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Brasil Recebe o ‘Antiprêmio’ Fóssil do Dia na COP28

O Brasil, uma nação conhecida por sua rica biodiversidade e potencial para energia renovável, tem sido alvo de críticas recentes devido à sua abordagem em relação à transição energética. A Climate Action Network (CAN), uma rede global de Organizações Não Governamentais (ONGs) ambientalistas, concedeu ao Brasil o ‘antiprêmio’ Fóssil do Dia durante a Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

O Fóssil do Dia

19-300x300 Brasil Recebe o ‘Antiprêmio’ Fóssil do Dia na COP28O prêmio Fóssil do Dia é uma crítica à decisão do Brasil de participar da Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+). A Opep+, criada em 1960, é uma organização que reúne países produtores de petróleo, incluindo a Arábia Saudita, Venezuela, Angola, Rússia, México, Malásia e Sudão.

A CAN argumenta que a adesão do Brasil à Opep+ contradiz os esforços do país para liderar a agenda climática. A organização critica a intenção do Brasil de explorar petróleo na margem equatorial do país, entre o litoral do Amapá e do Rio Grande do Norte.

A Perspectiva Brasileira

No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou a entrada do Brasil como observador no grupo dos países produtores de petróleo como uma forma de influenciar a transição energética. Ele argumenta que é importante convencer os países produtores de petróleo a se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis e a investirem em combustíveis renováveis, como o hidrogênio verde.

Além disso, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, defendeu que o petróleo deve financiar a transição energética. Ele discorda do movimento internacional Just Stop Oil, que defende a proibição de toda e qualquer nova licitação de exploração de petróleo para forçar uma transição energética mais rápida.

Nuances

A questão da transição energética é complexa e multifacetada. Embora a adesão do Brasil à Opep+ tenha sido criticada por alguns, outros argumentam que essa decisão pode ser uma estratégia para influenciar a transição energética. No entanto, é crucial que o Brasil continue a buscar maneiras de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa e promover a energia renovável, a fim de contribuir para os esforços globais de combate às mudanças climáticas.

A Indústria de Combustíveis Fósseis e a Crise Climática

O secretário-geral da ONU, António Guterres, recentemente enviou uma mensagem contundente à indústria de petróleo e gás. Em suas palavras, os compromissos feitos na COP28 em Dubai estão muito aquém do necessário para enfrentar a crise climática.

Despertar da Indústria de Combustíveis Fósseis

No quarto dia da conferência climática da ONU, Guterres declarou que a indústria de combustíveis fósseis está “finalmente começando a despertar, mas as promessas feitas claramente não estão à altura do necessário”. Ele estava se referindo ao compromisso anunciado no sábado por várias grandes empresas de petróleo e gás para reduzir vazamentos de metano de seus gasodutos até 2030.

O Problema do Metano

O metano é um componente principal do gás natural e é responsável por cerca de um terço do aquecimento planetário atual. Ele tem curta duração, mas é mais poderoso que o dióxido de carbono, o principal gás de efeito estufa responsável pelas mudanças climáticas. Sem ação séria, as emissões globais de metano devem aumentar até 13% entre agora e 2030.

A Necessidade de Eliminar Combustíveis Fósseis

Guterres apontou que o compromisso da indústria falhou em abordar uma questão central: eliminar as emissões do consumo de combustíveis fósseis. Ele afirmou que “a ciência é clara”, explicando que os combustíveis fósseis devem ser eliminados dentro de um cronograma compatível com a limitação do aquecimento global a 1,5ºC.

Alerta Precoce para Todos

A inovadora Iniciativa de Alertas Precoces para Todos lançada pelo secretário-geral no ano passado visa proteger contra eventos climáticos com sistemas de alerta precoce que até o final de 2027. Segundo o chefe da ONU, o objetivo é ambicioso, mas alcançável. Mas, para que seja realidade, todos devem colaborar e cooperar “de uma maneira que nunca foi feita antes”.

A Corrida para o Saldo Líquido-Zero

Em uma mesa redonda sobre o relatório do Grupo de Especialistas de Alto Nível sobre Saldo Líquido-Zero, Guterres destacou a necessidade de clareza sobre o caminho para atingir o saldo líquido-zero até 2050. Ele também alertou contra o “greenwashing”, referindo-se aos perigos envolvidos na promoção de enganoso e falsas alegações de sustentabilidade.

Objetivos

A mensagem de Guterres é clara: é crucial cortar a poluição por carbono em um ritmo acelerado e investir na proteção de comunidades vulneráveis ​​do impacto de eventos climáticos mais frequentes e severos. O custo estimado para trazer todos sob a proteção de sistemas de alerta precoce seria cerca de US$ 3 bilhões, “uma fração mínima das centenas de bilhões obtidos pela indústria de combustíveis fósseis no ano passado”, destaca Guterres. A corrida para o saldo líquido-zero está em andamento, e a indústria de combustíveis fósseis precisa fazer mais para contribuir para essa meta.

A COP28 e a Luta Contra a Crise Climática

A COP28, a mais recente conferência sobre mudanças climáticas, foi um marco importante na luta global contra a crise climática. O secretário-geral da ONU, António Guterres, destacou a urgência da situação, afirmando que o mundo está “a minutos da meia-noite para o limite de 1,5ºC” e pediu ações drásticas para combater a crise.

Avanços na COP28

No primeiro dia da conferência, houve um avanço significativo com o acordo sobre a operacionalização de um fundo para perdas e danos. Este fundo tem como objetivo ajudar os países mais vulneráveis do mundo a pagar pelos impactos de desastres climáticos.

Guterres também destacou a iniciativa “Global Stocktake”, na qual os países avaliarão pela primeira vez o progresso na redução do aquecimento global. Este avanço pode colocar o mundo no caminho para alcançar as metas de temperatura, financiamento e adaptação.

Três frentes de trabalho

Guterres ressaltou três frentes de trabalho para mitigar a crise climática. Primeiro, é necessário um corte drástico nas emissões de gases de efeito estufa, já que as políticas atuais apontam para um aumento de temperatura de 3ºC.

Em segundo lugar, ele recomendou a aceleração da transição “justa e equitativa” para energias renováveis, afirmando que “um planeta em chamas não pode ser salvo com um jorro de combustíveis fósseis”.

Por fim, ele apontou que será necessário cumprir com as metas de justiça climática em um mundo “desigual e dividido”, pedindo o aumento no financiamento, incluindo para adaptação e perdas e danos.

O papel dos países desenvolvidos

Guterres reforçou que os países desenvolvidos devem dobrar o financiamento para adaptação para US$ 40 bilhões por ano até 2025 e fornecer detalhes sobre como planejam cumprir.

A visão do Brasil

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, também discursou na abertura da COP28. Ele ressaltou como o país tem sofrido com eventos climáticos e apontou que, enquanto há pouco financiamento para a agenda do clima, muito é investido em armamento. Segundo Lula, no ano passado, “o mundo gastou mais de US$ 2,2 trilhões em armas”. Em sua opinião, essa quantia poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática.

