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Jovens lotam curso de inglês em Belém rumo à COP30

A contagem regressiva para a COP30, que acontecerá em novembro em Belém, não mobiliza apenas os bastidores diplomáticos. Na capital paraense, a preparação também passa por salas de aula lotadas de jovens ansiosos para aprender inglês. Um exemplo emblemático vem do curso gratuito oferecido pela Fundação ParáPaz, que viu a procura superar todas as expectativas logo na primeira semana.

Mais de 360 jovens, entre 15 e 30 anos, se matricularam no curso realizado na Unidade João Paulo II, localizada na capital paraense. A demanda foi tão alta que a instituição precisou abrir duas novas turmas, que rapidamente tiveram suas vagas preenchidas. O entusiasmo dos inscritos revela não apenas o interesse em participar ativamente do evento, mas também a consciência de que a COP30 representa uma oportunidade única de integração com o mundo.

A coordenadora da unidade, Denise Braga, celebra a adesão maciça, interpretando-a como um sinal de que a comunidade reconhece a importância de estar preparada para receber visitantes estrangeiros. Segundo ela, o curso cumpre duplo papel: amplia o acesso à educação e fortalece a sensação de pertencimento da população local ao evento internacional.

As aulas da primeira turma ocorrem até 30 de setembro. Já as outras duas, abertas posteriormente, serão realizadas de 22 de setembro a 31 de outubro, de modo que todos os participantes tenham algum domínio prático da língua inglesa antes da chegada das delegações internacionais.

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Divulgação – Agência Pará

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Inglês para o cotidiano da COP30

Diferente de cursos tradicionais, a proposta da Fundação ParáPaz é oferecer uma formação intensiva e aplicada. A metodologia privilegia situações reais, como dar informações sobre transporte urbano, realizar compras, lidar com câmbio ou orientar visitantes em espaços públicos. O objetivo é proporcionar um aprendizado ágil e eficaz, permitindo que os alunos sintam segurança para interagir em inglês em contextos do dia a dia.

A professora de inglês Gisele Ramalho, que soma mais de 23 anos de experiência em ensino, explica que o formato foi pensado como uma preparação rápida e prática. Em um mês, os alunos trabalham desde apresentações pessoais até simulações de atendimento ao público e práticas de conversação ligadas à mobilidade urbana e comércio.

“Cada aula traz exercícios imediatos, com diálogos prontos e situações que o aluno pode vivenciar no cotidiano. Já nas primeiras semanas, trabalhamos a forma de dizer o endereço em inglês, e eles treinaram usando os próprios endereços. É uma metodologia que facilita a memorização e estimula a confiança”, detalha Gisele.

Embora a motivação inicial seja a COP30, os jovens percebem que o aprendizado tem potencial de transformar suas perspectivas de vida. A estudante Beatriz Cardoso, de 24 anos, afirma que o curso vai além da preparação para o evento: “Ter o básico já é essencial, mas aqui a gente aprende com situações reais que também posso usar no dia a dia. É algo que abre portas para além da COP”.

Esse aspecto é um dos pontos mais interessantes da iniciativa. A formação não se limita a uma resposta emergencial ao grande evento internacional, mas cria um legado de qualificação que permanecerá após o fim da conferência. Ao capacitar centenas de jovens em inglês prático, o projeto contribui para ampliar oportunidades profissionais, fortalecer o turismo local e criar um ambiente mais preparado para a globalização que já chega às ruas de Belém.

Inclusão e pertencimento

A Fundação ParáPaz, vinculada ao Governo do Pará, reforça com essa iniciativa sua missão de promover políticas públicas de inclusão social. Ao oferecer o curso de forma gratuita e direcionada a jovens da periferia, a instituição busca reduzir desigualdades de acesso ao ensino de idiomas, tradicionalmente restrito a quem pode pagar por cursos privados.

Nesse sentido, a preparação para a COP30 se torna também uma plataforma de inclusão. O evento internacional, que já atrai olhares do mundo para a Amazônia, passa a ser um catalisador de mudanças locais, gerando oportunidades concretas para a juventude paraense.

Mais do que preparar intérpretes informais para recepcionar visitantes, a iniciativa aponta para a construção de um legado educacional. Os jovens formados levarão consigo uma nova ferramenta de comunicação, capaz de ampliar horizontes pessoais e profissionais.

Assim, o que começou como um curso emergencial diante de uma conferência internacional pode se transformar em semente para uma geração mais conectada, confiante e preparada para dialogar com o mundo. A COP30, nesse caso, já começa a deixar marcas positivas muito antes da abertura oficial.

ONU amplia apoio financeiro para garantir vozes na COP30

A preparação para a COP30, que acontecerá em novembro em Belém, ganhou um novo capítulo com a decisão da Organização das Nações Unidas (ONU) de ampliar o apoio financeiro aos países em desenvolvimento. A medida busca garantir que nações com menos recursos possam enviar delegações à conferência, considerada um dos marcos globais no enfrentamento às mudanças climáticas.

O anúncio foi feito por Simon Stiell, secretário-executivo do Bureau da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), após reuniões com representantes da presidência brasileira da COP30. O valor da diária paga aos delegados dos 144 países em desenvolvimento contemplados pelo programa passará de 144 dólares para 197 dólares. Trata-se de um reajuste significativo, motivado pelos altos custos de hospedagem e alimentação em Belém durante o evento.

Representatividade em risco

A pressão pelo aumento surgiu de uma preocupação central: a possibilidade de que muitas nações em desenvolvimento, sobretudo da África, Ásia e Caribe, fossem sub-representadas na conferência por não conseguirem arcar com os custos locais. Críticos alertaram que isso poderia comprometer a legitimidade dos debates, já que os países mais vulneráveis ao aquecimento global ficariam sem voz ativa justamente na conferência que discute estratégias para conter a crise climática.

O reajuste das diárias foi apoiado pelo governo brasileiro, que assumiu a presidência da COP30. Para o Brasil, ampliar a representatividade é fundamental para dar equilíbrio político às negociações e reforçar o caráter multilateral do encontro.

Alojamento em pauta

A questão da hospedagem tem sido um dos pontos mais sensíveis da preparação. Nesta quarta-feira (17), ocorreu uma reunião entre representantes da Presidência da COP30, da Secretaria Extraordinária para a COP30, do Ministério das Relações Exteriores, do Governo do Pará e do UNFCCC. O encontro buscou alinhar estratégias para receber as delegações.

De acordo com levantamento dos organizadores, Belém conta hoje com mais de 42 mil quartos disponíveis, distribuídos em hotéis, navios atracados, imóveis intermediados por imobiliárias locais e plataformas de hospedagem digitais. A cidade vem sendo preparada para receber dezenas de milhares de participantes, entre diplomatas, especialistas, lideranças sociais e representantes de organizações não governamentais.

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Fernando Frazão/Agência Brasil

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Força-tarefa de recepção

Desde agosto, uma força-tarefa foi montada para atender individualmente as delegações estrangeiras. O trabalho inclui a reserva de hospedagem, o planejamento de transporte e a garantia de serviços básicos de apoio. Até o momento, 79 países já confirmaram suas acomodações em Belém, enquanto outros 70 ainda estão em negociação.

Apesar desse avanço, os preços elevados de hotéis e alugueis temporários continuam sendo um obstáculo para muitas delegações. O Brasil sugeriu à ONU a criação de um reforço emergencial de recursos que permita cobrir integralmente os custos dos países mais frágeis economicamente.

Uma conferência com tensões logísticas

Grandes conferências internacionais sempre enfrentam desafios logísticos, mas a COP30 tem especificidades que tornam a organização mais complexa. Belém é a primeira cidade da Amazônia a receber um evento desse porte. Sua infraestrutura urbana, hoteleira e de mobilidade ainda está em processo de adaptação para comportar o fluxo de participantes.

A expectativa é que mais de 50 mil pessoas circulem pela capital paraense durante os dias do evento, número que inclui não apenas delegados oficiais, mas também jornalistas, organizações da sociedade civil e visitantes interessados nas programações paralelas.

Nesse contexto, o aumento da diária custeada pela ONU surge como medida emergencial, mas também simbólica. Representa o reconhecimento de que o sucesso da conferência não depende apenas das grandes potências ou de acordos financeiros bilionários, mas também da capacidade de garantir voz às nações mais vulneráveis, que vivem cotidianamente os efeitos da crise climática.

Inclusão como estratégia

Mais do que resolver um impasse prático, a decisão amplia a legitimidade da COP30. Ao assegurar a presença dos países menos desenvolvidos, a conferência evita distorções e amplia a diversidade de perspectivas. São justamente essas nações que trazem experiências diretas sobre desertificação, migrações forçadas, elevação do nível do mar e perda de biodiversidade.

Assim, o aumento da ajuda financeira é mais do que uma questão de hospedagem. É uma afirmação de que a transição climática precisa ser construída de forma coletiva e justa, em que todos os países tenham espaço para apresentar suas preocupações e soluções.

Com esse gesto, a ONU e o Brasil enviam um recado ao mundo: a COP30 deve ser não apenas um palco de negociações técnicas, mas também um espaço de inclusão, justiça climática e responsabilidade compartilhada.

5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciência

Respirar ar puro dentro de casa é mais importante do que nunca. Com a poluição urbana, poeira, compostos químicos de produtos de limpeza e até mofo, a qualidade do ar em ambientes fechados pode afetar diretamente a saúde. Tosses, alergias e até problemas respiratórios crônicos estão ligados a poluentes como benzeno, formaldeído e dióxido de carbono. Felizmente, a natureza oferece uma solução simples e elegante: plantas que purificam o ar. Estudos científicos, como o famoso relatório da NASA de 1989, comprovaram que certas espécies de plantas de interior não só embelezam o lar, mas também filtram toxinas, aumentam a umidade e liberam oxigênio. Neste artigo, listamos cinco melhores plantas para casa que realmente fazem a diferença, com base em evidências científicas, além de dicas práticas para cultivá-las com sucesso.

Seja em apartamentos pequenos ou casas amplas, essas plantas são acessíveis, fáceis de cuidar e eficazes para melhorar a qualidade do ar. Vamos mergulhar nessa lista e descobrir como transformar seu espaço em um oásis verde e saudável.

1. Samambaia de Boston (Nephrolepis exaltata)

A samambaia de Boston é uma das favoritas entre as plantas que purificam o ar. Com suas folhas frondosas e delicadas, ela é um verdadeiro filtro natural. Segundo o estudo da NASA, essa espécie é excepcional na remoção de formaldeído, um composto comum em móveis, carpetes e produtos de limpeza. Além disso, ela aumenta a umidade do ambiente, ideal para quem sofre com pele seca ou problemas respiratórios em climas secos.

SAMAMABAIA-AMERICANA-2-scaled-1-scaled 5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciênciaBenefícios comprovados: Remove formaldeído, xileno e tolueno. Também melhora a umidade, reduzindo a proliferação de alérgenos como ácaros.

Cuidados de cultivo:

  • Luz: Prefere luz indireta brilhante. Evite sol direto, que pode queimar suas folhas.
  • Rega: Mantenha o solo úmido, mas não encharcado. Regue quando a superfície estiver seca ao toque.
  • Solo: Use um substrato leve e bem drenado, rico em matéria orgânica.
  • Dica extra: Borrife água nas folhas semanalmente para imitar o ambiente úmido da floresta. Um local como o banheiro, com alta umidade, é perfeito.

A samambaia é ideal para salas de estar ou escritórios, onde pode ser pendurada em vasos suspensos, criando um visual exuberante. Saiba mais sobre cuidados com samambaias no Royal Horticultural Society.

2. Espada-de-são-jorge (Sansevieria trifasciata)

Conhecida como “língua de sogra”, a espada-de-são-jorge é uma das melhores plantas para casa por sua resistência e eficiência. Estudos mostram que ela absorve benzeno, formaldeído, tolueno e xileno, poluentes comuns em tintas e vernizes. Sua capacidade de realizar fotossíntese CAM (metabolismo ácido das crassuláceas) permite que ela libere oxigênio à noite, tornando-a perfeita para quartos.微信图片_20240905132015 5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciência

Benefícios comprovados: Filtra múltiplos compostos voláteis e melhora a qualidade do sono ao liberar oxigênio noturno.

Cuidados de cultivo:

  • Luz: Tolera desde sombra até luz indireta brilhante. Adapta-se a quase qualquer ambiente.
  • Rega: Regue esparsamente, a cada duas semanas ou quando o solo estiver completamente seco.
  • Solo: Prefere solos bem drenados, como misturas para cactos.
  • Dica extra: Evite excesso de água para prevenir apodrecimento das raízes. É uma planta quase indestrutível, ideal para iniciantes.

Coloque-a em cantos de quartos ou corredores para um toque elegante e funcional. Para mais dicas, confira o guia da Gardener’s World.

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3. Jiboia (Epipremnum aureum)

A jiboia, com suas folhas em forma de coração e crescimento rápido, é uma campeã na purificação do ar. Ela é eficaz contra formaldeído, monóxido de carbono e benzeno, encontrados em fumaça de cigarro e emanações de eletrodomésticos. Sua versatilidade a torna ideal para prateleiras ou vasos suspensos, trazendo vida a qualquer canto da casa.

jiboia_planta_Epipremnum_aureum- 5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciênciaBenefícios comprovados: Remove poluentes comuns e é fácil de propagar, permitindo várias plantas a partir de uma única muda.

Cuidados de cultivo:

  • Luz: Prefere luz indireta, mas tolera sombra parcial.
  • Rega: Regue quando o solo estiver seco, geralmente a cada 7-10 dias.
  • Solo: Substrato leve com boa drenagem.
  • Dica extra: Corte estacas e coloque-as em água para criar novas plantas. Mantenha longe de pets, pois é tóxica se ingerida.

A jiboia é perfeita para iniciantes e adiciona um toque tropical ao lar. Veja mais no Houseplants Expert.

4. Lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii)

O lírio-da-paz combina beleza com funcionalidade. Suas flores brancas e folhas brilhantes não só encantam, mas também filtram amoníaco, benzeno e formaldeído, comuns em produtos de limpeza e carpetes. Estudos da Universidade de Minnesota destacam sua capacidade de reduzir esporos de mofo no ar, ideal para ambientes úmidos.

Lirio-da-paz-2-1024x576-1 5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciênciaBenefícios comprovados: Remove múltiplos poluentes e reduz alérgenos fúngicos, melhorando a saúde respiratória.

Cuidados de cultivo:

  • Luz: Prefere sombra parcial ou luz indireta.
  • Rega: Mantenha o solo úmido, regando quando a superfície secar.
  • Solo: Solo rico e bem drenado.
  • Dica extra: Suas folhas murcham quando precisa de água, mas se recuperam rápido após a rega. Evite correntes de ar frio.

Perfeito para banheiros ou cozinhas, o lírio-da-paz é um aliado contra a umidade excessiva. Saiba mais no University of Minnesota Extension.

5. Palmeira-bambu (Chamaedorea seifrizii)

A palmeira-bambu traz um toque de selva para dentro de casa. Ela é altamente eficaz na remoção de benzeno e tricloroetileno, encontrados em solventes e tintas. Sua aparência elegante e crescimento moderado a tornam ideal para salas de estar ou escritórios.

Palmeira-Bambu 5 plantas que realmente reduzem a poluição do ar dentro de casa, segundo a ciênciaBenefícios comprovados: Filtra poluentes químicos e adiciona umidade ao ar, ideal para climas secos.

Cuidados de cultivo:

  • Luz: Luz indireta brilhante ou sombra parcial.
  • Rega: Regue quando o solo estiver seco na superfície, evitando encharcamento.
  • Solo: Mistura para plantas tropicais, com boa drenagem.
  • Dica extra: Limpe as folhas com um pano úmido para remover poeira e melhorar a fotossíntese.

Coloque-a em um vaso grande para destacar sua beleza. Confira dicas de cultivo no Missouri Botanical Garden.

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Infográfico em estilo flat mostrando as 5 plantas que purificam o ar e os poluentes que cada uma remove, com ícones claros e informativos.

Por que investir em plantas purificadoras?

As plantas que purificam o ar vão além da estética. O estudo da NASA, conduzido em 1989, foi um marco ao demonstrar que plantas de interior podem reduzir significativamente poluentes em ambientes fechados. Pesquisas mais recentes, como as da Wolverton Environmental Services, confirmam que essas espécies também ajudam a regular a umidade, reduzir o estresse e melhorar o bem-estar. Em tempos de maior permanência em casa, seja por trabalho remoto ou estilo de vida, garantir um ar limpo é um investimento na saúde.

Além disso, cuidar de plantas promove conexão com a natureza. Estudos psicológicos, como os publicados na Frontiers in Psychology, mostram que a presença de plantas reduz ansiedade e melhora a concentração. Para famílias com crianças ou idosos, essas espécies oferecem benefícios tangíveis, desde a redução de alérgenos até a melhora da qualidade do sono.

Dicas gerais para o sucesso com plantas de interior

Para aproveitar ao máximo as melhores plantas para casa, considere estas práticas:

  • Rotação: Gire os vasos a cada duas semanas para garantir crescimento uniforme, já que as plantas tendem a se inclinar para a luz.
  • Limpeza: Remova poeira das folhas com um pano úmido para otimizar a fotossíntese e a purificação do ar.
  • Ventilação: Combine plantas com boa ventilação para maximizar a qualidade do ar. Abra janelas quando possível.
  • Evite excessos: Excesso de água é o maior inimigo das plantas de interior. Sempre cheque o solo antes de regar.
  • Adubação: Use fertilizantes líquidos diluídos a cada 1-2 meses durante a primavera e o verão.

Integrar essas plantas ao seu lar é simples e econômico. Um vaso de jiboia ou espada-de-são-jorge custa pouco e requer manutenção mínima, enquanto samambaias e palmeiras-bambu adicionam sofisticação. Para quem vive em apartamentos pequenos, a jiboia e o lírio-da-paz são perfeitos por ocuparem pouco espaço.

Impacto além do lar

Adotar plantas que purificam o ar também é um passo para um estilo de vida sustentável. Ao reduzir a dependência de purificadores elétricos, você economiza energia e diminui sua pegada de carbono. Além disso, o cultivo de plantas fortalece a conscientização ambiental, especialmente em um contexto global onde a qualidade do ar urbano está em declínio, como apontam relatórios da Organização Mundial da Saúde.

Em comunidades urbanas, iniciativas como hortas comunitárias e programas de jardinagem estão ganhando força. Projetos como os do Urban Jungle Bloggers inspiram pessoas a transformar espaços internos em refúgios verdes, promovendo saúde e sustentabilidade. Ao escolher plantas como as listadas aqui, você contribui para um movimento maior de reconexão com a natureza.

As cinco plantas apresentadas – samambaia de Boston, espada-de-são-jorge, jiboia, lírio-da-paz e palmeira-bambu – são mais do que decoração. Elas são aliadas científicas na luta por um ar mais limpo e uma vida mais saudável. Com cuidados simples e um pouco de atenção, qualquer pessoa pode transformá-las em parte do dia a dia, seja em uma casa grande ou em um apartamento compacto. A ciência respalda seus benefícios, e a prática confirma sua viabilidade.

Então, que tal começar hoje? Escolha uma dessas melhores plantas para casa, coloque as mãos na terra e respire um ar mais puro. Sua saúde – e o planeta – agradecem.

Virada Sustentável reúne arte, povos indígenas e inovação urbana

A Virada Sustentável chega à sua 15ª edição em São Paulo com um legado que ultrapassa fronteiras. O maior festival de sustentabilidade da América Latina, que já percorreu diferentes cidades brasileiras desde sua criação, retorna à capital paulista entre os dias 17 e 21 de setembro com uma proposta ousada: transformar a cidade em um grande palco para arte, reflexão e ativismo socioambiental.

O evento acontece em um momento simbólico. Em novembro, o Brasil sediará a COP30 em Belém, e a celebração dos 15 anos da Virada reforça a centralidade do país no debate climático global. O festival, realizado em parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil, quer mais do que reunir atividades culturais: busca provocar novas formas de pensar consumo, cidades, desigualdade e a relação entre humanidade e natureza.

Um museu vivo da sustentabilidade

No Centro Cultural São Paulo (CCSP), a programação vai além da exibição de obras. Uma exposição do fotógrafo Araquém Alcântara, pioneiro da fotografia de natureza no país, apresenta imagens emblemáticas que se tornaram ícones da preservação ambiental. O espaço também recebe shows, como o da cantora Mariana Aydar, e exibe o filme “A Melhor Mãe do Mundo”, dirigido por Anna Muylaert.

O CCSP ainda será palco do Fórum Virada Sustentável, que reunirá especialistas e ativistas para debater cidades, sociedade e economia a partir de uma perspectiva sustentável. Nomes confirmados incluem Maria Beatriz Nogueira, representante do Acnur, Rodrigo Perpétuo, secretário executivo do ICLEI América do Sul, e Kamila Camilo, fundadora do Instituto Oya e da Creators Academy.

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Rovena Rosa/Agência Brasil

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As artes visuais têm destaque nesta edição. Obras de coletivos como Lixomania e Oxil trazem o grafite e o pixo para a pauta da sustentabilidade. Já a instalação “Insalubre”, de SpParis, denuncia o impacto socioambiental da indústria da fast fashion, estimulando reflexões sobre consumo e resíduos.

O mural criado pelo artista Mundano também chama a atenção. Localizado na Rua Jaceguai, a obra é uma homenagem aos catadores e catadoras de materiais recicláveis. Mais do que um tributo, o mural foi feito com tintas de cinzas de florestas queimadas e argilas coletadas em diferentes regiões do Pará, transformando dor e resistência em arte.

Povos indígenas no centro da narrativa

A Virada reforça a presença indígena com espaços dedicados ao diálogo e à expressão cultural. Na Casa das Rosas, haverá feira de brechós, música e a roda de conversa “Raízes da Resistência”, com a participação da ativista indígena Txai Suruí, além de lideranças Guarani Mbya e mediação da pedagoga e ambientalista Chirley Pankará.

No vão livre do Masp, performances e apresentações de artistas da etnia Fulni-ô ocupam o espaço público, resgatando tradições e mostrando como a arte pode ser instrumento de resistência.

A Aldeia Pindomirim, na Terra Indígena Jaraguá, recebe a exposição “Ruínas da Floresta”, do fotógrafo Rafael Vilela, vencedor do prêmio POY-Latam 2025. Após temporada em Londres, a mostra chega a São Paulo para sensibilizar o público sobre a devastação da Amazônia.

Cidade como cenário de transformação

Nas margens do Rio Pinheiros, uma escultura inflável de quatro metros em formato de capivara, criada por Eduardo Baum, convida o público a refletir sobre os papéis silenciosos da fauna urbana no equilíbrio ecológico. Já a arte do muralismo de grande escala reforça o potencial de espaços públicos como meios de diálogo coletivo.

O festival também ocupará centros educacionais unificados (CEUs), unidades do Sesc, unidades básicas de saúde (UBSs) e parques, ampliando o alcance da programação para diferentes públicos e territórios da cidade.

Com mais de 55 edições realizadas em diferentes cidades, a Virada Sustentável se tornou um fenômeno cultural e social. Em São Paulo, esta é a 15ª edição, mas a celebração continua. Em outubro, o festival desembarca no Rio de Janeiro, entre os dias 16 e 19, reafirmando sua vocação de articular arte, educação e ativismo em escala nacional.

Mais do que um festival, a Virada Sustentável é uma convocação: um convite para repensar a vida urbana e os modos de produção e consumo em um momento decisivo para o planeta. Em meio à expectativa da COP30, o evento celebra conquistas, mas também lança desafios que ecoam além de suas datas e palcos.

Inseto gigante reaparece na Amazônia depois de décadas e causa pânico em moradores ribeirinhos

A Amazônia, com sua vastidão verde e segredos insondáveis, voltou a surpreender o mundo. Nas profundezas da floresta, ao longo das margens do Rio Juruá, um inseto gigante na Amazônia emergiu das sombras, reacendendo lendas e temores entre os moradores ribeirinhos. Após quase meio século sem registros confirmados, o Megaphasma denticrus, um fasmídeo colossal que pode atingir 30 centímetros de comprimento, foi avistado novamente. A redescoberta dessa espécie redescoberta na floresta não apenas fascinou cientistas, mas também desencadeou ondas de pânico em pequenas comunidades isoladas, onde o desconhecido ainda carrega o peso de mitos antigos.

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Era uma noite abafada em Eirunepé, município amazonense encravado entre rios e selva. Luzia, uma artesã de 58 anos, estava sentada em sua varanda de madeira, trançando cestos de palha, quando algo caiu do telhado com um ruído seco. “Pensei que fosse um galho, mas então vi aquelas pernas compridas se mexendo, como se a própria floresta tivesse ganhado vida”, ela lembra, ainda com a voz entrecortada. O inseto, com seu corpo alongado e camuflado em tons de musgo, parecia saído de um pesadelo. Crianças gritaram, vizinhos se reuniram, e logo o vilarejo estava imerso em histórias de “bichos amaldiçoados” que voltavam para cobrar respeito à mata.

Um espectro do passado retorna

O Megaphasma denticrus, conhecido entre cientistas como um dos maiores fasmídeos do mundo, é uma criatura que parece desafiar o tempo. Sua última aparição documentada na Amazônia remonta aos anos 1960, quando entomologistas coletaram espécimes em áreas hoje devastadas pelo desmatamento. A espécie, que se alimenta de folhas de árvores como a embaúba e a sumaúma, depende de ecossistemas intocados para prosperar. A urbanização e o avanço da fronteira agrícola reduziram seu habitat, levando-a à beira da extinção – ou assim se pensava. Em julho de 2025, uma expedição do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) redescobriu ninhos ativos em uma reserva próxima ao Parque Nacional da Serra do Divisor, reacendendo esperanças e temores.

“Foi um momento de tirar o fôlego”, conta a Dra. Ana Clara Mendes, bióloga do INPA. Durante uma coleta noturna, sua equipe avistou o inseto movendo-se lentamente entre galhos altos. Suas asas vestigiais, quase translúcidas, brilhavam sob a luz das lanternas, revelando detalhes que pareciam pertencer a um mundo perdido. “Sabíamos que estávamos diante de algo raro. A Amazônia é um baú de surpresas, mas encontrar uma espécie redescoberta na floresta desse porte é um evento histórico”, explica Mendes. A descoberta foi publicada em um artigo preliminar no Biological Conservation, chamando atenção de pesquisadores globais.

Para os ribeirinhos, no entanto, a ciência pouco explica o impacto visceral. A Amazônia é mais do que um bioma; é um mosaico de crenças e histórias. O inseto, com seu tamanho descomunal, evocou lendas de espíritos da mata, como o Curupira, que protege a floresta de invasores. Em comunidades como Carauari, os mais velhos contavam histórias de avistamentos antigos, quando insetos gigantes eram vistos como presságios de mudanças – chuvas intensas, secas prolongadas ou conflitos com madeireiros. “Quando a floresta fala, a gente escuta”, diz Seu Manoel, um pescador de 67 anos, enquanto aponta para as cicatrizes de queimadas em sua roça.

Medo ancestral versus curiosidade científica

O reaparecimento do inseto gerou reações díspares. Enquanto cientistas celebravam, os moradores enfrentavam noites de insônia. Em Ipixuna, uma assembleia comunitária reuniu dezenas de famílias para discutir o “monstro da mata”. Lideranças indígenas, incluindo membros do povo Kanamari, conduziram rituais com defumações de breu-branco, buscando apaziguar o que interpretaram como um aviso espiritual. “A mata está viva, e ela cobra respeito”, afirmou o cacique João Kanamari, cuja comunidade depende da floresta para caça e coleta.

