contato com o banco através dos canais oficiais.

O programa

O Desenrola Brasil é um programa que possibilita a renegociação de dívidas. A estimativa do governo é beneficiar até 70 milhões de pessoas. Ele será executado em três etapas. As duas primeiras já estão em andamento: a extinção de dívidas bancárias de até R$ 100 e a renegociação de dívidas bancárias de pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. A terceira etapa ocorrerá em setembro, com adesão de devedores com renda de até dois salários mínimos ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) para programas sociais do governo federal e com dívidas financeiras cujos valores não ultrapassem R$ 5 mil.

Fonte: Brasil 61

Empresas podem economizar até 30% com mercado livre de energia

A partir de 2024, todos os consumidores do grupo A poderão aderir ao mercado livre de energia. O grupo tarifário A inclui consumidores de alta e média tensão. Atualmente, só quem consome mais de 500 quilowatts (kW) por mês  — os  grandes consumidores  —  pode comprar energia diretamente. Com a ampliação, todas as empresas desse grupo vão poder escolher de quem adquirir a energia, independentemente do seu consumo.

Para a gerente de Energia da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Tânia Mara Santos, a expansão do mercado livre de energia vai ser vantajosa para os consumidores. Nesse ambiente de contratação livre, os consumidores podem negociar preços e condições de compra de energia junto ao supridor, podendo obter economia de até 30% sobre os valores do mercado cativo, aquele atendido pelas distribuidoras.

“A vantagens para o setor produtivo são exatamente ter a redução de custos, vai aumentar a competitividade do empresário. Na migração para o mercado livre, você escolhe livremente o fornecedor de energia que vai ter um custo final mais barato, porque desde o início da abertura do mercado livre, quando você compra energia de fontes renováveis, você tem o desconto de 50%, por exemplo. Então é liberdade de escolha. A escolha de cada um por energia mais barata, energia limpa e renovável”, aponta.

A gerente ainda ressalta que, por o fornecimento de energia ser feito por contrato e a estimativa de consumo ser realizada antes, o consumidor garante maior previsibilidade sobre os custos que terá durante o período.

“Independentemente da variação do consumo, se deu férias coletivas, se precisou dobrar a produção em cima do consumo que ele tiver, ele tem a garantia que até o final do contrato, por exemplo, de 5 anos, ele vai ter aquele desconto garantido. Então ele tem a tranquilidade, a previsibilidade de que ele vai receber aquele desconto até o final do contrato e sem nenhum investimento para isso”, explica.

No entanto, a gerente de Energia da Fiemg, observa que para usufruir dos benefícios, os consumidores que desejam migrar para o mercado livre de energia têm um prazo de 180 dias para denunciar o contrato atual vigente com a distribuidora local em que está conectado. Para ela, é preciso haver uma regulamentação harmonizada e clara para o setor.

“A gente ainda tem muito que evoluir, mas tem uma série de medidas que precisam ser tomadas em termos de regulamentação de legislação, mudanças e esclarecimentos nas legislações federais. Isso dá segurança jurídica para que os investidores façam realmente essas substituições, essas trocas e tenham a comercialização dos seus produtos e de suas novas tecnologias nos processos industriais também”, diz.

Mercado livre de energia

A abertura do mercado livre de energia e outras atualizações nas regras para o setor elétrico estão previstas no projeto de lei 414/2021. A proposta, que já foi aprovada no Senado Federal, está na Câmara dos Deputados aguardando criação da comissão especial pela Mesa Diretora.

Para o deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), a abertura do mercado livre de energia deve contribuir para a expansão da matriz de geração de energia brasileira.

“O marco legal, ele é importante não só para gerar concorrência natural no mercado livre, para dar segurança jurídica, mas também para que a gente possa estabelecer, maior competitividade e maior estímulo à energia limpa e sustentável. Essa mudança de matriz energética já está acontecendo na busca de energias renováveis e limpas. O Brasil, felizmente, tem no percentual da base de energia que é gerada e consumida energia renovável, mas é preciso mais investimentos, especialmente na energia eólica, energia fotovoltaica, que precisam ter o arcabouço legal, apoio e segurança jurídica”, afirma.

O gerente de Energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Roberto Pereira, observa que o projeto de lei deve trazer inúmeras vantagens para o setor. Além de reduzir custos, a adesão ao mercado livre de energia pode trazer benefícios sociais e ambientais.

“Alguns dos benefícios serão o aumento da competitividade, inclusive no mercado internacional, e a demanda por novos empregos. Já do ponto vista ambiental, o mercado livre estará atrelado ao desenvolvimento de energias limpas, como a solar e a eólica, promovendo o crescimento e o desenvolvimento dessas fontes” — disse.

Atualmente o mercado livre de energia atende 90% da demanda elétrica da indústria brasileira, segundo dados do boletim mensal da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (ABRACEEL). De acordo com a associação, o mercado livre de energia registrou um crescimento de 18% nos últimos 12 meses, encerrados em abril — e atraiu 5.041 unidades consumidoras no período.

Fonte: Brasil 61

Faturamento da mineração cresce 6% no semestre

De acordo com números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), no primeiro semestre de 2023 o faturamento do setor atingiu R$ 120 bilhões, um aumento de 6% sobre o mesmo período de 2022 (R$ 113.2 bilhões), com um recolhimento de tributos e encargos de R$ 41,4 bilhões, 5,9% superior ao primeiro semestre de 2022 (R$ 39 bilhões). A arrecadação de CFEM somou R$ 3,4 bilhões até junho, um incremento de 1,9% na comparação com o primeiro semestre de 2022.

As exportações minerais até junho caíram 5,77% em receita, de US$ 21,07 bilhões, em 2021, para US$ 19,85 bilhões no primeiro semestre deste ano por causa dos preços bem mais baixos das commodities no comparativo anual. Em toneladas, as vendas externas cresceram 10,2%, de 160,8 milhões no primeiro semestre de 2022 para 177,2 milhões de toneladas de janeiro a junho deste ano. A variação, em toneladas do minério de ferro foi de 9,8% em toneladas (169,6 milhões de toneladas no 1S23) e de 9% negativos em dólar (de US$ 15 bilhões para US$ 13,7 bilhões). O minério de ferro foi responsável por 68,9% das exportações em US$; ouro, cobre e nióbio responderam por 9,2%, 8% e 5,8%, respectivamente. A China é a principal compradora de minério de ferro (65%), manganês (62,6%) e nióbio (44,8%); o Canadá é o maior comprador de ouro (34,2%).