A COP28 foi um passo importante na luta global contra a crise climática. No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito. É necessário um esforço global para reduzir as emissões, acelerar a transição para energias renováveis e aumentar o financiamento para adaptação e perdas e danos. Apenas através desses esforços poderemos esperar combater efetivamente a crise climática e proteger nosso planeta para as gerações futuras.

Brasil e Alemanha em Parceria Estratégica para a Biossegurança

Em uma iniciativa sem precedentes, o Brasil e a Alemanha assinaram um acordo de cooperação para a construção do laboratório de máxima contenção biológica, o NB4. Este laboratório será construído no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado em Campinas, São Paulo. O NB4 permitirá estudos de patógenos capazes de causar doenças graves e com alto grau de transmissibilidade.

Uma Parceria Estratégica

A declaração conjunta de intenção foi assinada em Berlim, envolvendo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM, o Ministério da Saúde (MS) e o Instituto Robert Koch (RKI) da Alemanha. A ministra Luciana Santos, após a assinatura do acordo, afirmou que a parceria do Instituto Robert Koch no planejamento, construção, operação, monitoramento e avaliação de instalações de nível de biossegurança 4 é uma prova do quanto é estratégica a cooperação entre Brasil e Alemanha.

Preparando-se para o Futuro

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que a parceria está em total consonância com a estratégia traçada no Ministério da Saúde para o enfrentamento de eventuais pandemias. Ela ressaltou a necessidade de estarmos cada vez mais preparados para utilizar nossa expertise nas múltiplas áreas de conhecimento e também munidos do que há de mais avançado em tecnologia.

Orion: Um Laboratório Único

O NB4, batizado de Orion, será o primeiro laboratório de máxima contenção biológica na América Latina. Além disso, será o único no mundo que será conectado a uma fonte de luz síncrotron. O CNPEM opera uma das três fontes de luz síncrotron de quarta geração do mundo, o Sirius, que utiliza aceleradores de elétrons para produzir um tipo especial de luz. A luz síncrotron é utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas mais variadas formas, com aplicações em praticamente todas as áreas do conhecimento.

Investimento em Ciência e Tecnologia

A construção do NB4 foi incluída no Novo Programa de Aceleração do Crescimento e deve receber R$ 1 bilhão em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) até 2026. A exemplo do Sirius, o NB4 será uma infraestrutura aberta e a serviço dos desafios da saúde pública do país.

Colaboração Internacional

A colaboração com o Instituto Robert Koch, instituição do governo alemão responsável pelo controle e prevenção de doenças, tem como objetivo o desenvolvimento de infraestruturas de máxima segurança biológica e o avanço do conhecimento na área da saúde. O presidente do Instituto Robert Koch, Lars Schaade, ressaltou os atuais desafios que ampliaram a relevância da instituição na proteção da saúde, como as mudanças climáticas, movimentos migratórios e a desigualdade no acesso à saúde.

Em resumo, a parceria entre Brasil e Alemanha representa um marco importante na ciência e na saúde pública, demonstrando o compromisso de ambos os países em enfrentar os desafios globais de saúde.

Fundo de Perdas e Danos É Uma Nova Esperança para a Crise Climática

A Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima de 2023 (COP28) marcou um momento histórico na luta contra as mudanças climáticas. Após 30 anos de cobranças, os países reunidos na conferência anunciaram a criação do Fundo de Perdas e Danos. Este fundo tem como objetivo compensar as nações mais vulneráveis aos estragos causados pela crise climática.

Origem do Fundo

A criação deste mecanismo financeiro foi determinada na última COP, realizada no Egito em 2022. O Fundo recebeu doações voluntárias de países como Japão, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Alemanha, totalizando US$ 420 milhões. Além disso, será hospedado pelo Banco Mundial e administrado por um conselho de 26 membros, sendo 12 de países desenvolvidos e 14 de países pobres ou emergentes.

Objetivos do Fundo

O Fundo fornecerá financiamento para enfrentar uma variedade de desafios associados aos efeitos adversos das alterações climáticas. Isso inclui emergências relacionadas ao clima, subida do nível do mar, deslocamento, relocação, migração, falta de informações e dados climáticos, e a necessidade de reconstrução e recuperação resilientes às alterações climáticas. O documento aprovado na COP28 também cita a possibilidade de financiar o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza.

Desafios e Perspectivas

Apesar do avanço significativo, a falta de definição sobre quem irá financiar o fundo e como será o acesso a esse dinheiro ainda geram dúvidas sobre a efetividade da política. Stela Herschmann, coordenadora adjunta de Política Internacional do Observatório do Clima, destaca que ainda há dúvidas sobre se o Banco Mundial vai atender as demandas dos países vulneráveis e se haverá recursos necessários para reparar os danos causados pela mudança climática.

Natalie Unsterstell, presidente do Instituto Talanoa, considera que a criação do fundo foi o politicamente possível dentro de uma organização com 195 países. Ela reconhece que os recursos ainda são muito insuficientes, mas ressalta a importância do mecanismo para os países mais pobres e afetados pela crise climática.

A criação do Fundo de Perdas e Danos é um passo importante na luta contra as mudanças climáticas. No entanto, ainda há muitos desafios a serem superados para garantir sua efetividade. É essencial que os países desenvolvidos continuem a contribuir para o fundo e que sejam estabelecidos mecanismos claros para o acesso aos recursos. Apenas assim poderemos esperar que este fundo traga uma mudança real para as nações mais vulneráveis à crise climática.

 

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Brasil: Um Gigante dos Biocombustíveis

O Brasil, conhecido por sua rica biodiversidade e vastos recursos naturais, está se posicionando como um líder global na produção de biocombustíveis. Durante um painel recente na COP28, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou as potencialidades do Brasil para a produção de biocombustíveis.

O Programa Combustível do Futuro

O Programa Combustível do Futuro é uma iniciativa que visa a produção de combustíveis sustentáveis, como o combustível sustentável de aviação (SAF), o diesel verde (HVO), e o etanol de segunda geração, além dos já conhecidos etanol hidratado e biodiesel. Este programa tem o potencial de atrair mais de R$ 200 bilhões em investimentos para o Brasil até 2037.

A interligação do RenovaBio e do Rota 2030, dois programas de redução de emissões de gases de efeito estufa, deve gerar R$ 105 bilhões. Além disso, espera-se que mais R$ 15 bilhões venham da combinação de investimentos em SAF e HVO, e outro R$ 1 bilhão em combustíveis sintéticos.

A Contribuição dos Biocombustíveis

Os biocombustíveis advindos do etanol, biodiesel, combustíveis sintéticos e biometano devem contribuir com mais de R$ 65 bilhões. A captura e estocagem de carbono, uma tecnologia emergente que pode ajudar a mitigar as mudanças climáticas, deve contribuir com mais R$ 3 bilhões.

Projetos Concretos e Futuros

O Brasil já tem projetos concretos em andamento, incluindo uma planta de biorrefino na Bahia, a primeira perfuração de poço para captura de carbono no Mato Grosso, e uma usina de etanol de 2ª geração em São Paulo. Estes projetos são sinais de segurança jurídica, estabilidade regulatória, política, ambiental e social.

