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Recursos de Belo Monte fortalecem Unidades de Conservação no Pará

A decisão da Justiça Federal da 1ª Região, após quase uma década de disputas, marcou um ponto de virada na gestão socioambiental da Amazônia. Foram finalmente destravados R$ 126 milhões em recursos de compensação da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, depositados pela Norte Energia em 2015 e bloqueados desde 2016. Com a atualização monetária, R$ 99 milhões serão destinados diretamente às Unidades de Conservação (UCs) federais, garantindo investimento em áreas cruciais do Xingu e de regiões vizinhas.

A proposta que definiu a aplicação dos recursos foi elaborada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio) e aprovada no âmbito do Comitê de Compensação Ambiental Federal (CCAF). Em audiência de conciliação, participaram também o Ministério Público Federal (MPF), o governo do Pará, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e representantes da concessionária Norte Energia.

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Foto: Acervo Esec Terra do Meio

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Recursos para proteger a Amazônia

Do total, 79% do valor ficará com UCs federais e 21% com outras instâncias administrativas. Entre as áreas beneficiadas estão a Estação Ecológica da Terra do Meio, o Parque Nacional da Serra do Pardo e Reservas Extrativistas (Resex) do Xingu. Unidades emblemáticas como a Floresta Nacional do Jamanxim e o Parque Nacional da Amazônia também estão na lista de contempladas. Todas elas localizadas no Pará, em um território historicamente pressionado pela expansão agropecuária, mineração e conflitos fundiários.

Essa definição encerra um impasse iniciado quando o MPF questionou a destinação de parte do montante original ao Parque Nacional do Juruena, em Mato Grosso, distante da área de impacto direto da hidrelétrica. Ao comemorar a aprovação da proposta do ICMBio, o MPF destacou que a nova divisão está mais conectada às bacias do Xingu e vizinhas, além de responder a demandas de comunidades locais.

A importância da lei e das comunidades

Para Katia Torres, diretora da área de Ações Socioambientais e Consolidação Territorial em UCs no ICMBio, o avanço só foi possível graças à Lei nº 13.668/2018. A legislação abriu caminho para que compensações ambientais fossem destinadas a Reservas Extrativistas, mesmo quando estas não fossem diretamente atingidas por empreendimentos.

“Esses recursos eram muito aguardados e vão garantir a implementação das Unidades de Conservação no Arco do Desmatamento, além de apoiar a biodiversidade e fortalecer as economias da sociobiodiversidade”, afirmou Katia. A fala reforça a ideia de que a aplicação dos valores não se limita ao meio ambiente, mas também promove inclusão social, geração de renda e valorização das culturas tradicionais da Amazônia.

O Arco da Restauração

O desbloqueio dos recursos de Belo Monte também fortalece uma iniciativa estratégica: o Projeto Arco da Restauração, desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o ICMBio e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O programa prevê a recuperação de 6 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.

O chamado Arco do Desmatamento, que se estende por diversos estados da Amazônia, é historicamente a região mais pressionada pelo avanço do desmate e da pecuária extensiva. Transformá-lo em um cinturão verde de proteção e restauração é considerado um dos grandes desafios — e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de alinhar conservação, desenvolvimento econômico e justiça social.

Justiça ambiental e legado

A decisão judicial representa mais que a liberação de recursos: é o reconhecimento de que empreendimentos de alto impacto, como Belo Monte, precisam gerar contrapartidas consistentes e eficazes. O acordo simboliza uma tentativa de corrigir desequilíbrios históricos, investindo em territórios diretamente relacionados às consequências da hidrelétrica.

Com a aplicação dos recursos, espera-se que as Unidades de Conservação beneficiadas ampliem sua capacidade de fiscalização, regularizem territórios, apoiem comunidades extrativistas e fortaleçam cadeias de valor ligadas à sociobiodiversidade. O impacto será sentido não apenas na conservação da floresta, mas na melhoria da qualidade de vida das populações que nela vivem.

Ao fim de quase uma década de bloqueios judiciais, a liberação dos R$ 99 milhões aparece como um marco que combina justiça, reparação e visão de futuro. Uma oportunidade de provar que o desenvolvimento da Amazônia pode ser feito com equilíbrio, valorizando a floresta em pé e as pessoas que dela dependem.

Itacoã-Miri recebe Sistema Agroflorestal em iniciativa da ANOREG/PA

No coração do município do Acará, nordeste do Pará, a comunidade quilombola de Itacoã-Miri deu início a um projeto que une reflorestamento, justiça social e valorização cultural. Com o plantio simbólico das primeiras mudas nativas e agrícolas, começou a implantação do Sistema Agroflorestal (SAF) do Projeto Refloresta, liderado pela Associação dos Notários e Registradores do Estado do Pará (ANOREG/PA), em parceria com a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e a Universidade Federal do Pará (UFPA).

A ação marca os 30 anos da ANOREG/PA e reforça o papel da entidade como promotora de transformações sociais e ambientais no estado. Ao lado de representantes comunitários, dirigentes e parceiros, o ato inaugural simbolizou mais do que o início de um projeto: representou a plantação de novas perspectivas para a Amazônia e para seus povos.

WhatsApp-Image-2025-09-22-at-13.08.29-400x267 Itacoã-Miri recebe Sistema Agroflorestal em iniciativa da ANOREG/PA
Divulgação

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Agroflorestas como identidade sustentável

A escolha de Itacoã-Miri como local pioneiro não foi aleatória. Segundo a presidente da ANOREG/PA, Moema Locatelli Belluzzo, a seleção das mudas levou em conta estudos de solo e a identidade ecológica da região, garantindo que o plantio esteja alinhado às condições locais e ao modo de vida tradicional. Ela reforçou ainda que a iniciativa dialoga diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU e com os princípios que guiarão a COP30, que acontece em Belém em 2025.

O SAF combina espécies nativas da Amazônia com cultivos agrícolas de forma integrada, respeitando os ciclos da natureza e os saberes das comunidades. O resultado esperado é duplo: recuperação de áreas degradadas e fortalecimento da autonomia econômica e alimentar da população quilombola.

José Maria Alves, morador de Itacoã-Miri, traduziu o sentimento coletivo ao afirmar que o projeto representa uma mudança de paradigma. “Estamos saindo de um tipo de cultura, que era o da roça, para este novo método, que traz diversidade, gera renda e ainda melhora o meio ambiente.”

A iniciativa se apresenta como ferramenta estratégica para enfrentar desafios sociais, econômicos e climáticos que marcam a região amazônica. A diretora da ANOREG/PA, Natália Benvegnú, destacou que cada muda representa mais do que reflorestamento. “Hoje, plantamos o futuro. É uma ação que alia sustentabilidade, geração de renda e justiça ambiental, enraizando o compromisso da entidade com um amanhã mais equilibrado.”

Com a COP30 no horizonte, a iniciativa local se conecta ao debate global sobre soluções para as mudanças climáticas. Para Cleomar Carneiro, integrante do Conselho Deliberativo da ANOREG/PA, a transformação precisa ser coletiva. “Esse movimento deve partir não apenas dos cartórios, mas também de empresas e cidadãos comprometidos com o futuro. O envolvimento das comunidades e o respeito aos territórios são indispensáveis para construir um amanhã mais verde e justo.”

WhatsApp-Image-2025-09-22-at-13.08.52-400x267 Itacoã-Miri recebe Sistema Agroflorestal em iniciativa da ANOREG/PA
Divulgação

Um marco para os 30 anos da ANOREG/PA

Ao completar três décadas de atuação, a ANOREG/PA reafirma seu papel como agente ativo de mudanças no Pará. O Projeto Refloresta não é apenas parte do calendário comemorativo, mas um gesto concreto que expressa compromisso com sustentabilidade e justiça social.

Nelcy Maranhão, também do Conselho Deliberativo, ressaltou o impacto transformador da ação. “Mostra que iniciativas locais, quando bem estruturadas, têm poder de gerar efeitos globais. Itacoã-Miri é rica em cultura e história, e merece todo o reconhecimento.”

O projeto também ganhou força por meio de parcerias institucionais. Alberto Taveira, titular do Ofício Único do Acará, lembrou que o compromisso com o plantio foi firmado no XVIII Congresso Notarial e Registral, realizado neste ano no Pará. Para ele, a presença da SBB e da UFPA reforça a legitimidade da proposta e amplia seu alcance.

O Projeto Refloresta busca muito mais do que plantar árvores. É um movimento participativo e agroecológico, que integra práticas sustentáveis, educação ambiental e fortalecimento comunitário. A proposta é devolver vitalidade ao ecossistema amazônico sem abrir mão da valorização dos conhecimentos tradicionais.

O início das atividades em Itacoã-Miri é simbólico e concreto ao mesmo tempo. Simbólico, porque mostra que a mudança pode começar em pequenas comunidades. Concreto, porque transforma o solo, a renda e as perspectivas da população local. A mensagem final é clara: o futuro não é apenas esperado — ele é plantado, coletivamente, com raízes de consciência e solidariedade.

Trabalhar juntos para frear o desmatamento: por que precisamos de mudanças sistêmicas nos sistemas agroalimentares

O desmatamento e a degradação florestal estão entre as maiores crises do nosso tempo. Milhões de hectares de floresta desaparecem todos os anos, minando esforços globais para enfrentar a mudança climática, proteger a biodiversidade e garantir a segurança alimentar. Ao mesmo tempo, as florestas seguem sendo indispensáveis para bilhões de pessoas no mundo, sobretudo para comunidades rurais que delas dependem para sobreviver. Diante dessa realidade, soluções pontuais já não bastam: é preciso transformar de forma sistêmica os sistemas agroalimentares que hoje pressionam esses ecossistemas.

A urgência é evidente. Os compromissos internacionais sobre clima, biodiversidade e desenvolvimento sustentável só podem ser cumpridos se conseguirmos frear o desmatamento. Florestas regulam chuvas, armazenam carbono e abrigam biodiversidade em escala inigualável. Também sustentam a produção de alimentos, ao evitar erosão do solo, garantir polinização e equilibrar microclimas.

Entretanto, a agricultura, justamente o setor que mais depende das florestas, figura como um dos principais motores de sua destruição. A expansão de áreas para soja, óleo de palma, cacau ou gado bovino, além da extração insustentável de lenha, compromete a base da própria segurança alimentar global. O que está em jogo, portanto, não é apenas uma questão ambiental, mas um desequilíbrio estrutural entre ganhos econômicos de curto prazo e a estabilidade ecológica de longo prazo.

A boa notícia é que alternativas existem e já estão em prática. Agricultores adotam modelos de agroflorestas, comunidades manejam seus territórios de maneira sustentável e governos testam políticas que conciliam proteção e produção. O problema não é a falta de ideias, mas de coerência, escala e alinhamento com as causas profundas do desmatamento. Daí a importância de promover mudanças sistêmicas: só elas conseguem atacar a raiz da questão, conectando diferentes dimensões da crise.

up_ag_21123_74ad872c-deb0-a4b0-6ef7-6be453e45522-400x267 Trabalhar juntos para frear o desmatamento: por que precisamos de mudanças sistêmicas nos sistemas agroalimentares
Agrofloresta em Melgaço no Marajó – Agência Pará

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Cultivo sem a necessidade do desmatamento

Especialistas apontam seis transformações centrais para esse processo. A primeira é fortalecer a governança da terra, enfrentando a insegurança fundiária, a corrupção e as lacunas de políticas públicas, garantindo que povos indígenas e comunidades locais participem das decisões. A segunda envolve ampliar modelos agrícolas sustentáveis, como agroecologia, agroflorestas, sistemas silvipastoris e restauração de áreas degradadas, de modo a aliviar a pressão sobre as florestas e, ao mesmo tempo, aumentar produtividade e renda.

O terceiro passo é promover consumo e comércio responsáveis, assegurando transparência nas cadeias de suprimento e políticas de mercado que priorizem a sustentabilidade. A quarta transformação propõe a criação de incentivos econômicos para manter a integridade florestal, como pagamentos por serviços ecossistêmicos, finanças mistas ou subsídios reorientados para valorizar mais a floresta em pé do que derrubada.

O quinto eixo trata da necessidade de sistemas de informação mais confiáveis e acessíveis, que empoderem governos, empresas e comunidades com dados de qualidade para decisões acertadas. Por fim, o sexto ponto é melhorar os meios de vida rurais, combatendo pobreza, desigualdade de gênero e falta de oportunidades que levam tantas famílias a optar pela derrubada da floresta como último recurso.

Para conectar essas dinâmicas, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em parceria com governos e instituições como o Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão e o Programa ONU-REDD, desenvolveu a ferramenta Solutions-tree: uma árvore de soluções voltada para interromper o desmatamento por meio da transformação dos sistemas agroalimentares. O instrumento organiza respostas segundo os seis eixos, oferecendo comparações, estudos de caso e estratégias adaptáveis a diferentes contextos.

A FAO, em colaboração com parceiros como o Fundo Verde para o Clima e o ONU-REDD, já iniciou testes da ferramenta em diversos países. O protótipo será apresentado oficialmente até o fim deste ano e, até lá, a organização convida governos e instituições a somarem experiências, publicações e casos concretos.

Os resultados iniciais já foram compartilhados em grandes encontros internacionais. No Japão, durante a 9ª Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento da África (TICAD 9), destacou-se a importância de integrar agricultura e florestas para acelerar o desenvolvimento sustentável no continente. O Benin, por exemplo, relatou que o uso da Solutions-tree ajudou a alinhar sua estratégia de REDD+ de uma visão fragmentada para uma abordagem sistêmica. Mais recentemente, em Bangcoc, governos da Ásia-Pacífico e mais de 20 organizações parceiras discutiram desafios e avanços, reforçando a confiança e a cooperação como elementos-chave da transformação.