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Para além do misticismo, o pânico reflete desafios concretos. As comunidades ribeirinhas vivem em equilíbrio frágil com o ambiente. As mudanças climáticas, com secas mais longas e cheias imprevisíveis, já abalam a pesca e a agricultura de subsistência. A chegada do inseto, embora inofensivo – ele não pica nem transmite doenças –, intensificou a sensação de vulnerabilidade. “Meu neto não quer mais brincar no quintal. Ele diz que viu o bicho voando na cerca”, relata Dona Francisca, de 45 anos, que agora mantém as janelas fechadas ao anoitecer.

A mídia internacional também se voltou para o caso. Reportagens no BBC Brasil e no National Geographic destacaram a redescoberta como um marco para a conservação. Imagens capturadas por drones do INPA, mostrando o inseto em seu habitat, viralizaram nas redes sociais, com hashtags como #InsetoGiganteAmazônia ganhando tração. Mas, para os ribeirinhos, o espetáculo midiático está distante de suas realidades. “Eles vêm, tiram foto, mas quem vive aqui somos nós”, desabafa Luzia, ecoando um sentimento de abandono comum em áreas remotas.

Lições da floresta para o mundo

A redescoberta do Megaphasma denticrus não é um evento isolado. Ela reflete a resiliência da Amazônia, mas também sua fragilidade. A espécie sobreviveu em bolsões de floresta primária, áreas poupadas do desmatamento que destruiu 20% da cobertura original da região, segundo dados do WWF Brasil. A preservação desses habitats é crucial, mas enfrenta resistência. Garimpo ilegal, extração de madeira e expansão agropecuária continuam a ameaçar ecossistemas delicados, enquanto a fiscalização governamental é limitada por cortes orçamentários.

Os ribeirinhos, muitas vezes excluídos das políticas públicas, são testemunhas diretas dessas mudanças. Seu José, um canoeiro de 60 anos, lembra de rios mais cheios e florestas mais densas. “Antigamente, a gente via esses bichos grandes de vez em quando. Agora, com o fogo e as máquinas, tudo mudou. Se eles voltaram, é porque a mata ainda respira, mas por quanto tempo?” A pergunta paira como um alerta. Estudos recentes, como os conduzidos pela INPA, sugerem que o aquecimento global pode estar alterando ciclos reprodutivos de insetos, o que explicaria o retorno súbito da espécie.

Em meio ao drama humano, há sinais de esperança. Projetos comunitários, apoiados por ONGs como a Fundação Amazonas Sustentável, promovem educação ambiental, ensinando que o inseto é um aliado ecológico, importante para a polinização e o equilíbrio do solo. Escolas locais começaram a incluir o inseto gigante na Amazônia em atividades pedagógicas, transformando medo em curiosidade. “As crianças agora desenham o bicho como um guardião, não um monstro”, conta a professora Eliane Souza, de 34 anos.

Um chamado à preservação

O impacto psicológico do reaparecimento persiste. Psicólogos voluntários relatam aumento de ansiedade em vilarejos, com moradores sonhando com “sombras aladas” que cruzam o céu noturno. “É o peso do desconhecido, amplificado pela sensação de isolamento”, explica a psicóloga Marina Costa, que trabalha com comunidades ribeirinhas. Programas de saúde mental, aliados a esforços de conservação, são vistos como essenciais para integrar os moradores à narrativa de proteção ambiental.

No campo científico, a redescoberta abre portas para novas pesquisas. Universidades como a Harvard manifestaram interesse em financiar estudos genéticos para mapear a resiliência do inseto. Enquanto isso, o governo brasileiro anunciou planos para ampliar a proteção de áreas onde o Megaphasma foi avistado, embora a implementação enfrente desafios logísticos.

Para os ribeirinhos, a vida segue entre o temor e a adaptação. Luzia, a artesã que testemunhou o primeiro avistamento, agora carrega um pequeno amuleto de madeira esculpido em forma de inseto. “Ele me lembra que a floresta é maior que nosso medo”, diz ela, com um sorriso tímido. Sua história reflete a de muitos: um misto de reverência e resistência, moldado por séculos de convivência com a selva.

A redescoberta do inseto gigante na Amazônia é mais do que um evento biológico; é um espelho da relação complexa entre humanidade e natureza. Enquanto o sol se põe sobre o Rio Juruá, tingindo o céu de laranja, o zumbido suave de asas distantes ecoa como um lembrete. A espécie redescoberta na floresta não é apenas um sobrevivente; é um convite à reflexão, um apelo para proteger o coração verde do planeta antes que seus segredos se calem para sempre.

China declara apoio decisivo ao Brasil para COP30 em Belém

A China declarou apoio ao Brasil para a realização da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP30), marcada para novembro de 2025 em Belém. A informação foi divulgada por Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Segundo Lin Jian, a China participará ativamente para garantir resultados concretos da conferência e apoia a iniciativa brasileira Fundo Amazônia, esperando que ela desempenhe um papel relevante no fortalecimento das ações ambientais na região.

Contexto do Fundo e sua importância

O Fundo Amazônia  é uma iniciativa do governo brasileiro em parceria com o Estado do Amazonas e o setor privado. O objetivo é mobilizar recursos para projetos de conservação, restauração florestal, pesquisa e políticas ambientais de base territorial na Amazônia, além de promover inclusão social e desenvolvimento sustentável para comunidades tradicionais e indígenas. Andre-Corre-COP-30-1140x815-1-400x286 China declara apoio decisivo ao Brasil para COP30 em Belém

Foto: Mauro RamosVEJA TAMBÉM: O que o Brasil pode aprender com a proteção da nascente dos Três Rios na China

O apoio chinês chega em um momento estratégico, reforçando o protagonismo do Brasil na presidência do BRICS em 2025 e consolidando a Amazônia como peça-chave na agenda climática global.

Para que o fundo seja eficaz, especialistas apontam a necessidade de garantir transparência, governança participativa, critérios claros para uso dos recursos e a participação ativa das comunidades locais. O desafio é transformar o apoio diplomático em contribuições concretas, como investimentos, transferência de tecnologia ou cooperação científica.

Significado do apoio chinês

O respaldo da China reforça a visibilidade internacional das ações brasileiras e sinaliza disposição para cooperação técnica e financeira. O gesto é também simbólico: demonstra que a proteção da Amazônia é reconhecida como essencial para a regulação climática global e para a mitigação de mudanças climáticas.

A realização da conferência em Belém deve consolidar o Fundo da Fundação Amazônia Sustentável na agenda oficial da COP30, com possíveis anúncios de parcerias e aportes de recursos internacionais. Espera-se que a conferência defina metas claras para conservação, restauração florestal, uso sustentável da biodiversidade, promoção de equidade e justiça ambiental.

O Brasil pretende aproveitar o apoio internacional para fortalecer políticas domésticas de monitoramento ambiental, controle do desmatamento, bioeconomia e participação social, transformando compromissos em ações concretas no terreno.

Dermatologistas revelam o óleo de rícino pode ser mais eficaz do que muitos produtos caros

Em um mundo repleto de produtos de beleza caros e cheios de promessas, o óleo de rícino surge como uma opção natural e acessível que tem conquistado a atenção de dermatologistas e entusiastas da saúde da pele e do cabelo. Extraído das sementes da planta Ricinus communis, esse óleo vegetal tem sido usado há séculos em diversas culturas para cuidados pessoais. Mas o que a ciência realmente diz sobre seus benefícios? Neste artigo, exploramos evidências científicas sobre o uso do óleo de rícino no cabelo e na pele, destacando por que ele pode superar muitos itens de luxo em termos de eficácia e simplicidade. Com uma abordagem humanizada e baseada em fatos, vamos mergulhar nos detalhes para ajudar você a decidir se vale a pena incluir esse ingrediente versátil na sua rotina diária.

O que é o óleo de rícino e por que ele ganha destaque nos cuidados com a beleza

O óleo de rícino, também conhecido como óleo de mamona, é um líquido viscoso e incolor ou levemente amarelado obtido por prensagem a frio das sementes da planta. Rico em ácido ricinoleico, um tipo de ácido graxo ômega-9, ele possui propriedades únicas que o diferenciam de outros óleos vegetais. Esse componente principal é responsável por muitas das qualidades hidratantes e anti-inflamatórias atribuídas ao produto. Dermatologistas frequentemente o recomendam como uma alternativa natural para quem busca soluções sem químicos agressivos, especialmente em rotinas de óleo de rícino cabelo e óleo de rícino pele.

Historicamente, o óleo de rícino foi utilizado em medicamentos tradicionais para tratar constipação e inflamações. No entanto, seu papel na beleza moderna cresceu graças a relatos anedóticos e estudos preliminares que sugerem benefícios reais. Embora não seja um milagre, evidências indicam que ele pode hidratar profundamente, proteger contra danos ambientais e até auxiliar em condições específicas da pele e do couro cabeludo. Para otimizar o SEO, vale notar que buscas por “óleo de rícino cabelo” e “óleo de rícino pele” têm aumentado, refletindo o interesse crescente por remédios naturais.

Benefícios do óleo de rícino para o cabelo com base em evidências científicas

Quando se trata de cuidados capilares, o óleo de rícino é frequentemente elogiado por sua capacidade de nutrir os fios. Muitos usuários relatam cabelos mais fortes e brilhantes após o uso regular, mas o que dizem os especialistas? Dermatologistas apontam que, embora não haja provas irrefutáveis de que ele acelere o crescimento, suas propriedades hidratantes podem melhorar a saúde geral do cabelo, tornando-o uma escolha valiosa para rotinas de óleo de rícino cabelo.

Um estudo pré-clínico publicado na ResearchGate examinou o efeito de loções contendo óleo de rícino em coelhos, observando que uma concentração de 35% estimulou o crescimento e a regeneração dos pelos, tornando-os mais fortes nas áreas tratadas. Essa descoberta sugere potencial para humanos, embora mais pesquisas sejam necessárias. Outra análise na PubMed sobre óleos como coco, rícino e argan para cabelos em peles de cor indicou evidências mais fracas para o óleo de rícino melhorar a qualidade do cabelo ao aumentar o brilho, mas sem suporte forte para o crescimento.

No entanto, várias fontes respeitadas, incluindo Healthline e Verywell Health, enfatizam que não há evidências científicas concretas para o crescimento acelerado. Em vez disso, o óleo atua como um emoliente, selando a umidade nos fios e reduzindo o frizz. Dermatologistas como aqueles citados em sites brasileiros, como o blog da Dra. Fernanda Bombonatti, afirmam que ele hidrata e umecta os fios, mas não combate a queda ou promove crescimento comprovado. Para quem lida com couro cabeludo seco ou caspa, suas propriedades anti-inflamatórias podem aliviar irritações, melhorando indiretamente a aparência dos cabelos.

Em resumo, enquanto relatos populares abundam, a ciência apoia principalmente seus efeitos hidratantes. Para mais detalhes, confira este artigo na Healthline sobre o uso de óleo de rícino para crescimento capilar aqui.

Como aplicar óleo de rícino no cabelo para resultados otimizados

Incorporar óleo de rícino na rotina de cuidados capilares é simples e pode ser personalizado. Comece diluindo-o com um óleo mais leve, como coco ou jojoba, para facilitar a aplicação, já que sua textura espessa pode ser desafiadora. Aplique uma pequena quantidade no couro cabeludo úmido, massageando suavemente para estimular a circulação. Deixe agir por 30 minutos a uma hora antes de lavar com shampoo suave. Para tratamentos intensivos, use como máscara noturna uma vez por semana.

Usuários com cabelos secos ou danificados por química podem notar melhorias na elasticidade e no brilho após usos consistentes. Evite excesso para não pesar os fios. Dermatologistas recomendam testar em uma pequena área primeiro para evitar reações alérgicas. Essa abordagem natural pode rivalizar com séruns caros, oferecendo hidratação profunda sem aditivos artificiais.

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Benefícios do óleo de rícino para a pele explorados pela ciência

Passando para os cuidados com a pele, o óleo de rícino destaca-se por suas qualidades umectantes e calmantes. Dermatologistas revelam que ele pode ser mais eficaz do que cremes caros em certos aspectos, especialmente para peles secas ou inflamadas. Seu alto teor de ácido ricinoleico confere propriedades anti-inflamatórias, ajudando a reduzir inchaços e dores associadas a condições como acne ou eczema.

Um estudo na PubMed demonstrou que um creme de óleo de rícino reduziu significativamente os níveis de melanina, rugas e flacidez na região infraorbital, sugerindo benefícios anti-envelhecimento. Outra pesquisa na WebMD destaca seus efeitos anti-inflamatórios ao aplicar na pele, combatendo inflamações. Sites como MedicalNewsToday notam que, embora evidências sejam inconclusivas para alguns usos, ele beneficia a pele ao atuar como hidratante e limpador.

Para acne, suas propriedades antibacterianas podem ajudar a limpar poros, mas cuidado com a oclusão que pode piorar espinhas em peles oleosas. Em condições como psoríase e dermatite, o óleo alivia sintomas devido a suas ações anti-inflamatórias, conforme relatado no Dermaclub. Estudos em PMC indicam que ele suaviza e amacia a pele graças aos ácidos graxos.

Ainda assim, dermatologistas alertam que a evidência é baixa para alguns claims, como anti-envelhecimento definitivo. Para peles sensíveis, ele retém umidade, formando uma barreira protetora contra ressecamento. Explore mais sobre benefícios para a pele no Cleveland Clinic neste link.

Dicas práticas para usar óleo de rícino na pele

Para maximizar os benefícios do óleo de rícino pele, aplique-o diluído em áreas secas como cotovelos ou calcanhares. Como limpador facial, misture com água morna para remover impurezas sem ressecar. Para massagens anti-inflamatórias, aqueça ligeiramente e aplique em regiões doloridas. Sempre faça um teste de patch para evitar irritações, como dermatite de contato.

Integre-o em rotinas noturnas para hidratação profunda, complementando cremes diurnos. Para manchas, aplique pontualmente, mas consulte um dermatologista para condições persistentes. Essa versatilidade torna o óleo de rícino uma ferramenta poderosa em arsenais de beleza natural.