Reconhecimento Internacional

O diretor executivo da Agência Internacional de Energia, Fatih Birol, elogiou a iniciativa do Programa Combustível do Futuro. Este programa cria políticas públicas e inclui na matriz energética brasileira novos combustíveis e marcos regulatórios.

O Brasil tem uma longa história com biocombustíveis, com 50 anos de produção de etanol e 20 anos de motores flex e do programa de biodiesel. Com a crescente necessidade de soluções sustentáveis para os desafios energéticos do mundo, o Brasil está bem posicionado para liderar o caminho na produção de biocombustíveis. A contribuição dos biocombustíveis para a produção de hidrogênio, utilizando materiais como a vinhaça e a torta de filtro, produtos que hoje têm baixo valor agregado, é apenas um exemplo do potencial inovador do Brasil neste campo.

A Cúpula Social do Mercosul Rumo à Integração e Desenvolvimento

O Rio de Janeiro está se preparando para receber a Cúpula de Líderes do Mercosul, um evento significativo onde altas autoridades e chefes de Estado se reunirão para discutir iniciativas para a integração e desenvolvimento da região. No entanto, antes que os líderes assumam o centro do palco, a atenção estará voltada para os representantes da sociedade civil na Cúpula Social.

A Retomada da Cúpula Social

A Cúpula Social, que estava suspensa desde 2016, está sendo retomada como um compromisso do Brasil, que assumiu a presidência pro tempore do Mercosul em julho de 2023. Os encontros serão realizados no Museu do Amanhã e no Museu de Arte do Rio (MAR), com a participação de cerca de 300 representantes de organizações e movimentos da sociedade civil, além de autoridades dos países membros e associados do bloco econômico.

A Importância da Participação Social

A realização de um evento com destaque para a participação social na agenda internacional dias antes de um encontro de autoridades é uma prática semelhante à que ocorreu em agosto, em Belém, quando os Diálogos Amazônicos antecederam a Cúpula da Amazônia. Mesas temáticas discutirão o papel da participação social para a democracia, desafios comuns e integração entre os povos. Cinco grupos de trabalho tratarão de assuntos como enfrentamento à fome e à pobreza, cidadania e direitos humanos, desenvolvimento e meio ambiente e fortalecimento da participação social.

Representantes da Sociedade Civil

Entre os representantes da sociedade civil convidados para o evento está Quintino Severo, secretário adjunto de Relações Internacionais da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Ele representará a Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS). Segundo Severo, o encontro internacional é uma oportunidade para a defesa dos direitos trabalhistas.

Cultura e Igualdade Racial

A programação cultural na Cúpula Social inclui uma exposição sobre o ritmo funk, como forma de expressão e liberdade, e uma roda de samba. O Museu do Amanhã e o MAR ficam a poucas quadras da região conhecida como Pequena África, que guarda a herança da chegada e da presença de negros africanos trazidos à força para a América do Sul.

Roberta Eugênio, secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial, participará de um encontro com representantes de minorias afrodescendentes nos países vizinhos. Ela enfatiza que o debate sobre as desigualdades raciais não é restrito a um país que tenha a maioria da sua população negra.

Os resultados das discussões da Cúpula Social serão encaminhados aos líderes dos países do bloco econômico no dia 7 deste mês. A Cúpula Social do Mercosul traz uma mensagem de fortalecimento da integração entre os povos por meio da participação social. A retomada da Cúpula Social após tantos anos é vista como uma iniciativa muito importante, destacando a necessidade de aperfeiçoar a participação social e contribuir para a justiça social.

 

Saiba mais: Reino Unido Aumenta Contribuição para o Fundo Amazônia

Reino Unido Aumenta Contribuição para o Fundo Amazônia

O Reino Unido anunciou uma nova doação de 35 milhões de libras (R$ 215 milhões) para o Fundo Amazônia durante a COP28, a conferência do clima da ONU, realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Esta doação vem após a contribuição de 80 milhões de libras (R$ 500 milhões) anunciada em maio, elevando o total de contribuições do Reino Unido para 115 milhões de libras (R$ 715 milhões).

Compromissos Firmados

Os compromissos foram firmados pela ministra Marina Silva, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e a secretária de Segurança Energética e Emissões Zero do Reino Unido, Claire Coutinho. O primeiro-ministro Rishi Sunak já havia demonstrado ao presidente Lula interesse em cooperar mais com o fundo.

Claire Coutinho expressou sua satisfação com a nova contribuição, afirmando: “Estou muito feliz que pudemos apoiar o Fundo Amazônia com mais 35 milhões de libras hoje, o que leva a contribuição total do Reino Unido para 115 milhões de libras”.

Parceria Histórica

Marina Silva destacou a “parceria histórica” entre os dois países, no apoio ao financiamento de projetos-piloto de preservação da floresta. Ela ressaltou a importância de ter um banco de desenvolvimento social financiando a proteção da Amazônia e o desenvolvimento sustentável, com 23 ministérios trabalhando a agenda da sustentabilidade.

Impacto do Fundo Amazônia

A doação, segundo Aloizio Mercadante, aumenta o impacto do fundo, que foi retomado em janeiro após quatro anos de paralisação por decisão do governo anterior. Cerca de R$ 3,9 bilhões doados por Noruega e Alemanha ficaram sem uso neste período.

Mercadante afirmou: “Essa doação garante mais impacto e convergência das políticas públicas. O Brasil quer ser o primeiro país a chegar à emissão zero. Vamos cumprir a meta que assumimos na COP de Paris e contamos com a solidariedade internacional”.

Novas Doações

Desde o início do ano, houve anúncios de novas doações que somam cerca de R$ 3,7 bilhões. Os EUA se comprometeram com a doação de US$ 500 milhões e a Alemanha, com 35 milhões de euros. A União Europeia anunciou 20 milhões de euros, a Dinamarca, R$ 150 milhões de coroas dinamarquesas, e a Suíça, cerca de R$ 5 milhões de francos.

Sobre o Fundo Amazônia

O Fundo Amazônia prevê o apoio não reembolsável a ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento e de conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. Até 20% dos recursos do mecanismo podem ser usados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros ou países tropicais.

Desde sua criação, a iniciativa já apoiou 106 projetos, com investimento total de R$ 1,8 bilhão. Os projetos beneficiaram aproximadamente 241 mil pessoas com atividades produtivas sustentáveis, além de 101 Terras Indígenas na Amazônia e 196 Unidades de Conservação.

 

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Indústria Petrolífera Visa Um Futuro Sustentável

Em um movimento sem precedentes, cinquenta das maiores empresas petrolíferas do mundo, incluindo a Petrobras, ExxonMobil e Aramco, anunciaram sua adesão a um pacto para a redução das emissões de suas operações. Essas empresas são responsáveis por 40% da produção mundial de petróleo.

O Pacto

A Carta de Descarbonização do Petróleo e do Gás, celebrada pelo presidente da COP28, Sultan Al Jaber, é vista como “um grande primeiro passo”. O documento prevê “operações neutras em termos de carbono” até 2050, o fim da queima de gás até 2030 e a redução das emissões de metano para quase zero.