Já as importações minerais registraram US$ 6,19 bilhões até junho, uma queda de 34,22% sobre os US$ 9,41 bilhões do mesmo período de 2022 e um recuo de 6% em toneladas no período. Nas importações, destaque para as quedas em US$ nas compras de carvão (-30% em dólar), cobre (-15%), enxofre (-14%), potássio (-44%) e zinco (-18%), em relação ao 1S22. O potássio foi responsável pela maior parcela das importações minerais (44%), seguido pelo carvão (38%) no primeiro semestre do ano.

Para Raul Jungmann, diretor-presidente do IBRAM, a perspectiva é de que o ano de 2023 seja mais favorável ao setor na comparação com 2022. O saldo da balança comercial do setor fechou em R$ 13,66 bilhões no primeiro semestre e estão previstos investimentos de US$ 50 bilhões de 2023 até 2027, dos quais US$ 6,5 bilhões em projetos socioambientais. Dos investimentos previstos, o maior destino será para o minério de ferro (34%), projetos socioambientais (13%), fertilizantes (10%), bauxita (10%), cobre (9%) e logística (9%). Estão também previstos investimentos para a produção de outros minérios cruciais para a transição energética, como terras raras, titânio, vanádio, lítio, além de zinco, ferro, cobre, bauxita e níquel. O Pará receberá 32,1% dos investimentos até 2027, seguido por Minas Gerais, com 26,3% e 23,6% para a Bahia.

Em relação à Reforma Tributária aprovada recentemente pela Câmara dos Deputados, Jungmann critica a inclusão do artigo 20, o chamado Jabuti, e diz que o ponto precisa ser revisto pelo Senado. “É desastroso para o setor produtivo e contraria a própria reforma, já que aumenta a carga tributária e põe sob risco severo a competitividade internacional da mineração do Brasil, justamente em um momento em que o país precisa expandir essa atividade. É um contrassenso, portanto”. O artigo 20 permite instituir contribuição sobre produtos primários e semielaborados, produzidos nos estados, para investimento em obras de infraestrutura e habitação, em substituição à contribuição a fundos estaduais. “Recentemente, vários governos estaduais e também municipais passaram a criar encargos ao setor mineral, em valores que consideramos abusivos em relação ao pretenso serviço de fiscalização a ser prestado. No caso de Goiás, criou-se um instrumento que acaba por taxar os setores exportadores”, explica Jungmann. Ele diz que a manutenção do artigo 20 pode estimular mais estados a fazer o mesmo.

Para o diretor do IBRAM o momento é de expansão da mineração, principalmente de minerais críticos/estratégicos que são essenciais para economia de baixo carbono e de mitigação dos impactos das mudanças climáticas. São minérios, como terras raras, titânio, vanádio, lítio, zinco, ferro, cobre, bauxita e níquel. “Já há investimentos encaminhados nesse sentido, mas o artigo 20 pode colocá-los na gaveta”, afirma. Outro ponto importante destacado por Jungmann é a primeira vez que o instituto passa a integrar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI). O colegiado vai discutir estímulos para ampliar a oferta desses e de outros minérios. “Consequentemente, a questão do artigo 20 será ali debatida, pois pode afetar negativamente o desempenho de mais setores econômicos, e não apenas o da mineração”, informa Raul Jungmann. No dia da votação não houve nenhuma novidade e Jungmann diz que o IBRAM está em contato com outras entidades com a estratégia de aglutinar os setores prejudicados pelo artigo 20 para ir ao Congresso debater com o relator Eduardo Braga e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. “Esperamos que o quadro atual do artigo 20 seja revertido”.

Dentre os estados, Minas Gerais registrou o maior faturamento, com R$ 50,5 bilhões, um crescimento de 12% no semestre, seguido por São Paulo, com elevação de 22% e faturamento de R$ 4,4 bilhões e Mato Grosso, com um crescimento de 19% e faturamento de R$ 3,5 bilhões. Em contrapartida, o Pará registrou recuo de 4% no faturamento no primeiro semestre de 2023, para R$ 39,8 bilhões, em razão da variação no total produzido no 1º trimestre, por causa de chuvas e outros fatores influenciadores da produção.

O IBRAM comunicou que Minas Gerais aumentou sua participação no faturamento/país de 40% para 42% e o Pará reduziu de 37% para 33% na comparação entre os primeiros semestres de cada ano. Em compensação, o estado do Norte receberá o maior volume de investimentos até 2027: 32,1%.

Entre as substâncias minerais, o minério de ferro teve crescimento de faturamento de 3%, de R$ 68,3 bilhões para R$ 70,1 bilhões, mas viu o preço cair 15,3% na comparação com o primeiro semestre de 2022. Houve também queda nos preços de todas as commodities minerais, exceto ouro (alta de 3,7%). O cobre permaneceu estável, com R$ 7,9 bilhões. A variação positiva do faturamento do segmento calcário dolomítico foi de 36% (de R$ 3 bilhões para R$ 4,1 bilhões), o da bauxita foi de 18% (de R$ 2,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões). Já o ouro apresentou decréscimo de 3%, com redução de R$ 11,6 bilhões para R$ 11,2 bilhões.

A indústria da mineração gerou, entre janeiro e maio deste ano, mais de cinco mil empregos. Atualmente, o setor emprega mais de 206 mil pessoas e, indiretamente, são mais de 2 milhões de empregos gerados.

Fonte: Brasil 61

Honeywell aposta em solução para transportar hidrogênio como gasolina

A Honeywell está lançando no mercado tecnologias para permitir o transporte de hidrogênio na forma líquida, em mais um capítulo da disputa pela cadeia industrial necessária para um comércio global de hidrogênio.