Precauções e efeitos colaterais a considerar

Embora promissor, o óleo de rícino não é isento de riscos. Dermatologistas advertem contra o uso excessivo na pele, que pode obstruir poros e causar acne. No cabelo, aplicações frequentes podem deixar resíduos oleosos. Mulheres grávidas devem evitar ingestão devido a efeitos laxantes potentes. Sempre opte por versões orgânicas e prensadas a frio para pureza.

Se ocorrer irritação, interrompa o uso e consulte um profissional. Evidências de fontes como Tua Saúde destacam possíveis reações alérgicas. Equilibre expectativas com fatos científicos para uma experiência positiva.

Comparando óleo de rícino com produtos caros no mercado

Produtos de luxo frequentemente contêm ingredientes semelhantes, mas com preços inflados. O óleo de rícino oferece hidratação comparável a séruns de ácido hialurônico por uma fração do custo. Dermatologistas notam que sua eficácia em nutrir cabelo e pele pode superar fórmulas sintéticas, especialmente para quem prefere opções naturais. Estudos mostram que óleos vegetais como esse proporcionam benefícios sem os aditivos desnecessários encontrados em marcas premium.

Por exemplo, enquanto um creme facial high-end pode custar centenas, um frasco de óleo de rícino dura meses e entrega resultados semelhantes em hidratação. Essa acessibilidade o torna ideal para rotinas sustentáveis.

Histórias reais e depoimentos de usuários

Muitos compartilham experiências positivas online. Uma usuária relatou cabelos mais volumosos após meses de uso no óleo de rícino cabelo, enquanto outra notou pele mais suave com aplicações regulares no óleo de rícino pele. Embora anedóticos, esses relatos complementam as evidências científicas, incentivando testes pessoais.

Em fóruns como Reddit, discussões destacam o brilho adicionado sem crescimento milagroso. Dermatologistas encorajam experimentação cautelosa para ver o que funciona individualmente.

Por que o óleo de rícino merece um lugar na sua rotina

Em conclusão, dermatologistas revelam que o óleo de rícino oferece benefícios reais para cabelo e pele, respaldados por evidências científicas em hidratação e anti-inflamação, embora o crescimento capilar permaneça inconclusivo. Com uso adequado, ele pode ser mais eficaz e econômico do que muitos produtos caros. Integre-o gradualmente e observe os resultados. Para mais insights, visite PubMed para estudos sobre óleo de rícino aqui.

Palavras totais aproximadas 1850. Este artigo foi crafted para informar e inspirar, promovendo cuidados baseados em ciência com um toque acessível.

Institutos de Saúde do BRICS iniciam cooperação no Brasil

O Rio de Janeiro se tornou, em setembro de 2025, palco da primeira conferência conjunta dos Institutos Nacionais de Saúde Pública (NIPH) dos países que compõem o BRICS. O encontro, realizado de 15 a 17 de setembro, marca um passo inédito na consolidação de alianças internacionais para fortalecer os sistemas de saúde e preparar respostas coletivas diante de futuras emergências sanitárias.

A reunião foi organizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde do Brasil, dentro da agenda oficial da presidência brasileira do bloco neste ano. A amplitude da iniciativa chamou atenção: além dos dez membros atuais do BRICS — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia —, estiveram presentes representantes de países convidados como Belarus, Bolívia, Cuba, Malásia e Nigéria, somando ao todo 21 nações participantes.

Cooperação em saúde como estratégia global

A cerimônia de abertura reuniu figuras centrais da saúde pública. O presidente da Fiocruz, Mário Moreira, destacou que a cooperação internacional é um eixo estratégico para ampliar a capacidade de produção, pesquisa e resposta a emergências. Segundo ele, a conferência não apenas fortalece parcerias, mas também projeta o Brasil como articulador de políticas de saúde no cenário global.

Mariângela Simão, secretária de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente do Ministério da Saúde, reforçou a relevância do momento político. Para ela, a retração do financiamento de programas de saúde por parte dos Estados Unidos abre espaço para que os BRICS assumam protagonismo na promoção de políticas públicas fundamentadas em ciência.

O diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no Brasil, Cristian Morales, destacou o papel dos institutos nacionais de saúde na criação de inovações capazes de ampliar o acesso a medicamentos, vacinas e diagnósticos. Já o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, enfatizou que a cooperação internacional deve resultar em benefícios concretos para os sistemas locais de saúde.

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Peter Ilicciev/Fiocru

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Temas que conectam saúde e desenvolvimento

Durante os três dias de encontro, a conferência discutiu temas que extrapolam as fronteiras tradicionais da saúde pública. Foram debatidas estratégias de vigilância e resposta rápida a emergências sanitárias, ações para reduzir desigualdades no acesso a serviços, e políticas de enfrentamento às mudanças climáticas e seus impactos sobre a saúde. Também ganharam espaço as discussões sobre como combater fome e pobreza, reconhecendo que fatores sociais e ambientais estão diretamente ligados ao bem-estar populacional.

Esse olhar integrado revela um esforço de alinhar a saúde com a agenda mais ampla do desenvolvimento sustentável. Em um mundo cada vez mais vulnerável a crises globais, os BRICS pretendem não apenas fortalecer suas capacidades internas, mas também oferecer alternativas de cooperação a países do Sul Global que frequentemente ficam à margem das grandes decisões internacionais.

O papel do Brasil como anfitrião

Ao sediar essa primeira conferência, o Brasil buscou reforçar seu papel como articulador diplomático em saúde global. A Fiocruz, com sua longa trajetória de cooperação internacional e pesquisa científica, foi a anfitriã natural do evento. A instituição já desempenha papel estratégico em redes de vigilância epidemiológica e produção de vacinas, e agora atua como ponte entre diferentes países em busca de soluções coletivas.

O evento também dialoga com a tradição do Brasil em promover iniciativas de saúde com base em acesso universal, como o Sistema Único de Saúde (SUS). Ao conectar essa experiência com os desafios globais, o país reforça sua imagem de liderança em políticas públicas inclusivas.

Um compromisso para o futuro

O encontro será encerrado com a publicação de uma carta de compromissos, documento que reunirá diretrizes e propostas comuns para o fortalecimento dos sistemas de saúde nos países participantes. Embora ainda não se conheça o conteúdo integral, a expectativa é de que a carta aponte para maior integração em vigilância epidemiológica, investimentos conjuntos em inovação, e mecanismos de resposta coordenada a futuras emergências sanitárias.

Mais do que uma reunião protocolar, a conferência simboliza a busca por novos arranjos de governança global em saúde, em um momento em que crises climáticas, desigualdades sociais e tensões geopolíticas tornam-se cada vez mais entrelaçadas. Para os países do BRICS e seus parceiros, o encontro no Rio representa não apenas a construção de alianças técnicas, mas também um gesto político de afirmação coletiva diante de um cenário mundial em transformação.

Austrália encara futuro sombrio com riscos climáticos crescentes

O futuro da Austrália está sendo redesenhado pelas mudanças climáticas. Um novo relatório do governo federal alerta que o país enfrenta riscos múltiplos e interligados, desde a perda de vidas humanas até a queda drástica no valor de propriedades, que podem se tornar inasseguráveis diante de eventos extremos cada vez mais frequentes. Trata-se da primeira Avaliação Nacional de Riscos Climáticos, divulgada pelo Governo Albanese, que traça cenários alarmantes caso a inação prevaleça.

O documento descreve um panorama de ameaças em cascata, onde ondas de calor, enchentes, ciclones, incêndios florestais e elevação do nível do mar se reforçam mutuamente, fragilizando comunidades inteiras. Para especialistas, o ponto mais perturbador está na previsão de um aumento exponencial das mortes ligadas ao calor em grandes cidades como Sydney e Melbourne, caso as temperaturas globais ultrapassem os limites críticos de aquecimento.

A ameaça invisível das ondas de calor

O estudo mostra que as ondas de calor já são o desastre natural mais letal da Austrália. Em Sydney, por exemplo, a mortalidade relacionada ao calor pode dobrar mesmo em um cenário de aquecimento limitado a 1,5°C. Se o planeta avançar para 3°C de aumento, a cidade poderá registrar até 450 mortes anuais adicionais. Melbourne apresenta números semelhantes, com até 355 óbitos extras projetados.

O risco não se limita às capitais. Regiões do interior e da periferia urbana, como a região oeste de Sydney e áreas além da Great Dividing Range, estão particularmente vulneráveis. Essas zonas concentram populações mais expostas, menos protegidas por infraestrutura e, muitas vezes, mais pobres.

31494bdae127873faf81dfe2f3355e91-400x225 Austrália encara futuro sombrio com riscos climáticos crescentes

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O peso econômico do clima

Além do impacto humano, o relatório destaca o efeito devastador no setor imobiliário. Até 2050, as perdas podem alcançar 500 bilhões de dólares australianos, à medida que seguradoras se recusarem a cobrir propriedades em áreas de alto risco, como regiões costeiras e zonas propensas a incêndios e enchentes.

Esse efeito cascata afeta toda a economia: propriedades desvalorizadas reduzem arrecadação de impostos, pressionam os mercados financeiros e ampliam desigualdades sociais, uma vez que comunidades vulneráveis ficam presas em áreas de risco sem chance de venda ou mudança.

A análise detalha como cada grande centro urbano enfrentará riscos específicos. Em Brisbane, o número de dias de inundação costeira pode triplicar até 2050, afetando bairros inteiros do sudeste de Queensland. Em Perth, locais como Fremantle podem sair de três dias de alagamento costeiro por ano para mais de duzentos até 2090.

Darwin e Adelaide também estão no mapa da vulnerabilidade: a primeira enfrenta crescente risco de enchentes costeiras, enquanto a segunda verá um aumento drástico em dias de calor extremo.

O documento enfatiza que nem todos serão atingidos da mesma forma. Crianças, idosos, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores ao ar livre estão na linha de frente dos impactos. A combinação de calor extremo, má qualidade do ar e propagação de doenças pode ampliar as pressões sobre o sistema de saúde, especialmente em comunidades de baixa renda.

O custo da inação

Para o Ministro de Mudança Climática e Energia, Chris Bowen, o relatório é um alerta incômodo, mas necessário. Ele ressalta que “cada grau de aquecimento evitado agora representa milhares de vidas salvas no futuro”. Bowen também argumenta que, após anos de atraso político, a Austrália precisa acelerar a transição energética, ampliar investimentos em energias limpas e fortalecer políticas de adaptação.

A Avaliação Nacional de Riscos Climáticos servirá de base para o novo plano de adaptação do país e para a definição da meta de redução de emissões até 2035. A mensagem central é clara: os custos da inação climática superam de longe os custos da ação.

De acordo com as projeções, até 1,5 milhão de australianos poderão viver em áreas de alto risco de inundação costeira até 2050. O aumento da temperatura média global ameaça transformar padrões de vida, destruir comunidades costeiras e exigir níveis inéditos de resposta do sistema de emergência.

No entanto, o relatório também deixa espaço para esperança: agir agora ainda pode evitar os piores cenários. Cada decisão tomada nos próximos anos será decisiva para determinar se a Austrália enfrentará um futuro de perdas irreversíveis ou se conseguirá construir resiliência diante de uma crise climática que já não é mais distante, mas presente.

O buraco de ozônio encolhe e traz esperança ao planeta

A humanidade já se acostumou a ouvir histórias sobre colapsos ambientais, mas a recuperação da camada de ozônio oferece uma rara exceção: um caso de sucesso coletivo. O mais recente relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que, em 2024, o buraco sobre a Antártida encolheu e atingiu seu menor tamanho dos últimos anos. A previsão é otimista: a camada deve se recompor totalmente até 2066.

Esse avanço só foi possível porque, nas décadas de 1980 e 1990, governos reagiram rapidamente ao alerta da ciência. A descoberta de que os clorofluorcarbonetos (CFCs) estavam destruindo a ozonosfera mobilizou a opinião pública e impulsionou um pacto global sem precedentes: o Protocolo de Montreal de 1987, um acordo internacional que determinou a eliminação gradual das substâncias responsáveis por corroer essa barreira invisível.

A camada que protege a vida

A camada de ozônio está localizada entre 15 e 30 quilômetros acima da superfície terrestre, na estratosfera. Embora sua espessura seja equivalente a uma folha de papel — em torno de três milímetros —, ela cumpre uma missão vital: filtrar a radiação ultravioleta (UV) do Sol. Sem essa proteção, o planeta enfrentaria uma escalada de doenças de pele, catarata, enfraquecimento do sistema imunológico, queda na produtividade agrícola e desequilíbrios nas cadeias alimentares marinhas.

Nos anos 1980, quando os cientistas demonstraram que os CFCs liberavam cloro na estratosfera e destruíam moléculas de ozônio, ficou claro que o planeta corria sério risco. A destruição da camada era mais intensa sobre a Antártida, devido às baixas temperaturas que aceleravam as reações químicas.

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Foto: Joshua Stevens/NASA Earth Observatory

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A resposta global

O Protocolo de Montreal tornou-se referência em governança ambiental. Desde sua adoção, 99% das substâncias que destroem a camada de ozônio foram eliminadas gradualmente do mercado. Graças a essa ação, estima-se que ao menos 2 milhões de casos de câncer de pele tenham sido evitados. O então secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou em 2022 que o pacto impediu uma “catástrofe de saúde global”.

Esse acordo não apenas freou a destruição da camada de ozônio como também teve efeitos colaterais positivos para o clima. Muitas substâncias proibidas, além de atacar a ozonosfera, são potentes gases de efeito estufa. Pesquisas publicadas na revista Nature em 2021 calculam que, sem o Protocolo, o planeta poderia ter aquecido até 2,5 ºC adicionais até o final deste século.

Entre 1990 e 2010, o tratado evitou emissões equivalentes a 135 bilhões de toneladas de dióxido de carbono. Também preservou a capacidade das florestas e solos de armazenarem carbono, evitando uma perda estimada em 580 bilhões de toneladas.