Além disso, o pacto também prevê o investimento em energias renováveis, “combustíveis com baixo teor de carbono” e “tecnologias de emissões negativas”.

Críticas

Apesar do otimismo, organizações ambientalistas criticaram a carta por não fazer menção à eliminação do uso de combustível fóssil em algum momento. Alexandre Prado, líder de Mudanças Climáticas da WWF-Brasil, argumentou que a iniciativa é insuficiente, pois está limitada à redução de emissões de exploração de petróleo e gás, sem nenhuma menção à eliminação de combustível fóssil de maneira gradual.

Créditos de Carbono

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, publicou um vídeo no qual expõe o plano da empresa de se valer de créditos de carbono para alcançar a compensação por suas emissões. Ele argumenta que os créditos vão permitir acelerar a descarbonização da Petrobras e do Brasil, atuando na manutenção da floresta em pé e no restauro de ecossistemas.

A transição para um futuro sustentável é um desafio complexo que requer a colaboração de todos os setores da sociedade. Embora a iniciativa das empresas petrolíferas seja um passo importante, é claro que ainda há muito trabalho a ser feito. A eliminação gradual dos combustíveis fósseis e a transição para fontes de energia renováveis são essenciais para combater as mudanças climáticas e garantir um futuro sustentável para todos.

 

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O Brasil no Palco Global: Uma Análise das Recentes Declarações do Presidente Lula

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente participou da 28ª Conferência dos Estados-Partes do Acordo Quadro de Mudança Climática da ONU (COP 28) e compartilhou suas visões sobre vários tópicos importantes em uma entrevista coletiva.

COP 28 e a Transição Energética

Lula expressou grande satisfação com a participação do Brasil na COP 28. Ele destacou a importância do Brasil no cenário global de mudanças climáticas, citando a experiência do país e o papel crucial que desempenhará na transição energética. Ele acredita que nenhum país do mundo pode discutir a questão do clima sem levar em conta a existência do Brasil. Lula também mencionou que o Brasil tem a capacidade única de oferecer ao planeta uma variedade de opções de energia limpa. Ele vê isso como uma oportunidade para o Brasil fazer uma revolução econômica no século 21, a partir da bioeconomia, da economia verde e da renovação energética que o mundo está passando.

OPEP+

O Chefe de Estado também falou sobre a participação do Brasil na OPEP+. Ele vê isso como uma oportunidade para o Brasil discutir com a OPEP a necessidade dos países ricos em petróleo de começar a investir um pouco do seu dinheiro para ajudar os países pobres do continente africano, da América Latina e da Ásia a investir em energia limpa. Lula acredita que é participando desse fórum que o Brasil poderá convencer as pessoas de que uma parte dos recursos ganhos com o petróleo deve ser investida para anular o petróleo e criar alternativas.

Mercosul e União Europeia

O presidente brasileiro também comentou sobre as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, a respeito do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Ele mencionou que a posição de Macron é conhecida historicamente, pois a França sempre foi o país que criou obstáculos no acordo do Mercosul com a União Europeia. Lula argumentou que a França precisa reconhecer que o Brasil também tem pequenos produtores e indústrias que querem crescer. Ele expressou sua determinação em não facilitar as compras governamentais porque quer que a indústria brasileira cresça.

Venezuela e Guiana

Em relação à crise atual envolvendo a Venezuela e a Guiana, Lula enfatizou que a América do Sul não precisa de mais confusão neste momento. Ele acredita que o que é necessário para o crescimento e a melhoria da vida do povo é trabalhar com muita disposição para melhorar a vida do povo, e não ficar pensando em brigas ou inventando histórias. Ele expressou sua esperança de que o bom senso prevaleça tanto do lado da Venezuela quanto do lado da Guiana.

Essas declarações do presidente Lula destacam a posição do Brasil em questões globais importantes e o papel que o país pretende desempenhar no futuro. Elas também ressaltam a determinação do Brasil em promover a transição energética, influenciar a política global de petróleo e defender seus interesses comerciais.

Auxílio Extraordinário para Pescadores Artesanais: Uma Resposta à Seca na Região Norte

A seca na Amazônia, considerada a pior dos últimos 43 anos, tem afetado gravemente a vida e o sustento de muitos habitantes da região, especialmente os pescadores artesanais. Em resposta a essa crise, o governo federal, por meio da Medida Provisória 1.192, liberou o pagamento do auxílio extraordinário para os pescadores artesanais dos municípios da Região Norte afetados pela estiagem.

Detalhes do Auxílio

O auxílio consiste em uma parcela única de R$ 2.640, que será creditada diretamente na conta bancária do beneficiário. O pagamento será realizado de acordo com o último número do CPF do beneficiário. Os cadastros terminados em 0, 1, 2 e 3 receberão o auxílio na próxima quarta-feira. Os com final 4, 5 e 6, na quinta-feira; e na sexta-feira, receberão os pescadores com CPF terminado em 7, 8 e 9.

Quem tem direito?

O auxílio extraordinário é destinado aos pescadores que receberam o seguro-defeso e residem nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Pará. O benefício será concedido mesmo que o beneficiário seja titular de auxílios assistenciais ou previdenciários. Para ter direito ao auxílio, o pescador deve ter tido o seguro-defeso concedido no ciclo passado (setembro de 2022) e do ciclo atual, desde que o seguro tenha sido concedido até 1º de novembro.

Municípios Atendidos

  • Acre: Acrelândia, Assis Brasil, Brasiléia, Bujari, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Jordão, Mâncio Lima, Manoel Urbano, Marechal Thaumaturgo, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter, Rio Branco, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Senador Guiomard, Tarauacá, Xapuri.
  • Amazonas: Anori, Atalaia do Norte, Autazes, Barcelos, Barreirinha, Benjamin Constant, Beruri, Boa Vista do Ramos, Boca do Acre, Borba, Carauari, Careiro, Careiro da Várzea, Coari, Codajás, Eirunepé, Envira, Fonte Boa, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Iranduba, Itacoatiara, Itamarati, Japurá, Juruá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manaus, Manicoré, Maraã, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã, Parintins, Rio Preto da Eva, Santa Isabel do Rio Negro, Santo Antônio do Içá, São Paulo de Olivença, São Sebastião do Uatumã, Silves, Tabatinga, Tapauá, Tefé, Uarini, Urucará, Urucurituba.
  • Amapá: Amapá, Tartarugalzinho.
  • Pará: Alenquer, Almeirim, Aveiro, Belterra, Bom Jesus do Tocantins, Curuá, Faro, Itaituba, Jacareacanga, Juruti, Mojuí dos Campos, Monte Alegre, Óbidos, Oriximiná, Pacajá, Porto de Moz, Prainha, Rurópolis, Santarém, Terra Santa.

A Crise

De acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a seca na Amazônia já é considerada a pior dos últimos 43 anos na região. Desde 1980, a estação menos chuvosa na Amazônia não apresentava índices tão baixos de chuva.

Este auxílio extraordinário é uma resposta crucial para ajudar os pescadores artesanais a enfrentar os desafios impostos pela seca severa. É um passo importante para garantir que esses trabalhadores possam continuar a sustentar suas famílias durante este período difícil.