Esses marcos demonstram que a Solutions-tree vai além de um quadro conceitual: ela se consolida como uma plataforma colaborativa que se fortalece a cada contribuição, aproximando o mundo de um novo equilíbrio. Um equilíbrio capaz de assegurar segurança alimentar, proteger a biodiversidade e sustentar meios de vida para as próximas gerações.

Diálogos em Nova York antecipam debates da COP30

A agenda internacional que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), prevista para novembro em Belém, começou a ganhar corpo em Nova York. Durante a abertura da Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), representantes do governo brasileiro, liderados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçaram o compromisso do país em conduzir um encontro histórico para a diplomacia climática.

Entre os integrantes da comitiva esteve o ministro das Cidades, Jader Filho. Ele participou de encontros estratégicos que, embora paralelos à assembleia, tiveram papel central para alinhar expectativas, articular compromissos e antecipar os grandes temas que devem pautar as negociações da COP30.

Um dos momentos mais relevantes ocorreu durante o evento promovido pela Norsk Hydro, empresa global de alumínio com forte presença no Pará. Intitulado “No caminho para a COP30: desafios climáticos e além”, o encontro reuniu representantes de governos, empresas, sociedade civil e especialistas internacionais. A proposta foi colocar em diálogo diferentes perspectivas sobre a construção de um futuro sustentável, tanto para a Amazônia quanto para o planeta.

Ao falar para o público, Jader Filho destacou o papel que a agenda urbana pode desempenhar na transformação do modelo de desenvolvimento. Segundo ele, cidades inclusivas, resilientes e ambientalmente responsáveis são parte essencial de qualquer estratégia de transição sustentável. “Não é possível pensar em soluções globais sem olhar para o cotidiano das pessoas que vivem nas cidades, que concentram tanto os desafios quanto as oportunidades”, afirmou.

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Foto: Elisa Andrade

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Essa visão se conecta a um debate cada vez mais presente nos fóruns internacionais: o impacto do crescimento urbano na qualidade de vida, nas emissões de gases de efeito estufa e na adaptação climática. Para o ministro, a COP30 é uma oportunidade de mostrar que a realidade brasileira, marcada por desigualdades, pode se transformar em exemplo de inovação e compromisso climático.

A participação de Jader Filho também incluiu uma reunião com Anacláudia Rossbach, diretora da ONU-Habitat. A instituição atua globalmente no desenvolvimento urbano sustentável e vê no Brasil um campo fértil para parcerias voltadas à inclusão social e ao combate às vulnerabilidades nas cidades. O diálogo com Rossbach reforçou o papel da cooperação internacional na preparação para a conferência em Belém.

O simbolismo dessas agendas vai além da diplomacia. Ao levar para Nova York discussões que envolvem desde a mineração de baixo carbono até soluções urbanísticas inovadoras, o Brasil sinaliza que pretende fazer da COP30 não apenas um espaço de negociação de metas climáticas, mas também uma vitrine de práticas e compromissos concretos.

Outro aspecto importante é a escolha de Belém como sede. A realização da conferência no coração da Amazônia oferece a chance de aproximar o debate climático das populações que vivem e dependem diretamente da floresta. Nesse contexto, a presença de empresas como a Norsk Hydro, que operam na região, ganha relevo: trata-se de um teste para avaliar até que ponto o setor privado está disposto a adotar práticas sustentáveis em territórios sensíveis.

As movimentações em Nova York revelam, portanto, uma espécie de ensaio geral para a COP30. As falas, encontros e articulações funcionam como peças de um quebra-cabeça diplomático que o Brasil terá de montar até novembro. O desafio será conciliar interesses distintos – de países desenvolvidos e em desenvolvimento, de empresas e comunidades locais, de governos e organizações da sociedade civil – em torno de um objetivo comum: conter a crise climática e construir um futuro de prosperidade com responsabilidade ambiental.

Ao dar protagonismo às cidades nesse debate, o Ministério das Cidades busca inserir um tema que até pouco tempo ficava à margem das negociações internacionais. O recado é claro: a transição climática começa no espaço urbano, onde estão as pessoas, os serviços e as pressões ambientais mais imediatas.

Com pouco menos de dois meses para a COP30, os diálogos em Nova York reforçam a expectativa de que Belém será palco de uma conferência decisiva. O Brasil, ao articular política externa, agenda urbana e desenvolvimento sustentável, aposta em transformar o encontro em um marco histórico para o clima e para a Amazônia.

5 sinais de que seu gato está acima do peso e como ajudá-lo

Se você ama seu gato, provavelmente já se perguntou se ele está no peso ideal. A obesidade felina é um problema comum que afeta muitos pets em casa, e reconhecer os sinais precocemente pode fazer toda a diferença na saúde dele. Neste artigo, vamos explorar os principais indicadores de que seu felino pode estar carregando quilos extras, além de oferecer dicas práticas e empáticas para ajudar na perda de peso. Lembre-se, cada gato é único, e o objetivo é promover uma vida mais ativa e feliz para o seu companheiro peludo. Palavras como “gato obeso sinais” e “como emagrecer gato” são buscas frequentes, e aqui você encontra respostas baseadas em conhecimentos veterinários confiáveis.

A obesidade em gatos não surge do nada. Ela geralmente resulta de uma combinação de fatores, como alimentação excessiva, falta de exercício e até esterilização, que pode alterar o metabolismo. De acordo com especialistas, mais de 50% dos gatos domésticos enfrentam sobrepeso em algum momento da vida, o que aumenta riscos para doenças como diabetes, artrite e problemas cardíacos. É importante agir com carinho e paciência, sem julgamentos, pois muitos tutores não percebem o problema até que ele se agrave. Vamos começar entendendo melhor esse cenário.

Entendendo a obesidade felina e sua importância

Obesidade felina vai além de um corpo rechonchudo que parece fofo. Ela representa um acúmulo excessivo de gordura que compromete o bem-estar geral do animal. Gatos obesos tendem a viver menos e com menor qualidade de vida, enfrentando dores articulares e fadiga constante. Por que isso acontece? Muitos gatos vivem em ambientes internos, com acesso ilimitado a comida e pouca estimulação para se movimentar. Raças como o persa ou o british shorthair são mais propensas, mas qualquer felino pode ser afetado.

Reconhecer os “gatos obesos sinais” é o primeiro passo. Não se trata apenas de pesar o gato, mas de observar comportamentos e aparência. Um veterinário pode usar escalas como o Body Condition Score (BCS) para avaliar, onde uma pontuação acima de 5 em 9 indica sobrepeso. Se você suspeita, marque uma consulta. Enquanto isso, acompanhe os sinais que listamos a seguir, explicados de forma simples e humanizada.

Os 5 principais sinais de que seu gato pode estar obeso

Observar seu gato com atenção pode revelar indícios sutis de sobrepeso. Aqui vai uma lista veterinária com os cinco sinais mais comuns, baseada em observações de profissionais da área. Cada um é explicado com empatia, considerando que muitos tutores se sentem culpados ao notar esses problemas, mas o importante é agir agora para melhorar a situação.

  1. Dificuldade em se locomover e fadiga rápida. Seu gato se cansa facilmente ao brincar ou andar pela casa? Gatos obesos frequentemente mostram cansaço para correr ou subir escadas, devido ao peso extra que sobrecarrega as articulações. Isso pode levar a uma vida mais sedentária, agravando o ciclo. Observe se ele evita atividades que antes adorava, como perseguir brinquedos. É um sinal claro de que algo não está bem, e uma visita ao vet pode confirmar.
  2. Incapacidade de se limpar adequadamente. Gatos são conhecidos por sua higiene impecável, mas os obesos lutam para alcançar certas áreas do corpo, como a região traseira. Você pode notar pelos sujos ou odores incomuns, o que indica que o peso está interferindo na rotina natural de grooming. Ajude-o com escovações gentis enquanto planeja a perda de peso.
  3. Respiração ofegante ou problemas respiratórios. Percebeu que seu gato respira com dificuldade após um esforço mínimo? O excesso de gordura pressiona os pulmões e o coração, causando falta de ar. Isso é comum em felinos obesos e pode evoluir para condições mais graves se não tratado. Monitore durante brincadeiras e relate ao veterinário.
  4. Aparência física alterada, como barriga arredondada e ausência de cintura. Ao olhar de cima, um gato saudável tem uma cintura visível atrás das costelas. Nos obesos, o corpo parece arredondado, sem definição. A barriga pode pender, e o abdômen fica saliente. Toque suavemente para sentir se há uma camada espessa de gordura cobrindo os ossos.
  5. Dificuldade em sentir as costelas ou ossos proeminentes. Um teste simples é palpação. Em gatos no peso ideal, as costelas são sentidas com leve pressão, sem excesso de gordura. Se você precisa apertar muito para localizá-las, é um indicativo de obesidade. Combine isso com pesagens regulares para rastrear mudanças.

Esses sinais não são definitivos sozinhos, mas juntos pintam um quadro preocupante. Se você identifica dois ou mais, é hora de buscar ajuda profissional. Para mais informações sobre avaliação física, confira este artigo detalhado da Petz.

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Como ajudar seu gato a emagrecer de forma saudável e gradual

Agora que identificamos os “gato obeso sinais”, vamos falar sobre “como emagrecer gato” com segurança. O processo deve ser lento, visando 1-2% de perda de peso por semana para evitar problemas como lipidose hepática. Sempre comece com uma consulta veterinária para descartar condições subjacentes e criar um plano personalizado.

Consulta ao veterinário, o primeiro passo essencial

Um profissional pode calcular o peso ideal do seu gato com base na raça, idade e tamanho. Eles recomendam exames para verificar saúde geral e sugerem dietas específicas. Não inicie mudanças drásticas sem orientação, pois gatos são sensíveis a restrições alimentares repentinas. Sites como o da Royal Canin oferecem guias úteis sobre isso.

Ajustes na alimentação para promover a perda de peso

A dieta é chave. Troque por rações light ou para controle de peso, ricas em proteínas e fibras, que promovem saciedade sem calorias extras. Controle porções rigorosamente, usando medidores em vez de encher a tigela. Divida as refeições em várias ao dia para evitar fome. Evite petiscos humanos e opte por opções saudáveis como pedaços de frango cozido. Para receitas e dicas, visite o blog da Cobasi.

Inclua alimentos úmidos, que têm mais água e ajudam na hidratação, reduzindo a ingestão calórica. Monitore o progresso semanalmente, ajustando conforme necessário. Lembre-se, a transição deve ser gradual para não estressar o gato.

Estimulando exercícios e brincadeiras diárias

Gatos obesos precisam de motivação para se mover. Invista em brinquedos interativos, como varinhas com penas ou lasers, para sessões de 10-15 minutos diárias. Crie ambientes verticais com prateleiras ou árvores para gatos, incentivando saltos. Brincadeiras em grupo com outros pets ou familiares podem tornar isso divertido. Para ideias criativas, confira este guia da Petlove.

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Se o gato for muito sedentário, comece devagar, com caminhadas curtas ou jogos no chão. A consistência é fundamental, e você verá melhoras na energia dele ao longo do tempo.

Monitoramento e prevenção de recaídas

Acompanhe o peso semanalmente com uma balança precisa. Celebre pequenas vitórias, como maior agilidade. Para prevenir, mantenha rotinas fixas de alimentação e atividade. Esterilizados precisam de menos calorias, então ajuste conforme. Comunidades online, como fóruns no Reddit, compartilham experiências reais de tutores que ajudaram seus gatos a emagrecer.

Se precisar de mais suporte, associações como a Hill’s Pet oferecem recursos gratuitos.

Um compromisso com o bem-estar do seu gato

Reconhecer os “gato obeso sinais” e aprender “como emagrecer gato” é um ato de amor. Com paciência, orientação veterinária e mudanças simples, você pode ajudar seu felino a recuperar a vitalidade. Lembre-se, o foco está na saúde a longo prazo, não em resultados rápidos. Seja empático consigo mesmo e com seu pet durante essa jornada. Para mais leituras, explore sites especializados em saúde animal. Seu gato agradece!

Morcego-vampiro 7 sinais de que ele pode estar rondando sua casa à noite

Você já ouviu um barulho estranho no quintal, à noite, e ficou imaginando o que poderia ser? Para muitos moradores de áreas rurais ou regiões com muita vegetação, a presença de morcegos é comum. Mas quando falamos no morcego-vampiro, a preocupação cresce, já que ele é conhecido por se alimentar de sangue, geralmente de animais, e pode representar riscos à saúde quando invade espaços próximos a residências. O medo, somado ao mistério que envolve esses animais, faz com que pequenos sinais passem despercebidos até que o problema se torne evidente.

Morcego-vampiro: como identificar sinais de aproximação

O morcego-vampiro é uma das três espécies de morcegos hematófagos conhecidas no mundo e está presente em várias regiões do Brasil. Diferente de outros morcegos frugívoros ou insetívoros, essa espécie se alimenta do sangue de aves, bovinos, equinos e até de pequenos animais domésticos. O grande perigo está no fato de que ele pode transmitir a raiva, doença grave que ainda preocupa autoridades de saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, casos de raiva em animais de produção ainda ocorrem em áreas onde há alta circulação de morcegos hematófagos. Já a Fiocruz destaca que a proximidade de populações humanas com ambientes silvestres tem aumentado os riscos de contato com espécies como o morcego-vampiro . No cenário internacional, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os morcegos hematófagos são responsáveis por surtos de raiva em países da América Latina, reforçando a necessidade de vigilância constante .