O problema ainda não acabou

Apesar das vitórias, a ozonosfera continua vulnerável. O buraco sobre a Antártida surge todos os anos, variando em extensão conforme condições climáticas e circulatórias na estratosfera. Em 2023, por exemplo, ele alcançou 26 milhões de quilômetros quadrados, três vezes o tamanho do Brasil. Cientistas sugerem que esse pico pode ter sido influenciado pela erupção vulcânica no sul do Pacífico em 2022 e pelo resfriamento da alta estratosfera provocado pelas mudanças climáticas.

Essas oscilações são consideradas anomalias dentro de uma tendência de recuperação. A expectativa científica é que os níveis médios globais de ozônio retornem aos patamares de 1980 por volta de 2040, no Ártico até 2045 e, na Antártida, apenas em 2066.

Lições para a crise climática

O êxito do Protocolo de Montreal inspira esperança no combate ao aquecimento global. A velocidade e a escala da cooperação internacional mostraram que, diante de uma ameaça existencial, governos podem agir em conjunto. O tratado foi reforçado em 2016 pela Emenda de Kigali, que determinou a eliminação gradual dos hidrofluorcarbonetos (HFCs), substâncias que, embora não prejudiquem a camada de ozônio, contribuem intensamente para o efeito estufa.

No entanto, novos desafios emergem. Um relatório da ONU em 2023 advertiu que tecnologias de geoengenharia, como a injeção de aerossóis na estratosfera para refletir a luz solar, podem alterar a dinâmica atmosférica e comprometer a camada de ozônio.

A trajetória da ozonosfera é um lembrete de que soluções ambientais são possíveis quando ciência, política e sociedade convergem. A camada ainda se recupera lentamente, mas o pior foi evitado. No mundo atual, marcado pela urgência climática, a história da recuperação da camada de ozônio funciona como farol: mostra que, diante de ameaças globais, a cooperação internacional é não apenas necessária, mas eficaz.

Você tem que viver esta experiência: conheça 5 curiosidades surpreendentes sobre o café de jacu que explicam sua fama e preço alto

Você já ouviu falar do café de jacu? Esse grão, que parece até lenda para quem nunca experimentou, é considerado um dos mais raros e caros do mundo. Não é apenas o sabor que desperta curiosidade, mas todo o processo inusitado de produção, que envolve a ave conhecida como jacu. A cada gole, existe uma história por trás: da natureza à tradição, passando por um ritual quase misterioso que fascina amantes de café no Brasil e fora dele.

Café de jacu: o grão que passa pelo estômago do pássaro

O que torna o café de jacu tão especial é o método natural de seleção feito pela própria ave. O jacu escolhe apenas os grãos mais maduros e doces, engole-os e, após a digestão, libera as sementes intactas, mas com uma transformação bioquímica única. Esse processo reduz a acidez e dá origem a um sabor suave, adocicado e aveludado, impossível de ser replicado por técnicas industriais. É a natureza trabalhando como um verdadeiro mestre de torra.

O pássaro que escolhe o melhor grão

Muita gente se espanta ao saber que a qualidade do café de jacu depende da dieta do próprio pássaro. Diferente das máquinas humanas, o jacu só ingere frutos no ponto certo de maturação, descartando os verdes ou imperfeitos. É como se a ave fosse um provador profissional da lavoura, garantindo que apenas os grãos mais nobres sejam processados. Esse detalhe explica por que a bebida resultante tem notas mais limpas, menos amargor e uma doçura natural comparada a frutas secas ou mel.

Um trabalho artesanal e demorado

Depois que o jacu devolve os grãos ao solo, entra em cena o trabalho humano. Produtores locais recolhem manualmente cada semente, lavam, secam e preparam os lotes de forma artesanal. Não há escala industrial possível: cada safra é limitada, o que faz do café de jacu um produto escasso e valorizado. A paciência é parte do processo — da ave ao agricultor, todos contribuem para manter a tradição e o prestígio da bebida.

Sabor único e difícil de descrever

Quem prova o café de jacu costuma ficar surpreso com a suavidade. Ele não tem o amargor comum em torrefações intensas, nem a acidez forte de certos cafés especiais. O paladar revela camadas de chocolate, caramelo e até toques florais, dependendo da região de cultivo. Não é exagero dizer que cada xícara carrega uma experiência sensorial rara, que desafia até baristas experientes a encontrar palavras adequadas.

Raridade que eleva o preço

O café de jacu não é apenas mais um grão gourmet. Ele está no mesmo patamar de cafés raros como o kopi luwak, da Indonésia. No Brasil, seu valor pode chegar a centenas de reais por quilo, refletindo a exclusividade do processo natural e o trabalho artesanal que envolve cada etapa. Não se trata apenas de pagar por uma bebida, mas por toda a narrativa cultural e ecológica por trás dela. Quem consome sabe que está adquirindo uma história líquida em cada gole.

Um símbolo da relação entre natureza e cultura

Mais do que uma bebida, o café de jacu se transformou em um ícone de sustentabilidade e tradição. A produção depende do equilíbrio ecológico: sem o jacu, não existe o café; sem o cuidado humano, o grão não chegaria à mesa. Essa parceria entre ave e agricultor reflete uma lição poderosa sobre como a natureza pode ser aliada na criação de sabores únicos. É um lembrete de que os melhores segredos, muitas vezes, estão escondidos em processos simples e inesperados.

Ao descobrir essas cinco curiosidades, fica claro por que o café de jacu conquistou espaço no mercado internacional e se tornou símbolo de luxo brasileiro. Para quem busca mais do que cafeína, ele oferece uma experiência completa: rara, autêntica e inesquecível.

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8 cargos ligados à sustentabilidade e energias renováveis com salários altos e crescimento acelerado que você tem que se preparar bem para não perder vagas

Você já parou para pensar que sustentabilidade e energias renováveis não são mais apenas conceitos de futuro distante? Elas já moldam o presente e estão criando uma avalanche de novas oportunidades no mercado de trabalho. De repente, profissões que mal existiam há dez anos se transformaram em carreiras sólidas, com salários competitivos e prestígio. O curioso é que, enquanto algumas pessoas ainda enxergam esse setor como “utopia verde”, outras já surfam na onda e garantem posições estratégicas. E a diferença entre estar dentro ou fora desse movimento pode significar não apenas dinheiro, mas também relevância profissional nos próximos anos.

Sustentabilidade e energias renováveis: os cargos mais promissores

O setor de sustentabilidade e energias renováveis cresce a uma velocidade impressionante. No relatório anual de 2024, foi estimado que o setor alcançou 16,2 milhões de empregos globais em 2023, contra 13,7 milhões em 2022 — um salto de cerca de 18%. Além disso, em 2024, 91% dos projetos comissionados tinham custo menor do que qualquer nova alternativa fóssil.

Aqui vão oito cargos que combinam bom salário, estabilidade e perspectivas de crescimento, aproveitando essas tendências internacionais e nacionais.

Engenheiro de energias renováveis

Esse profissional está no topo da lista de demanda. Solar fotovoltaica (PV) e eólica seguem crescendo fortemente, tanto globalmente quanto no Brasil. Só pra se ter ideia, o Brasil ficou entre os países que mais adicionaram capacidade de energia renovável em 2024, atrás apenas de China, EUA e União Europeia.
Quem domina esses sistemas (projeto, instalação, manutenção) pode conseguir salários bem competitivos, ainda mais em regiões com política de incentivo ou empresas do setor privado investindo pesado.

Gestor de sustentabilidade corporativa

A vinculação de metas ESG à remuneração já é realidade em muitas empresas. Estudo global de 2025 aponta que 78% das companhias de capital aberto atrelam indicadores de sustentabilidade ao bônus de executivos.
No Brasil, pesquisas mostram que 51% das médias e grandes empresas já têm uma estratégia formalizada de sustentabilidade, crescimento de 14 pontos percentuais em relação a 2021.

Especialista em eficiência energética

Com o custo da energia renovável caindo, há uma pressão crescente para otimizar o uso e reduzir desperdícios. As empresas e governos buscam eficiência energética como forma de reduzir custos operacionais e cumprir metas climáticas. Dados recentes mostram expansão em empregos relacionados a instalação de painéis solares, eólica e outras fontes cujos sistemas requerem peritos em eficiência, monitoramento e integração.

Analista de economia circular

A economia circular está mais próxima de virar exigência do que diferencial. Empresas têm sido cobradas por reportes mais transparentes sobre como lidam com resíduos, como reaproveitam matéria-prima, como prolongam vida útil de produtos. Esse profissional passa a ter papel estratégico. No Brasil, cresce o interesse, inclusive legal/regulatório, por práticas sólidas de ESG que incluam economia circular.

Consultor de energias limpas

Projetos solares, parques eólicos, biogás etc. estão por toda parte, inclusive onde antes eram inviáveis. Há cada vez mais demanda para consultores que saibam fazer estudos de viabilidade, contrato de compra de energia, dimensionamento e integração à rede. No Brasil, o setor solar gerou mais de 450 mil empregos desde 2012, refletindo esse crescimento constante.

Cientista de dados ambientais

Com enormes volumes de dados de satélites, sensores IoT, monitoramento climático e requisitos regulatórios, essa função está em plena ascensão. A digitalização da transição energética é apontada como vetor-chave, reforçando a importância desse cargo.

Arquiteto verde

Projetos de construção sustentável, certificações como LEED, análise de conforto térmico, uso de energia solar/passiva, gestão de água – tudo isso eleva a exigência por arquitetos que saibam desenhar pensando em clima, eficiência e impacto ambiental. Em lugares com regulação ambiental ou incentivos fiscais, esses profissionais podem alcançar remunerações acima da média local de arquitetura.

Engenheiro de mobilidade elétrica

O crescimento de veículos elétricos no mundo exige infraestrutura de recarga, integração à rede elétrica, desenvolvimento e melhoria de baterias, além de políticas públicas que estimulem esse setor. Mesmo que no Brasil o avanço ainda dependa de incentivos e regulação, a tendência global é clara, e quem se especializar cedo pode ficar à frente.


Panorama nacional: salários & realidade

Para dar contexto ao Brasil: faixas salariais recentes mostram:

  • Gerente de ESG: ≈ R$ 25.000 a R$ 40.000/mês

  • Diretor de Sustentabilidade: ≈ R$ 30.000 a R$ 50.000/mês

  • Analista de Sustentabilidade / Especialista em ESG: entre R$ 6.000 e R$ 20.000, dependendo da senioridade e da região.

Outro dado brasileiro importante: o setor de renováveis movimentou, em 2024, mais de R$ 53 bilhões e gerou cerca de 457.000 empregos diretos e indiretos no país.
Além disso, 76% das empresas ouvidas em pesquisa disseram que já ocupam posição relevante na maturidade sustentável (ações concretas) e 72% afirmam que o ESG já faz parte de sua estratégia corporativa.

O ritmo de mudança mostra que quem não se preparar poderá ficar para trás. A sustentabilidade e energias renováveis não são hoje tema de nicho, mas parte central de como empresas, governos e pessoas vão trabalhar no futuro. As oportunidades são reais, mas exigem aprendizado contínuo, especialização e visão clara de impacto.

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Amazônia abriga o segundo rio mais poluído por plásticos

A floresta amazônica, reconhecida como o coração verde do planeta, carrega hoje uma ferida silenciosa que cresce a cada ano: a poluição por plásticos. Um estudo recente coordenado pela Fiocruz, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, revela que a Amazônia abriga o segundo rio mais poluído por plástico do mundo, situação que expõe não apenas os ecossistemas locais, mas também a saúde das populações ribeirinhas e indígenas.

O levantamento, publicado na revista científica AMBIO, foi conduzido pela bióloga Jéssica Melo, colaboradora da Fiocruz, que liderou a pesquisa intitulada “Plastic pollution in the Amazon: the first comprehensive and structured scoping review”. O artigo compila evidências de contaminação que atravessam todos os níveis do bioma: da fauna e flora aos sedimentos, da superfície dos rios às comunidades humanas que dependem deles para viver.

Segundo Melo, a poluição plástica ameaça a chamada “Saúde Única”, conceito que integra o equilíbrio entre seres humanos, animais e o ambiente. Quando peixes, solos e fontes de água acumulam resíduos, toda a cadeia alimentar se torna vulnerável, ampliando riscos de doenças e comprometendo a subsistência de populações tradicionais.

Cotidiano marcado pelo lixo flutuante

O estudo mostra que a exposição das comunidades amazônicas a toneladas de resíduos é diária. Garrafas PET, embalagens de alimentos industrializados e outros produtos de uso comum viajam pelos rios, descartados tanto por embarcações quanto por áreas urbanas. A própria população ribeirinha, sem alternativas adequadas de coleta, acaba contribuindo involuntariamente para o problema.

Pesquisadores do Instituto Mamirauá, que atuam em Tefé, no interior do Amazonas, descrevem como o cenário se transformou em poucas décadas. Antes, os resíduos eram essencialmente orgânicos — restos de frutas ou ossos de peixe — que se decompunham sem maiores danos. Hoje, os rios acumulam materiais persistentes que se espalham com rapidez e permanecem no ambiente por séculos.

A falta de infraestrutura para a gestão de resíduos sólidos é um dos pontos mais críticos. Enquanto cidades costeiras como Rio de Janeiro e Salvador já implementaram medidas para restringir o uso de produtos descartáveis derivados de petróleo, como canudos plásticos e embalagens de isopor, a realidade amazônica é outra. Não há sistemas de reciclagem estruturados no interior do Amazonas, tampouco políticas públicas que incentivem alternativas sustentáveis.

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Martine Perret/ONU Meio Ambiente

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Um problema ainda pouco dimensionado

Apesar da gravidade, a real dimensão da poluição plástica na Amazônia segue pouco conhecida. O epidemiologista Jesem Orellana, pesquisador da Fiocruz Amazônia, destaca que a equipe revisou 52 estudos avaliados por pares, todos apontando para a presença disseminada de resíduos plásticos em diferentes ambientes amazônicos. Para ele, a revisão evidencia que o impacto pode ser ainda mais profundo do que se imagina, exigindo um olhar urgente das autoridades e da sociedade.