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JBS Investe em Rastreabilidade e Sustentabilidade na Cadeia do Gado no Pará

A JBS, uma das maiores empresas globais de alimentos, anunciou um investimento significativo de R$ 43,3 milhões nos próximos três anos para melhorar a transparência e a rastreabilidade da cadeia do gado no Pará. Este anúncio foi feito na COP-28, em Dubai, e marca um passo importante para a sustentabilidade na indústria de alimentos.

Rastreabilidade Individual do Gado

A JBS está liderando um projeto-piloto que busca a implementação do sistema de rastreabilidade individual de gado no Pará. Este programa prevê que o estado adote a rastreabilidade individual do rebanho, garantindo integridade e transparência para a cadeia produtiva na região.

O governador Helder Barbalho anunciou que, até 2026, 100% do rebanho do Estado do Pará terá chips para rastreabilidade individual, do nascimento ao abate. Este passo é visto como um avanço significativo para a indústria e é apoiado por fundos privados.

Apoio aos Pequenos Produtores

Além da rastreabilidade, a JBS também está comprometida em apoiar pequenos produtores com programas de regularização ambiental e adoção de práticas regenerativas e sistemas agroflorestais. Esta iniciativa não apenas melhora a sustentabilidade, mas também abre novos mercados para os produtores.

Reações ao Anúncio

Marcela Rocha, diretora-executiva de Assuntos Corporativos da JBS, falou sobre a importância da iniciativa para o Brasil continuar avançando. Ela destacou o orgulho da empresa em responder à sua capacidade de produção de forma sustentável e a segurança que a rastreabilidade individual traz para a produção.

O anúncio também contou com a presença e apoio dos ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, Paulo Teixeira. Eles enfatizaram a necessidade de iniciativas como essa e de recursos para que as boas práticas se tornem realidade e sejam certificadas.

Este investimento da JBS é um passo significativo para a sustentabilidade na indústria de alimentos. Através da rastreabilidade individual do gado e do apoio aos pequenos produtores, a JBS está demonstrando seu compromisso com a produção sustentável de alimentos. Com o apoio do governo e dos ministros, esta iniciativa tem o potencial de se tornar uma referência para outros estados e para o mundo.

A Importância da Agricultura Familiar e a Estigmatização da Pecuária

Paulo Teixeira, Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar do Brasil, destacou a importância de olhar com cuidado para a agricultura familiar. Ele ressaltou que a iniciativa propõe um encontro fundamental entre a questão ambiental e a questão social. Teixeira afirmou: “Temos hoje uma estigmatização da pecuária no mundo, mas o que está se propondo aqui mostra que isso não é verdade e que é possível ter uma atividade pecuária na Amazônia que mostra sua natureza sustentável, que muda uma chave e propõe uma atividade que ajude inclusive a preservar a Amazônia”.

Investimento no Fundo Amazônia Oriental

Parte dos investimentos anunciados será aportada no Fundo Amazônia Oriental (FAO), para apoiar pequenos produtores no custeio da aplicação de identificadores individuais no rebanho. Ao todo, a JBS investirá R$ 5 milhões até 2026 na iniciativa.

Início do Programa de Rastreabilidade Individual

O programa para rastreabilidade individual já teve início com a aplicação de identificadores eletrônicos individuais do gado na unidade da Friboi em Marabá (PA). Neste momento, ele também conta com o apoio de entidades não governamentais e da MSD Saúde Animal, proprietária da marca Allflex, líder em identificação animal, que forneceu os identificadores eletrônicos, treinamentos, equipamentos para leitura dos dados e o software que consolida as informações sobre cada animal.

Após o período de testes, que busca a completa validação do sistema e o desenvolvimento de protocolos para utilização da tecnologia pelas fazendas que fornecem diretamente para a JBS, a empresa vai amparar os demais parceiros no projeto e o governo estadual para iniciar os testes nas fazendas de cria e recria de animais, com o objetivo de permitir a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva da pecuária desde o nascimento dos animais.

Compromisso da JBS com Pequenos Produtores e Transparência na Pecuária

“Com mais essa parceria com o estado do Pará, estamos fortalecendo nosso compromisso em apoiar os pequenos produtores e aprimorar a transparência na pecuária. Esses programas refletem nosso esforço contínuo em promover práticas produtivas mais sustentáveis e são importantes não apenas para impulsionar a agropecuária paraense, mas para desenvolvermos um sistema único de rastreabilidade no Brasil e assim avançarmos em direção a uma produção cada vez mais transparente e responsável”, afirma Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.

Pacote de Iniciativas para a Evolução da Agropecuária Paraense Sustentável

O anúncio desta sexta-feira contempla um pacote de iniciativas que buscam a evolução da agropecuária paraense sustentável e que são apoiadas pela JBS. Até 2026, a Companhia investirá R$ 3 milhões para custeio e expansão das unidades dos Escritórios Verdes no estado, viabilizando a regularização de milhares de produtores através da Plataforma Territórios Sustentáveis, programa do governo estadual que visa dar escala e efetividade às iniciativas de desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono no Pará.

Apoio aos Fazendeiros e Melhoria da Gestão

Os Escritórios Verdes (EVs), atualmente localizados nas cidades de Marabá, Redenção, Santana do Araguaia e Tucumã, apoiam os fazendeiros na busca de métodos produtivos mais eficientes e sustentáveis, assim como na regularização de propriedades que tenham algum tipo de passivo ambiental. A JBS investirá outros R$ 375 mil por meio do Fazenda Nota 10, uma iniciativa voltada para a melhoria da gestão com foco no aumento da produtividade em fazendas de pecuária.

Fundo JBS pela Amazônia e Programa JUNTOS

O Fundo JBS pela Amazônia também é um importante promotor de ações sustentáveis que visam o desenvolvimento socioeconômico local. O programa JUNTOS: Pessoas + Florestas + Pecuária, em parceria com a empresa Rio Capim Agrossilvipastoril, busca a inclusão do produtor de bezerros e garrotes na transição para a pecuária de baixo carbono. O Fundo JBS aportou inicialmente R$ 10 milhões no programa, que planeja atender mais de 3.500 famílias nos principais estados da Amazônia Legal.

Projeto RestaurAmazônia

O projeto RestaurAmazônia, da Fundação Solidaridad, promove a união entre os sistemas agroflorestais de cacau, pecuária sustentável de cria e a preservação das áreas de floresta no estado. Este projeto também é apoiado pelo Fundo JBS, com aportes que totalizarão R$ 25 milhões e que serão concluídos até 2026. O objetivo é dar escala ao trabalho de restauração produtiva e beneficiar 1.500 famílias rurais, em uma área de 75 mil hectares que se estende por quatro municípios paraenses da Transamazônica.

Este pacote de iniciativas demonstra o compromisso da JBS com a evolução da agropecuária paraense sustentável e o desenvolvimento socioeconômico local. Com esses investimentos e programas, a JBS está liderando o caminho para uma produção de alimentos mais transparente e responsável.