A companhia acredita que esta será a forma mais competitiva de transportar o hidrogênio verde produzido no Brasil para atender ao mercado da Europa.

“Você transporta como se fosse gasolina e diesel”, diz José Fernandes, presidente da Honeywell Performance, Materiais e Tecnologias para a América Latina, em entrevista à epbr.

A solução é baseada na saturação de hidrogênio em outras moléculas – transportadores de hidrogênio orgânico líquido ou LOHC, na sigla em inglês.

A Honeywell fornece equipamentos para o processo funcionar de forma integrada com a logística existente em refinarias de petróleo.

“É um carregador de hidrogênio de uma ponta a outra”, explica. “Você usa toda a infraestrutura dos terminais, dos navios, e transporte desse produto até o país que vai precisar dele”.

Hoje, um dos grandes desafios para o hidrogênio – que verá sua demanda passar das atuais 90 milhões de toneladas para mais de 200 milhões de toneladas em 2030 – é o transporte de longas distâncias.

Isso porque os potenciais maiores produtores de hidrogênio verde a preço competitivo, como Brasil e Chile, estão longe dos principais mercados consumidores, a exemplo da Europa e Sudeste Asiático.

Isso coloca latinoamericanos em desvantagem com outros potenciais polos de produção mais bem integrados ao mercado europeu. Um concorrente potencial são os países do Norte da África, onde é possível desenvolver uma rede de dutos.

A química por trás do LOHC

No modelo da companhia, o tolueno (ou metilbenzeno) é saturado, acumulando cargas de hidrogênio, até gerar um produto chamado metilciclohexano (MCH), que pode ser transportado como um combustível líquido convencional.

Quando chega ao seu destino final, o hidrogênio é recuperado por meio da desidrogenação desse metilciclohexano. O tolueno da separação pode voltar a ser hidrogenado.

Entre as alternativas no radar do mercado, estão a liquefação do hidrogênio e a conversão em amônia – esta última integrada ao mercado global de fertilizantes, que busca alternativas de descarbonização.

Entretanto, Fernandes acredita que a competitividade do transporte via amônia será de curto prazo, se o seu uso final não for como fertilizantes.

“Se você precisa da utilização do hidrogênio para outras aplicações, a amônia não vai ser o sistema mais eficiente de levar o hidrogênio do ponto A para o B”, diz.

A amônia ou liquefação, afirma o executivo, demanda ativos específicos para transporte, carregamento, descarregamento, além da refrigeração necessária, que eleva os custos com energia.

Segundo Fernandes, o mercado está aberto para disputa, já que a reconversão da amônia para hidrogênio ainda não atingiu escalas comerciais.

“A competitividade do LOHC é de 25% mais economicidade do que a liquefação. Em relação a amônia, o número é um pouco menos que 25%, mas ainda está na casa de dois dígitos”, diz Fernandes, baseado em cálculos internos da companhia.

Política nacional para a indústria de hidrogênio

O presidente da Honeywell também destaca a importância de políticas públicas para que o Brasil se posicione como um ator importante no mercado global de hidrogênio renovável.

“Temos trabalhado tentando ajudar o governo com relação a como podemos ajudar a criar políticas públicas que façam com que o Brasil vire um protagonista na produção de hidrogênio verde e possa ser uma grande exportador”, conta o executivo.

O governo prometeu para o segundo semestre a apresentação de propostas para um marco legal do hidrogênio, tema já discutido no Congresso Nacional.

O governo brasileiro tem indicado que as políticas para o setor devem abraçar todas as rotas de baixo carbono, inclusive a produção a partir de combustíveis fósseis, como é o caso do gás natural com captura de carbono (hidrogênio azul).

Com uma pauta de reindustrialização, há um desejo também de atrair a indústria, para consumidor energia renovável e hidrogênio aqui e exportar os produtos com menor intensidade de emissões.

Anfitrião da COP28, Emirados Árabes planejam aumentar produção de fósseis

Os Emirados Árabes Unidos apresentaram na semana passada a terceira atualização da sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, em inglês) para cortar emissões e ajudar o planeta a limitar o aquecimento a 1,5°C até 2100, mas o plano ainda é insuficiente, segundo cientistas do Climate Action Tracker (CAT).

O país foi escolhido para sediar, em novembro deste ano, a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) e é um dos primeiros a apresentar uma nova NDC à ONU.

Embora o governo tenha aumentado sua ambição climática, o CAT observa que há “muito pouca ação na economia real”, já que o plano é continuar aumentando a produção e consumo de combustíveis fósseis.

De acordo com relatório publicado hoje (20/7), as emissões continuarão aumentando até 2030, quando deveriam cair 35% abaixo dos níveis de 2021 para serem compatíveis com 1,5°C.

“Por causa de sua nova e mais forte meta NDC, a classificação geral do CAT para os Emirados Árabes Unidos melhorou de ‘Altamente insuficiente’ para ‘Insuficiente’, mas com incertezas sobre como planejam atingir a meta, seus desenvolvimentos planejados de combustíveis fósseis também o tornariam inatingível”, explica o documento.

A nova NDC estabelece uma meta de redução de emissões para 185 MtCO2e até 2030 (excluindo mudança de uso da terra e silvicultura), uma redução de 14% em relação à meta anterior e 13% abaixo dos níveis atuais.

O CAT classifica esse objetivo como “Quase suficiente” no cenário doméstico e “Altamente insuficiente” em comparação com a parcela justa do país em relação às demais economias – ambas as subclassificações melhoraram com a nova NDC.

A atualização da Estratégia de Energia para 2050 do sétimo maior produtor de petróleo do mundo inclui meta de 30% de capacidade de “energia limpa” até 2030 e investimentos de US$ 54 bilhões em energias renováveis ​​nos próximos sete anos.

“No entanto, a estratégia ainda prevê um grande papel para o gás fóssil em 2050, o que está em desacordo com a meta declarada dos Emirados Árabes Unidos de atingir emissões líquidas zero até então”, observa o CAT.

Concorrendo com a ambição climática está a meta de alcançar a autossuficiência de gás natural e aumentar as exportações de O&G.