Orellana lembra que o estudo chega em um momento estratégico: às vésperas da COP30, que acontecerá em Belém em novembro de 2025. “A revisão surge justamente quando o mundo discute o primeiro tratado global contra a poluição plástica, com prazo definido pelas Nações Unidas para que cerca de 180 países apresentassem suas propostas até agosto deste ano”, explica o pesquisador.

Amazônia no centro do debate global

A coincidência entre a divulgação do estudo e o calendário internacional reforça o papel simbólico da Amazônia na luta contra a poluição plástica. Como maior bacia hidrográfica do planeta, qualquer impacto ambiental na região possui efeitos amplificados, influenciando ciclos de água, clima e biodiversidade em escala global.

Ao mesmo tempo, o problema afeta diretamente populações que dependem do rio para beber, cozinhar, pescar e transportar alimentos. Os resíduos plásticos não apenas contaminam a água, mas podem se fragmentar em microplásticos, invisíveis a olho nu e ainda mais perigosos para a saúde humana.

O alerta trazido por Fiocruz e Mamirauá sinaliza que a questão não pode mais ser tratada como periférica. É preciso pensar em soluções que combinem políticas públicas robustas, infraestrutura de coleta adaptada às realidades locais, educação ambiental e alternativas econômicas que reduzam a dependência de produtos descartáveis.

Mais do que uma denúncia, o estudo se apresenta como um convite à reflexão global: a Amazônia, guardiã de parte essencial da vida no planeta, não pode continuar recebendo a carga invisível de um modelo de consumo insustentável. O debate na COP30 será, inevitavelmente, um teste sobre a capacidade de governos, empresas e sociedades de transformar diagnósticos alarmantes em ação concreta.

Saneamento na Amazônia pode gerar R$ 330 bi em ganhos

A falta de saneamento básico continua sendo um dos maiores desafios da Amazônia Legal, mas um novo estudo mostra que resolver esse problema pode abrir caminho para prosperidade social, econômica e ambiental. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante Consultoria, a universalização do saneamento até 2040 poderia gerar quase R$ 330 bilhões em benefícios líquidos para a região.

A análise abrange os nove estados da Amazônia Legal: Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Tocantins, Maranhão e Mato Grosso. Juntos, eles reúnem 772 municípios e mais de 26 milhões de habitantes, cerca de 13% da população do país. A fotografia atual, no entanto, ainda é alarmante: em 2022, 9,4 milhões de pessoas viviam sem água tratada e quase 22 milhões não tinham coleta de esgoto. Apenas 16,8% do esgoto produzido na região recebeu tratamento antes de voltar à natureza. O resultado é o despejo de 851 milhões de metros cúbicos de esgoto cru, todos os anos, diretamente nos rios amazônicos.

Um investimento que retorna multiplicado

O estudo calcula que os ganhos da universalização somariam R$ 273,7 bilhões em benefícios diretos, como renda gerada pelos investimentos em obras e serviços de saneamento, além da arrecadação de impostos sobre a produção. Outros R$ 242,9 bilhões viriam da redução de perdas sociais, como menores gastos com saúde pública, aumento da produtividade no trabalho, valorização imobiliária e crescimento do turismo.

Esses ganhos superariam de forma expressiva os custos previstos, R$ 186,5 bilhões em investimentos e aumento de despesas familiares. No balanço final, a universalização do saneamento na Amazônia geraria um saldo líquido de quase R$ 330 bilhões até 2040.

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Augusto Miranda/ Ag; Pará

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Impacto na saúde e no meio ambiente

Para Luana Pretto, presidente do Instituto Trata Brasil, os números revelam mais do que vantagens financeiras. Eles mostram o potencial transformador da infraestrutura de saneamento sobre a vida das populações da região. Segundo ela, os recursos abririam caminho para recuperar áreas degradadas pelo despejo irregular de esgoto e, sobretudo, melhorar a qualidade de vida das comunidades tradicionais e populações vulneráveis.

Ela afirma que universalizar os serviços básicos na Amazônia significa garantir saúde, dignidade e oportunidades às próximas gerações, além de proteger ecossistemas vitais para o equilíbrio climático global.

Benefícios que vão além de 2040

A pesquisa aponta ainda que, após a universalização, os benefícios acumulados até 2060 chegariam a R$ 972 bilhões. Em termos de retorno financeiro, isso equivale a R$ 5,10 de ganhos para cada real investido — um resultado superior à média nacional.

Os ganhos não seriam distribuídos de forma homogênea. O Pará concentraria 30,4% do total líquido, seguido por Maranhão (19,1%) e Mato Grosso (16,1%). No comparativo per capita, Rondônia lidera com retorno estimado de R$ 1.049 por habitante, seguido de Acre (R$ 894) e Amazonas (R$ 817).

Entre as capitais, Rio Branco (AC) apresenta o maior retorno, com R$ 735,93 por pessoa. Porto Velho (RO) e Macapá (AP) aparecem em seguida, com ganhos de R$ 706,14 e R$ 650,65 por habitante, respectivamente. As demais capitais também registram impactos relevantes: Belém (PA) com R$ 461,60, Manaus (AM) com R$ 384,79, São Luís (MA) com R$ 341,16, Cuiabá (MT) com R$ 217,64, Palmas (TO) com R$ 157,53 e Boa Vista (RR) com R$ 87,83.

Universalização como legado

O estudo da Ex Ante Consultoria reforça o consenso de que investir em saneamento é uma das políticas públicas com maior potencial de retorno socioeconômico. Na Amazônia Legal, onde os índices de exclusão são mais graves, a universalização assume caráter estratégico: além de reduzir doenças, valorizar imóveis e impulsionar a economia regional, fortalece a conservação ambiental em um dos territórios mais relevantes do planeta.

O desafio, contudo, não é apenas técnico ou financeiro. Passa pela capacidade de articular governos, empresas e comunidades para transformar os dados em obras concretas. Como mostram os números, cada real investido em saneamento volta multiplicado em saúde, renda e sustentabilidade. Na Amazônia, esse retorno ganha dimensão ainda mais simbólica: o de assegurar que desenvolvimento e floresta caminhem lado a lado.

Brasil assume liderança global em soluções climáticas

O Brasil voltou a ocupar o centro das discussões climáticas internacionais. Durante a 3ª Conferência Internacional sobre Clima e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid III), realizada em Fortaleza, Marcelo Behar, enviado especial da COP30 para a área de Bioeconomia, afirmou que o país reúne as melhores condições para oferecer soluções ao mundo no enfrentamento da crise climática.

Behar, que também coordena o Fórum de Governança Climática e Desenvolvimento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacou que a Conferência da ONU em Belém será histórica por reunir os três grandes tratados ambientais nascidos da Rio-92: o da mudança do clima, o da biodiversidade e o da desertificação. Para ele, o Brasil não apenas sofre os impactos do aquecimento global, mas também se apresenta como protagonista na criação de alternativas sustentáveis.

Entre o desenvolvimento e o bioenvolvimento

O debate ganhou fôlego com a fala de Sérgio Xavier, coordenador-executivo do Fórum Brasileiro de Mudança do Clima (FBMC). Xavier defendeu que a regeneração de biomas e bacias hidrográficas deve se tornar eixo central de qualquer modelo econômico. Ele apresentou o contraste entre dois paradigmas: o “desenvolvimento” que exclui comunidades e degrada a natureza, e o “bioenvolvimento”, que coloca as pessoas no centro das soluções, com inclusão social, regeneração ambiental e saúde coletiva.

Segundo Xavier, os ciclos naturais devem servir de referência para políticas públicas e estratégias de mercado. Negócios, portanto, não podem se impor sobre os limites da natureza, mas sim dialogar com eles.

Ana Euler, diretora de Inovação e Negócios da Embrapa, reforçou que a soberania alimentar e climática precisa nortear a atuação global. Para ela, alianças entre governos, empresas e sociedade civil são indispensáveis. Como exemplo, citou os projetos desenvolvidos pela Embrapa para a Caatinga, que demonstram como pesquisa científica pode ser aplicada diretamente às realidades locais.

Euler destacou ainda que o Brasil já tem soluções em curso em diferentes estados e que a COP30 deve funcionar como vitrine dessas experiências, inspirando cooperação internacional.

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Divulgação – EBC

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A voz das regiões semiáridas

A conferência também buscou dar protagonismo às chamadas “terras secas”. Antônio Rocha Magalhães, presidente do Icid III, lembrou que o semiárido costuma ter pouca visibilidade nos debates globais. Para ele, é fundamental que suas especificidades estejam refletidas nos acordos internacionais que sairão de Belém.

Karina Leal, secretária-executiva de Meio Ambiente do Governo do Ceará, reforçou a urgência da proteção da Caatinga, que cobre 92% do território do estado. Segundo ela, ações contra a desertificação não podem mais esperar.

A perspectiva de colaboração esteve também no discurso de Sônia da Costa, da Secretaria de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social do MCTI. Ela apontou que o ministério vem apostando em grandes missões voltadas para comunidades resilientes e destacou a importância de tecnologias sociais, como o trabalho com sementes crioulas em parceria com a Embrapa. Para Sônia, investir em ciência só faz sentido quando conectado aos arranjos produtivos locais.

Agenda da bioeconomia brasileira

Marcelo Behar detalhou os três objetivos principais que a bioeconomia brasileira levará à COP30:

  1. Agricultura regenerativa – ampliar práticas agrícolas que recuperem solos e florestas, reduzam o desmatamento e fortaleçam a biodiversidade.

  2. Socioeconomia – garantir recursos e protagonismo para comunidades tradicionais e povos indígenas, abrindo mercados globais para produtos da sociobiodiversidade.

  3. Biotecnologia – expandir investimentos em biocombustíveis, incluindo combustível sustentável de aviação (SAF) e bio-bunker para transporte marítimo.

Essas metas apontam para um modelo econômico que se ancora na diversidade biológica do país e que pode servir como exemplo para outras nações.

O evento fez parte dos “Diálogos pelo Clima”, série promovida pela Embrapa dentro da Jornada pelo Clima, iniciativa que busca aproximar ciência, agropecuária e sociedade. A jornada tem apoio de diversas instituições, como o Senar, OCB, Nestlé, Bayer, IICA, Caixa Econômica Federal, Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Morfo e OCP Brasil.

Ao reunir diferentes vozes, de cientistas a gestores públicos, de agricultores familiares a executivos de multinacionais, o encontro mostrou que o futuro climático não será construído de forma isolada. Para o Brasil, a COP30 é mais do que um palco: é a oportunidade de provar que sua combinação de biodiversidade, ciência e participação social pode inspirar caminhos globais para um futuro sustentável.

Donos estão errando a ração e encurtando a vida dos pets sem perceber

Seu cachorro ou gato merece uma vida longa e saudável, mas você sabia que a escolha da ração pode estar comprometendo isso sem que você perceba? Muitos donos, com as melhores intenções, acabam optando pela pior ração cachorro por desconhecimento, colocando em risco a saúde dos pets. Estudos recentes mostram que uma alimentação inadequada pode reduzir a expectativa de vida e causar problemas como obesidade, doenças renais e até câncer. Hoje, às 13:35 do dia 17 de setembro de 2025, é hora de abrir os olhos e entender como corrigir esses erros com uma alimentação pet saudável.

Com a correria do dia a dia, é comum escolhermos ração por preço ou marca conhecida, mas isso pode ser um grande equívoco. Neste artigo, vamos revelar os erros mais comuns na alimentação dos pets, os impactos na saúde deles e dicas práticas para garantir que seu companheiro viva mais e melhor. Palavras como “pior ração cachorro” e “alimentação pet saudável” vão guiar nossa jornada para transformar a vida dos nossos amigos de quatro patas.

Essa imagem mostra uma tigela de ração com grãos que podem indicar baixa qualidade, um alerta para os donos avaliarem melhor os ingredientes.

Erro comum 1: Ignorar a qualidade dos ingredientes

Um dos maiores erros é escolher ração sem ler o rótulo. Muitas marcas baratas, consideradas a pior ração cachorro, contêm subprodutos animais, como penas, bicos e ossos moídos, em vez de carne de verdade. Esses ingredientes oferecem pouco valor nutricional e podem sobrecarregar os rins e o fígado dos pets ao longo do tempo.

A Associação Brasileira de Veterinária recomenda que a ração tenha como primeiro ingrediente uma proteína de origem animal, como frango ou peixe, e evite termos vagos como “ração com carne”. Um estudo da ABVET indica que dietas com excesso de carboidratos, comuns em rações econômicas, aumentam o risco de diabetes em cães e gatos. Em 2025, com o aumento dos casos de obesidade pet, esse cuidado nunca foi tão urgente.

Olhe a lista de ingredientes e priorize rações com vegetais frescos, como cenoura e ervilha, e sem corantes artificiais. Marcas que destacam transparência, como a Royal Canin ou a Hill’s, são boas referências para começar.

Erro comum 2: Não ajustar a ração à idade e peso

Outro equívoco é oferecer a mesma ração para filhotes, adultos e idosos sem considerar suas necessidades específicas. Filhotes precisam de alta proteína para o crescimento, enquanto idosos requerem menos calorias e mais fibras para a digestão. Usar a pior ração cachorro sem ajuste pode levar a deficiências nutricionais ou ganho de peso excessivo.

Veterinários da Petz sugerem verificar o peso ideal da raça no rótulo e ajustar as porções. Um cão de porte médio, como um Labrador, pode precisar de 300 a 400 gramas diárias, mas isso varia. A Petz alerta que sobrepeso reduz a expectativa de vida em até dois anos. Em 2025, com mais pets adotados, ajustar a dieta é essencial para evitar problemas de saúde a longo prazo.

Use uma balança para medir a comida e consulte um veterinário para personalizar a alimentação. Rações específicas, como “puppy” ou “senior”, fazem toda a diferença.

Erro comum 3: Subestimar alergias e sensibilidades

Muitos donos ignoram sinais de alergia, como coceira ou diarreia, achando que são normais. A pior ração cachorro pode conter ingredientes como milho ou trigo, que causam reações em pets sensíveis. Essas alergias crônicas prejudicam o sistema imunológico e encurtam a vida do animal.

