Universidade do Ceará inova na produção de hidrogênio verde

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Autor: Redação Revista Amazônia
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Inovação da UFC na Produção de Hidrogênio Verde

A Universidade Federal do Ceará (UFC) é pioneira no desenvolvimento de uma tecnologia inovadora e sustentável para a produção de hidrogênio verde. Este avanço representa um marco importante na busca por alternativas aos combustíveis fósseis, que são grandes vilões no cenário do aquecimento global.

O projeto foi desenvolvido pelo Laboratório de Mecânica da Fratura e Fadiga (LAMEFF), sob a liderança do físico Santino Loruan, durante seu doutorado no Programa de Engenharia e Ciências Materiais da UFC. A pesquisa resultou na criação de uma membrana de quitosana, um material biodegradável e econômico, extraído das cascas de camarão e caranguejo, abundantes no litoral brasileiro. Esta membrana é uma alternativa viável à nafion, uma membrana sintética importada e mais custosa, e tem a vantagem de não poluir o meio ambiente após o descarte.

Eletrólise da água

Captura de tela 2024 05 27 183630O processo de obtenção do hidrogênio verde ocorre por meio da eletrólise da água, utilizando a membrana de quitosana em eletrolizadores que separam as moléculas de hidrogênio do oxigênio. O hidrogênio obtido pode ser utilizado como combustível limpo, e o processo é ainda mais sustentável quando ativado por energia solar, tornando o hidrogênio um vetor energético renovável.

A UFC patenteou a membrana de quitosana, consolidando-a como uma tecnologia nacional pronta para competir no mercado global. Segundo o engenheiro Enio Pontes de Deus, coordenador do LAMEFF e orientador de Loruan, o termo “hidrogênio verde” é utilizado para enfatizar que o gás, apesar de ser inerte e incolor, é produzido a partir de fontes renováveis.

Conferência Internacional das Tecnologias das Energias Renováveis

Captura de tela 2024 05 27 183847 1A inovação será destacada na Conferência Internacional das Tecnologias das Energias Renováveis (Citer), que acontecerá em Teresina (PI), de 3 a 5 de junho. O evento contará com a participação de 180 especialistas internacionais e espera atrair um público de 10 mil pessoas, incluindo empresários interessados na produção industrial da membrana e outras inovações brasileiras.

A conferência é aberta ao público e gratuita, visando não apenas especialistas, mas também leigos interessados em ciência e tecnologia. Ana Paula Rodrigues, presidente do Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente e uma das idealizadoras do evento, ressalta a importância de democratizar o acesso à produção científica, contribuindo para a conscientização sobre o papel vital da ciência e tecnologia no progresso do país e da humanidade.


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