O país tem investido fortemente na produção de gás offshore, após a descoberta de campos de até 57 bilhões de m3.

A empresa nacional de petróleo dos Emirados Árabes Unidos (Adnoc) – cujo CEO é o presidente designado da COP28 – estabeleceu um plano de investimento de US$ 150 bilhões para a expansão de petróleo e gás.

Entre as estratégias para avançar com o O&G de forma menos agressiva ao clima está o desenvolvimento de projetos de captura e armazenamento de carbono e captura direta de ar. Falta, no entanto, especificar a escala de reduções e remoções de CO2 que esses investimentos pretendem alcançar.

Incompatíveis com 1,5°C

Os Emirados Árabes não estão sozinhos. O CAT rastreia 39 países e a União Europeia, cobrindo cerca de 85% das emissões globais e nenhum deles conseguiu a classificação de compatível.

Brasil está no quadro dos insuficientes. A última atualização da NDC foi apresentada em abril de 2022, ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), com revisões que organizações ambientais classificaram de ‘pedaladas climáticas’ – as metas ficaram mais fracas que as originais apresentadas em 2016.

Com a mudança de governo, há uma grande expectativa de que o Ministério do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva (Rede), corrija a pedalada.

Enquanto isso não ocorre, a NDC brasileira mais recente contribui para elevação de temperatura acima de 3°C no final do século. Desmatamento e previsão de expansão da geração térmica a gás natural estão entre os principais fatores elencados pelo CAT.

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Classificação do CAT atualizada em julho de 2023. Clique na imagem para ampliar

Curtas

Novos mercados para o etanol

O etanol brasileiro quer conquistar mercados na Ásia e na África e se posicionar como uma alternativa à eletrificação em economias emergentes com características semelhantes às do Brasil.

Esta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), foi à Índia com uma comitiva que inclui empresários do setor em busca de novos negócios na área de biocombustíveis. O foco é exportar as tecnologias de etanol e veículos híbridos flex.

Menos de seis anos

Esse é o prazo até que o orçamento de carbono da Terra se esgote. Neste sábado (22/7), o Relógio do Clima chega ao Brasil e será projetado no Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entre 17h e 21h, marcando, pela primeira vez, menos de seis anos. Neste sábado, ele passará de 6 anos 0 dias 00:00:00 para 5 anos 364 dias 23:59:59.

Desenvolvido por um grupo internacional de cientistas e ativistas, o marcador mostra que resta pouco tempo para manter o aumento médio da temperatura terrestre em níveis minimamente seguros para a humanidade.

Carros voadores no Brasil

A fabricante Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, anunciou nesta quinta (20/7) a instalação da primeira fábrica de veículos elétricos de pouso de decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) em Taubaté, no interior de São Paulo. Os primeiros modelos dos “carros voadores” estão previstos para entrar em operação em 2026.

Chamada para artigos

Revista Tempo do Mundo, editada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), está recebendo submissões de artigos para a 32ª edição, com o tema Segurança, Integração e Transição Energética Justa. O prazo final para envio é 31 de julho de 2023. Mais informações podem ser encontradas no site do Ipea.

Shell Startup Engine está com as inscrições abertas

O programa de aceleração recebe inscrições até o dia 11 de agosto pelo formulário do site. Podem participar startups em estágio inicial a médio de maturidade, que atuem com as temáticas de soluções baseadas na natureza, agricultura e florestas sustentáveis; descarbonização em upstream​; soluções energéticas​ (plataformas e marketplaces) e tecnologia social.

Startup VoltBras capta R$ 12 mi para carregamento de veículos elétricos no Brasil

A VoltBras, startup de soluções de recarga para veículos elétricos, anunciou nesta quinta (20/7) a captação de R$ 12 milhões em investimentos, em rodada série A, liderada pela MSW Capital. O fundo adquirido tem como investidores as corporações Baterias Moura, BB Seguros, Embraer e AgeRio.

Domo Invest, Perseo (CVC da Iberdrola Espanha) e EDP Ventures (ex-investidores) também acompanharam a rodada.

Fundada em 2018, a Voltbras quer atender à demanda do mercado de mobilidade elétrica no Brasil, fornecendo sistemas de gerenciamento e carregamento para eletrificados com modelos tarifários adaptados aos negócios dos clientes.

Atualmente, a startup tem Ipiranga, WeCharge, Neoenergia, Multiplan e EDP como clientes.

Além da rede de recarga, a empresa fornece um aplicativo para os motoristas poderem acompanhar o histórico de recargas, planejar novos abastecimentos e desbloquear equipamentos.

Bernardo Durieux, CEO e fundador da VoltBras, destaca que, com a tecnologia personalizável e compatível com diversos fabricantes de carregadores, a empresa se fixa em posição estratégica para o mercado em expansão.

“Por ter uma tecnologia customizável e compatível com diferentes fabricantes de carregadores, a VoltBras está em uma posição estratégica que nos permite aproveitar as oportunidades atuais, bem como as que vão surgir com o crescimento desse mercado.

“Com esse investimento, vamos fortalecer ainda mais nossa tecnologia, promover a base atual e expandir nosso suporte de vendas para a conquista de novos clientes”, completou.

Elétricos em expansão

No Brasil, o mercado de veículos leves eletrificados alcançou um marco significativo no primeiro semestre de 2023. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), de janeiro a junho de 2023, foram emplacados mais de 32,2 mil veículos elétricos e híbridos.

O crescimento representa um aumento de 58% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados pouco mais de 20,4 mil carros elétricos e híbridos circulando pelo país.

A ABVE estima que a frota de carros elétricos em circulação no Brasil já ultrapassa a marca de 158,6 mil unidades.

De acordo com projeções da Boston Consulting Group, a frota de veículos elétricos movidos a baterias e plugáveis deve crescer 160 vezes até 2030, exigindo um investimento de R$ 14 bilhões em infraestrutura de carregamento até 2035, para atender toda a demanda.

Embraer anuncia primeira fábrica de carros voadores no Brasil

A fabricante Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, anunciou nesta quinta (20/7) a instalação da primeira fábrica de veículos elétricos de pouso de decolagem vertical (eVTOL, na sigla em inglês) em Taubaté, no interior de São Paulo.