1. Feridas estranhas em animais durante a manhã

Um dos sinais mais claros da presença de morcegos-vampiros são feridas circulares e superficiais em bois, cavalos, cabras ou até cães e gatos. Essas mordidas são pequenas, mas sangram lentamente, o que garante a alimentação do morcego sem despertar o animal.

2. Presença de fezes escuras perto de poleiros

As fezes do morcego-vampiro são escuras e podem ser vistas próximas a árvores, telhados ou estruturas onde ele se refugia. Se você notar acúmulo desse tipo de resíduo em locais altos e pouco iluminados, pode ser um indício da presença desses animais.

3. Barulhos noturnos incomuns

Embora sejam silenciosos durante o voo, morcegos-vampiros podem produzir ruídos agudos quando se comunicam entre si. Esses sons, muitas vezes percebidos apenas em silêncio profundo, podem indicar movimentação em áreas externas da casa.

4. Sangue em locais inesperados

Seja no curral, no quintal ou até em objetos onde animais de estimação dormem, pequenas manchas de sangue podem indicar que houve ataque de morcegos. Esse é um sinal que merece atenção imediata, principalmente se combinado a feridas nos animais.

5. Aglomerados em telhados e sótãos

Os morcegos procuram locais seguros e escuros para se abrigar durante o dia. Telhados, sótãos e até construções abandonadas são ambientes ideais. Se houver manchas escuras nas paredes ou forte odor de amônia (característico da urina de morcego), é provável que exista uma colônia instalada.

6. Alterações no comportamento de animais domésticos

Cães e gatos podem ficar agitados durante a madrugada quando percebem a presença de morcegos. Latidos insistentes ou tentativas de sair para fora em horários incomuns podem indicar que algo está se aproximando do espaço.

7. Rastros em cercas ou troncos de árvores

Marcas de garras em cercas de madeira, galhos ou troncos próximos ao curral podem indicar locais usados como pontos de pouso. Esse detalhe, muitas vezes ignorado, ajuda a identificar rotas utilizadas por morcegos-vampiros para alcançar os animais.

Por que o morcego-vampiro representa risco?

A raiva é o maior perigo. Apesar de rara em humanos atualmente, ela continua sendo uma zoonose letal se não tratada a tempo. A transmissão pode ocorrer pelo contato direto com a saliva do morcego infectado. Por isso, tanto animais quanto pessoas devem ser vacinados em áreas de risco.

O Ministério da Agricultura reforça a importância da vacinação anual de bovinos, equinos e outros animais de criação. Já em áreas urbanas, manter cães e gatos vacinados é a principal medida preventiva.

O que fazer ao identificar sinais?

Se você desconfia da presença de um morcego-vampiro, nunca tente capturá-lo sozinho. A recomendação é acionar a vigilância sanitária local ou órgãos ambientais responsáveis. Eles têm técnicas adequadas para lidar com esses animais sem comprometer o equilíbrio ecológico.

Além disso, proteger o espaço físico é fundamental: vedar frestas, instalar telas em janelas e manter os ambientes bem iluminados são medidas simples que reduzem as chances de aproximação.

O equilíbrio entre medo e convivência

Apesar da fama assustadora, o morcego-vampiro não deve ser visto apenas como vilão. Ele é parte de um ecossistema complexo e cumpre seu papel natural. O problema surge quando há desequilíbrio ambiental e aproximação excessiva com áreas humanas. A prevenção e a informação são as melhores armas para evitar riscos sem destruir espécies que também fazem parte da biodiversidade brasileira.

No fim das contas, conhecer os sinais da presença do morcego-vampiro ajuda a proteger sua família, seus animais e ainda contribui para que o convívio com a natureza seja mais seguro e responsável. Informação é o que transforma o medo em ação consciente.

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Como multiplicar suculentas facilmente em casa

Imagine encher sua casa de suculentas vibrantes sem gastar um centavo extra. Essas plantinhas resistentes e charmosas são perfeitas para quem ama jardinagem, mas tem pouco tempo ou espaço. Neste guia prático, você vai descobrir maneiras simples de multiplicar suculentas usando folhas e galhos diretamente do conforto do seu lar. Com dicas acessíveis e motivadoras, qualquer pessoa pode transformar uma única suculenta em uma coleção inteira. Vamos mergulhar nesse processo fascinante e ver como propagação suculentas em casa pode se tornar seu novo hobby favorito.

As suculentas conquistam corações por sua beleza minimalista e baixa manutenção. Elas armazenam água nas folhas e caules, o que as torna ideais para ambientes internos. Multiplicar suculentas não apenas economiza dinheiro, mas também traz uma sensação de realização. Pense na alegria de ver novas raízes brotando de uma folha que você colheu. Se você está começando agora ou já tem experiência, este artigo vai guiá-lo passo a passo. Incluímos métodos testados para propagação por folhas e galhos, além de cuidados essenciais para garantir o sucesso.

 

Por que multiplicar suculentas em casa

Multiplicar suculentas em casa oferece inúmeros benefícios. Primeiro, é uma forma econômica de expandir sua coleção. Em vez de comprar novas plantas, você usa o que já tem. Além disso, o processo é terapêutico e relaxante, ajudando a reduzir o estresse do dia a dia. Suculentas purificam o ar e adicionam um toque verde a qualquer espaço, melhorando o bem-estar geral.

zUZWXYr4-Aprenda-o-truque-da-colher-para-multiplicar-suas-suculentas-sem-gastar-nada-2-1024x683-1 Como multiplicar suculentas facilmente em casaOutro ponto positivo é a sustentabilidade. Ao propagar suas próprias plantas, você diminui a dependência de viveiros comerciais, que muitas vezes envolvem transporte e embalagens desnecessárias. Imagine presentear amigos com suculentas que você mesmo cultivou. Essa prática fortalece laços e espalha o amor pela natureza. Para mais inspirações sobre jardinagem sustentável, confira este guia de propagação de suculentas no site Better Homes & Gardens.

Se você se pergunta sobre a viabilidade, saiba que a maioria das suculentas se adapta bem à propagação. Espécies como echeveria, sedum e crassula são especialmente fáceis de multiplicar. Com paciência e os cuidados certos, você verá resultados em poucas semanas. Vamos explorar os materiais necessários para começar essa jornada.

Materiais essenciais para a propagação

Antes de iniciar, reúna itens simples que provavelmente já tem em casa. Você vai precisar de suculentas saudáveis para colher folhas ou galhos. Escolha plantas maduras e vigorosas para melhores chances de sucesso.

Outros materiais incluem tesoura afiada ou faca limpa para cortes precisos, substrato para cactos ou suculentas (ou uma mistura de terra com areia), vasos pequenos com drenagem, e um local com luz indireta. Hormônio enraizador é opcional, mas pode acelerar o processo. Para quem quer aprofundar no tema de substratos, este artigo sobre solo para suculentas no The Spruce oferece receitas caseiras.

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Não esqueça de uma bandeja ou prato para colocar as folhas durante o enraizamento. Água em spray ajuda a manter a umidade sem encharcar. Com esses itens, você está pronto para multiplicar suculentas de forma eficiente.

Propagação por folhas, um método simples e eficaz

A propagação por folhas é uma das maneiras mais populares de multiplicar suculentas em casa. Esse método funciona bem para variedades como echeveria e graptoveria, onde as folhas se soltam facilmente.

Comece selecionando folhas saudáveis da base da planta. Torça-as gentilmente para removê-las inteiras, sem rasgar. Deixe as folhas secarem por dois a três dias em um local sombreado. Esse passo forma uma calosidade que previne infecções.

Após o secamento, coloque as folhas sobre o substrato úmido em um vaso ou bandeja. Não enterre; apenas apoie-as. Mantenha o solo levemente úmido com borrifadas de água. Em poucas semanas, raízes e brotos aparecerão. Quando os brotos crescerem, transplante para vasos individuais.

Esse processo demanda paciência, mas os resultados valem a pena. Muitos jardineiros relatam sucesso em 80% das tentativas. Para visualizar melhor, imagine folhas espalhadas em uma superfície, desenvolvendo raízes delicadas. Se precisar de mais detalhes, este recurso sobre propagação por folhas no Gardening Know How é excelente.

 

Passos detalhados para propagação por folhas

Para tornar tudo mais claro, aqui vai uma sequência passo a passo. Primeiro, prepare seu espaço de trabalho limpo e bem iluminado. Escolha folhas plump e sem danos.

Remova as folhas com um movimento suave. Coloque-as em papel absorvente para secar. Monitore diariamente para evitar mofo.

Prepare o substrato misturando terra com perlita para melhor drenagem. Posicione as folhas com o lado cortado para baixo.

Borrife água a cada poucos dias. Quando raízes surgirem, adicione mais substrato ao redor. Em um mês, novas plantinhas estarão prontas para crescer independentes.

Evite sol direto no início para não queimar as folhas delicadas. Com prática, você aprimorará essa técnica e multiplicará suculentas com facilidade.

Propagação por galhos, ideal para suculentas maiores

Para suculentas com caules longos, como jade ou sedum, a propagação por galhos é perfeita. Esse método é rápido e produz plantas maiores desde o início.

Corte um galho saudável de cerca de 10 centímetros com tesoura esterilizada. Deixe secar por um dia para formar calo. Insira o galho no substrato úmido, enterrando cerca de um terço.

Mantenha em local com luz indireta e regue moderadamente. Raízes se formarão em duas a quatro semanas. Transplante quando a planta estiver estável.

Essa abordagem é ótima para renovar plantas leguminosas. Muitos usam hormônio enraizador para acelerar, mas não é essencial. Para dicas avançadas, visite este guia de propagação por estacas no House Plants Expert.

Passos detalhados para propagação por galhos

Inicie limpando suas ferramentas com álcool para evitar contaminações. Selecione galhos vigorosos sem flores.

Faça o corte logo abaixo de um nó. Deixe secar em ambiente seco.

Plante em vaso com drenagem. Apoie o galho se necessário com palitos.

Regue quando o solo secar na superfície. Observe o crescimento e ajuste a luz conforme necessário.

Com o tempo, sua nova suculenta florescerá, pronta para multiplicar ainda mais.

Cuidados pós-propagação para suculentas saudáveis

Após a propagação, os cuidados corretos garantem o desenvolvimento. Forneça luz indireta abundante, cerca de seis horas diárias. Evite sol forte que pode queimar folhas tenras.

Regue apenas quando o solo estiver seco. Suculentas preferem seca a excesso de água, que causa podridão. Use vasos com furos para drenagem.

Fertilize mensalmente durante a estação de crescimento com adubo diluído para cactos. Monitore pragas como cochonilhas e trate com sabão inseticida natural.

Para mais sobre cuidados, este artigo sobre rega de suculentas no Succulents and Sunshine é inestimável.

Problemas comuns e como resolvê-los

Durante a propagação suculentas em casa, desafios podem surgir. Folhas que não enraízam geralmente precisam de mais tempo ou umidade ajustada.

Podridão indica excesso de água; reduza as regas imediatamente. Folhas amareladas sugerem falta de luz; mova para local mais iluminado.

Pragas? Limpe com algodão embebido em álcool. Com atenção, a maioria dos problemas se resolve facilmente.

Para soluções detalhadas, confira este guia de problemas comuns em suculentas no Epic Gardening.

Dicas avançadas para multiplicar suculentas com sucesso

Para elevar seu jogo, experimente propagação em água para galhos. Coloque o corte em jarra com água filtrada e troque semanalmente.

Use luzes LED de cultivo em ambientes escuros. Grupos de suculentas em terrários criam microclimas favoráveis.

Registre seu progresso em um diário para aprender com experiências. Compartilhe fotos em comunidades online para dicas extras.

Explore variedades raras como haworthia para diversificar. Com dedicação, sua coleção crescerá exponencialmente.

Conclusão, comece sua jornada hoje

Multiplicar suculentas em casa é uma aventura recompensadora. Com métodos de propagação por folhas e galhos, você transforma poucas plantas em muitas. Lembre-se de ser paciente e observador; a natureza recompensa a persistência.

Comece pequeno, com uma suculenta favorita, e expanda. Compartilhe seu sucesso com amigos e inspire outros. Para mais recursos, visite a página sobre suculentas na Wikipedia.

Agora que você sabe como multiplicar suculentas, mãos à obra! Sua casa verde e vibrante espera por você.

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5 comportamentos da jaguatirica que revelam por que ela é tão temida na mata fechada

Você já se perguntou por que a jaguatirica provoca tanto respeito entre moradores das regiões de mata fechada? Esse felino, apesar de não ser o maior predador do continente, esconde comportamentos que explicam sua fama de astuto e implacável. Com hábitos noturnos e uma inteligência aguçada, ele é considerado um dos animais mais adaptáveis da fauna brasileira.

Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a jaguatirica está presente em praticamente todos os biomas do Brasil, do Cerrado à Amazônia, sempre se adaptando às condições do território. Já a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) destaca sua importância como predador de médio porte, regulando populações de presas e mantendo o equilíbrio dos ecossistemas.

Jaguatirica: a mestra da adaptação silenciosa

A jaguatirica (Leopardus pardalis) mede cerca de 1 metro de comprimento, com cauda longa e corpo ágil. Apesar do porte médio, suas técnicas de caça e comportamentos estratégicos a colocam no topo da cadeia alimentar em muitos ambientes.

Diferente de grandes felinos como a onça-pintada, ela não precisa da força bruta para impor respeito. Sua arma está no silêncio, na paciência e na precisão. Esse conjunto de habilidades faz dela uma figura quase mítica na mata fechada.

1. O comportamento noturno que a torna invisível

Grande parte da atividade da jaguatirica acontece à noite. Seus olhos adaptados à baixa luminosidade e audição apurada fazem dela uma predadora invisível. Agricultores e ribeirinhos relatam que raramente a veem, mas sabem que está por perto pelos rastros e pelos sons sutis da mata.