Pesquisadores do CMCC na COP28: Uma Visão Geral

A Conferência das Partes (COP) é o órgão supremo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Durante a COP, os representantes de todo o mundo se reúnem para discutir e negociar medidas para combater as mudanças climáticas. A COP28, realizada em Dubai, é um evento crucial que reúne líderes mundiais, cientistas, empresários e ativistas para discutir as questões mais prementes relacionadas às mudanças climáticas.

Neste contexto, o Centro Euro-Mediterrâneo sobre Mudança Climática (CMCC) desempenha um papel fundamental, fornecendo conhecimento científico e apoio técnico à delegação italiana e a outras partes interessadas. Este artigo destaca a participação de vários pesquisadores do CMCC na COP28, detalhando suas contribuições e áreas de foco. Cada um desses pesquisadores traz uma riqueza de conhecimento e experiência para a mesa, abordando uma variedade de tópicos, desde a ciência do clima até a mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Vamos conhecer esses indivíduos e aprender mais sobre seu trabalho crucial na COP28.

 Antonio Navarra

Antonio Navarra, presidente do CMCC e professor da Universidade de Bolonha, estará em Dubai durante a última semana da COP. Ele participará de uma série de eventos, incluindo a Escola de Pesquisa Futura Terra, Educação de Alto Nível para um Futuro Sustentável e Empregos Verdes, organizados pelo CMCC.

Carlo Carraro

Carlo Carraro, presidente emérito da Universidade Ca’Foscari de Veneza e ex-membro do Conselho do IPCC, está em Dubai para abordar um dos temas centrais da COP28: financiamento climático. Ele participará do evento Mitigação e adaptação climática através da difusão de ciência-tecnologia e desenvolvimento de empreendedorismo nas regiões mediterrâneas e africanas.

Anna Pirani

Anna Pirani coordena a equipe do CMCC, fornecendo apoio científico à delegação italiana nas negociações. Sua contribuição diz respeito ao conteúdo da ciência climática e seu papel nas negociações. Anna também participa de várias reuniões sobre diferentes tópicos abordados por suas atividades de pesquisa, como avaliação de risco de desastres.

Shouro Dasgupta

Shouro Dasgupta, pesquisador do CMCC, é membro da equipe de cientistas que apoia o governo de Burkina Faso. Ele é um dos autores do relatório Lancet Countdown sobre saúde e mudanças climáticas, um dos temas centrais de sua pesquisa.

Marta Ellena

Marta Ellena, pesquisadora do CMCC, faz parte da equipe de apoio científico da delegação italiana, onde se concentrará em questões de adaptação às mudanças climáticas. Os tópicos de adaptação no ambiente urbano, impactos e soluções para as cidades diante das mudanças climáticas, saúde e mudanças climáticas no ambiente urbano são os temas centrais de sua pesquisa. Ellena também participará do evento Mudanças Climáticas e Saúde, e o Papel das Instituições Acadêmicas e Direções Futuras de Pesquisa.

Elisa Calliari

Elisa Calliari, pesquisadora do CMCC, está na equipe de apoio científico da delegação italiana, onde lidará em particular com Perdas e Danos, um dos temas centrais desta COP, das COPs recentes e provavelmente também das próximas.

Maria Vincenza Chiriacò e Matteo Bellotta

Maria Vincenza Chiriacò e Matteo Bellotta, pesquisadores do CMCC, estão na equipe de apoio científico à delegação italiana, onde lidarão com outra questão central nas negociações, ou seja, o papel da Agricultura, Silvicultura e Uso da Terra em Cenários de Mitigação (AFOLU). A pesquisa de Chiriacò e Bellotta também aborda a questão da alimentação sustentável e a relação entre produção, consumo e desperdício de alimentos com as mudanças climáticas.

Giulia Galluccio

Giulia Galluccio, diretora da divisão de pesquisa de Sistemas de Informação para Ciência Climática e Tomada de Decisão do CMCC, lida com a interface entre o conhecimento científico do CMCC e a tomada de decisão. Gallucio está em Dubai, onde está participando do evento Escola de Pesquisa Futura Terra, Educação de Alto Nível para um Futuro Sustentável e Empregos Verdes.

Alfredo Reder

Alfredo Reder, pesquisador do CMCC, cujo trabalho se concentra no clima urbano usando modelos de alta definição, ilhas de calor urbano e a eficácia das medidas de adaptação a esses fenômenos. Reder está em Dubai, onde participa do evento Mudanças Climáticas e Saúde, e o Papel das Instituições Acadêmicas e Direções Futuras de Pesquisa.

Educação Ambiental e a Expedição Vou de Canoa: Uma Jornada de Transformação

A educação ambiental ganhou um novo aliado: uma canoa polinésia. Através de uma expedição inédita, patrocinada pela Fundação Toyota do Brasil, mais de 250 crianças em situação de vulnerabilidade de 9 municípios do litoral fluminense tiveram a oportunidade de ampliar seus horizontes. Essa jornada se tornará o tema do documentário “1ª Expedição Vou de Canoa”, cujo lançamento está previsto para 1° de dezembro, em Sorocaba (SP).

Uma Jornada Inesquecível

O documentário captura momentos marcantes da trajetória percorrida por cerca de 100 remadores, que se revezaram ao longo de 416 km de Macaé até Paraty. O filme promete emocionar os espectadores com depoimentos de diversos atores sociais que participaram da iniciativa, incluindo as crianças impactadas. O documentário também conta com a participação especial do escritor e navegador Amyr Klink, que esteve presente na chegada da Expedição, em Paraty.

O Projeto Vou de Canoa

Idealizado por Luiza Perin, o Projeto Vou de Canoa utiliza a canoa polinésia como ferramenta para a transformação socioambiental. Atuando por meio de três pilares: educação, esporte e cultura, o projeto é voltado para crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social. Cerca de 3,7 mil alunos já foram impactados pelo projeto, que é ligado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 13, com foco na ação contra a mudança global do clima.

O Papel da Fundação Toyota do Brasil

Criada há 14 anos, a Fundação Toyota do Brasil é uma instituição sem fins lucrativos que busca promover a preservação e defesa do meio ambiente, educação para o exercício da cidadania, ajuda humanitária e promoção e conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural. Atualmente, a Fundação apoia 12 projetos de norte a sul do país, todos conectados a pelo menos um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

A “1ª Expedição Vou de Canoa” é um exemplo inspirador de como a educação ambiental pode ser promovida de maneira inovadora e impactante. Através da canoa polinésia, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade têm a oportunidade de aprender sobre a importância da preservação dos mares e da ação contra a mudança global do clima. Com o lançamento do documentário, espera-se que a mensagem de transformação social e preservação ambiental alcance um público ainda maior. A previsão é que, a partir de fevereiro de 2024, o documentário seja reproduzido em outros eventos.

 

Saiba mais: A Pecuária Regenerativa e Rastreável: Uma Nova Era para a Pecuária Brasileira

A Pecuária Regenerativa e Rastreável: Uma Nova Era para a Pecuária Brasileira

No dia 1º de dezembro, durante a COP28 nos Emirados Árabes Unidos, um painel intitulado “Caminhos para uma pecuária regenerativa e rastreável” foi realizado no Pavilhão do Brasil. Este evento destacou a importância da rastreabilidade e como as boas práticas de pecuária regenerativa podem contribuir para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, impulsionar a economia brasileira e melhorar a imagem da pecuária brasileira nos mercados globais.