Os primeiros modelos dos “carros voadores” estão previstos para entrar em operação em 2026.

A unidade será estabelecida em uma planta já existente da Embraer. A escolha do local é estratégica, visto que conta com fácil acesso a rodovias e proximidade com a linha ferroviária. A instalação ainda está sujeita à aprovação final das autoridades.

“Quando começamos a procurar um local para fabricar nosso eVTOL, quisemos repensar como a aeronave poderia ser construída utilizando as mais recentes tecnologias e processos de fabricação, combinados com outros aspectos, como a cadeia de suprimentos e logística”, explicou o co-CEO da Eve, André Stein.

Segundo Stein, o objetivo é oferecer produtos seguros e competitivos em eficiência de produção ao mercado. “A nova linha de montagem está sendo projetada para priorizar segurança, qualidade, eficiência, produtividade e sustentabilidade”.

Estratégia de produção

Desde 2022, a Eve tem parceria com a Porsche Consulting, que definiu a estratégia global de produção, cadeia de suprimentos e logística dos veículos voadores.

Juntas, as empresas estudaram, por ano, conceitos avançados de fabricação e inovação, assim como expertises em aeronáutica e automobilismo para projetar um conceito de industrialização para o eVTOL.

“Após extensa pesquisa em conceitos avançados de produção e inovação por mais de um ano, estamos preparados para expandir de forma eficiente e sustentável o volume de produção para atender às demandas de um mercado em crescimento”, afirmou Alice Altíssimo, vice-presidente de Gerenciamento de Programas e Operações da Eve.

Além do desenvolvimento dos protótipos elétricos, a Eve também está criando um portfólio de soluções agnósticas, incluindo um software único de gerenciamento de tráfego aéreo urbano, que visa otimizar e expandir as operações de mobilidade aérea mundialmente.

“Acreditamos no enorme potencial do mercado global de mobilidade aérea urbana e reforçamos nosso compromisso com a Eve como uma das principais empresas desse setor”, mencionou o presidente e CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto.

Mercado

Até o final do ano passado, a carteira de pedidos do eVTOL somava 2.770 unidades, com um valor total de US$ 8,3 bilhões. O preço estimado de viagem, por pessoa, é de US$ 50 a US$ 100, informou o presidente da Embraer X, Daniel Moczydlower, durante um evento em janeiro de 2023.

Os pedidos são feitos por meio de cartas de intenção não vinculantes. A companhia espera que o carro voador responda por cerca de 55% do faturamento da Eve em 2030.

No cronograma, estão previstas 75 unidades em 2026, após liberação pelas autoridades reguladoras, e mais 1.117 em 2030.

Recentemente, a Eve foi selecionada pela primeira fase do Sandbox.Rio, um ambiente regulatório experimental que vai testar a inserção de novos produtos e serviços no dia a dia da capital do Rio de Janeiro.

A subsidiária de aeronaves elétricas da Embraer está preparando os documentos legais para estudar com a Prefeitura do Rio a futura operação dos eVTOLs na cidade.

A princípio, o objetivo é o transporte de pessoas de/para aeroportos, além de voos panorâmicos sobre pontos turísticos.

Outra cidade prevista para receber os veículos é San Francisco, na Califórnia (EUA). Em parceria com a United Airlines, a empresa está mapeando áreas de origem e destino, além da futura rede de rotas para a mobilidade urbana aérea.

Em 2022, a United anunciou um investimento de US$ 15 milhões na Eve e um acordo de compra condicional de até 400 eVTOLs, como parte de sua estratégia de inovação e sustentabilidade no transporte aéreo.

100% elétrica e com alcance de 100 quilômetros, a aeronave será pilotada no lançamento, mas foi projetada para operações não tripuladas no futuro.

Brasil e EUA vão cooperar em hidrogênio limpo e combustível sustentável de aviação

O Ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira (PSD) e a secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, anunciaram nesta sexta (21/7) que vão cooperar em áreas de energia limpa, como hidrogênio de baixo carbono e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF, em inglês).

A assinatura do acordo ocorreu durante a  14ª Reunião Ministerial de Energia Limpa e da 8ª Missão de Inovação do G20 em Goa, na Índia.

Os líderes renovaram compromisso de trabalhar juntos “como potências energéticas globais com valores e prioridades compartilhados” por meio do Fórum de Energia Brasil-EUA (USBEF) – o principal diálogo bilateral para cooperação técnica, política, comercial e de investimento com foco na transição energética.

Entre os objetivos está atrair investimentos do setor privado.

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De acordo com comunicado, os dois líderes concordaram em trabalhar com o setor privado para implementar um novo trabalho em combustíveis de aviação sustentáveis, hidrogênio limpo e gestão de carbono e metano.

Além disso, pretendem lançar comitês de ação público-privada da iniciativa Diálogo da Indústria de Energia Limpa (CEID) até a COP28, para avançar nessas três tecnologias consideradas críticas.

O CEID também facilitará a cooperação na modernização e armazenamento da rede, bem como na energia eólica offshore em sua segunda fase.

“Tive a oportunidade também de reforçar no encontro com a ministra Granholm, o trabalho do programa Combustível do Futuro, que vai trazer um marco legal para combustíveis de baixo carbono e captura de carbono. Ela demonstrou grande interesse no projeto e se dispôs a fomentar a colaboração entre as empresas brasileiras e americanas na área de energia limpa e de gestão de carbono”, comenta o ministro Alexandre Silveira.

O Plano de Ação USBEF 2023-2024 define quatro áreas para colaboração:

  • Mobilizar o envolvimento do setor privado e da comunidade, especialmente para projetos de energia com financiamento público;
  • Gestão de carbono e metano: troca de experiência em captura, armazenamento e utilização de carbono e mitigação de metano;
  • Energia nuclear: expandir a cooperação e lançar novos esforços na regulamentação;
  • Renováveis ​​e modernização da rede: aumentar a cooperação em energia renovável e eficiência energética, particularmente em setores estratégicos como hidrogênio limpo, energia eólica offshore, combustíveis sustentáveis, modernização da rede e armazenamento.