Estudos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) mostram que sua preferência por horários noturnos reduz o risco de competição com outros predadores, como onças e pumas, e aumenta a eficácia na caça de roedores e aves.

2. A estratégia de caça paciente e letal

Enquanto outros felinos perseguem suas presas em longas corridas, a jaguatirica prefere a emboscada. Ela fica imóvel por minutos, até mesmo horas, esperando o momento certo para atacar. Quando decide agir, um único salto certeiro garante sua refeição.

Esse estilo de caça lembra técnicas de grandes felinos africanos, mas em escala reduzida. O comportamento faz dela uma caçadora temida, pois suas presas raramente percebem sua aproximação até o instante final.

3. O domínio do território

Outro comportamento marcante da jaguatirica é a defesa do território. Ela marca áreas extensas com urina e arranhões em troncos, delimitando sua zona de caça. Em algumas regiões, cada indivíduo pode controlar áreas de até 30 km².

Essa característica explica por que encontros entre duas jaguatiricas são raros e muitas vezes agressivos. Para moradores da zona rural, sinais de marcação indicam que não se deve soltar galinhas ou pequenos animais domésticos à noite, pois a presença do felino é quase certa.

4. A habilidade de nadar e subir em árvores

Muitos imaginam que a jaguatirica é apenas uma felina terrestre, mas sua versatilidade surpreende. Ela é capaz de nadar para atravessar rios e se refugiar em árvores para descansar ou caçar aves. Essa combinação de habilidades amplia sua capacidade de sobrevivência em diferentes ambientes, da Amazônia úmida ao Pantanal alagado.

Relatos de pesquisadores do Museu Paraense Emílio Goeldi confirmam que o felino já foi visto utilizando árvores como plataformas de observação, reforçando sua inteligência estratégica.

5. O instinto solitário e independente

A jaguatirica raramente é vista em grupo. Seu comportamento solitário está ligado à necessidade de manter territórios amplos e garantir alimento suficiente. Essa independência faz parte de sua natureza e reforça o aspecto de animal enigmático.

A exceção ocorre no período de reprodução, quando machos e fêmeas se aproximam por breves encontros. As mães, no entanto, cuidam sozinhas dos filhotes até que estejam prontos para caçar.

O impacto da jaguatirica na vida humana

Apesar de ser temida, a jaguatirica tem um papel fundamental na regulação da natureza. Ao controlar populações de roedores, ajuda a evitar desequilíbrios que poderiam afetar plantações e até a propagação de doenças.

Infelizmente, ainda é vítima de caça ilegal e tráfico de animais, especialmente por causa de sua pele manchada, muito valorizada. No Brasil, a Lei de Crimes Ambientais protege a espécie, mas casos de apreensões continuam a ocorrer.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em 2023 mais de 120 felinos de médio porte foram resgatados de situações de cativeiro ilegal. No cenário internacional, a CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres) mantém a jaguatirica listada entre as espécies que exigem monitoramento.

O mito e a realidade

Na cultura popular, a jaguatirica é muitas vezes vista como símbolo de astúcia e mistério. Moradores de áreas rurais relatam histórias de ataques a galinheiros ou aparições súbitas na beira de trilhas. Porém, especialistas reforçam que o felino evita o contato humano e só ataca animais domésticos quando seus territórios estão ameaçados pela expansão das cidades e desmatamento.

Esse descompasso entre mito e realidade alimenta o temor, mas também o respeito.

Jaguatirica: guardiã silenciosa da mata

Ao entender seus comportamentos, fica claro por que a jaguatirica é tão temida. Ela une paciência, precisão e versatilidade em um pacote que a torna praticamente invisível aos olhos humanos, mas essencial para o equilíbrio da floresta.

Seu olhar atento no breu da noite e sua habilidade de dominar territórios a tornam um ícone da vida selvagem brasileira. Mais do que temida, a jaguatirica deveria ser reconhecida como guardiã silenciosa da mata fechada — um símbolo de resistência e equilíbrio em tempos de ameaças ambientais.

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Brasil exibe força climática para liderar COP30 com credenciais únicas

A dois meses da COP30, o Brasil reforça sua posição no debate climático mundial. Mauricio Carvalho Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e chefe da delegação negociadora do país, afirma que o Brasil conta com credenciais singulares para liderar tanto as atividades diplomáticas quanto práticas voltadas ao clima. Segundo ele, essas credenciais vão além dos discursos: estão embasadas em políticas públicas e em características físicas e históricas do país.

Um dos pilares desta credibilidade, destaca Lyrio, é a matriz energética renovável que o Brasil construiu antes mesmo da urgência climática se tornar parte central das negociações internacionais. Mais de 90% da eletricidade brasileira provêm de fontes limpas , especialmente hidrelétricas, biomassa e o etanol.  O uso massivo do etanol, a cultura da cana-de-açúcar e a existência de veículos flex, capazes de rodar com diferentes combustíveis renováveis, são mencionados como diferenciais que não se repetem em muitos países.

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Foto: Rafa Neddermeyer / BRICS Brasil

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Outra vantagem estratégica do Brasil é seu patrimônio ambiental: mais da metade do território nacional ainda está coberto por florestas nativas. A Floresta Amazônica, claro, é emblemática, mas Lyrio ressalta que outras florestas também compõem esse mosaico ecológico que torna o país um ator fundamental nos debates sobre biodiversidade, serviços ecossistêmicos e mitigação de carbono por meio da proteção florestal.

Além das condições naturais e da matriz energética, o embaixador aponta para os desafios ainda existentes: finanças climáticas, implementação de políticas já acordadas, permanentemente traduzir compromissos internacionais em ações concretas. Nesse sentido, o Brasil propôs iniciativas internacionais, como o lançamento, durante a COP30, do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês), destinado a remunerar países que consigam manter intactas suas florestas. Ele sublinha que esse tipo de instrumento financeiro já foi objeto de articulação no G20 e no BRICS, blocos nos quais o país tem buscado inserir explicitamente a agenda climática entre seus compromissos.

Mauricio Lyrio também enfatiza que, mais importante do que promessas bem formuladas, é a implementação. Para ele, a COP30 deve marcar o momento em que decisões antigas, de acordos internacionais como o Acordo de Paris, avancem de fato para políticas públicas com resultados visíveis. Ele avisa: reuniões com declarações bonitas não bastam. É preciso que haja mudanças de hábitos, coerência entre os governos e continuidade nos compromissos. O combate às mudanças climáticas, argumenta, deve se incorporar ao cotidiano das pessoas e das instituições, e não se limitar a conferências.

A entrevista revela também como o Brasil pretende usar seu protagonismo como anfitrião da COP30 para consolidar seu papel diplomático, pressionar para financiamento climático mais generoso, bem como assegurar que as decisões negociadas (“negociações mandatadas”) obtenham ferramentas de fiscalização, governança e execução. A COP30, portanto, aparece como palco de transição, da palavra para o feito, para que os ambiciosos compromissos climáticos deixem de ser promessas e se tornem realidade prática.

7 sinais de que seu bonsai está em sofrimento e precisa de cuidados imediatos

Quem cultiva um bonsai sabe que ele não é apenas uma planta em miniatura: é um organismo vivo que reflete o cuidado, a paciência e até o estado de espírito de quem o mantém. Mas a verdade é que muitos bonsais sofrem em silêncio, mostrando sinais sutis de que algo não vai bem. O problema é que, quando o dono percebe, pode ser tarde demais. Entender esses sinais pode salvar anos de dedicação.

Bonsai em sofrimento: como identificar os primeiros sinais

O bonsai é uma planta extremamente sensível, e pequenos descuidos no cultivo podem gerar grandes problemas. Excesso de água, falta de poda, raízes comprimidas ou até a exposição inadequada ao sol podem levar o bonsai a definhar lentamente. Reconhecer esses sinais logo no início é a chave para reverter a situação.

Folhas amareladas e queda inesperada

Um dos sinais mais comuns de que o bonsai está em sofrimento é o amarelamento e a queda prematura das folhas. Em espécies como a Ficus e a Serissa, isso geralmente indica excesso de água, que sufoca as raízes. Já em Pinus ou Acer, pode ser falta de luz ou nutrientes. A Embrapa alerta que o excesso de rega é responsável por mais de 40% das perdas em espécies ornamentais no Brasil, e com o bonsai não é diferente.

Solo seco demais ou encharcado

Outro ponto crítico está no solo. Se ele fica seco com rapidez extrema, significa que a planta está em um vaso pequeno demais para a quantidade de raízes. Por outro lado, se o substrato está constantemente encharcado, as raízes podem começar a apodrecer. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Floricultura, o apodrecimento radicular é uma das principais causas de mortalidade em plantas cultivadas em vasos.

Galhos quebradiços e sem vigor

Ao tocar o bonsai, você percebe os galhos mais frágeis e quebradiços do que o normal? Isso é sinal claro de desidratação ou má circulação de seiva. Esse sintoma costuma surgir depois de um período prolongado de descuido, e precisa de intervenção rápida, como poda seletiva e ajuste da irrigação.

Crescimento estagnado e ausência de brotos

Se o bonsai parou de crescer ou deixou de produzir novos brotos na primavera, é sinal de que algo não está bem. Pode ser deficiência de nutrientes ou compactação do solo, que impede a oxigenação das raízes. De acordo com a American Bonsai Society, essa estagnação é um dos sintomas mais preocupantes, já que pode indicar que a planta está em estado de alerta máximo.

Presença de pragas invisíveis a olho nu

Muitos bonsais sofrem com cochonilhas, ácaros e pulgões. O problema é que, devido ao tamanho reduzido da planta, os danos se espalham muito mais rápido. Um bonsai atacado perde folhas, tem a seiva sugada e pode morrer em semanas se não houver intervenção. O uso de óleo de neem, apontado em pesquisas da Esalq/USP como eficaz contra pragas em ornamentais, pode ser uma boa solução.

Raízes expostas ou deformadas

A beleza do bonsai está muitas vezes em suas raízes aparentes. Mas há um limite entre estética e sofrimento. Raízes excessivamente expostas, sem substrato suficiente para protegê-las, ou deformadas pela falta de espaço no vaso, indicam que a planta precisa ser transplantada urgentemente.

Aparência geral sem brilho

Por fim, um sinal que muitos ignoram: o aspecto visual do bonsai. Uma planta opaca, sem brilho nas folhas, sem vitalidade e sem equilíbrio nos galhos, está pedindo socorro. A falta de energia vital se reflete no conjunto, e isso é algo que o cultivador atento consegue perceber rapidamente.

Como reverter o sofrimento do bonsai

Saber reconhecer os sinais é só o primeiro passo. O segundo é agir com rapidez. Ajustar a frequência da rega, usar substratos adequados (com boa drenagem e aeração), aplicar adubação equilibrada e transplantar quando necessário são práticas que fazem toda a diferença. Além disso, manter o bonsai em um ambiente com luminosidade correta, sem excesso de vento ou ar-condicionado, garante estabilidade.

Bonsai saudável exige disciplina e paciência

Cultivar bonsai não é só sobre estética: é sobre criar um vínculo com a planta e perceber quando ela pede ajuda. A cada poda, a cada rega e a cada ajuste de vaso, o cultivador aprende a se conectar com o ritmo da natureza. E é justamente essa conexão que faz do bonsai uma arte viva, onde cada detalhe importa.

Um bonsai que sobreviveu a um período de sofrimento pode voltar ainda mais forte, mostrando a resiliência que tanto inspira quem o cultiva. Afinal, cuidar de um bonsai é também cuidar da própria paciência, da atenção plena e da capacidade de se reinventar junto à planta.

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Por que alguns cães uivam quando ouvem sirenes?

Se você já ouviu uma sirene de ambulância ou bombeiros e, logo em seguida, o uivo de um cachorro, provavelmente se perguntou: por que isso acontece? O comportamento de uivar diante de sons altos, como sirenes, é comum em muitos cães e desperta curiosidade. Será que eles acham que é outro cão uivando? Ou será que o som os incomoda? Neste artigo, vamos explorar as razões científicas e instintivas por trás do comportamento de uivar, com foco na relação entre cachorro uiva sirene e os instintos naturais dos cães. Vamos mergulhar nesse mistério canino e descobrir o que está por trás desse hábito tão intrigante.

O instinto de uivar, uma herança dos lobos

Para entender por que cães uivam, é preciso voltar no tempo e olhar para seus ancestrais: os lobos. Os cães domésticos (Canis lupus familiaris) compartilham um ancestral comum com os lobos (Canis lupus), e muitos comportamentos instintivos, incluindo o uivo, têm raízes nesse parentesco. Na natureza, lobos uivam por várias razões: para comunicar com o grupo, marcar território, atrair parceiros ou coordenar caçadas. O uivo é uma forma poderosa de comunicação que pode ser ouvida a quilômetros de distância, especialmente em ambientes abertos.

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Nos cães domésticos, esse instinto permanece, mesmo que a domesticação tenha mudado muitos de seus comportamentos. Quando um cachorro uiva, ele pode estar respondendo a um estímulo sonoro que lembra o uivo de um lobo, como uma sirene. O som agudo e prolongado de uma sirene tem uma frequência semelhante à de um uivo, o que pode acionar o instinto de responder vocalmente. Algumas raças, como Huskies Siberianos, Beagles e Malamutes do Alasca, são mais propensas a uivar devido à sua proximidade genética com lobos ou à seleção para tarefas que envolviam vocalização, como caça ou puxar trenós.

Um cachorro uiva ao ouvir uma sirene, instinto herdado de seus ancestrais lobos.

Para entender mais sobre a evolução dos cães a partir dos lobos, confira este artigo da National Geographic Brasil.