Participantes do Painel

O painel foi moderado por Renata Potenza, coordenadora de projetos de clima e cadeias agrícolas no Imaflora, e contou com a participação de vários especialistas renomados no campo da pecuária sustentável. Entre eles estavam Luiza Bruscato, diretora executiva da Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável; Joaquim Bento de Souza, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP; Ricardo Negrini, procurador da República no Ministério Federal; Sheila Guebara, diretora de Sustentabilidade na JBS Brasil; e Pedro Burnier, gerente do Programa Pecuária na Amigos da Terra.

A Importância da Rastreabilidade

Durante o painel, os especialistas discutiram a necessidade de avançar na individualização do rebanho. Luiza Bruscato comentou sobre o trabalho da Mesa Brasileira na unificação dos sistemas brasileiros e na utilização de uma numeração oficial. Ela reconheceu que este é um desafio, especialmente com a questão do Green Deal e da EUDR, mas enfatizou a necessidade de avançar em questões específicas prioritárias e implementar esse processo para alcançar todos os indiretos até os frigoríficos.

Pecuária Regenerativa e Sustentabilidade

Os especialistas também abordaram como as boas práticas de manejo de pastagens e o cumprimento do Código Florestal podem contribuir para a sustentabilidade da pecuária. Eles discutiram os desafios regulatórios relacionados à rastreabilidade e como a pecuária brasileira vem se adaptando às urgências climáticas.

Na conclusão do painel, Luiza Bruscato enfatizou que a mudança só vai acontecer quando o produtor rural se empoderar e se engajar nesta agenda. Ela destacou a necessidade de começar a conversar com as mais de 5 milhões de propriedades rurais que trabalham para fazer a nossa comida.

Efeitos

Este evento, organizado pelo Imaflora, Pnuma, Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e Observatório do Código Florestal (OCF), e apoiado pela Mesa Brasileira e alguns de seus associados, destacou a importância da pecuária regenerativa e rastreável para o futuro da pecuária brasileira. A Mesa Brasileira da Pecuária Sustentável, que reúne todos os elos da cadeia de produção da carne bovina com um objetivo comum de promover a sustentabilidade na pecuária, tem trabalhado nos últimos dez meses na criação de diretrizes para uma rastreabilidade individual, que seja factível e eficiente, de aplicação em todo território nacional, e escalonado a partir das diferenças territoriais e culturais do Brasil. Este painel serviu como um lembrete de que é possível produzir carne com a manutenção da biodiversidade.

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A ApexBrasil e a Sustentabilidade: Uma Visão para o Futuro

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) tem desempenhado um papel significativo no suporte à presença do Brasil em conferências globais. Desde 2016, a agência tem sido uma das cocriadoras do pavilhão nacional em várias conferências, incluindo a Expo City Dubai.

O Papel da ApexBrasil na COP 28

Este ano, a ApexBrasil está novamente presente na Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 28). O Pavilhão do Brasil na conferência será um espaço crucial para debates internacionais e apresentação de soluções e projetos desenvolvidos pelo país.

A ApexBrasil tem como objetivo destacar as oportunidades de negócios e investimentos em setores relacionados à economia verde e à sustentabilidade. A agência apresenta o Brasil como um país capaz de oferecer produtos e serviços alinhados com as metas de combate à crise climática global.

Além disso, a ApexBrasil promove a imagem do país como uma nação comprometida com a manutenção das condições climáticas para a vida no Planeta Terra. A agência destaca políticas e práticas sustentáveis adotadas por empresas brasileiras e busca parcerias estratégicas com investidores e compradores internacionais interessados em soluções que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

Iniciativas da ApexBrasil

Na COP 28, a ApexBrasil, em colaboração com o SEBRAE, lançou um regulamento específico para a participação de startups no evento. Seis startups foram escolhidas para integrar um grupo seleto de 100 startups que apresentam soluções inovadoras, tecnologias e produtos voltados para um futuro sustentável.

Essas empresas terão um dia reservado em sua agenda para visitas técnicas a programas de softlanding para startups em Dubai, programado para o dia 7/12. A oportunidade visa expandir ainda mais os horizontes dessas empresas, facilitando conexões e ampliando seu impacto no cenário global.

A participação da ApexBrasil na COP 28 é um exemplo do compromisso do Brasil com a agenda de sustentabilidade. A agência está trabalhando para posicionar o Brasil como um país atraente para investimentos ambientalmente sustentáveis, economicamente viáveis e socialmente justos.

Com a apresentação dos resultados dos primeiros oito anos do Acordo de Paris na COP 28, o mundo está observando. E a ApexBrasil está garantindo que o Brasil seja visto como um líder na luta contra as mudanças climáticas.

 

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COP28 Avança na Luta contra as Mudanças Climáticas

 28ª Conferência das Partes (COP28) da ONU sobre o clima, realizada em Dubai, começou com um anúncio promissor. Países como Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Reino Unido, EUA e Japão anunciaram contribuições significativas para um fundo destinado a apoiar os países mais afetados pela crise climática.

Este fundo, uma demanda de longa data das nações em desenvolvimento, ajudará a compensar as perdas e danos causados pelas mudanças climáticas. A operacionalização do fundo é vista como um grande avanço e dá um início promissor à conferência deste ano.

O secretário executivo da ONU para Mudanças Climáticas, Simon Stiell, expressou otimismo com o anúncio, instando todos os governos e negociadores a aproveitar esse impulso para alcançar resultados ambiciosos em Dubai.

Os Emirados Árabes Unidos e a Alemanha se comprometeram a investir US$ 100 milhões cada no fundo. O Reino Unido, os Estados Unidos e o Japão também anunciaram contribuições.

A criação do fundo é uma resposta à devastação causada por fenômenos meteorológicos extremos, como secas, inundações e aumento do nível do mar, que afetam desproporcionalmente as nações em desenvolvimento.

A COP28 também verá um processo conhecido como “Balanço Global”, que examina o progresso para alcançar as metas do Acordo de Paris. Este acordo prevê a contenção das emissões de gases de efeito estufa, a construção de resiliência climática e a mobilização de apoio financeiro para países vulneráveis.

No entanto, apesar dos avanços, Stiell advertiu que “se não sinalizarmos o declínio terminal da era dos combustíveis fósseis como a conhecemos, damos as boas-vindas ao nosso próprio declínio terminal”. Ele também destacou que a participação nas reuniões não pode ser vista como uma ação suficiente e que os participantes são responsáveis por entregar ações climáticas aqui e em casa.

A COP28 acontece em um momento crítico, logo após a Organização Meteorológica Mundial publicar um relatório alertando para os novos recordes climáticos em 2023, acompanhados por condições extremas que causaram grandes impactos pelo mundo. Este foi o ano mais quente para a humanidade, com inúmeros “recordes aterrorizantes” sendo quebrados.