Infra Gás: conheça a empresa que quer comprar as distribuidoras de gás do Nordeste

PIPELINE Dona de acordo com Compass para aquisição de cinco concessionárias de gás no Nordeste, Infra Gás desponta como mais nova agente do mercado de distribuição. Empresa tem histórico de atuações em diferentes elos do setor de infraestrutura e quer entrar no gás como investimento de longo prazo.

Petrobras reduz preço do gás natural em 7,1% em agosto. Fabricante de vidros fecha primeiro contrato de aquisição de biometano da ZEG no Aterro de Jambeiro (SP) e mais. Confira:

UM NOVO PLAYER NO NORDESTE

A intenção da Compass de se desfazer das distribuidoras de gás natural do Nordeste – ativos herdados da compra da Gaspetro (agora Commit) – abre espaço para a entrada de um novo agente no setor: a Infra Gás e Energia.

A companhia tem contrato assinado com a empresa do Grupo Cosan para aquisição das participações da Commit em cinco concessionárias, nos estados do CearáRio Grande do NorteAlagoasSergipe Pernambuco.

Se confirmada a aquisição, a Infra Gás passará a ser acionista não controlador dessas distribuidoras – sociedades de economia mista controladas pelos estados e que, juntas, representam 13% do mercado não-termelétrico do país.

Não conhece a Infra Gás? A gas week se propõe a apresentar um breve perfil da, possivelmente, mais nova caçula da distribuição de gás do Brasil.

     

    INTERESSE É A LONGO PRAZO

    Desconhecida de grande parte do mercado, a Infra Gás (não confundir com a Infragás, acionista minoritária da SCGás) tem pretensões duradouras na distribuição de gás.

    Procurada para comentar sobre a sua aposta no setor, a empresa preferiu não conceder entrevista antes do desfecho dos negócios.

    Esclareceu, por meio de sua assessoria de imprensa, contudo, que enxerga no mercado do Nordeste um grande potencial de crescimento e que encara o investimento como uma jornada de longo prazo.

    DE RODOVIA A AEROPORTO E TREM-BALA

    A Infra Gás é a mais nova empreitada de dois empresários com negócios no Rio de Janeiro: João Henrique Sigaud Cordeiro Guerra e Marconi Braga Edmundo.

    Eles são sócios em uma série de empresas, em diferentes campos do setor de infraestrutura, e com histórico de contratos com o poder público.

    Infra S.A. Investimentos e Serviços é uma das holdings da dupla. No passado, atuava em obras de manutenção de rodovias – chegou a receber R$ 78 milhões do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), por serviços prestados no Rio de Janeiro e na Bahia, de acordo com o Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União (CGU).

    Desde 2018, porém, a Infra S.A. não assinou novos contratos com o governo federal. Para além dos serviços em rodovias, a companhia chegou a fazer parte do projeto do trem-bala entre Rio-São Paulo, outorgado este ano à TAV Brasil – mas da qual Sigaud e Edmundo já se desfizeram.

    É debaixo do guarda-chuva da Infra S.A. que está a Infra Gás e Energia, fundada pelos empresários em 2021, com capital social de R$ 30 milhões.

    Também compõem a holding a GTP Energia, empresa em fase pré-operacional, concebida para atuar em projetos de gás e energia e que tem autorização da ANP para comercialização de gás natural; além da Infra Operações Aeroportuárias Farol De São Tome S.A. e a Infra Operações Aeroportuárias Campos Dos Goytacazes S.A.

    Essas últimas duas companhias administram, respectivamente, o Heliporto Farol de São Tomé e o Aeroporto Bartolomeu Lysandro, ambos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, e funcionam como bases logísticas para a indústria de óleo e gás, na Bacia de Campos.

    Sigaud e Edmundo também atuam, na mesma região, na revenda de combustíveis de aviação da AirBP para o heliporto e aeroporto, por meio das empresas BASE Combustíveis e Beta Combustíveis – que ficam, por sua vez, debaixo de uma segunda holding da dupla, a Estrutura.

    AGORA, A APOSTA NA DISTRIBUIÇÃO

    A nova empreitada do grupo Infra é o mercado de distribuição de gás do Nordeste. A Infra Gás e Energia tem acordo com a Compass para comprar as fatias detidas pela Commit em cinco concessionárias estaduais:

    • 29,4% na Cegás (CE)
    • 83% da Potigás (RN)
    • 41,5% da Copergás (PE)
    • 29,4% da Algás (AL)
    • e 41,5% da Sergas (SE)

    Relembrando: Ao comprar a Gaspetro, a empresa do grupo Cosan anunciou a intenção de enxugar seu portfólio após a operação: da participação nas 18 distribuidoras originalmente reunidas na antiga subsidiária da Petrobras, o plano era ficar com seis, todas no Centro-Sul: Sulgás (RS), SCGás (SC), Compagas (PR), MSGás (MS), CEG Rio (RJ) e GasBrasiliano (SP).

    Desde então, a Compass se desfez de parte dos ativos. Falta, contudo, sacramentar o contrato com a Infra Gás – o último passo da gestão de portfólio.

    A Infra Gás se queixa da demora da Compass para sacramentar o negócio – assinado em 2022 – e foi ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fazer pressão — já que, em 2022, o órgão antitruste aprovou a aquisição da Gaspetro, sem restrições, mas com uma ressalva: a de que a Compass teria que cumprir o desinvestimento anunciado.

    O acordo entre as partes, contudo, não é garantia de que a Infra Gás assumirá os ativos envolvidos na negociação. Isso porque a Mitsui, sócia da Compass na Commit, tem direito de preferência na aquisição dos ativos (bem como cada um dos Estados, acionistas controladores das distribuidoras em questão).

    Para avançar, a venda dos ativos depende da cisão parcial da Commit – para segregação das fatias detidas nas distribuidoras nordestinas da holding e posterior alienação.

    A bola está com a Mitsui – que ainda não deu o aval para a reestruturação da Commit, enquanto analisa como se posicionará no negócio.