Por que as sirenes desencadeiam o uivo?

As sirenes, sejam de ambulâncias, bombeiros ou polícia, têm características acústicas que podem confundir ou estimular os cães. Estudos apontam que sons agudos e contínuos, geralmente entre 500 Hz e 2000 Hz, são particularmente eficazes em desencadear uivos. Esses sons se assemelham aos tons naturais dos uivos de lobos e cães, que variam na mesma faixa de frequência. Quando um cachorro ouve uma sirene, ele pode interpretá-la como uma forma de comunicação, como se outro animal estivesse “chamando”.

Existem algumas teorias principais sobre por que cães uivam ao ouvir sirenes:

  • Resposta instintiva: O som da sirene ativa o instinto de comunicação herdado dos lobos, levando o cão a “responder” com um uivo, como faria em um grupo na natureza.
  • Estímulo social: Alguns cães uivam para chamar a atenção de seus donos ou de outros cães, usando o som como uma forma de interação social.
  • Desconforto auditivo: Embora menos comum, sons altos podem causar desconforto em cães com ouvidos sensíveis, levando a vocalizações como forma de expressar irritação ou ansiedade.
  • Curiosidade ou excitação: Para alguns cães, a sirene é simplesmente um som interessante que desperta curiosidade, levando-os a uivar como uma reação de entusiasmo.

Curiosamente, nem todos os cães uivam para sirenes. Fatores como raça, personalidade, treinamento e ambiente influenciam esse comportamento. Cães que vivem em áreas urbanas, onde sirenes são frequentes, podem se acostumar ao som e parar de reagir com o tempo, um processo chamado de habituação. Para mais detalhes sobre a audição canina, recomendamos este artigo da Petlove.

Outros sons que podem fazer cães uivarem

Além das sirenes, outros sons podem desencadear o uivo em cães. Música, especialmente instrumentos de sopro como saxofone ou flauta, muitas vezes provoca uivos devido às suas frequências agudas e prolongadas. Alguns cães também uivam ao ouvir outros cães uivando, cantos humanos ou até sons de eletrodomésticos, como aspiradores de pó. Cada cão é único, e o que estimula o uivo pode variar de acordo com suas experiências e sensibilidade auditiva.

 

Untitled-design-10-1 Por que alguns cães uivam quando ouvem sirenes?

Um estudo publicado na revista Animal Behaviour mostrou que cães são mais propensos a uivar em resposta a sons que imitam vocalizações sociais, reforçando a ideia de que o uivo é uma forma de conexão. Para explorar mais sobre comportamentos caninos, confira este artigo da BBC Brasil.

Fatores que influenciam o comportamento de uivar

Embora o instinto seja a base do uivo, outros fatores podem determinar por que alguns cães uivam mais do que outros:

  • Raça: Raças como Huskies, Malamutes e Basset Hounds têm maior tendência a uivar devido à sua história genética e uso em atividades que exigiam vocalização.
  • Ambiente: Cães em áreas rurais, onde há menos estímulos sonoros, podem uivar mais em resposta a sons incomuns, enquanto cães urbanos podem se habituar a sirenes.
  • Treinamento: Cães treinados para responder a comandos podem ser menos propensos a uivar, especialmente se os donos desencorajam o comportamento.
  • Personalidade: Cães mais expressivos ou ansiosos podem uivar com mais frequência como forma de liberar energia ou comunicar emoções.

Se o uivo do seu cão é frequente e parece ligado a ansiedade ou estresse, vale a pena consultar um veterinário ou adestrador. Para dicas sobre comportamento canino, o site CachorroGato oferece ótimos recursos.

Como lidar com o uivo do seu cão

Se o seu cachorro uiva toda vez que uma sirene passa, não se preocupe — na maioria dos casos, é um comportamento natural e inofensivo. No entanto, se o uivo for excessivo ou incomodar vizinhos, aqui estão algumas dicas para gerenciá-lo:

  • Dessensibilização: Exponha o cão gradualmente a sons de sirenes em volume baixo (usando gravações) enquanto oferece recompensas, como petiscos, para associar o som a algo positivo.
  • Distração: Quando uma sirene soar, distraia o cão com brinquedos ou comandos simples, como “senta” ou “deita”.
  • Ambiente tranquilo: Se o cão uiva por ansiedade, crie um espaço calmo com brinquedos ou cobertores familiares para reduzir o estresse.
  • Consulta profissional: Se o uivo for acompanhado de outros sinais de desconforto, como tremores ou comportamento destrutivo, procure um veterinário ou especialista em comportamento animal.

É importante lembrar que uivar é uma forma de expressão natural para os cães. Punir ou repreender pode aumentar a ansiedade do animal, então paciência e reforço positivo são as melhores abordagens. Para mais dicas de adestramento, visite Tudo de Saúde.

Curiosidades sobre o uivo dos cães

O uivo dos cães é cheio de curiosidades que tornam esse comportamento ainda mais fascinante:

  • Alguns cães uivam em harmonia com sons musicais, criando verdadeiros “duetos” com instrumentos ou vozes humanas.
  • Em comunidades rurais, cães uivando juntos podem criar um efeito de “coro”, semelhante ao que lobos fazem na natureza.
  • O uivo pode variar em tom e duração dependendo da raça, da emoção do cão e do estímulo que o desencadeou.
  • Cães idosos ou com problemas auditivos podem uivar menos, já que a sensibilidade ao som diminui com a idade.

Essas curiosidades mostram como o uivo é uma parte rica e complexa do comportamento canino, conectando nossos amigos de quatro patas aos seus instintos selvagens.

Por que entender o uivo é importante?

Compreender por que cães uivam, especialmente em resposta a sirenes, ajuda os donos a se conectarem melhor com seus pets. O uivo é mais do que um som curioso — é uma janela para o passado evolutivo dos cães e uma forma de expressão que reflete suas emoções e instintos. Ao reconhecer as razões por trás desse comportamento, você pode responder de forma mais empática e até fortalecer o vínculo com seu cão.

Seja por instinto, curiosidade ou simplesmente para “conversar” com uma sirene, o uivo é uma lembrança de que nossos cães carregam um pouco da alma selvagem dos lobos. Da próxima vez que seu cachorro uivar ao ouvir uma sirene, observe com carinho — ele está apenas sendo fiel à sua natureza. Para mais informações sobre comportamento animal, confira o VivaBem do UOL.

 

COP30 recebe recorde de propostas para painéis nos Pavilhões Brasil

A organização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) já recebeu 1.270 propostas de painéis para integrar os “Pavilhões Brasil” da conferência, em novembro. O número marca um recorde, bastante acima do observado nas edições anteriores: em Dubai (COP28) foram 700 propostas; em Baku (COP29), apenas 500.

O volume sugere forte desejo de participação nacional e internacional nos debates climáticos. O processo de seleção dos painéis deverá ser concluído em breve: o resultado será divulgado na quinta-feira, dia 25 de setembro, no site do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.

Os painéis técnicos são um dos principais canais de envolvimento da sociedade civil, governos regionais e setor privado na COP30. O Brasil preparará dois pavilhões oficiais: um situado na Zona Azul e outro na Zona Verde, para abrigar esses espaços de debate, em paralelo aos pavilhões de outros países e organizações.

Cada sessão nos Pavilhões Brasil terá duração de até 50 minutos, com realização prevista entre 10h e 18h nos dias de evento. Diz o guia orientativo que as propostas devem vir de governos subnacionais, setor privado ou sociedade civil. Instituições federais participarão por outro processo.

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Agência Pará

SAIBA MAIS: Lula chama COP30 de “a COP da verdade” em discurso na ONU

Temáticas esperadas para os painéis incluem os 30 objetivos estratégicos da Agenda de Ação, as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), o Plano Clima e outras políticas ligadas à mitigação, adaptação, justiça climática e governança multissetorial.

A expectativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima é que os Pavilhões Brasil se transformem em espaços de convergência entre atores diversos pesquisadores, ativistas, produtores e gestores públicos, fomentando trocas de experiências, políticas inovadoras e visibilização de iniciativas locais e possíveis caminhos para enfrentar a emergência climática com impacto concreto para comunidades afetadas.

Além do simbolismo, há um componente prático: os Pavilhões funcionam como vitrine para ideias, projetos pilotos, parcerias e compromissos. Quem participa pode alcançar visibilidade, mobilizar apoios e, potencialmente, influenciar decisões que sairão da COP30. Em contexto onde emergem críticas sobre desigualdades de acesso  de infraestrutura, logística ou representação, a alta adesão às propostas é também um sinal de demanda por participação democrática nos fóruns climáticos.

Assim, o recorde de propostas não apenas indica engajamento, mas também impõe ao comitê organizador o desafio de selecionar e organizar uma programação diversa, de alta qualidade e que represente diferentes regiões, perspectivas e urgências climáticas do Brasil. A publicação do resultado dias antes do evento cria a tensão da expectativa, mas também oferece transparência a um processo decisório com impacto nacional e internacional.

Ikon Fellowship abre inscrições para jovens cineastas com foco em transformação social

O cinema será a ferramenta de jovens ugandenses para dar voz a temas sociais urgentes em 2025. Estão abertas as inscrições para o Ikon Young Filmmakers Fellowship Program, iniciativa totalmente financiada que busca novos talentos interessados em contar histórias capazes de provocar reflexão e mudança.

O programa, previsto para iniciar no próximo ano, tem como foco narrativas sobre igualdade, escolhas de vida saudáveis, inclusão de serviços de Saúde Sexual e Reprodutiva e de Direitos (SRHR) e acessibilidade para pessoas com deficiência. A proposta é formar uma geração de cineastas comprometida com a relevância social de seus trabalhos.

Formação intensiva e mentoria internacional

Os selecionados participarão de um ciclo de capacitação que combina oficinas técnicas, laboratórios de criatividade e orientação personalizada. As atividades serão conduzidas por profissionais experientes do audiovisual, tanto de Uganda quanto de outros países. A intenção é que os participantes adquiram não apenas domínio técnico em áreas como direção, edição e produção, mas também confiança para desenvolver projetos autorais com impacto.

Outro destaque do programa é a mentoria contínua. Cada jovem terá acompanhamento de cineastas reconhecidos, que oferecerão feedback sobre roteiros, filmagens e processos criativos. O modelo de formação se inspira em experiências práticas, permitindo que os bolsistas participem de produções reais e construam portfólios capazes de abrir portas no setor.

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Nabimanya com os jovens cineastas

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Cinema como voz para causas sociais

Mais do que aprimorar habilidades, a fellowship pretende estimular uma postura crítica diante das realidades locais. O objetivo é que os filmes resultantes não sejam apenas exercícios técnicos, mas produções que abordem desigualdades, tabus e desafios pouco representados nas narrativas dominantes.

Nesse sentido, o programa se alinha a uma tendência global que vê o audiovisual como catalisador de mudança social. Em Uganda, onde questões ligadas a saúde pública, exclusão social e estigmas ainda desafiam comunidades inteiras, oferecer esse espaço de criação é também uma forma de empoderamento cultural.

Oportunidade aberta a jovens de diferentes perfis

Não é necessário ter experiência prévia no cinema para participar. O requisito principal é demonstrar criatividade, engajamento e disposição para aprender. O processo seletivo busca diversidade de vozes, incentivando candidaturas de jovens de diferentes regiões e contextos.

Ao final, espera-se que cada participante produza trabalhos que dialoguem diretamente com seu entorno, aproximando o público de histórias que, muitas vezes, não encontram espaço nas telas comerciais.

Cultura, visibilidade e impacto

A iniciativa também promete contribuir para a consolidação da indústria audiovisual em Uganda, fortalecendo redes de colaboração entre novos talentos e profissionais estabelecidos. Ao estimular narrativas inovadoras, o programa abre caminhos para que histórias locais alcancem circuitos internacionais de festivais e debates.

Com inscrições já abertas, o Ikon Young Filmmakers Fellowship Program 2025 representa uma oportunidade rara para quem deseja transformar ideias em filmes e filmes em instrumentos de mudança. Como resume a proposta, trata-se de unir arte, técnica e propósito em um mesmo projeto: fazer do cinema uma lente que amplia vozes e visibiliza realidades.

Como cultivar alface hidropônica em casa com baixo custo

Cultivar alface hidropônica caseira é mais fácil do que parece! Com um sistema simples, materiais acessíveis e um pouco de dedicação, você pode ter alfaces frescas e saudáveis direto na sua cozinha ou quintal. A hidroponia, método de cultivo sem solo que usa água e nutrientes, é perfeita para quem busca sustentabilidade e economia. Neste guia prático, vamos ensinar passo a passo como plantar alface hidroponia em casa, gastando pouco e aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. Vamos começar?

O que é hidroponia e por que cultivar alface?

A hidroponia é uma técnica de cultivo onde as plantas crescem em uma solução nutritiva, sem a necessidade de solo. As raízes ficam submersas ou recebem água enriquecida com nutrientes, o que acelera o crescimento e reduz o uso de espaço. A alface é ideal para iniciantes porque cresce rápido, exige poucos cuidados e se adapta bem a sistemas hidropônicos simples, como o de fluxo de nutrientes (NFT) ou o de flutuação.

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Cultivar alface hidropônica caseira traz muitos benefícios: você economiza dinheiro, reduz o impacto ambiental ao evitar embalagens plásticas e colhe folhas frescas, livres de agrotóxicos. Além disso, é uma atividade relaxante e recompensadora, perfeita para quem quer se conectar com a natureza, mesmo em espaços pequenos. Para saber mais sobre os benefícios da hidroponia, confira este artigo do Hortas.info.