Os dados apontam que temos cerca de seis anos antes da capacidade do planeta de lidar com as emissões se esgotar e a meta de 1,5ºC ser superada. Uma série constante de relatórios publicados antes da COP28 mostrou que o mundo está muito longe de alcançar as metas climáticas e, na ausência de ações ambiciosas, o planeta caminha para um aumento de temperatura de 3ºC até o final deste século.

A COP28 é um lembrete de que a ação climática é uma responsabilidade global e que todos devem fazer a sua parte para garantir um futuro sustentável.

 

Brasil: Um Ano de Liderança no G20

O Brasil assumiu a presidência temporária do G20, o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. Este mandato, que se estenderá até 30 de novembro de 2024, marca a primeira vez que o Brasil ocupa essa posição na história do grupo no formato atual.

Um Ano de Reuniões e Debates

Ao longo do mandato, o Brasil organizará mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtualmente quanto presencialmente, e cerca de 20 reuniões ministeriais. O ponto alto será a Cúpula de Chefes de Governo e Estado, que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 18 e 19 de novembro de 2024.

A Visão do Presidente

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a relevância deste momento para o Brasil e falou sobre a importância da cúpula para o mundo. Ele expressou a esperança de que a cúpula possa tratar de assuntos que o mundo precisa parar de fugir e tentar resolver, como a fome e a desigualdade.

Forças-Tarefa Contra a Desigualdade

O Brasil vai criar duas forças-tarefa no âmbito do G20 para ampliar o combate à desigualdade ao longo da Presidência brasileira: a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

Três Eixos Principais

Durante a 18ª Cúpula de Chefes de Governo e Estado, realizada em setembro deste ano em Nova Delhi, na Índia, o presidente Lula lançou os três principais eixos da presidência brasileira do G20:

  1. O combate à fome, à pobreza e à desigualdade;
  2. As três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômico, social e ambiental);
  3. A reforma da governança global.

Estas prioridades estão contidas no lema da Presidência brasileira: ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’.

Desenvolvimento Sustentável e Transição Energética

O desenvolvimento sustentável, que engloba a transição energética e a implementação da economia verde no país, é uma das prioridades brasileiras por representar o principal instrumento de combate às mudanças climáticas. Para o presidente, é um campo em que o Brasil tem tudo para liderar no cenário mundial.

Reforma da Governança Global

A reforma do sistema de governança internacional, a terceira prioridade brasileira ao longo do ano de mandato, é necessária especialmente para dar aos países em desenvolvimento mais condições de enfrentar a desigualdade, a fome e a mudança climática e buscar um futuro mais justo para suas populações.

Com a presidência do G20, o Brasil tem a oportunidade de liderar discussões globais sobre questões críticas e trabalhar para um mundo mais justo e sustentável. O próximo ano promete ser um período de intensa atividade e potencial transformação, com o Brasil no centro do palco global.

 

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A Luta Global Contra as Mudanças Climáticas

Em um mundo cada vez mais aquecido, a necessidade de ações concretas para combater as mudanças climáticas nunca foi tão urgente. No primeiro dia da COP28, a conferência do clima da ONU realizada em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, um acordo histórico foi firmado com o objetivo de ajudar os países mais pobres do planeta a se adaptarem a essas mudanças.

O Fundo para Perdas e Danos

Os negociadores aprovaram a criação de um fundo para perdas e danos, uma decisão que foi inicialmente tomada na COP27, em Sharm el-Sheikh, no Egito. A estrutura dessa ferramenta foi decidida em cinco reuniões temáticas ao longo do último ano e aprovada em plenária na abertura da conferência.

Este fundo, uma demanda antiga dos países em desenvolvimento, tem como objetivo compensar as perdas e danos causados pelas mudanças climáticas. As contribuições para o fundo são voluntárias e, até o momento, já foram anunciadas doações que ultrapassam US$ 420 milhões.

Contribuições Internacionais

Seis doações foram anunciadas até agora: a União Europeia contribuiu com US$ 245 milhões, incluindo US$ 100 milhões da Alemanha; os Emirados Árabes Unidos doaram US$ 100 milhões; o Reino Unido contribuiu com US$ 75 milhões; os Estados Unidos doaram US$ 17,5 milhões; e o Japão contribuiu com US$ 10 milhões.

Estas contribuições representam um passo significativo na luta global contra as mudanças climáticas, demonstrando um compromisso coletivo para ajudar os países mais vulneráveis a se adaptarem a um mundo em constante mudança.

O Futuro da Luta Contra as Mudanças Climáticas

Este acordo é apenas o começo. A luta contra as mudanças climáticas requer ações contínuas e esforços conjuntos de todas as nações. A criação deste fundo para perdas e danos é um passo importante, mas ainda há muito trabalho a ser feito.

A COP28 é uma oportunidade para os líderes mundiais se unirem e tomarem medidas concretas para combater as mudanças climáticas. Com a continuação do financiamento e o apoio à inovação, podemos esperar ver progressos significativos na luta global contra as mudanças climáticas.

A luta contra as mudanças climáticas é uma responsabilidade compartilhada e todos nós temos um papel a desempenhar. Este acordo é um lembrete de que, quando nos unimos com um propósito comum, somos capazes de fazer mudanças significativas para proteger nosso planeta para as gerações futuras.

Lula Lidera a Transição Energética do Brasil Na COP-28

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, recentemente fez um discurso impactante na sessão de abertura da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. O discurso, que ocorreu na sexta-feira, 1º de dezembro, destacou a determinação do Brasil em liderar a transição energética global e conter os efeitos da crise climática.

Liderança pelo Exemplo

O presidente Lula enfatizou que o Brasil está disposto a liderar pelo exemplo. Ele mencionou que o país ajustou suas metas climáticas, tornando-as mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos. Além disso, o Brasil reduziu drasticamente o desmatamento na Amazônia e tem planos de zerá-lo até 2030.

A Necessidade de Ação Global

Lula também destacou a gravidade da situação ambiental atual e instou os países desenvolvidos a investir no combate às mudanças climáticas e reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa. Ele argumentou que nenhum país pode resolver seus problemas sozinho e que todos devem agir juntos além de suas fronteiras.

Enfrentando a Desigualdade e as Mudanças Climáticas

O presidente reforçou a importância de combinar o enfrentamento à desigualdade com as ações contra as mudanças climáticas. Ele observou que os mais pobres são os mais afetados por eventos climáticos extremos, como enchentes e secas severas, que resultam na perda de moradias, pertences e fontes de renda.

Plano de Transformação Ecológica

Lula citou o Plano de Transformação Ecológica brasileiro, que visa promover a indústria verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia. Ele afirmou que o mundo já está convencido do potencial das energias renováveis e que é hora de enfrentar o debate sobre a lenta descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis.

O discurso do presidente Lula na COP28 ressalta o compromisso do Brasil em liderar a transição energética global e combater as mudanças climáticas. Ele enfatiza a necessidade de ação global, a importância de enfrentar a desigualdade e a urgência de uma transformação ecológica. Com esses esforços, o Brasil está se posicionando como um líder na luta contra as mudanças climáticas.