Substituir por rações hipoalergênicas, com fontes alternativas como pato ou cordeiro, pode resolver o problema. A Hill’s explica que cerca de 10% dos cães sofrem de alergias alimentares, muitas vezes ligadas a rações de baixa qualidade. Em 2025, com mais diagnósticos precoces, identificar o gatilho é o primeiro passo para uma alimentação pet saudável.

Observe a pele e as fezes do seu pet. Se houver sinais persistentes, troque a ração gradualmente e busque orientação veterinária para testes específicos.

Impactos na saúde dos pets

Uma dieta inadequada tem consequências graves. A obesidade, causada por rações com excesso de calorias, aumenta o risco de artrite e doenças cardíacas. Um relatório da Welfare Brasil aponta que 40% dos pets no Brasil estão acima do peso, um número alarmante em 2025. Além disso, a falta de nutrientes essenciais, como ômega-3, enfraquece o pelo e a imunidade.

Doenças renais também estão em alta devido a rações com alta carga de subprodutos. Cães e gatos com rins comprometidos podem viver menos se a dieta não for corrigida a tempo. A longo prazo, a pior ração cachorro pode levar a um envelhecimento precoce, reduzindo a qualidade de vida.

lanchinhos-saudaveis-cachorros Donos estão errando a ração e encurtando a vida dos pets sem perceber

Invista em rações que atendam às normas da AAFCO (Associação Americana de Controle de Alimentos) para garantir equilíbrio nutricional. Seu pet agradece com mais anos de saúde.

Dica 1: Priorize rações premium ou super premium

Invista em rações premium ou super premium, que oferecem ingredientes de alta qualidade e menos enchimentos. Marcas como Pro Plan e Golden oferecem opções balanceadas para todas as idades. A diferença de preço compensa com menos visitas ao veterinário e mais vitalidade no pet.

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A Pro Plan destaca que suas fórmulas contêm antioxidantes e proteínas específicas, prolongando a vida útil dos pets. Em 2025, com a conscientização crescente, esses produtos estão mais acessíveis em pet shops e até online.

Compare rótulos e prefira aquelas com selo de qualidade veterinária. Seu bolso e seu pet vão agradecer a longo prazo.

Dica 2: Complemente com alimentação natural

Além da ração, a alimentação natural pode enriquecer a dieta. Cozinhe frango, batata-doce e cenoura sem sal ou temperos, sempre sob orientação veterinária. A Royal Canin alerta que a AN deve ser 10 a 20% da dieta, evitando desequilíbrios.

Essa abordagem, popular em 2025, melhora a digestão e o brilho do pelo. Comece com pequenas porções e ajuste com base na resposta do seu pet.

Dica 3: Consulte um veterinário regularmente

Um profissional pode indicar a melhor ração e monitorar a saúde do seu pet. Exames anuais detectam problemas como deficiência de vitaminas ou alergias antes que se agravem. A Vetnil recomenda check-ups semestrais para pets acima de 7 anos.

Em 2025, com tecnologia acessível, teleconsultas veterinárias facilitam esse acompanhamento. Não deixe para depois — a vida do seu pet depende disso.

Histórias que inspiram mudança

Donos que corrigiram a dieta relatam transformações. Uma tutora de São Paulo trocou uma ração econômica por uma premium e viu seu cão, com 10 anos, ganhar energia em apenas dois meses. Relatos no Blog Petz mostram pets com pelagem mais saudável após ajustes nutricionais.

Essas histórias motivam a ação. Comece avaliando a ração atual e planeje uma transição gradual para evitar estresse no pet.

Dê ao seu pet a chance de uma vida longa

Escolher a pior ração cachorro por descuido pode encurtar a vida do seu pet, mas com informação e dedicação, você pode garantir uma alimentação pet saudável. Ignorar ingredientes, ajustar mal as porções e subestimar alergias são erros que podemos corrigir hoje. Adote rações de qualidade, complemente com cuidado e consulte um veterinário para transformar a saúde do seu companheiro.

Para mais dicas, visite o ABINPET ou converse com especialistas locais. Seu pet merece o melhor — comece agora!

Terracota – uma solução de 3.000 anos para combater o calor extremo

Um pouco mais de 20% das famílias da Índia possuem um ar condicionado ou refrigerador, e menos de um terço tem geladeiras – deixando centenas de milhões de pessoas enfrentando o aumento das temperaturas sem resfriamento artificial. Estima-se que o calor extremo tenha ceifado mais de 700 vidas na Índia em 2024, o ano mais quente já registrado, e os pesquisadores alertam que 76% da população enfrenta risco de calor alto a muito alto.

Os_arquitetos_utilizam_terracota_h__milhares_de_anos_como_material_de_constru__o_podendo_realmente_combater_as_mudan_as_clim_ticas Terracota – uma solução de 3.000 anos para combater o calor extremo
Os arquitetos utilizam terracota há milhares de anos como material de construção podendo realmente combater as mudanças climáticas

Mas uma inovação com pelo menos 3.000 anos – terracota – está emergindo como uma alternativa de baixo custo e baixo consumo de energia. Outrora usada pela civilização Harappan da Idade do Bronze para armazenar água, esta cerâmica à base de argila ainda está nas prateleiras das casas rurais indianas como potes de barro que resfriam a água sem eletricidade e custam apenas um dólar cada.

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“A superfície porosa da terracota permite que a água evapore lentamente, levando o calor para longe e resfriando o espaço ao seu redor”, diz Adithya Pradyumna, pesquisadora de saúde ambiental da Universidade Azim Premji, em Bengaluru. Com base nesse princípio, arquitetos nas extensas áreas metropolitanas da Índia estão se voltando para a terracota para novas soluções de resfriamento passivo que variam de refrigeradores de barro a ladrilhos perfurados, telas ventiladas e fachadas que permitem ventilação natural e ajudam na transferência de calor e umidade entre ambientes internos e externos.

Telhas_de_terracota Terracota – uma solução de 3.000 anos para combater o calor extremo
Telhas de terracota

Em certos projetos, a água também é distribuída pelas superfícies de terracota para evaporar e, assim, diminuir as temperaturas circundantes.

O resfriamento passivo usa o design do edifício para regular as temperaturas internas com materiais naturais, ventilação estratégica e sombreamento bem controlado. Essa abordagem funciona particularmente bem no Mediterrâneo e em outros lugares áridos ou semiáridos – como partes do noroeste do Pacífico, onde a pesquisa descobriu que pode reduzir as cargas de ar condicionado em até 70%.

Uma pioneira neste campo é a empresa de design Ant Studio, com sede em Delhi, cujo projeto CoolAnt usa terracota como segunda pele em edifícios de concreto. “Aproveitamos suas propriedades hidrofílicas e observamos quedas médias de temperatura de seis a oito graus Celsius em mais de 30 locais” na Índia, diz o fundador do estúdio, Monish Siripurapu.

 

O material deve ser ainda mais eficaz nas áreas mais secas do país, acrescenta

Mesmo essas quedas modestas de temperatura, diz Pradyumna, podem “ajudar significativamente o corpo humano a se resfriar com mais eficiência, especialmente em ambientes fechados”. A pesquisa mostra uma correlação direta entre o aumento das temperaturas e a mortalidade.

Outra empresa indiana, a A Threshold, com sede em Bengaluru, está reaproveitando terracota reciclada em fachadas respiráveis. Enquanto isso, a MittiCool, com sede em Gujarat, criou refrigeradores de barro que supostamente mantêm os alimentos frescos por três a cinco dias sem energia – inestimáveis em casas sem eletricidade confiável.

Para_ajudar_significativamente_o_corpo_humano_a_se_resfriar_com_mais_efici_ncia_especialmente_em_ambientes_fechados Terracota – uma solução de 3.000 anos para combater o calor extremo
Para ajudar significativamente o corpo humano a se resfriar com mais eficiência, especialmente em ambientes fechados

“Muitos de nossos clientes não podem se dar ao luxo de operar aparelhos convencionais, então esta é uma alternativa durável e acessível”, diz o fundador da MittiCool, Mansukhbhai Prajapati.

Niyati Gupta, associada sênior do programa do instituto de pesquisa WRI Índia, diz que a terracota “pode complementar os sistemas de resfriamento existentes e reduzir nossa dependência da rede movida a combustível fóssil. Isso por si só poderia ser um divisor de águas para os setores de energia e construção.”

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Uma alternativa durável e acessível”, diz o fundador da MittiCool, Mansukhbhai Prajapati

Planta que purifica o ar pode estar envenenando sua casa se for cultivada do jeito errado

As plantas purificadoras do ar entraram nas nossas casas com promessas de bem estar e ar mais limpo.

Elas trazem verde, umidade e conexão com a natureza dentro de apartamentos e salas de estar.
Mas quando acumuladas demais ou mal cuidadas, essas mesmas plantas podem criar riscos à saúde.

Este artigo explica de forma alarmante e educativa por que excesso e manejo inadequado podem transformar plantas em problemas
e como cultivar de forma segura para proteger sua família e seus pets.

O que são plantas purificadoras do ar e por que as queremos em casa

Plantas consideradas purificadoras do ar são espécies que ajudam a manter a umidade, reduzir poeira e, em alguns casos,
absorver compostos orgânicos voláteis em pequenas quantidades. Elas podem melhorar o conforto térmico e a qualidade estética do ambiente.
No entanto, elas não substituem ventilação adequada, filtragem mecânica ou controle de fontes de poluição interna.

Quando a purificação vira risco

O problema surge quando a prática de cultivo é negligente. Excesso de plantas em um espaço pequeno, rega inadequada,
vasos sem drenagem e substrato que fica constantemente encharcado criam um ambiente perfeito para fungos, ácaros e bactérias.
Esses microrganismos liberam esporos e compostos orgânicos voláteis que podem agravar alergias, asma e outras problemas respiratórios.

 

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Além disso, muitas plantas purificadoras são parcialmente tóxicas para crianças e animais quando mastigadas ou manipuladas.

Plantas purificadoras que podem ser perigosas dentro de casa

Nem todas as plantas são perigosas, mas algumas populares entre quem busca purificação merecem atenção especial.
A seguir listamos espécies comuns e os riscos associados ao cultivo descuidado.

Espada de São Jorge ou língua de sogra

Planta resistente e popular por sua baixa manutenção. Pode liberar poeira foliar e suas folhas são fibrosas.
Para crianças e pets que mordiscam plantas, a ingestão pode causar náusea e desconforto digestivo.

Lírio da paz

Muito admirado por flores brancas e capacidade de umidade interior. Contém cristais de oxalato que podem provocar irritação oral
e problemas digestivos em animais e crianças. Em solo encharcado o lírio da paz favorece proliferação de fungos.

Pothos e filodendro

Extremamente populares por folhagem vistosa e por serem eficientes em espaços baixos de luz.
Ambas são tóxicas se ingeridas e podem causar irritação, vômito e inchaço em pets.
Além disso, o excesso de plantas trepadeiras em ambientes reduzidos pode dificultar a ventilação ao redor dos vasos.

Aloe vera

Conhecida pelos benefícios tópicos para humanos, a aloe contém compostos que podem ser tóxicos para cães e gatos
se ingeridos em quantidade. Em vasos grandes demais e com água parada, superfície do substrato pode alojar mosquitos e fungos.

ZZ plant e outras suculentas

Suculentas como ZZ plant toleram pouca água e são vistas como plantas purificadoras low maintenance.
Porém, acúmulo de muitas suculentas sem ventilação favorece pragas e o substrato compactado pode gerar raízes podres.

Para consultar listas confiáveis de plantas tóxicas para animais, confira a página da
ASPCA sobre plantas tóxicas.
Para informações sobre cultivo e doenças de plantas, a Royal Horticultural Society oferece guias úteis
RHS plant advice.

Principais riscos ao cultivar plantas purificadoras em excesso

  1. Proliferação de fungos e mofoSubstrato constantemente úmido e pouca circulação de ar geram esporos de fungos que se espalham pelo ambiente.
  2. Aumento de ácaros e pragasAmbientes úmidos e cheios de folhas acumuladas atraem ácaros, mosquitos e pulgões que comprometem a saúde humana e vegetal.
  3. Emissões de compostos orgânicos voláteis por microrganismosBactérias e fungos do solo podem emitir odores e partículas que irritam vias aéreas sensíveis.
  4. Intoxicação por ingestãoCrianças pequenas e animais que mordiscam folhas correm risco de intoxicação por plantas venenosas casa.
  5. Obstrução de fluxos de ar e umidade excessivaMuitos vasos próximos nos cantos da sala criam bolsões de ar úmido que favorecem condensação em paredes e janelas e podem levar a bolor estrutural.

Como cultivar de forma segura e evitar que plantas purificadoras causem problemas

A boa notícia é que com cuidados simples você mantém os benefícios das plantas sem transformar a casa em um risco.
Siga as orientações a seguir para um cultivo responsável.Infografico-Saiba-como-identificar-os-problemas-nutricionais-de-suas-plantas Planta que purifica o ar pode estar envenenando sua casa se for cultivada do jeito errado

Escolha das espécies

  • Opte por uma mistura de espécies não tóxicas se houver crianças e animais em casa.
  • Evite concentrar apenas uma única espécie em grande quantidade em espaços pequenos.

Espaçamento e ventilação

Não aglomere vasos em cantos sem circulação de ar. Deixe pelo menos 30 a 40 centímetros entre vasos maiores
para facilitar a circulação e a secagem do substrato. Abra janelas regularmente e use ventilação mecânica quando necessário.

Drenagem e substrato adequado

Use vasos com furos e uma camada de drenagem no fundo. Misture substrato com material poroso, como perlita ou areia grossa,
para evitar compactação. Troque parte do substrato a cada 12 a 24 meses para reduzir acúmulo de patógenos.

Rega com critério

Evite regas por cronograma rígido. Verifique a umidade do substrato com o dedo ou um medidor.
Deixe a superfície secar entre regas para reduzir risco de fungos. Em climas úmidos, reduza frequência de regas.