Materiais necessários para montar seu sistema

Um dos maiores atrativos da hidroponia caseira é o baixo custo. Muitos dos materiais podem ser reaproveitados de itens que você já tem em casa. Aqui está uma lista básica para montar um sistema hidropônico simples para alface:

  • Recipiente de plástico (como uma caixa d’água pequena ou bandeja, com capacidade de 10 a 20 litros)
  • Tubos de PVC (diâmetro de 50 a 75 mm, com furos para as mudas)
  • Bomba de aquário (200-400 L/h, para circulação da água)
  • Solução nutritiva para hidroponia (disponível em lojas de jardinagem)
  • Substrato inerte (como argila expandida, perlita ou espuma fenólica)
  • Sementes ou mudas de alface (variedades como crespa ou lisa são ótimas)
  • Canos ou mangueiras para circulação da água
  • Ferramentas básicas (furadeira, tesoura, fita métrica)

Você pode encontrar esses itens em lojas de construção ou jardinagem. Para economizar, reutilize recipientes de alimentos ou caixas plásticas, desde que estejam limpos. O custo inicial pode variar entre R$ 50 e R$ 150, dependendo do que você já possui.

Passo a passo para montar seu sistema hidropônico

Agora que você tem os materiais, vamos ao passo a passo para montar seu sistema de alface hidropônica caseira. Este guia é baseado em um sistema de fluxo de nutrientes (NFT), que é simples e eficiente para iniciantes.

  1. Escolha o local ideal
    Encontre um espaço com boa iluminação natural (pelo menos 4-6 horas de luz por dia) ou use luzes artificiais de cultivo (LEDs de espectro completo). Varandas, quintais ou janelas ensolaradas são perfeitos. Evite áreas com vento forte ou temperaturas extremas.
  2. Prepare o reservatório
    Use um recipiente plástico como reservatório para a solução nutritiva. Faça um furo na lateral para conectar a mangueira da bomba de aquário. Certifique-se de que o recipiente é opaco para evitar o crescimento de algas.
  3. Monte os tubos de cultivo
    Corte os tubos de PVC no comprimento desejado (1 a 2 metros é suficiente para iniciantes). Faça furos de 5 cm de diâmetro a cada 20 cm, onde as mudas serão colocadas. Incline levemente os tubos (2-3°) para que a água flua suavemente.
  4. Instale a bomba e a circulação
    Conecte a bomba de aquário ao reservatório e use mangueiras para levar a solução nutritiva até os tubos de PVC. A água deve circular constantemente, molhando as raízes das plantas.
  5. Prepare as mudas
    Plante sementes de alface em cubos de espuma fenólica ou outro substrato inerte. Mantenha-os úmidos até que germinem (cerca de 5-7 dias). Quando as mudas tiverem 2-3 folhas, transfira-as para os furos nos tubos.
  6. Adicione a solução nutritiva
    Misture a solução nutritiva na água conforme as instruções do fabricante (geralmente 1-2 mL por litro). Verifique o pH da solução (ideal entre 5,5 e 6,5) com um medidor ou tiras de teste. Ajuste com ácido cítrico, se necessário.
  7. Teste o sistema
    Ligue a bomba e verifique se a água circula pelos tubos e retorna ao reservatório. Ajuste os furos ou a inclinação, se necessário, para garantir um fluxo constante.
  8. Cuide das plantas
    Monitore o nível de água no reservatório e reabasteça a solução nutritiva a cada 7-10 dias. Limpe os tubos regularmente para evitar acúmulo de algas ou resíduos.

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Infográfico ilustrando os passos para montar um sistema hidropônico caseiro.

Para um tutorial visual detalhado, confira este canal no YouTube sobre hidroponia.

Cuidados diários para alfaces saudáveis

Manter sua alface hidropônica caseira saudável é simples, mas exige atenção. Aqui estão algumas dicas práticas:

  • Luz: Garanta que as alfaces recebam luz suficiente. Se usar luzes artificiais, deixe-as ligadas por 12-16 horas por dia.
  • Nutrientes: Troque a solução nutritiva a cada duas semanas para evitar deficiência de nutrientes. Sempre siga as dosagens recomendadas.
  • Temperatura: A alface prefere temperaturas entre 18°C e 24°C. Em dias muito quentes, ventile o ambiente ou use um ventilador.
  • Pragas: A hidroponia reduz o risco de pragas, mas inspecione as folhas regularmente. Se necessário, use soluções orgânicas, como óleo de neem.
  • Colheita: As alfaces estão prontas para colheita em 30-45 dias, quando as folhas atingirem 15-20 cm. Corte as folhas externas para permitir que a planta continue crescendo.

Com esses cuidados, você terá alfaces crocantes e frescas o ano todo. Para mais dicas de manutenção, veja este guia da Agro2.

Benefícios do cultivo hidropônico caseiro

Além de economizar na feira, cultivar alface hidropônica caseira tem outros benefícios incríveis:

  • Sustentabilidade: A hidroponia usa até 90% menos água do que o cultivo tradicional, ideal para quem quer reduzir o impacto ambiental.
  • Espaço reduzido: Perfeito para apartamentos ou casas pequenas, já que o sistema é compacto.
  • Controle total: Você sabe exatamente o que está consumindo, sem agrotóxicos ou produtos químicos.
  • Produtividade: As alfaces crescem mais rápido na hidroponia, permitindo colheitas frequentes.

Além disso, o cultivo hidropônico é uma atividade divertida para envolver a família, ensinando às crianças sobre sustentabilidade e alimentação saudável. Para mais ideias de cultivos caseiros, visite o site GreenMe.

Desafios e como superá-los

Como qualquer projeto, a hidroponia caseira pode ter desafios, mas todos são superáveis com paciência:

  • Custo inicial: Embora baixo, o investimento em materiais pode ser uma barreira. Solução: comece pequeno, com poucos tubos, e reutilize materiais.
  • Manutenção da solução nutritiva: O pH e os nutrientes precisam ser monitorados. Solução: invista em um medidor de pH simples (cerca de R$ 30).
  • Falhas no sistema: Vazamentos ou problemas com a bomba podem ocorrer. Solução: teste o sistema antes de plantar e tenha peças reserva.

Com prática, esses desafios se tornam parte da rotina, e o resultado — alfaces frescas na sua mesa — vale cada esforço.

Por que vale a pena começar agora?

Cultivar alface hidropônica caseira é uma forma acessível e sustentável de produzir alimentos frescos, mesmo com pouco espaço ou orçamento. Além de economizar, você contribui para um estilo de vida mais verde e saudável. Com materiais simples e os passos deste guia, você pode montar seu sistema em um fim de semana e colher suas primeiras alfaces em poucas semanas.

Então, que tal colocar a mão na massa? Pegue aquele recipiente velho, compre algumas sementes e comece sua jornada na hidroponia. Para mais inspiração, confira o site Jardim de Flores e descubra outros projetos de cultivo caseiro. Transforme sua casa em um oásis verde e aproveite o sabor de alfaces cultivadas por você!

China muda regras para atrair jovens talentos em ciência e tech

A China está adotando novas políticas para atrair talentos estrangeiros e intensificar sua abertura internacional. Entre as mudanças anunciadas, destaca-se a criação de um visto especial K, voltado para jovens talentos nas áreas de ciência e tecnologia, que deverá entrar em vigor em 1º de outubro de 2025. O novo visto exigirá que os candidatos cumpram critérios estabelecidos pelo governo chinês e apresentem comprovação formal de suas qualificações. Essas medidas fazem parte de uma estratégia mais ampla de modernização da política migratória chinesa, que busca fortalecer sua base de inovação, estimular a cooperação acadêmica e científica e competir no cenário global por cérebros de alta capacidade.

Paralelamente, Pequim expandiu seus regimes de isenção de visto para visitantes estrangeiros de várias regiões. Uma das iniciativas mais relevantes foi a extensão do tempo de permanência para trânsito sem visto: atualmente, cidadãos de 54 a 55 países, inclusive Indonésia, Rússia e Reino Unido, já podem ficar até 240 horas (dez dias) na China em trânsito para outro destino, desde que usem um dos 60 portos designados em 24 províncias. Haojourney+3Conselho de Estado da China+3KPMG+3 Esse regime de trânsito livre amplia as atividades permitidas no país, turismo, negócios, visitas familiares — mas não cobre trabalho, estudos ou jornalismo sem visto específico. visityunnanchina.com+2Visite Pequim+2

Outra mudança significativa é a política de isenção de visto para cidadãos latino-americanos. Desde 1º de junho de 2025 até 31 de maio de 2026, pessoas com passaportes ordinários de Brasil, Argentina, Chile, Peru e Uruguai podem entrar na China sem visto por até 30 dias, para turismo, negócios, visitas familiares ou trânsito. Conselho de Estado da China+2MercoPress+2 Essa medida, inédita para a América Latina, sinaliza uma disposição de facilitar intercâmbios, fortalecer os elos econômicos, culturais e acadêmicos da China com a região. China Daily+1

88042205_FILES-In-this-file-picture-taken-on-April-29-2020-an-engineer-looks-at-monkey-kidney-cells-400x240 China muda regras para atrair jovens talentos em ciência e tech
Foto: NICOLAS ASFOURI/AFP / AFP

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Essas políticas combinadas revelam uma mudança de foco. A China está menos restritiva em termos de mobilidade internacional — sem abrir mão, porém, de exigir vistos específicos para atividades que implicam presença prolongada ou responsabilidades legais significativas (trabalho formal, doutorado, atuação como jornalista etc.). Ao criar o visto K, ela sinaliza que valoriza não só o intercâmbio temporário, mas a permanência ou colaboração mais profunda de talentos que possam impulsionar inovação, pesquisa e competitividade. Ao mesmo tempo, ao relaxar os requisitos para trânsito e turismo de curta duração, ela torna o país mais acessível, permitindo que mais pessoas vejam, interajam e, potencialmente, se interessem por oportunidades de colaboração ou investimento.

Para o Brasil, essas medidas têm impactos práticos. A isenção de visto por 30 dias facilita visitas de empresários, pesquisadores, artistas ou estudantes que viajam a trabalho ou a eventos culturais, reduzindo burocracia, custos e tempo. O regime de trânsito estendido pode tornar voos com escalas na China mais atrativos, integrando o país ou cidades chinesas como hubs logísticos ou culturais. E o visto K, quando estiver vigente, poderá abrir portas para brasileiros com alto nível de especialização, pesquisadores, engenheiros, especialistas em TI, ciências biológicas ou exatas, que queiram colaborar ou residir por períodos mais longos na China.

Há, claro, desafios e incertezas. Será necessário entender claramente os critérios para o visto K, os procedimentos administrativos, se haverá regionalização (ou seja, quais províncias ou cidades chinesas aceitarão mais ativamente esses talentos) e condições de permanência, remuneração, residências, etc. Também importará como todas essas novas regras serão efetivamente implementadas nas fronteiras, consulados e escritórios de imigração, experiências de viajantes nas políticas de trânsito mostram que clareza nas regras e comunicação internacional são cruciais para evitar surpresas.

Em resumo, essas políticas anunciam uma China menos hermética, mais conectada, disposta a ser polo atrativo não apenas para turistas e viajantes, mas para jovens cientistas, profissionais especializados e quem está disposto a contribuir em longo prazo. Caso bem-sucedidas, poderão tornar-se parte de uma China mais influente em ciência, educação e cultura global — não apenas pelo seu tamanho ou investimento, mas pela capacidade de atrair talentos internacionais de alto impacto.

A cidade da floresta que quase desapareceu do mapa e hoje atrai turistas de todo o mundo

A Amazônia, muitas vezes chamada de pulmão do mundo, é um lugar de mistérios e histórias que se entrelaçam com a densa vegetação. Entre rios sinuosos e árvores centenárias, algumas cidades amazônicas enfrentaram o abandono, mas conseguiram se reinventar, transformando-se em destinos turísticos que atraem visitantes de todos os cantos. Lugares como Velho Airão e Fordlândia, outrora cidades abandonadas na Amazônia, hoje brilham como joias do turismo em cidades da floresta, oferecendo uma mistura única de história, cultura e natureza. Vamos mergulhar nessa jornada para descobrir como essas cidades renasceram.

Velho Airão, a cidade fantasma que voltou à vida

No coração da Amazônia, às margens do Rio Negro, Velho Airão é uma das cidades mais fascinantes do Brasil. Fundada em 1694 por missionários portugueses, ela foi o primeiro povoado da região e desempenhou um papel central durante o ciclo da borracha, entre os séculos XIX e XX. Naquela época, a cidade fervilhava com a produção de látex, essencial para os Aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Mas, com o fim da guerra e a concorrência da borracha asiática, Velho Airão entrou em declínio. A economia colapsou, e os moradores começaram a deixar o local em busca de novas oportunidades.

Nos anos 1950, a cidade foi praticamente abandonada. Uma lenda curiosa diz que um político espalhou o boato de que formigas gigantes estavam devorando os moradores, incentivando a mudança para Novo Airão. Em 1985, o último habitante deixou Velho Airão, transformando-a em uma verdadeira cidade fantasma. As ruínas, cobertas pela floresta, guardavam histórias de um passado glorioso, com um cemitério onde lápides de gerações inteiras ainda podem ser vistas.

 

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Hoje, Velho Airão é um destino turístico que encanta pela sua história e pela natureza exuberante ao redor. Visitantes podem explorar as ruínas, caminhar por trilhas na floresta e navegar pelo Rio Negro, onde golfinhos cor-de-rosa frequentemente aparecem. O turismo em cidades da floresta como Velho Airão combina aventura e aprendizado, atraindo curiosos que querem entender o impacto do ciclo da borracha e a resiliência da região. Para saber mais sobre a história de Velho Airão, confira este artigo do Portal Amazônia.