    GÁS NA SEMANA

    Petrobras reduz preço do gás em 7,1%. Ajuste no valor cobrado das distribuidoras vale a partir de 1º de agosto e terá um impacto diferente em cada estado, a depender do tipo de contrato em vigor, tributos e com as regulações estaduais que definem as margens e mecanismos de repasse. A queda acumulada em 2023 é de 25%. (epbr)

    – Embora os preços da estatal sejam alvo de críticas do MME, o corte anunciado esta semana pela Petrobras reflete as regras previstas nos contratos com as distribuidoras – que preveem ajustes trimestrais, com base na variação do petróleo e câmbio.

    TBG oferece produtos de curto prazo. Até 31 de julho, a transportadora realizará a 8ª Rodada para oferta de capacidade de transporte de curto prazo. Serão disponibilizados contratos trimestrais, mensais e diários, com validade a partir de agosto,

    Abegás envia propostas a governadores do Nordeste. Em encontro com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, as distribuidoras apresentaram a agenda setorial, a ser encaminhada ao Fórum de Governadores da região, com cinco propostas: Corredores Azuis; aumento da oferta nacional; viabilização da Margem Equatorial; ampliação das infraestruturas de escoamento e transporte; e gás para a química, petroquímica e fertilizantes.

    ExxonMobil quer ampliar negócio de GNL. Petroleira planeja quase dobrar seu portfólio atual, para 40 milhões de toneladas/ano até 2030. Companhia mira a crescente demanda dos países asiáticos e europeus. (Upstream)

    Biometano na fabricação de vidros. A Cebrace vai substituir parte do consumo de gás natural dos fornos da fábrica de Jacareí (SP) pelo combustível renovável. A fabricante de vidros é o primeiro cliente da planta de biometano construída pela ZEG Biogás no Aterro Sanitário de Jambeiro, da Engep. (epbr)

    Com incentivos, a indústria do biometano salta 20% nos EUA em 2022. O mercado americano adicionou uma capacidade de produção de 1,7 milhão de m3/dia no ano passado, de acordo com a Wood Mackenzie. (epbr)

    Agências alertam sobre risco para humanos após surtos de gripe aviária

    Um alerta conjunto de agências da ONU e de uma entidade parceira revela que surtos de gripe aviária pelo mundo estão ameaçando seres humanos. Milhões de aves estão sendo sacrificadas para evitar que o vírus H5N1, da influenza, se espalhe.

     

    A emergência está afetando rebanhos incluindo o de aves, pássaros selvagens e alguns mamíferos. Muitos agricultores e o comércio de alimentos também foram atingidos.

     

    Maior número possível de animais

     

    A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, e a Organização Mundial da Saúde, OMS, estão pedindo aos países para cooperaram entre os setores e salvar o maior número possível de animais protegendo as pessoas. Um apelo feito com a Organização Mundial para Saúde Animal, Omsa.

     

    Os vírus da influenza aviária se espalham principalmente entre as aves, mas cada vez mais têm sido detectados entre mamíferos, que estão biologicamente mais pertos de seres humanos que aves. Além disso, alguns mamíferos podem estar servindo como canais para os vírus da gripe aviária e causando uma emergência de novos vírus que podem ser mais prejudiciais a animais e a humanos.

    image1170x530cropped-9-1024x464 Agências alertam sobre risco para humanos após surtos de gripe aviáriaOs vírus da gripe aviária continuam a circular nas aves.

    A linhagem ganso/Guandong dos vírus da influenza H5N1 apareceu, pela primeira vez, em 1996, causando surtos entre aves desde então. A variante desses vírus que pertencem ao H5 clado 2.3.4.4b levou a um número sem precedentes de mortes em pássaros selvagens e aves de muitos países africanos, asiáticos e europeus. Em 2021, o vírus se espalhou pela América do Norte. E no ano passado para as Américas do Sul e Central.

     

    Aves domésticas

    Ainda em 2022, houve 67 países em cinco continente que notificaram surtos altamente patogênicos da influenza aviária em aves e aves selvagens para a Omsa. Ao todo, foram mais de 131 milhões de aves domésticas que tiveram de ser sacrificadas nas aldeias atingidas.

    Somente este ano, outros 14 países reportaram surtos, a maioria nas América, com o avanço da propagação. Em 2022, 10 nações em três continentes notificaram surtos em mamíferos. E vários mamíferos terrestres e marinhos foram afetados incluindo surtos em rebanhos de visons na Espanha, focas nos Estados Unidos e leões-marinhos no Peru e no Chile. Autoridades na Polônia informaram que há casos de H5N1 em gatos.

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    Pesquisadores do International Livestock Research Institute (ILRI) trabalham para controlar a gripe aviária na Indonésia.

    O chefe do Departamento de Ciência da Omsa, Gregório Torres, informou que existe uma mudança de paradigma na ecologia e na epidemiologia da influenza aviária que tem aumentado a preocupação global à medida que a doença se espalha a novas regiões geográficas.

    A entidade e as agências da ONU recomendam aos países a:

    • prevenir a gripe aviária na fonte com medidas de biossegurança nas cadeias de produção de aves aplicando higiene adequada e vacinação nos rebanhos.
    • Detectar, notificar e responder rapidamente aos surtos em animais
    • fortalecer a vigilância da influenza de animais em humanos
    • Conduzir investigações epidemiológicas em animais e humanos infectados.
    • Compartilhar os dados de sequenciamento genético
    • Encorajar a cooperação entre setores de saúde humana e animal
    • Informar sobre os riscos e assegurar a preparação em todos os níveis para enfrentar a influenza.

    Sem decisões ousadas, mundo não cumprirá metas de moradia até 2030

    Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Esse é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, ODS, 11.

    Ao lançar seu relatório, na semana passada, a agência especializada da ONU disse que para chegar lá até 2030, o mundo precisará de intervenções políticas ousadas e decisivas. Até 2050, cerca de 70% da população mundial viverá em cidades.