Manutenção e higiene

  • Remova folhas secas e detritos do solo para evitar alimento para fungos e insetos.
  • Desinfete ferramentas e vasos antes de usá los novamente.
  • Use luvas ao manusear plantas que podem causar irritação.

Controle da umidade ambiente

Se o ambiente ficar excessivamente úmido, considere desumidificador ou aumento da ventilação.
Evite colocar muitas plantas em cômodos sem saída de ar, como banheiros que não têm circulação suficiente.

Proteção de pets e crianças

Coloque plantas tóxicas fora do alcance ou substitua por alternativas seguras.
Identifique cada planta com etiqueta contendo o nome científico e informação de toxicidade.
Ensine crianças a não mexer nas plantas e supervisione animais de estimação.

O que fazer se houver suspeita de envenenamento ou reação alérgica

Reações podem variar de irritação leve a problemas respiratórios graves. Em caso de sintomas persistentes procure atendimento.

Sintomas a observar

  • Irritação nos olhos nariz ou garganta
  • Tosse ou dificuldade para respirar
  • Episódios de espirros constantes
  • Dores de cabeça persistentes
  • Sintomas gastrointestinais em crianças ou pets após mastigar folhas

Medidas imediatas

  • Remova a pessoa ou animal da área afetada para um local ventilado
  • Lave pele e olhos que tiveram contato com seiva ou látex da planta
  • Se houver ingestão, leve uma amostra da planta para identificação
  • Procure médico ou veterinário com urgência quando houver sinais severos

Para informações sobre plantas potencialmente tóxicas e primeiros socorros a animais, consulte a Pet Poison Helpline
ou a página de toxicologia da ASPCA.

Plantas purificadoras do ar trazem benefícios reais para o ambiente doméstico, mas não são isentas de riscos.
O perigo maior não vem da planta em si e sim do cultivo errado. Excesso de vasos, rega sem critério,
falta de ventilação e ausência de higiene transformam um aliado em fonte de problemas.
Com escolhas conscientes e manutenção adequada é possível ter um interior verde, saudável e seguro.

Se você quer uma solução prática comece reduzindo a quantidade de vasos no cômodo mais usado,
melhore a ventilação e substitua espécies potencialmente tóxicas por opções seguras quando houver crianças e pets.
A prevenção vale mais do que remediação e garante que as plantas continuem a purificar o ar sem envenenar a casa.

Este artigo tem foco informativo e não substitui aconselhamento médico ou veterinário. Em caso de reações graves procure ajuda profissional imediatamente.


Links úteis

Plantas tóxicas para pets por ASPCA

Guias de cultivo e doenças por RHS

3 passos simples para observar aves noturnas sem atrapalhar a rotina

Já reparou que muitas vezes o mistério mais fascinante da natureza acontece justamente quando a maioria das pessoas já se recolheu para descansar? As aves noturnas, discretas e repletas de segredos, transformam a noite em um palco de sons e movimentos únicos. Observar esses animais não exige grandes equipamentos ou madrugadas viradas, mas sim um olhar mais atento, alguns cuidados básicos e o desejo de se conectar com um mundo que poucos conhecem. E, ao contrário do que muitos pensam, é possível aprender a fazer isso sem bagunçar sua rotina.

Aves noturnas e seu encanto misterioso

O hábito de observar aves noturnas é cada vez mais popular entre curiosos e amantes da natureza. Elas são responsáveis por um espetáculo silencioso, onde a audição é tão importante quanto a visão. Corujas, bacuraus, urutaus e até alguns pombos têm atividade noturna. Esses animais apresentam olhos adaptados para ambientes escuros e comportamentos que intrigam os pesquisadores. O simples ato de ouvir o canto repetitivo de um corujão pode revelar muito sobre o território e a comunicação da espécie.

Diferente da observação diurna, em que a maioria das aves é facilmente encontrada em parques e quintais, a experiência noturna exige paciência e um pouco mais de técnica. Mas com três passos simples você pode mergulhar nesse universo sem perder noites de sono ou comprometer compromissos do dia seguinte.

Passo 1: Escolha do local e do horário certo

O primeiro passo para observar aves noturnas é selecionar um ambiente adequado. Terrenos vazios próximos a áreas arborizadas, chácaras, parques urbanos ou até mesmo praças mais tranquilas podem ser bons pontos de observação. É importante priorizar locais com menos poluição luminosa, pois a iluminação artificial pode afastar ou alterar o comportamento das aves.

O horário mais indicado costuma ser logo após o pôr do sol ou nas primeiras horas da noite. Não é necessário virar a madrugada. A maioria das aves noturnas inicia sua atividade assim que a escuridão se instala, e o período entre 18h e 21h já pode render encontros interessantes. Essa escolha de tempo permite que você retorne para casa em um horário razoável, mantendo sua rotina intacta.

Passo 2: Preparação e equipamentos básicos

Muita gente acredita que para observar aves noturnas é preciso ter binóculos caros ou equipamentos sofisticados. A realidade é outra. Um binóculo simples já ajuda bastante, mas em muitos casos nem é indispensável. O mais importante é contar com uma lanterna de luz fraca ou vermelha, que não assuste as aves. Lanternas de cabeça deixam as mãos livres e facilitam o registro.

Também vale levar um caderno de anotações ou usar o celular para gravar sons. Muitas vezes o canto é a única pista da presença de uma ave noturna. Há aplicativos gratuitos que ajudam a identificar espécies pelo som, transformando o passeio em uma verdadeira investigação. Roupas confortáveis, calçados fechados e um repelente completam o kit básico, garantindo segurança e tranquilidade.

O preparo físico também é simples: uma caminhada leve até o ponto de observação já basta. O segredo é manter silêncio e paciência. Afinal, o contato com essas aves exige respeito, pois elas dependem do período noturno para caçar e sobreviver.

Passo 3: Respeito e integração com o ambiente

O terceiro passo é, sem dúvida, o mais importante: respeitar o ambiente e as aves. Nunca tente se aproximar demais, tocar ou interagir de forma invasiva. A observação deve ser silenciosa e discreta, para não atrapalhar a rotina natural dos animais. Lembre-se de que você é um visitante temporário nesse universo.

Outra atitude valiosa é anotar as observações e compartilhar com grupos de observadores. Há comunidades inteiras dedicadas à “passarinhada noturna”, onde as experiências ajudam a mapear espécies e conservar áreas importantes. Esse contato humano amplia a sensação de pertencimento e contribui para a preservação da biodiversidade.

Por fim, integre essa prática à sua rotina sem exageros. Em vez de sair todas as noites, escolha um ou dois dias na semana para a atividade. Assim, você aproveita o contato com a natureza sem se cansar e ainda mantém o prazer como parte de um ritual saudável, não como obrigação.

O impacto positivo dessa prática

Mais do que um hobby, observar aves noturnas pode trazer inúmeros benefícios pessoais. A atividade reduz o estresse, aumenta a concentração e estimula a conexão com o ambiente. Muitas pessoas relatam que após algumas semanas de prática começam a identificar sons e padrões que antes passavam despercebidos.

Além disso, o hábito desperta consciência ambiental. Ao perceber a riqueza que existe até em áreas próximas de casa, é natural adotar atitudes mais responsáveis, como evitar lixo em praças e valorizar espaços verdes. Pequenas mudanças individuais se somam e geram impacto coletivo.

Histórias que inspiram

Em várias cidades do Brasil, há exemplos de pessoas que começaram a observar aves noturnas por acaso e acabaram transformando a experiência em paixão. Uma dona de casa em Minas Gerais relatou que, ao escutar um canto repetitivo próximo ao quintal, resolveu investigar. Descobriu que era um bacurau, espécie rara em áreas urbanas. Hoje ela compartilha registros em redes sociais e inspira vizinhos a também prestarem atenção.

Outro caso envolve um estudante do interior de São Paulo, que iniciou a prática apenas com o celular. Ele gravava sons de corujas e, ao identificar diferentes espécies, passou a colaborar com grupos de pesquisa. Esse contato inesperado com a ciência acabou motivando sua escolha de carreira em biologia.

Essas histórias reforçam que não é preciso abandonar a vida diária para viver experiências transformadoras. Basta adotar os passos certos e manter a mente aberta.

Um convite para a próxima noite

Observar aves noturnas não é apenas uma curiosidade; é um convite para redescobrir o espaço onde vivemos. Ao integrar essa prática ao cotidiano, mesmo que uma ou duas vezes por semana, você abre uma janela para um mundo que existe paralelamente ao seu. É uma chance de desacelerar, ouvir, observar e refletir sobre o equilíbrio da natureza.

Quem se permite essa experiência descobre que a noite, muitas vezes associada apenas ao descanso, pode ser também um território de aprendizado e encantamento. E o melhor: tudo isso sem atrapalhar a rotina, apenas acrescentando uma nova perspectiva aos seus dias.

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5 medidas de prevenção contra animais silvestres em terrenos vazios

É comum que terrenos vazios se tornem verdadeiros pontos de encontro para animais silvestres, especialmente em regiões próximas a áreas verdes ou pouco urbanizadas. O que parece inofensivo à primeira vista pode, com o tempo, gerar riscos à saúde, à segurança e até à estrutura do imóvel. Animais como escorpiões, cobras, roedores e até aves podem transformar o espaço em um abrigo, criando situações inesperadas. É por isso que a prevenção contra animais silvestres deve ser tratada como prioridade por quem tem ou pretende adquirir um terreno vazio.

Animais silvestres: primeiros sinais de risco

O primeiro passo para lidar com o problema é entender que os animais silvestres não invadem terrenos sem motivo. Eles buscam locais onde encontram alimento, água e abrigo. Restos de entulho, vegetação alta e até lixo acumulado funcionam como convites. Muitas vezes, o dono só percebe a presença quando já há ninhos, tocas ou fezes espalhadas pelo espaço. Prevenir significa agir antes que esses sinais se tornem evidentes.

Manter a limpeza e cortar o mato regularmente

Um dos maiores atrativos para animais silvestres é a vegetação alta. Gramados sem corte e moitas de mato funcionam como esconderijo ideal para cobras e escorpiões, além de favorecer a proliferação de insetos. Cortar a vegetação a cada 15 ou 20 dias é uma medida simples e eficaz. O corte regular também reduz o risco de incêndios em épocas de calor intenso, problema frequente em terrenos baldios. Vale lembrar que a limpeza deve incluir a remoção de entulhos e galhos secos, que funcionam como abrigos perfeitos.

Eliminar fontes de água parada e recipientes abandonados

Água acumulada é um convite tanto para mosquitos como para pequenos animais silvestres que se aproximam em busca de hidratação. Baldes esquecidos, pneus, garrafas plásticas e até calhas obstruídas podem transformar o espaço em um criadouro perigoso. A dengue é o exemplo mais conhecido, mas há também a possibilidade de atrair anfíbios, como sapos e rãs, que logo chamam predadores maiores. A recomendação é vistoriar o terreno e descartar qualquer recipiente capaz de reter água.

Construir cercas ou muros de proteção

Terrenos abertos funcionam como passagem livre para animais. A construção de uma cerca bem estruturada ou, quando possível, um muro de alvenaria ajuda a restringir o acesso. Essa medida não elimina totalmente a possibilidade de invasão, mas cria uma barreira física importante. Além disso, serve para evitar que o terreno vire depósito de lixo da vizinhança, o que só aumenta os riscos. Em áreas mais críticas, cercas de tela galvanizada enterradas alguns centímetros no solo dificultam a entrada de roedores.

Usar repelentes naturais e barreiras físicas

Outro recurso que pode reforçar a prevenção contra animais silvestres é o uso de repelentes naturais. Plantas como citronela e arruda ajudam a afastar insetos e, indiretamente, reduzem a cadeia alimentar que atrai animais maiores. Há também produtos específicos no mercado, feitos à base de óleos essenciais, que podem ser aplicados no perímetro. Em casos mais graves, barreiras físicas como telas finas em ralos ou tampas em caixas de esgoto são fundamentais para impedir a entrada de escorpiões e pequenos répteis.

Realizar inspeções frequentes e buscar apoio especializado

Nenhuma medida de prevenção é completa sem acompanhamento. Vistorias quinzenais ou mensais ajudam a identificar indícios de presença animal antes que se tornem um problema. Rastros, buracos no solo ou barulhos noturnos não devem ser ignorados. Quando há suspeita de infestação, o ideal é acionar equipes especializadas em controle de pragas urbanas. Esses profissionais conseguem identificar a espécie presente e propor soluções seguras, sem colocar em risco a saúde do proprietário ou dos vizinhos.

O impacto na comunidade ao redor

Ignorar a prevenção contra animais silvestres não afeta apenas o dono do terreno. Vizinhos próximos também ficam expostos ao risco. Cobras e escorpiões podem facilmente atravessar muros e chegar a casas habitadas, enquanto roedores espalham doenças graves como leptospirose. Por isso, prefeituras e órgãos de saúde pública frequentemente fiscalizam terrenos baldios e aplicam multas quando encontram locais abandonados. O cuidado individual, nesse caso, reflete no bem-estar coletivo.

Prevenção como forma de valorização

Outra questão que muitos proprietários esquecem é o impacto da prevenção na valorização do imóvel. Um terreno limpo, cercado e livre de animais transmite mais confiança a possíveis compradores ou futuros inquilinos. Além de ser uma exigência em muitas cidades, manter o espaço em boas condições reduz gastos futuros com dedetização e reformas por danos estruturais. Ou seja, cuidar da prevenção não é só uma medida de segurança, mas também um investimento.

Uma responsabilidade que vai além da posse

No fim, ter um terreno vazio significa assumir um compromisso que vai além da escritura. A prevenção contra animais silvestres é, ao mesmo tempo, um dever com a comunidade e um cuidado com o patrimônio. Ao adotar medidas simples — como cortar o mato, eliminar água parada, cercar o espaço, usar repelentes e realizar inspeções — o proprietário não apenas evita riscos invisíveis, mas também contribui para uma vizinhança mais segura e saudável.

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