Fordlândia, o sonho americano que virou atração turística

Outra história fascinante é a de Fordlândia, no Pará, uma cidade criada pelo magnata Henry Ford nos anos 1920. Com a ambição de produzir borracha para sua indústria automotiva, Ford comprou uma vasta área às margens do Rio Tapajós e construiu uma cidade-modelo inspirada nos valores americanos. Fordlândia tinha casas no estilo de subúrbios dos Estados Unidos, hospital, escola e até um cinema. No entanto, o projeto enfrentou desafios: o clima amazônico era hostil, as seringueiras não se adaptaram, e os trabalhadores locais resistiram às rígidas regras impostas, como horários fixos e dietas americanas.

Com o tempo, o projeto faliu, e Fordlândia foi abandonada, tornando-se outra cidade abandonada na Amazônia. As construções, parcialmente engolidas pela selva, permanecem como testemunhas de um experimento ousado, mas mal-sucedido. Hoje, Fordlândia é um destino turístico que atrai visitantes interessados em história e arqueologia industrial. Passeios guiados levam os turistas às ruínas do hospital, às casas de madeira e à antiga fábrica, enquanto a floresta ao redor oferece trilhas e passeios de barco.

ford-geral-de-fora A cidade da floresta que quase desapareceu do mapa e hoje atrai turistas de todo o mundo

O renascimento de Fordlândia como destino turístico mostra como o turismo em cidades da floresta pode transformar lugares esquecidos. Para uma leitura mais detalhada sobre o projeto de Henry Ford, recomendamos este artigo da Revista Fórum.

Como o turismo está salvando cidades amazônicas

O turismo em cidades da floresta não é apenas uma fonte de renda, mas também uma forma de preservação cultural e ambiental. Em Velho Airão e Fordlândia, o turismo trouxe investimentos para a conservação das ruínas e a criação de infraestrutura, como pousadas e guias locais. Além disso, essas cidades oferecem uma oportunidade única de aprender sobre a história da Amazônia, desde o período colonial até os ciclos econômicos que moldaram a região.

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Além de Velho Airão e Fordlândia, outras cidades amazônicas, como Lamego e Bragança, também estão sendo redescobertas. Recentemente, arqueólogos usaram a tecnologia LiDAR para mapear essas cidades coloniais, revelando ruas planejadas e estruturas sofisticadas escondidas sob a vegetação. Essas descobertas mostram que a Amazônia não era apenas uma floresta intocada, mas um lugar de ocupação humana complexa. Para mais detalhes sobre essas descobertas, confira este artigo do Terra.

O turismo também beneficia as comunidades locais, que encontram no setor uma alternativa sustentável ao desmatamento e à exploração predatória. Projetos de turismo comunitário, como os oferecidos em Novo Airão, permitem que os visitantes interajam com moradores e aprendam sobre a cultura amazônica, desde a culinária até as tradições indígenas.

Por que visitar essas cidades?

Visitar uma cidade abandonada na Amazônia é como viajar no tempo. As ruínas contam histórias de ambição, luta e resiliência, enquanto a floresta ao redor oferece um espetáculo de biodiversidade. Em Velho Airão, você pode caminhar por trilhas onde a selva reclaimou o que era seu, observar pássaros raros e nadar em praias fluviais. Em Fordlândia, a experiência é quase cinematográfica, com construções que parecem saídas de um filme de época, contrastando com a selva densa.

Além disso, o turismo em cidades da floresta é uma forma de apoiar a conservação da Amazônia. Cada visitante contribui para a manutenção desses sítios históricos e para a economia local. Para planejar sua visita, sites como Turismo de Valor oferecem guias completos sobre destinos amazônicos.

Desafios e o futuro do turismo na Amazônia

Apesar do sucesso, o turismo em cidades da floresta enfrenta desafios. A infraestrutura em áreas remotas ainda é limitada, e o acesso a lugares como Velho Airão e Fordlândia pode ser caro e demorado. Além disso, é preciso equilibrar o crescimento do turismo com a preservação ambiental, garantindo que a floresta e suas comunidades não sejam prejudicadas.

O futuro, no entanto, é promissor. Com o avanço de tecnologias como o LiDAR, mais cidades perdidas podem ser redescobertas, atraindo ainda mais visitantes. Projetos de turismo sustentável, apoiados por organizações como a National Geographic Brasil, mostram que é possível combinar desenvolvimento econômico com conservação.

As cidades abandonadas na Amazônia, como Velho Airão e Fordlândia, são mais do que relíquias do passado. Elas são testemunhas de uma história rica e complexa, que hoje ganha nova vida com o turismo. Ao visitar esses lugares, você não apenas descobre segredos da floresta, mas também ajuda a preservá-los para as próximas gerações. Então, que tal planejar sua próxima aventura na Amazônia?

 

Indústria paraense apresenta diretrizes de baixo carbono em evento global em Nova York

A indústria da Amazônia deu um passo inédito rumo à transição sustentável. Durante a Semana do Clima de Nova York, um dos mais relevantes encontros internacionais sobre ação climática, a Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), por meio da Jornada COP+, lançou oficialmente as Diretrizes para uma Indústria de Baixo Carbono. O documento reúne propostas estratégicas que apontam para um novo modelo de desenvolvimento econômico amazônico, equilibrando geração de riqueza, preservação ambiental e inclusão social.

O anúncio ocorreu no SBCOP High Level Event, realizado na sede da Bloomberg em Nova York, diante de um público composto por líderes globais, representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), autoridades brasileiras e executivos de grandes corporações. O presidente da FIEPA e da Jornada COP+, Alex Carvalho, destacou que o guia é fruto de meses de trabalho coletivo em comitês multissetoriais. “Passamos da sociobioeconomia à infraestrutura; da comunicação à governança; da transição energética à transformação digital. São eixos que convergem para um modelo econômico mais resiliente e conectado ao futuro”, afirmou.

Sustentabilidade como estratégia de desenvolvimento

O governador do Pará, Helder Barbalho, ressaltou a importância de alinhar a proteção da floresta à criação de empregos verdes e anunciou a inauguração, ainda em setembro, do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém. Segundo ele, o espaço será um marco para a região e deixará um legado de inovação tecnológica aliado à sustentabilidade.

A visão de integração entre meio ambiente e qualidade de vida também foi defendida pelo ministro das Cidades, Jader Filho, que apontou a necessidade de incluir a agenda urbana nas discussões climáticas. Para ele, investimentos internacionais devem ser direcionados não apenas para preservar biomas, mas também para modernizar o saneamento, garantir abastecimento de água e melhorar a mobilidade urbana nas cidades brasileiras.

003c51_7f27a645c52c4b67b296dbb7abbf5a7fmv2-400x300 Indústria paraense apresenta diretrizes de baixo carbono em evento global em Nova York
Divulgação – FIEPA

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A perspectiva da indústria global

Entre os apoiadores da Jornada COP+ está a multinacional Hydro, que mantém operações no Pará e tem investido em processos de descarbonização. O CEO da empresa, Anderson Baranov, reforçou que a Semana do Clima é a última grande vitrine internacional antes da COP30, em Belém, e representa uma oportunidade para o Brasil mostrar ao mundo tanto suas soluções ambientais quanto os desafios enfrentados pela Amazônia. “É o momento de divulgar nossa cultura, mas também de evidenciar o que precisamos superar em termos de investimentos e sustentabilidade”, afirmou.

A programação contou ainda com mesas redondas organizadas pelo jornal Valor Econômico em parceria com a Amcham Brasil e com a Câmara de Comércio Americana, reunindo ministros, diplomatas e executivos para alinhar compromissos rumo à conferência de Belém.

Lideranças brasileiras em destaque

Representando o Brasil e a Amazônia, estiveram presentes Tatiana Rosito, secretária do Ministério da Fazenda; Maria Luiza Viotti, embaixadora do Brasil nos Estados Unidos; Dan Ioschpe, Campeão Climático de Alto Nível da COP30; Marcella Novaes, vice-presidente da FIEPA e da Jornada COP+; e Ricardo Mussa, presidente da Sustainable Business COP30 (SB COP).

Davi Bomtempo, superintendente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou que a participação da FIEPA em Nova York reforça a presença qualificada do setor industrial brasileiro nas negociações climáticas globais. “É a oportunidade de consolidar o engajamento da indústria e mostrar que estamos dispostos a oferecer soluções de alcance internacional”, disse.

003c51_54bdbd5ca0f94180bf38c7136ef71defmv2-400x300 Indústria paraense apresenta diretrizes de baixo carbono em evento global em Nova York
Divulgação – FIEPA

Dez recomendações estratégicas

O documento lançado apresenta dez recomendações prioritárias para orientar a economia verde na Amazônia:

  • descarbonizar a matriz energética com biomassa sustentável

  • ampliar a rastreabilidade das cadeias produtivas

  • consolidar a economia circular como eixo estruturante

  • estruturar a sociobioeconomia amazônica

  • fortalecer o protagonismo de mulheres e povos tradicionais

  • atrair investimentos verdes

  • expandir a inclusão e infraestrutura digital

  • garantir integração regional por meio de infraestrutura estratégica

  • construir unidade pela reputação da Amazônia

  • capacitar empresários e equipes em práticas de baixo carbono

Mais de 180 especialistas, ligados a 153 organizações de mais de 30 setores, contribuíram com o processo, liderado por onze grupos temáticos.

As diretrizes integram a construção do documento Legados da Sustainable Business COP30, que será entregue em novembro durante a COP30 em Belém. A expectativa é que esse material reforce a posição do Brasil como ator-chave na transição global para uma economia de baixo carbono e apresente a Amazônia não apenas como área de risco ambiental, mas como um território de soluções, inovação e oportunidades sustentáveis.

O poder do alecrim contra queda de cabelo ciência confirma resultados

A queda de cabelo é uma preocupação comum para muitas pessoas, afetando a autoestima e a confiança. Entre os diversos tratamentos disponíveis, o alecrim tem ganhado destaque como um tratamento natural para cabelo. Mas será que essa erva, tão conhecida na culinária, realmente pode ajudar a combater a queda capilar? Estudos científicos recentes sugerem que sim, e neste artigo vamos explorar o que a ciência diz sobre o alecrim para queda de cabelo, seus benefícios, formas de uso e como ele se compara a produtos tradicionais.

O que causa a queda de cabelo?

Antes de mergulharmos nos benefícios do alecrim, é importante entender as causas da queda de cabelo. Fatores como estresse, desequilíbrios hormonais, deficiências nutricionais, genética e até mesmo o uso excessivo de produtos químicos podem contribuir para a perda capilar. A alopecia androgenética, por exemplo, é uma das formas mais comuns, afetando tanto homens quanto mulheres. Além disso, problemas no couro cabeludo, como inflamações ou má circulação, também podem agravar o quadro.8-2 O poder do alecrim contra queda de cabelo ciência confirma resultados

Tratamentos tradicionais, como minoxidil e finasterida, são amplamente utilizados, mas muitas pessoas buscam alternativas naturais devido a efeitos colaterais ou preferências pessoais. É aqui que o alecrim entra como uma opção promissora, respaldada por evidências científicas.

A ciência por trás do alecrim

O alecrim (Rosmarinus officinalis) é uma erva aromática usada há séculos na medicina tradicional para tratar diversas condições, incluindo problemas capilares. Estudos modernos têm investigado suas propriedades, especialmente o óleo essencial de alecrim, e os resultados são animadores.

Estudo de referência

Um estudo publicado em 2015 no jornal Skinmed comparou a eficácia do óleo de alecrim com o minoxidil 2% em pacientes com alopecia androgenética. Durante seis meses, os participantes aplicaram óleo de alecrim ou minoxidil no couro cabeludo. Os resultados mostraram que o grupo que usou alecrim apresentou um aumento significativo na contagem de cabelos, comparável ao grupo do minoxidil. Além disso, o alecrim causou menos irritação no couro cabeludo, um efeito colateral comum do minoxidil.frasco-de-oleo-essencial-de-alecrim-e-raminhos-na-mesa-de-madeira-azul-clara_495423-51286 O poder do alecrim contra queda de cabelo ciência confirma resultados

Outro estudo, publicado no Journal of Ethnopharmacology, destacou que o alecrim contém compostos como ácido carnósico e ácido rosmarínico, que possuem propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e estimulantes da circulação. Esses compostos ajudam a fortalecer os folículos capilares e melhorar a saúde do couro cabeludo, reduzindo a queda e promovendo o crescimento.

Para mais detalhes sobre esses estudos, consulte o artigo da PubMed, que apresenta o estudo de 2015 em detalhes.

Como o alecrim age no couro cabeludo?

O alecrim atua de várias formas para combater a queda de cabelo:

  • Estimula a circulação: O óleo de alecrim melhora o fluxo sanguíneo no couro cabeludo, levando mais nutrientes aos folículos capilares.
  • Propriedades anti-inflamatórias: Reduz inflamações que podem enfraquecer os folículos.
  • Ação antioxidante: Protege as células do couro cabeludo contra danos causados por radicais livres.
  • Efeito antimicrobiano: Ajuda a combater infecções no couro cabeludo que podem contribuir para a queda.

frasco-de-oleo-essencial-de-alecrim-e-raminhos-na-mesa-de-madeira-azul-clara_495423-51286 O poder do alecrim contra queda de cabelo ciência confirma resultados

Como usar o alecrim para queda de cabelo

Existem várias formas de incorporar o alecrim em sua rotina de cuidados capilares. Abaixo, apresentamos algumas das mais populares e eficazes, todas baseadas em práticas seguras e testadas.