    Qualidade de vida

    No relatório “Resgatando o ODS11 para um planeta urbano resiliente”, o Programa da ONU para os Assentamentos Humanos, ONU-Habitat, afirma que a urbanização é agora central para determinar a qualidade de vida das pessoas.  O tema é parte das Revisões Nacionais Voluntárias apresentadas no Fórum Político de Alto Nível que ocorre até este 19 de julho.

    Em entrevista à ONU News, em Nova Iorque, o chefe da Assessoria Internacional do Ministério das Cidades do Brasil, Antônio da Costa e Silva, que participa do evento ressaltou que a oferta de moradia é uma prioridade no país.

    “Nós consideramos que a questão da habitação digna resolve outras questões relevantes. Nós também temos a meta de tentar atingir, não apenas o abastecimento de água potável, que nós já temos índices bastante robustos, mas sobretudo o desafio do saneamento básico, das águas servidas, atingir um nível razoável de 95% até o final do governo.”

    image1170x530cropped Sem decisões ousadas, mundo não cumprirá metas de moradia até 2030
    ONU News
    Chefe da Assessoria Internacional do Ministério das Cidades do Brasil, Antônio da Costa e Silva

    Aumento das favelas

    Ele afirmou que a intenção do Ministério das Cidades é trazer de volta os ODS como “elementos orientadores das políticas públicas”.  A meta da Agenda 2030 é tornar as cidades ambientalmente sustentáveis, economicamente prósperas e socialmente equitativas.

    Em todo o mundo, 2,8 bilhões de pessoas experimentam algum tipo de inadequação habitacional. Segundo o relatório, nos últimos 20 anos, mais de165 milhões de habitantes passaram a viver em favelas, chegando a um total de 1,1 bilhão em 2020.

    Dos 10 países que reportaram aumento na proporção de população urbana em favelas, mais da metade estava passando ou saindo de conflitos.

    Oito metas longe de serem alcançadas

    O levantamento do ONU-Habitat revela que dentre as 10 metas do ODS 11, apenas duas estão na faixa de 50% a 75% de progresso alcançado.

    São elas: reduzir o impacto ambiental das cidades por meio da qualidade do ar e da gestão de resíduos e fornecer acesso a espaços públicos verdes nas cidades.

    Os outros indicadores são identificados como “longe da meta”, com progresso variando de 25% a 50%.

    Dentre eles estão: moradia segura e acessível, transporte sustentável, urbanização inclusiva, proteção do patrimônio cultural e natural, mitigação de desastres naturais, planejamento nacional e regional, gestão de riscos e apoio a outras nações menos desenvolvidas.

    ONU: necessidade de financiamento ameaça Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

    Os debates de ministros de Estado no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável começaram no Conselho Econômico e Social da ONU, nesta segunda-feira, em Nova Iorque.

    Na abertura do evento, o secretário-geral António Guterres alertou para os diversos atrasos que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS, vêm sofrendo nos últimos anos, ameaçando as metas para 2030.

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    ONU News
    Estudantes na Tanzânia celebram os ODS

    Cenário alarmante

    Ele também destacou que 600 milhões de pessoas podem enfrentar pobreza extrema até 2030 se os ODS não forem cumpridos. Guterres lembrou que as emissões de gases de efeito estufa seguem aumentando, desigualdades persistem, a fome voltou aos patamares de 2005 e a equidade de gênero só será alcançada em três séculos no ritmo atual.

    Ele disse que o mundo já estava com a agenda comprometida mesmo antes da pandemia de Covid-19, o aumento dos efeitos da crise climática e a invasão russa na Ucrânia.

    A falta de financiamento para atingir os ODS é um dos desafios, subindo de US$ 2,5 trilhões antes da pandemia para cerca de US$ 4,2 trilhões atualmente.

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    PMA/Sayed Asif Mahmud
    Milhões de pessoas em Bangladesh foram afetadas por choques climáticos como inundações

    Financiamento urgente

    Ele defende que financiamento é o combustível para impulsionar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

    Guterres voltou a propor a reforma da arquitetura financeira global para que se torne uma rede de segurança global para os países e forneça acesso a fundos de longo prazo.

    O chefe da ONU destacou o fundo de estímulo para os ODS, US$ 500 bilhões por ano, para investimentos em desenvolvimento sustentável e ação climática.

    Ele também pede alívio as dívidas de países que enfrentam dificuldades. Guterres fez um apelo aos países do G20 para que estabeleçam um prazo ainda neste ano para a criação um novo mecanismo de resolução dos débitos.

    Financiamento climático

    Destacando a questão climática, o secretário-geral lembrou que os países desenvolvidos devem honrar seus compromissos com o financiamento climático, entregando US$ 100 bilhões prometidos.

    Segundo Guterres, cada uma dos ODS exige atenção a ação climática. Ele cita dados do Banco Mundial que estima que até 130 milhões de pessoas podem ser empurradas para a pobreza até 2030 devido ao aumento das temperaturas.

    No entanto, para o chefe da ONU, ainda há tempo de reverter o cenário. Para isso, ele cita os diversos compromissos de zerar as emissões de gases de efeito estufa e cessar o uso de combustíveis fósseis.

    Ele espera que, ao final da COP28, programada para novembro desde ano em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, líderes do G20 façam contribuições ambiciosas nacionalmente e todas as partes trabalhem por um fundo de perdas e danos.

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    Unsplash/Appolinary Kalashnikova
    Continente africano recebe apenas 5,5% do financiamento climático

    Uso da tecnologia e ciência

    O presidente da Assembleia Geral, Csaba Korosi, falou após Guterres enfatizando que mesmo em meio às dificuldades, tecnologia e ciência, somadas a metas transformadoras, podem contribuir para avançar com os ODS.

    Para ele, é necessário adotar estratégias nacionais de transformação alinhadas com os ODS. Korosi recomenda quantificar as metas para avaliar formas de priorização e desenhar planos transparentes para avançar.

    Ele defende que existe conhecimento necessário para guiar a humanidade para fora das crises atuais, além de ferramentas inovadoras.

    Segundo Korosi, a Agenda 2030 é e deve continuar sendo um mapa e os liderem devem ser “corajosos, ambiciosos e determinados” na  visão de um futuro pacífico, próspero e sustentável.