1. Óleo essencial de alecrim

O óleo essencial de alecrim é a forma mais concentrada e pesquisada. Para usá-lo:

  • Dilua 3 a 5 gotas de óleo essencial de alecrim em 1 colher de sopa de um óleo carreador, como óleo de coco ou azeite de oliva.
  • Massageie a mistura no couro cabeludo por 5 a 10 minutos.
  • Deixe agir por pelo menos 30 minutos antes de lavar com um shampoo suave.
  • Repita o processo 2 a 3 vezes por semana.

Nota: Sempre faça um teste de alergia antes de usar óleos essenciais, aplicando uma pequena quantidade na pele do antebraço e observando por 24 horas.

2. Chá de alecrim

O chá de alecrim pode ser usado como enxágue capilar para fortalecer os fios e estimular o couro cabeludo:

  • Ferva 1 xícara de água e adicione 1 colher de sopa de folhas frescas ou secas de alecrim.
  • Deixe em infusão por 10 minutos, coe e espere esfriar.
  • Após lavar o cabelo, aplique o chá no couro cabeludo e não enxágue.
  • Use 1 a 2 vezes por semana.

3. Shampoos e condicionadores com alecrim

Muitas marcas de cosméticos naturais oferecem shampoos e condicionadores com extrato ou óleo de alecrim. Esses produtos são práticos para quem busca incorporar o alecrim na rotina sem preparações caseiras. Procure por produtos livres de sulfatos e parabenos para evitar danos aos fios.

4. Máscaras capilares com alecrim

Você pode criar uma máscara capilar caseira combinando alecrim com ingredientes nutritivos, como mel ou abacate:

  • Misture 2 colheres de sopa de chá de alecrim com 1 colher de sopa de mel e meio abacate amassado.
  • Aplique nos cabelos úmidos, focando no couro cabeludo.
  • Deixe agir por 20 minutos e enxágue bem.

Comparação com tratamentos tradicionais

Como o alecrim se compara a tratamentos tradicionais, como o minoxidil? O infográfico abaixo resume as principais diferenças:

Infográfico Comparação entre alecrim e produtos tradicionais

  • Óleo de alecrim: Natural, menos efeitos colaterais, promove crescimento capilar, melhora saúde do couro cabeludo, custo acessível.
  • Minoxidil: Sintético, pode causar irritação no couro cabeludo, eficácia comprovada, aplicação diária, custo mais elevado.
  • Finasterida: Medicamento oral, indicado para homens, possíveis efeitos colaterais hormonais, requer prescrição médica.

O alecrim oferece uma alternativa natural com resultados promissores e menos riscos.

Cuidados ao usar alecrim

Embora o alecrim seja seguro para a maioria das pessoas, alguns cuidados são importantes:

  • Evite o uso de óleo essencial de alecrim em crianças, gestantes ou lactantes sem orientação médica.
  • Consulte um dermatologista se você tem condições como dermatite seborreica ou psoríase, que podem exigir tratamentos específicos.
  • Não aplique óleo essencial puro diretamente no couro cabeludo, pois pode causar irritação.

Para mais informações sobre o uso seguro de óleos essenciais, consulte o guia da WebMD.

Outros benefícios do alecrim para os cabelos

Além de combater a queda, o alecrim oferece outros benefícios para a saúde capilar:

  • Reduz a caspa: Suas propriedades antimicrobianas ajudam a controlar a caspa causada por fungos.
  • Brilho e maciez: O chá de alecrim pode deixar os fios mais brilhantes e sedosos.
  • Estímulo ao crescimento: Ao melhorar a circulação, o alecrim pode acelerar o crescimento de novos fios.

Dicas para maximizar os resultados

Para obter os melhores resultados com o alecrim, combine seu uso com hábitos saudáveis:

  • Alimentação balanceada: Consuma alimentos ricos em biotina, zinco e ferro, como ovos, nozes e vegetais verdes, para fortalecer os fios.
  • Hidratação: Beba bastante água para manter o couro cabeludo hidratado.
  • Evite calor excessivo: Reduza o uso de secadores e chapinhas, que podem enfraquecer os cabelos.
  • Consulte um especialista: Se a queda de cabelo persistir, um dermatologista pode identificar causas subjacentes, como deficiências nutricionais ou problemas hormonais.

O alecrim é mais do que uma erva aromática — é um aliado poderoso contra a queda de cabelo, com benefícios comprovados por estudos científicos. Seja na forma de óleo essencial, chá ou produtos cosméticos, o alecrim para queda de cabelo oferece uma alternativa natural, acessível e eficaz para quem busca fortalecer os fios sem recorrer a tratamentos invasivos. Combinado com uma rotina de cuidados capilares e hábitos saudáveis, o alecrim pode transformar a saúde dos seus cabelos, trazendo mais confiança e bem-estar.

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Se você está em busca de um tratamento natural para cabelo, experimente as dicas deste artigo e observe os resultados. A natureza tem muito a oferecer, e o alecrim é prova disso!

Perguntas frequentes

Quanto tempo leva para ver resultados com o alecrim?

Os estudos sugerem que resultados visíveis podem aparecer após 3 a 6 meses de uso regular, dependendo da causa da queda.

O alecrim pode ser usado em todos os tipos de cabelo?

Sim, o alecrim é seguro para todos os tipos de cabelo, mas faça um teste de alergia antes de usar o óleo essencial.

O alecrim substitui tratamentos médicos?

O alecrim é uma opção complementar, mas não substitui tratamentos médicos para condições graves. Consulte um dermatologista para um diagnóstico completo.

 

Iniciativa global de paz une ONU e organizações africanas em série de webinars

A busca pela paz ganha novos contornos em 2025, com a Organização das Nações Unidas (ONU) e a IFP World: Family Initiative lançando uma mobilização inédita para marcar o Dia Internacional da Paz, celebrado em 21 de setembro. A proposta é ir além das declarações protocolares e reunir atores estratégicos em torno de ações concretas, que fortaleçam o diálogo, a inclusão e a construção de sociedades mais pacíficas.

Sob o tema “Agir agora por um mundo pacífico”, a iniciativa se desdobra em uma série de webinars que acontecerão em Abuja, na Nigéria, e também em formato virtual, permitindo o engajamento de diferentes públicos. A programação traz como destaques a apresentação da Bandeira Global dos Defensores da Paz, um símbolo vivo de união, e o projeto Peace on Canvas, que propõe envolver crianças e famílias em atividades de expressão criativa como ferramenta de educação para a paz.

Parcerias pela paz no Oeste Africano

O ponto central da mobilização é a criação de uma rede articulada de parceiros. Entre os envolvidos estão órgãos do governo nigeriano, agências da ONU, organizações regionais, especialistas do movimento Mulheres, Paz e Segurança (WPS), representantes da sociedade civil, forças de segurança, além de plataformas como o HeForShe, campanha global de igualdade de gênero, e redes de mulheres mediadoras. O engajamento da mídia também é considerado essencial para ampliar o alcance das mensagens e traduzir o debate em linguagem acessível ao público.

A proposta não se limita à Nigéria. Ao conectar iniciativas locais com a agenda internacional, o objetivo é expandir boas práticas e replicar experiências de paz em outros países da África Ocidental, região marcada por tensões sociais, políticas e desafios relacionados à segurança.

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Divulgação

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A simbologia da bandeira e da arte

O lançamento da Bandeira Global dos Defensores da Paz busca oferecer um ícone compartilhado que represente a união em torno da não violência. Mais do que um gesto simbólico, a bandeira pretende ser um instrumento de mobilização, inspirando governos, comunidades e indivíduos a se engajarem em projetos transformadores.

Já o Peace on Canvas aposta no poder da arte como linguagem universal. Ao convidar crianças e famílias a participarem de atividades criativas, o programa promove o aprendizado coletivo e a valorização da convivência pacífica desde cedo. A aposta é de que esse contato lúdico fortaleça gerações futuras na defesa de valores como respeito, solidariedade e cooperação.

Um chamado à ação imediata

Durante o lançamento, que acontecerá no dia 23 de setembro na United Nations House, em Abuja, e será seguido por um encontro virtual no dia 24, às 10h (horário da Nigéria), a ênfase estará na urgência de transformar compromissos em ações. Para os organizadores, o mundo já não pode esperar mais: o crescimento das desigualdades, a violência armada e as crises humanitárias exigem respostas imediatas e colaborativas.

O convite é estendido a governos, organizações de base comunitária, instituições acadêmicas e cidadãos engajados. A participação não se limita a líderes ou especialistas; pelo contrário, a força da iniciativa está justamente na soma de diferentes vozes e perspectivas.

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divulgação

Como participar

Os interessados podem se inscrever pelo formulário oficial, recebendo o link de acesso após a confirmação. Também foi criado um espaço de interação pelo WhatsApp, onde os participantes podem trocar informações, articular parcerias e compartilhar ideias.

Além disso, organizações e indivíduos que desejarem estabelecer colaborações mais estruturadas podem entrar em contato diretamente pelo e-mail [email protected] ou pelo número +234 703 061 9859.

A urgência de uma cultura de paz

O Dia Internacional da Paz é um momento de reflexão, mas a ONU e a IFP World lembram que ele deve ser também um chamado para a ação. A violência, em suas múltiplas formas, ameaça não apenas a estabilidade política, mas também a vida cotidiana das comunidades. Nesse sentido, fomentar o protagonismo de mulheres, jovens e famílias é fundamental para transformar contextos de conflito em oportunidades de cooperação.

Ao reunir diferentes setores em uma mesma mesa, a iniciativa mostra que a paz é responsabilidade coletiva e que seu alcance depende da coragem de agir agora. Abuja e a plataforma virtual, nesses dias de setembro, se tornam palco de um movimento global que pretende irradiar esperança e engajamento para muito além das fronteiras da África Ocidental.

Lula chama COP30 de “a COP da verdade” em discurso na ONU

Na abertura da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, levou a crise climática ao centro do debate diplomático internacional. Ao discursar nesta terça-feira, 23 de setembro, Lula classificou a próxima COP30, que acontecerá em novembro em Belém, como “a COP da verdade”.

Para o presidente, esse será o momento de avaliar com seriedade o nível de compromisso dos países na luta contra o aquecimento global. Ele alertou que, sem a entrega completa das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), compromissos de cada nação para reduzir emissões de gases de efeito estufa —, o mundo estará “caminhando de olhos vendados para o abismo”.

O desafio da implementação

Lula lembrou que 2024 foi o ano mais quente da história já registrada, reforçando a urgência de implementar o Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura média global a 1,5ºC. Ele destacou que o Brasil já apresentou metas robustas: reduzir entre 59% e 67% das emissões até 2030, abrangendo todos os gases e setores da economia.

Segundo o presidente, a COP30 deve marcar a passagem de um ciclo de negociações para uma nova etapa de implementação efetiva. “Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta”, disse.

Justiça climática e financiamento

Um dos pontos centrais do discurso foi a defesa do financiamento climático para os países em desenvolvimento. Lula argumentou que o chamado Sul Global enfrenta simultaneamente os efeitos da crise climática e desafios estruturais como pobreza e desigualdade. Enquanto isso, países ricos desfrutam de padrões de vida construídos sobre dois séculos de emissões.

Para ele, exigir maior acesso a recursos e tecnologias não é caridade, mas justiça. O presidente destacou que a transição climática só será possível se houver mecanismos financeiros que garantam condições equitativas para todos.

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Divulgação – ONU

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Fundo Florestas Tropicais para Sempre

Lula apresentou ainda detalhes do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (Tropical Forests Forever Fund – TFFF), iniciativa em elaboração pelo Brasil desde o G20. O objetivo é criar um modelo sustentável de remuneração para os países que preservam suas florestas.

“Ao manter nossas florestas em pé, contribuímos para o equilíbrio do planeta. O fundo vai reconhecer esse esforço e gerar condições para que o desenvolvimento sustentável seja viável”, explicou.

O presidente também lembrou que o Brasil conseguiu reduzir o desmatamento da Amazônia em 50% nos últimos dois anos. Para ele, erradicar essa prática depende de garantir condições dignas de vida para as populações que vivem na região. “Em Belém, o mundo vai conhecer a realidade amazônica”, afirmou.

Clima no centro da ONU

Lula defendeu que a ação climática seja incorporada de forma mais estruturada ao sistema multilateral. Propôs a criação de um conselho vinculado à Assembleia Geral da ONU com legitimidade para monitorar compromissos e dar coerência às políticas internacionais.

“É chegado o momento de passar da fase de negociação para a etapa de implementação. O mundo deve muito ao regime criado pela Convenção do Clima, mas precisamos trazer o combate à mudança do clima para o coração da ONU”, destacou.

Mobilização em torno da COP30

A agenda de Lula em Nova York reforça essa estratégia. Ainda durante a Assembleia Geral, ele copresidiu, ao lado do embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, um evento de alto nível para promover o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. A iniciativa tem potencial para transformar a maneira como a comunidade internacional enxerga a conservação ambiental.

No dia seguinte, Lula dividiu a liderança de uma sessão dedicada à Ação Climática e à COP30 com o secretário-geral da ONU, António Guterres. A meta é mobilizar países a apresentarem novas NDCs antes da conferência em Belém, em novembro.

A COP da verdade

Ao chamar a COP30 de “a COP da verdade”, Lula posiciona o encontro de Belém como divisor de águas. Se até agora o debate global esteve marcado por negociações e promessas, o presidente brasileiro quer transformar a próxima conferência em um teste concreto da disposição dos países em agir.

A fala ecoa um sentimento crescente: a era da retórica precisa dar lugar à era da implementação. O Brasil, ao sediar a COP30, pretende mostrar que é possível conciliar desenvolvimento econômico, inclusão social e preservação ambiental. O desafio, no entanto, é convencer o mundo a seguir pelo mesmo caminho.